Compra de 36 caças Gripen: extrato de dispensa de licitação publicado no DOU
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA AEROESPACIAL
COMISSÃO COORDENADORA DO PROGRAMA AERONAVE DE COMBATE
EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 2/2014
Nº Processo: 67701.013100/2008-35. Objeto: Aquisição de 28 (vinte e oito) aeronaves de caça multiemprego monoposto e 8 (oito) aeronaves de caça multiemprego biposto, Apoio Logístico Inicial e Simuladores de Voo; e Suporte logístico Contratado associado à aquisição de 28 (vinte e oito) aeronaves de caça multiemprego monoposto e 8 (oito) aeronaves de caça multiemprego biposto.
Autoridade Solicitante: Brig Ar José Augusto Crepaldi Affonso.
Autoridade Ratificadora: Ten Brig Ar Juniti Saito.
Contratada: SAAB AB.
Justificativa: Aquisição de recursos bélicos aéreos.
Valor: SEK39.882.335.471,65 (trinta e nove bilhões, oitocentos e oitenta e dois milhões, trezentos e trinta e cinco mil e quatrocentos e setenta e um coroas suecas e sessenta e cinco centavos).
Amparo Legal: Inciso IX do art. 24 , da Lei nº 8.666/93, c/c Inciso I do art 1º, do Dec. 2.295/97
FONTE: Diário Oficial da União (DOU), edição de 27/10/2014, seção 3, página 17 – clique no link para acessar a página original.
FOTO: Saab (em caráter meramente ilustrativo)
A vantagem de preço que o Gripen tinha, desapareceu.
O contrato ficou 1 bilhão de dólares mais caro. Repito: UM BILHÃO DE DÓLARES mais caro!
Augusto, Difícil dizer que a vantagem desapareceu, pois não sabemos o quanto poderiam subir os valores das duas outras ofertas concorrentes caso fossem escolhidas. Só podemos especular, mas fica a pergunta: se fosse outro concorrente o vencedor, você acha que o valor também não passaria por ajuste, já que a própria FAB, em nota de hoje, afirmou que ao longo das negociações feitas neste ano os requisitos foram atualizados? Veja o caso da Índia, por exemplo, em que as negociações do Rafale se arrastam há mais de dois anos e os valores divulgados pela imprensa de lá, a partir de… Read more »
Desapareceu não. Para quanto você acha que iria as propostas da Boeing e da Dassault? Ou você acha que só o Gripen é afetado pelas leis da Economia?
Fernando “Nunão” De Martini 27 de outubro de 2014 at 10:45 # “(…) a própria FAB, em nota de hoje, afirmou que ao longo das negociações feitas neste ano os requisitos foram atualizados”. Nunão, houve um aumento de mais de 1/4 do preço previsto inicialmente. Aliás, o fator preço foi uma das grandes vantagens propaladas quando do anúncio da escolha do Gripen. Isso não é atualização e certamente não é correção de valores, isso é um aumento aviltante, que precisa ser explicado nos mínimos detalhes. Vou repetir: mais de 25% de aumento! Isso não existe em nenhuma negociação vantajosa para… Read more »
Duvido que um bimotor como o Rafale fique mais barato principalmente de operar. E ja sabemos que comprar apenas não é operar.
E também, vide o Mirage III no Brasil cuja modernização se tornou inviável devido aos custos, comprovado pelo preço que a Índia pagou na modernização de seus Mirage 2000 ….
Contratos e especificações são coisas dinâmicas até serem assinados. E aumentos da ordem de 30% do valor são normais, devido a mudanças e atualizações de especificações. Se tudo está bem descrito e justificado, não há por que temer.
Fico pensando nos programas de modernização do A-1 e dos F-5 “jordanianos”. Será que vale a pena seguir em frente com eles?
SDS.
Desolée. C’est fini le monde de las Rafalechetes…
🙂
Comprar e operar são coisas diferentes. SH e Rafale continuam masi caros de operar do que o Gripen. E nos outros dois não participaríamos em nada no projeto da aeronave nem teríamos acesso tão bom na integração de armamentos.
Fora que o Gripen tem muito mai chances de continuar vendendo (e nós participando dessas vendas como subcontratados) do que os outros bimotores.
O Gripen NG é a escolha sensata. O volume da FAB, como o F-5 é agora. Depois poderemos comprar uma quantidade menor de caças de 5ª geração para servir de ponta de lança da FAB.
Parabens à Fab e a todos os que trabalharam neste projeto F…..tao exaustivo (principalmente pra nós aficcionados por aviação), e que venhão os Grifos !!!
Obs. esperar que após anos de negociação os preços ,independente de acertos tecnologicos, fossem os mesmos é muita inocencia.
Sds.
Srs
Tb nao podemos esquecer as variações(para cima) do câmbio.
Abs
eduardo pereira
27 de outubro de 2014 at 13:21 #
“esperar que após anos de negociação os preços ,independente de acertos tecnologicos, fossem os mesmos é muita inocencia.”
Mas não era promessa da SAAB o valor de 4,5 bilhões de dólares e pagamento da primeira parcela quando da entrega da última aeronave?
Srs
Quando me refiro a variação de cambio, digo apenas se o aumento for em reais, ou coroas suecas – claro, se o aumento for em dólares não tem sentido, dai é aumento mesmo.
Abs
Senhores; Há dezoito anos a FAB vem fazendo sucessivas licitações para adquirir, no mercado internacional, aeronaves de combate e material associado em quantidade julgada necessária pelos estudiosos do Estado-Maior. Faz uns poucos anos criou uma “Comissão Coordenadora do Programa do Avião de Combate”. Em se tratando das aeronaves MRCA, nestas quase duas décadas, pelo menos três vezes, fizeram e estenderam as licitações até o limite permitido pela Resolução 655/TCU Plenário de dezembro de 1995. O DOU de hoje publica o post de Nunão. É um extrato de dispensa de licitação, com o preço aviltado em 1 bilhão de dólares. O… Read more »
O Processo mencionado no extrato (67701.013100/2008-35) está extinto desde 2013, nos termos da Resolução 655- TCU-Plenário de dezembro de 1995.
Pessoal, não existe versão para este fato. Pensar que este incremento de 25% é por um motivo escuso deixa claro o nível baixo de confiança no governo, mas é uma coisa legal e simples do comércio internacional. Todo contrato quando é assinado possui uma cláusula de reajuste anual, para compensar coisas como inflação e custos de produção, calculados por uma fórmula alimentada por tabelas geradas pela FGV (no caso de ser no Brasil. Não sei se esse contrato é assinado lá, daí a entidade que emite estes números certamente é outra). E todo contrato também possui uma cláusula temporal, que… Read more »