Atrasos nos programas MMRCA, LCA e FGFA fazem soar o alerta na Força Aérea Indiana

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cena de animação do Rafale na Índia - imagem site Rafale India

Com parte da frota no fim da vida útil, comandante da IAF alerta sobre atrasos nos programas Rafale, Tejas e do jato russo-indiano de quinta geração

 

Reportagem publicada pelo jornal indiano The Times of India neste domingo, 5 de outubro, informou que a Força Aérea Indiana (IAF)mais uma vez fez soar o alerta vermelho sobre os grandes atrasos em seus três programas de aquisição de caças. Isso se dá num momento em que diminuem (vagarosamente, mas de forma constante) os números de caças aptos ao combate que os pilotos “top gun” indianos podem voar, segundo o jornal. E também num momento em que a Índia se preocupa com as ameaças de Paquistão e China.

O comandante da IAF, marechal do ar Arup Raha, disse no sábado que os atrasos no projeto MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio) para aquisição do caça Rafale francês, do LCA (avião de combate leve) que desenvolve localmente o caça Tejas, e do FGFA (avião de caça de quinta geração), jato russo-indiano desenvolvido a partir do PAK-FA / Sukhoi T-50 da Rússia, deveriam ser uma das grandes preocupações de todo o país.

Rafale no Aeroindia - foto Força Aérea Francesa

O comandante disse que “todo projeto, esteja ele em desenho, aquisição, desenvolvimento, está tomando mais tempo do que deveria. Nós já perdemos os prazos. Temos algumas poucas frotas que já estão em suas últimas pernas. Isso é, definitivamente, uma preocupação.” Essas declarações ocorrem poucos dias antes do 82º aniversário da IAF, a ser celebrado em 8 de outubro.

Com apenas 34 esquadrões de caça, o que inclui 14 equipados com jatos MiG-21 e MiG-27 envelhecidos e virtualmente obsoletos, a IAF está obviamente preocupada com um rápido enfraquecimento do poder aéreo enquanto China e Paquistão continuam a flexionar seus músculos ao longo das fronteiras. Para engajar ambas as ameaças, é necessário ter 44 esquadrões.

Maquete FGFA - foto livefist

Falando sobre exibições de força militar chinesa no mês passado nos setores de Chumar e Demchok, a leste de Ladakh, o que coincidiu com visita do presidente chinês Xi Jinping à Índia, o comandante da IAF disse que era “misterioso” que tais incursões na fronteira ocorressem durante visitas de alto nível. Segundo o marechal, “algum sinal está sendo dado na diplomacia. Eu não vou tentar adivinhar qual. Mas não estamos cedendo terreno a ninguém.” Ele admitiu que ainda vai levar quatro a cinco anos para preencher todas as lacunas operacionais e de infraestrutura em Ladakh e no nordeste.

O novo governo Modi está mostrando “grande urgência” em “acelerar” processos e projetos. Com todos os três comandantes das Forças Armadas se encontrando com o primeiro-ministro um a um a cada mês, cada projeto está sendo revisto e sua contabilidade é ajustada, disse o comandante da IAF.

Porém, ainda há muito a ser feito. O caça Tejas, que vem sendo desenvolvido localmente há mais de 30 anos, ainda está longe de ser considerado totalmente apto ao combate. Ele não pode substituir o MMRCA por ser de menor porte e menor alcance, também com menor carga de armamentos. O Tejas, por exemplo, não seria capaz de ataques com penetração profunda no território chinês.

Tejas - foto via Livefist

De maneira similar, o término das negociações comerciais do projeto MMRCA, estimado em cerca de 20 bilhões de dólares para aquisição de 126 exemplares do selecionado caça francês Dassault Rafale, vem progredindo num passo glacial. O programa MMRCA foi iniciado em 2007. Apesar de se ter finalizado o trabalho de três subcomitês que lidaram com os assuntos de manutenção técnica, compensações e transferência de tecnologia, fontes disseram que a Dassault Aviation (fabricante do caça) ainda reluta em assumir responsabilidade com garantias e liquidez, sobre os 108 caças que serão fabricados na Índia pela HAL (Hindustan Aeronautics).

Sukhoi T-50 - protótipo - foto 3 Sukhoi

Apesar do texto da matéria não trazer detalhes sobre os atrasos no FGFA, programa russo indiano do caça de quinta geração desenvolvido a partir do PAK-FA / Sukhoi T-5o russo, um infográfico que acompanha a reportagem (e que também trata do LCA e do MMRCA), traz alguns pontos de destaque. A Índia e a Rússia ainda têm que assinar o contrato de projeto final e pesquisa & desenvolvimento, cujo prazo era 2012. A Índia estaria furiosa com a Rússia por esta negar detalhes técnicos e acesso ao projeto FGFA, apesar de ser um parceiro financeiro do mesmo peso no programa. A divisão de trabalho, para a Índia, teria caído dos 50% originais para 13%. A introdução do FGFA está programada para 2024-2025, num acordo de 127 caças furtivos de valor estimado em mais de 25 bilhões de dólares.

