Índia venderá 10% da HAL para viabilizar produção do Rafale
Objetivo é utilizar os recursos para modernizar instalações da empresa estatal, que além do caça Rafale francês precisará produzir a versão indiana do caça russo PAK-FA, de quinta geração, e o jato Tejas, em linhas separadas
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Segundo reportagem publicada pelo site Defense News na segunda-feira, 28 de julho, o Governo Indiano deverá vender 10% de sua participação de 100% no monopólio estatal fabricante de aeronaves, a Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL). As informações foram dadas por uma autoridade sênior do Ministério da Defesa da Índia, acrescentando que todas as formalidades foram resolvidas e que os 10% das ações serão colocadas à venda por volta de outubro.
A HAL tem um volume de negócios anual de 2,53 bilhões de dólares, e é o único fabricante indiano de aeronaves militares. Segundo a autoridade do Ministério da Defesa, o dinheiro da venda será usado para financiar uma modernização estimada em 5 bilhões de dólares, embora não haja planos para privatizar HAL com a venda de 50 % da participação do governo na companhia.
A empresa precisa dos recursos para acrescentar instalações de produção destinadas a produzir o caça francês Dassault Rafale, selecionado para negociações exclusivas dentro do programa MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio), de valor estimado em 12 bilhões de dólares, e cujo contrato atualmente está em negociação. Além disso, a HAL está engajada com o fabricante russo Sukhoi para desenvolver um caça de quinta geração (FGFA, a versão indiana do PAK-FA / Sukhoi T-50), que precisará de uma linha de produção separada, necessidade que também se aplica à produção em série do caça leve Tejas, desenvolvido localmente.
Atualmente, a HAL fabrica sob licença o treinador a jato avançado Hawk, de origem britânica, e o caça Su-30MKI, de origem russa. A empresa também produz helicópteros e outras aeronaves, incluindo modelos remotamente pilotados, e desenvolve um helicóptero leve utilitário.
FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Dassault (em caráter meramente ilustrativo)
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Ou seja, estão “vendendo o almoço para pagar a janta”.
Resta saber quem vai “comprar” ações de uma empresa que permanecerá estatal e cuja missão é atender as necessidades (não somente militares) do governo indiano.
Alguma empresa chinesa se manifesta?
SDS.
caramba..pelo jeito essa caça vale muito a pena mesmo!!!
Para mim todo esse esforço esta estranho.
O bicho ta pegando pra todo lado hein!!
La plata esta escassa !!
Depende.
10% de quanto ??
Vai se tornar uma empresa de capital aberto em bolsa de valores ??
Na minha opinião se sua administração não for completamente aberta e seus números transparentes ao mercado…. não vai vender nada.
No entanto, pelo montante anunciado, apenas 10%, provavelmente vai arranjar um sócio…. francês… como forma de pressão para se viabilizar o negócio do caça de mesma origem. Como a Dassault não está bem das penas… provavelmente um grupo de empresas francesas vai formar um pool a adquirir esta pequena fração… com “financiamento” do estado francês é claro !
Sds.
Devido a parceria politica e estratégica da da Russia com a Índia, não seria possivel as duas incorporarem partes da tecnologia do Rafale no T-50.
Posso ter viajado na maionese, mas seria possível?
costamarques,
O que já se falou quanto a esse tipo de mistura foi a possibilidade do Rafale indiano empregar armas russas:
http://www.aereo.jor.br/2013/09/15/rafales-indianos-devem-empregar-armas-russas-tambem/
E depois os iluminados do Disney Brasil e o restante da esquerdalha por aí afora dizem que dinheiro na Índia não é problema… E chamam de “traidor” o professor que meteu os pingos nos Is dessa estapafúrdia aquisição de Le Jaquê… Coitados dos hindús. Se a sua economia no futuro der um suspirinho que seja a Força Aérea com sua miríade de aeronaves irá pro chão irremediavelmente. Mas cada povo merece o governo e os líderes militares que tem… Quem vai ser o doido de comprar 10% de uma estatal com um único cliente? Provavelmente ninguém sério: só um especulador… Read more »
considerando que estes 10% não sejam pulverizados em milhares de clientes, isso pode garantir uma cadeira no conselho de administração…
e sendo assim, mesmo que não se tenha muito peso nas decisões, ao menos daria acesso a informações bastante importantes, e alguns casos privilegiadas …
vale a pena pagar tudo isso para se ter acesso a estas informações??
Olha só. Abre capital na bolsa, e chineses e paquistaneses, via Suíça, injetam o capital e começam a ter participação nos produtos HAL, conhecer profundamente seus projetos e desenvolver táticas para superá-los.
Isso aconteceu com um outro país grande potentado ultimamente…
http://www.hellmanns.com.br/receitas
Uma notícia como essa não pode ser lida pela governanta! Ou lida para ela, considerando suas deficiências intelectuais.
Vai que ela bate com o pau na mesa e resolve comprar os 10% da HAL, via banco dos BRICS, para adquirir a tecnologia do fodástico Tejas, e assim ainda garantir a simpatia da Índia no bloco (?!?!?!) que inventaram?
A Embraer estava em um beco sem saída até sua privatização. A HAL poderia seguir o mesmo caminho, e lá na Índia existem grandes conglomerados capazes.
[]’s
Caro Pangloss
29 de julho de 2014 at 16:56 #
Eita, óia o filho do molusco ai gente, sócio de mais uma ….
o “eu gênio das finanças.”
10% ??
É comissão de garçon ?
Caros,
Estes “dez por cento não se sabe exatamente quanto é”, pode ser um desconto enrustido em negociações não tão translucidas assim.
Outro ponto que chama a atenção é que o artigo cita que “Segundo a autoridade do Ministério da Defesa, o dinheiro da venda será usado para financiar uma modernização estimada em 5 bilhões de dólares…”. Oras esse valor não se refere à modernização dos Mirage 2000?
Tem que rolar muita mutreta ou muita loucura pra comprar 10% disso aí.
Aposto na primeira opção.