Caças Rafale franceses realizam exercício Arctic Thunder na Noruega
Segundo a Força Aérea Francesa, é a primeira vez o Rafale se desloca tão ao norte para um exercício, que ocorre entre 24 de agosto e 5 de setembro na base norueguesa de Banak e envolve onze caças de três esquadrões
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Em notas divulgadas nos dias 26 e 27 de agosto, a Força Aérea Francesa informou que um destacamento francês de 200 pessoas, dos quais trinta tripulações de Rafale dos esquadrões de caça 1/7 Provence, 1/91 Gascogne e 2/30 Normandie-Niemen está desdobrado na Base Aérea de Banak, na Noruega, para o exercício Arctic Thunder. Trata-se da primeira campanha de tiro realizada pela Força Aérea Francesa acima do Círculo Polar Ártico. Onze caças Rafale participam da campanha, que é focada no emprego de armamento ar-solo modular A2SM, especialemente de sua versão guiada a laser.
Autoridades norueguesas colocaram à disposição dos aviadores franceses o campo de tiro de Halkavarre, próximo à base, adequado ao emprego de tiros de canhão e de bombas, incluindo as GBU 12. É possível simular diversos cenários táticos, em condições realistas para que tripulações tanto jovens quanto experientes encontrem situações similares às de operações reais, reforçando a capacidade francesa permanente de intervenção.
Estão programadas cerca de trinta surtidas de emprego de armamento, o que se considera uma atividade “densa”. Uma preparação técnico-logística minuciosa foi necessária, e uma equipe dedicada à preparação do exercício já trabalhava pelo menos desde março, quando um primeiro reconhecimento da base de Banak foi feito. Essa equipe realizou a avaliação do potencial técnico e logístico da plataforma aeronáutica, determinando os meios técnicos e humanos que seriam desdobrados da França. Como se trata da primeira campanha de tiro do Rafale na Noruega, foi necessário enfrentar questões logísticas ainda inexploradas.
Cerca de 400 toneladas de material foram despachadas em 65 contêineres, principalmente para a Base Aérea de Banak (situada ao largo do Mar de Barents, acima do paralelo 70). Os contêineres foram desembarcados no porto de Hammerfest, distante 150km da base, e toda a manobra logística tomou várias semanas de trabalho. O material transportado veio das bases aéreas de Saint-Dizier e Mont-de-Marsan, onde estão abrigados os três esquadrões de emprego operacional de Rafale, baseados na França. Entre os materiais, destacam-se os grupos de geração elétrica, tratores de manutenção, meios de telecomunicações e de preparação de missão, sobressalentes e munições.
FONTE / FOTOS: Força Aérea Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em francês)
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É caro, é bonito, e APARENTEMENTE muito eficaz, cumpriria muito bem as missões no Brasil, se não fosse seus altos custos de aquisição e operação.
Os franceses pagam caro, mais estão bem servidos.
Quem tem, tem e demosntra que tem!…
Mas, os NG’s também farão, e por menos, agregando mais ao país, que venham logo.
Que missil é o desta foto?
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2014/08/Artic-Thunder-Ca%C3%A7as-Rafale-na-Noruega-foto-4-For%C3%A7a-A%C3%A9rea-Francesa.jpg
É o A2SM, também chamado comumente de AASM, armamento ar-solo modular que pode incluir tanto o kit de guiagem da bomba convencional quanto um foguete para ampliar o alcance. Está citado no texto, e as atletas duplas ajudam a diferenciar da GBU também citada.
Há várias matérias com fotos sobre essa arma, publicadas aqui no Poder Aéreo.
Até hoje todos os Rafales são franceses,kkkk.Abçs
Pois é, Nunes Neto, é que a gente bota fé que o Rafale um dia vai exportar. Então se alguém pesquisar essa matéria, mais pra frente, vai poder diferenciar de Rafale indiano, do Qatar…
Putz! Se inveja matasse.
Valeu Nunão
Eu não sabia que o AASM tinha essa flexibilidade. Interessante essa arma. Tabem pensava que era da MBDA, mas é da Sagem, e depois que vi que a Sagem também é da MBDA, haha.
Li a respeito da arma na época do seu desenvolvimento. Aqui o datasheet de release.
http://www.mbda-systems.com/mediagallery/files/aasm_ds.pdf
Olhando a França deste jeito, parece que ela não mede esforços quando o assunto é defesa. Fico imaginando todos os gastos destas viagens, incluindo as da África.
Parece que o Reino Unido anda perdendo pra França em projeção de poder, hehe!
Só fico curioso em um coisa: como uma JDAM-ER pode ter um alcance maior que o AASM que usa motor foguete???
Abraços!