Tejas - foto 2 via Livefist

Sobre o LCA, um dado de destaque no Infográfico é que 120 caças Tejas custariam mais de 7 bilhões de dólares, com o primeiro esquadrão completo de 20 jatos apenas em 2016-2017. Um segundo esquadrão com certificação operacional final (FOC) viria logo depois, mas a IAF só começaria a receber o que realmente quer, que é a versão Mark-II para equipar quatro esquadrões (80 jatos) a partir de 2022.

FONTE / INFOGRÁFICO: Times of India (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

IMAGENS (em caráter meramente ilustrativo) via Dassault, Força Aérea Francesa, Sukhoi e Livefist

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Nick

O problema da Índia parece ser falta de foco.

Muitos programas sendo tocados ao mesmo tempo. E nenhum avança.

Aliás, bem parecido por aqui. Infelizmente.

[]’s

juarezmartinez

Some-se a isto o envolvimento nos projetosd e integrantes do mundo encantado da plug nd playlândia, Russos e Franceses.
Enquanto isto dentro do prazo combinado, com preços acordados segue a banda passando e C 130 J, C 17, P 8 Obuseiros 155mm e etc.. tudo dentro dos prazos.
Segundo o PIG isto é mais um “gorpe duzamericanu” para prejudicar as parcerias com os aliados carnais tradicionais da India……
Pragmatismo, objetivade e racionalização, vale lá, vale aqui e vale até em Caçimbinhas…..

Grande abraço

Claudio Moreno

Excelente oportunidade para a SAAB e EMBRAER tentar emplacar o JAS-39 NG por lá.
É uma pena que nesta república, os líderes da situação e também da oposição (se é que existe), não sebem fazer política externa…Caso contrário poderia aproveitar-se do BRICS e ver se a dita organização consegue dar uma dentro…
CM

ernaniborges

Vejo diferenças profundas entre os programas de reaparelhamento das FA Indiana e brasileira.
No caso Indiano realmente vejo superposição de investimentos em vários programas simultâneos para atender uma necessidade. No nosso caso, vejo o contrário. Ao longo de décadas faltou investimento e hoje, os recursos destinados, diante da necessidade de praticamente tudo, são pulverizados em programas que atendem necessidades específicas para se manter minimamente a Força de pé.

Clésio Luiz

As compras indianas de equipamentos americanos são compras de prateleira. Se houve algum envolvimento da indústria indiana foi mínimo. Assim até o Paraguai entrega no prazo.

A Embraer livrou uma bala quando só fez entregar as células do ERJ-145 para os indianos. Nosso contrato foi cumprido. O problema agora é deles.

O problema dos indianos se chama HAL. Aquilo é um antro de incompetência e os franceses estão morrendo de medo de assumirem responsabilidade por eles. Sabem que é furada e não querem servir de bode espiatório quando o nogócio for mal. Imagino que os russos estejam pensando o mesmo.

Iväny Junior

The Typhoon is coming.

jairo boppre sobrinho

Srs
Tudo pesado e medido, não seria muito mais negócio a India aumentar a frota de SU-30? Principalmente pela homogeneização de peças de reposição, armamentos e etc.
Além disto, os SU-30(ou 35), não seriam mais capazes do que esta miscelânea de caças? (com exceção do FGFA)
Abs

Carlos
Carlos

“Claudio Moreno
6 de outubro de 2014 at 11:02 #”

Dreams …. dreams …. dreams …..

Carlos

“jairo boppre sobrinho
6 de outubro de 2014 at 20:43 #”

tú já viu o trânsito na Índia ?

A IAF e a HAL são igualzinhas, veja: (rs)

http://www.youtube.com/watch?v=0bXmf5pRAWc

juarezmartinez

Clésio Luiz 6 de outubro de 2014 at 14:26 # As compras indianas de equipamentos americanos são compras de prateleira. Se houve algum envolvimento da indústria indiana foi mínimo. Assim até o Paraguai entrega no prazo. A Embraer livrou uma bala quando só fez entregar as células do ERJ-145 para os indianos. Nosso contrato foi cumprido. O problema agora é deles. O problema dos indianos se chama HAL. Aquilo é um antro de incompetência e os franceses estão morrendo de medo de assumirem responsabilidade por eles. Sabem que é furada e não querem servir de bode espiatório quando o nogócio… Read more »

Júlio Costa

jairo boppre sobrinho (6 de outubro de 2014 at 20:43)

Dê um lida nessa matéria e tire as usas próprias conclusões

http://www.aereo.jor.br/2014/03/18/por-causa-da-lentidao-russa-frota-indiana-de-sukhois-esta-em-apuros/

Carlos

Júlio,

ótimo link.

E tem gente que defende o Victor por aqui.

Jesuixxxx

Carlos

O Juárez afirmou muitas verdades.