Victor, O motor foguete da AASM é pequeno, queimando por um período de tempo muito curto, e só serve pra dar um empurrão. Geralmente o foguete é melhor para incrementar o alcance da bomba quando ela é lançada de média e baixa altitude, enquanto as asas são mais efetivas para lançamentos de média e grande altitude. O supra-sumo seria se combinassem na mesma arma o foguete com as asas escamoteáveis, mas isso parece não ser necessário já que não há nenhuma arma com essa configuração. Os americanos já usaram o conceito de bomba propulsada no Bullpup, na AGM-130 e na… Read more »
Vlw Bosco!!!
Mas realmente acho incrível como as asas conseguem aumentar o alcance de uma bomba até 80-90km, segundo a RAAF!!!
Att.
Consegue, mas quando lançadas de grande altitude (acima de 10.000 metros) e com o vetor em grande velocidade (se em velocidade supersônica, melhor). Vale salientar que a combinação de asas escamoteáveis de grande envergadura com propulsão só ocorreu nos chamados mísseis “cruise”, onde dispensou-se o motor foguete e optou-se por uma turbina. Já nos mísseis e bombas propulsados por foguete a configuração é com asas cruciformes fixas, de pequena envergadura, com menor razão de planeio. Quando o propelente acaba e o motor se apaga, eles rapidamente perdem altitude. A AASM de 500 lb adota uma combinação de motor foguete com… Read more »
Muito obrigado pela explicação caro Bosco, então o que vale mesmo é a aerodinâmica. Abraços!
Nunão,esse é um” verbo do futuro do pretérito dúvidoso”
“Fernando “Nunão” De Martini
27 de agosto de 2014 at 22:54 #”
“….e as atletas duplas ajudam a diferenciar da GBU também citada.”
Acho que o Nunão quis escrever aletas !
….e as atletas duplas ajudam….
Desculpe-me, sei que estou sendo monitorado, mas Nunão …….. com todo respeito …. kkkk …. com uma dupla de atletas …. como ajuda. (rs)
Carlos,
Esse comentário, se não me engano, eu escrevi de um tablet, com o maldito corretor automático.
Nem percebi as atletas duplas.
Uma pena, aliás, deixar passar despercebida uma duplinha de belas atletas dando sopa por aí.
Ao tópico: O Rafale é como meu Landau, custou caro, bebe muito(o carro), as peças são supervalorizadas, caro de manter 100% fora do orçamento. Muito confortável, seguro, cumpre bem seu papel etc ….. Mas está a venda. A relação custo total x benefício não compensa. Assim é o Rafale. Esse negócio de “meu sonho”, “um dia vou ter um” etc …. é muito bonito, até o ponto que começa-se a fazer comparações com outras coisas mais úteis e viáveis. Assim deve raciocinar as FA’s. “Ter não significa operar”, como diz meu Amigo Juárez Martinez. E ainda afirmo, os negócios com… Read more »
Quanto aos exercícios, podiam fazer na Ucrânia né, só para dar uma mãozinha …. “Cerca de 400 toneladas de material foram despachadas em 65 contêineres, principalmente para a Base Aérea de Banak (situada ao largo do Mar de Barents, acima do paralelo 70). Os contêineres foram desembarcados no porto de Hammerfest, distante 150km da base, e toda a manobra logística tomou várias semanas de trabalho. O material transportado veio das bases aéreas de Saint-Dizier e Mont-de-Marsan, onde estão abrigados os três esquadrões de emprego operacional de Rafale, baseados na França. Entre os materiais, destacam-se os grupos de geração elétrica, tratores… Read more »
Carlos, É um exercício com bombas reais, e bombas são pesadas… Creio que algo do gênero seria necessário qualquer que fosse o caça, quando pensamos nessa quantidade (11 aeronaves) em exercício de tiro real ar-solo. Tem os tratores para manobra, para transportar e elevar as bombas até os cabides, sistemas de partida, sobressalentes, sem falar nas instalações de apoio ao próprio pessoal (conforme as necessidades específicas que não possam ser supridas pela própria base), um monte de coisas. No caso de um monomotor, talvez seja necessário levar menos motores sobressalentes, proporcionalmente. Por essas e outras é preciso fazer verdadeiras pontes… Read more »
“Por essas e outras é preciso fazer verdadeiras pontes aéreas logísticas com aeronaves de transporte (e, quando possível, também com navios) nas operações reais mundo afora.”
Afora ?
Estamos fora, infelizmente.
FAB se virando como pode ….
MB & EB, deixemos para o PN e o FORTE.
Esse é, também, um dos motivos do número mágico de 28 KC-390…
Ela dispensa o pod designador de alvos. Talvez seja mais para uma arma stand-off (capaz de guiar-se por aletas móveis e sistema de mira autônomo) do que uma “bomba inteligente”, uma vez que o pod só diz quando ela pode ser lançada para atingir o alvo. Com o foguete incrementa o alcance.
É uma arma muito interessante. Algo que se pensaria para o Gripen NG com certeza.
Para o A-1, não existiria um lote baratinho de mavericks no mercado, afim de integrá-los ao radarzinho scipio? Só pra não morrer sem disparar um míssil sequer?