A IAF tinha que ser terceirizada sua gestão (rs)

Iväny Junior

Amigo Carlos

Todos os defeitos e reduções de pedidos JAMAIS se confirmaram, bem como, o fechamento das linhas de produção. O que se confirma até agora são as declarações do General da USAF, John Jumper.

Carlos

Iväny Junior “Todos os defeitos e reduções de pedidos JAMAIS se confirmaram….” Como ? Pô Iväny, você vai fazer eu pesquisar e vou achar uma lista imensa de reduções de encomendas e de problemas …. Vou não, dá muito trabalho …. quem sabe o Lord Vader, o Nunão ou outro colega se disponham. E você queria que o Gal falasse o quê ? “Meus aliados da OTAN, esse vetor é uma m#rd@, lento em manobras etc …..” (rs) Pesquise um site Europeu sobre defesa e verás inúmeros comentários de pilotos militares, metendo o cacete …. Assista o último desfile militar… Read more »

Carlos

Iiiiii o link saiu duas vezes, é defeito ….. (rs).

Iväny Junior

Eu vi o tópico Carlos. A informação tem fonte do defense news, mas não tem confirmação oficial, e segundo as leis dos países que estão envolvidos no projeto, vender o avião com as supostas falhas seria crime. É simplesmente o que não condiz com a realidade. Já o general da USAF falou com todas as letras que o Typhoon é o melhor avião que ele já pilotou. Isso é fato, confirmado, falado pra quem quisesse escutar.

Oganza

“Já o general da USAF falou com todas as letras que o Typhoon é o melhor avião que ele já pilotou. Isso é fato, confirmado, falado pra quem quisesse escutar.” Gente, vamos combinar uma coisa: – Algumas das melhores coisas que eu experimentei na vida!!! 1 – Em Phoenix dá para alugar um NASCAR e correr no oval com instrutor no carona a mais de 250 km/h – foi minha melhor experiencia atrás de um volante. Eu vou querer um NASCAR para ir para o trabalho? Claro que não. 2 – O vale do Parque Yosemite foi o lugar mais… Read more »

Iväny Junior

Oganza Em se falando de um avião de guerra, só dá pra acreditar que ele falou neste sentido. Quanto ao nascar, um motor roncador, beberrão, com potência específica desprezível, oval estilo reta-sem-fim em Phoenix. Não muito diferente de andar em um V8 de corvette de qualquer geração. Faz curvas como uma baleia com câimbras. Nos EUA com 15 mil dólares vc compra um Nissan 370Z que te dá muito mais esportividade e aderencia em curvas. Por esse preço, não é zero, mas semi-novo. Quanto à nascar, Prefiro ver DTM e Fórmula 1 e WRC. Isso é questão de gosto, mas… Read more »

Oganza

kkkkkkkkk

Ivany,

Umas coisa é uma coisa,
outra coisa é outra coisa.

Ver não é provar, não é estar lá, não é sentir o cheiro da gasolina que levou 3 dias pra sair do meu nariz, não é experimentar a vibração que treme o interior da sua medula… e se a Maclarem reeditasse seu F1 biposto, com certeza eu estaria na fila para experimentar tb. 🙂

comment image%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.tuttomclaren.it%252Fforum%252Fargomento.asp%253Fid%253D6051%2526archivio%253D5%2526offset%253D61%3B320%3B240

Agora eu no rush da 49 em um Nissan 370Z (tentativa de 911 nipônico)? No thanks.

A rolling stone gathers no moss.

Grande Abraço.

Carlos

Oganza

Por isso eu vendi meu Galaxie,
foi o melhor carro da minha e olha tive bons carros no Brazil e outros na España.

Caso o GAL pilota-se o V oitão ele iria adorar …..

Mas nos USA ele compraria um Cadillac, eu também ….

kkkk rsrsrs

Tufão, até o nome é um desastre.

Rajada …… idem …..

Carlos

DeVille para curtir ….

Escalade ESV para viajar ….

Transporte público nas grandes e médias cidades,
of course …..

Oganza

Carlos,

“Transporte público nas grandes e médias cidades,
of course …..” – Perfeito.

Um grande amigo soltou uma frase que é uma das coisas mais significativas que já escutei:

– País desenvolvido não é akele em que o pobre pode comprar carro zero. País desenvolvido é akele onde o rico anda de transporte público*.

*transporte público DE VERDADE.

Grande Abraço.

Iväny Junior

Pois é Oganza Falei esse baratinho, porque realmente se aproxima de um Porsche em muitos quesitos, até porque foi projetado para ser um “Porsche popular”. Mas Porsche é Porsche, uma linhagem de puro-sangues de Stuttgart, que são extremamente dóceis no trânsito, e que, caso você o leve para uma corrida, vencerá e aquela mansidão se transformará em tapões nas suas costas que te incentivam a voar baixo. Espero um dia ter cacife pra ter um. Carlos, a intenção é essa. Desastre aos inimigos que sejam bombardeados pelo Typhoon. Concordamos plenamente em relação ao transporte público. E às corridas, Formula 1,… Read more »