Segurança aérea não vai prejudicar voos durante a Copa do Mundo
Nenhum voo comercial regular e identificado sofrerá atraso ou será cancelado durante o período dos jogos da Copa por causa da segurança aérea da competição. O esquema de controle do tráfego desenvolvido pelo Comando da Aeronáutica prevê a coordenação de alta precisão do sistema, empregando recursos eletrônicos em terra e no ar: dois jatos E-99 de alerta antecipado do Esquadrão Guardião, de Anápolis, equipados com antenas dorsais, reforçarão a vigilância e a coordenação.
O E-99 AEW é fabricado pela Embraer. A aviação militar opera cinco deles e mais três de coleta de dados de inteligência. A plataforma é o ERJ-145, civil, para 50 passageiros. Os dois foram submetidos a um processo intermediário de revitalização da tecnologia embarcada. O radar permite atuar em um raio de 350 km. A modernização da frota de cinco AEW vai custar R$ 430 milhões.
De acordo com a Força Aérea, caças supersônicos F-5M e turboélices de ataque A-29 Super Tucano estarão em missão nos dias de jogos, armados e prontos para decolar em minutos – nesse regime, os pilotos permanecem a bordo, à espera da ordem de partida. A rigor, um certo número ficará em patrulha, em ação bem antes que a movimentação nas arenas comece. Helicópteros artilhados Sabre e Blackhawk poderão cumprir tarefas especiais.
O início do círculo de restrição ao voo está a 100 km do eixo central do estádio. A referência para o marco zero é o meio de campo. É a Zona Branca, e nela poderão entrar aeronaves com plano de voo registrado. Mais perto, a 12,6 km, está a Zona Amarela, proibida a táxis aéreos e aos aviões executivos. No círculo a 7,2 km de distância, a Zona Vermelha é fechada. No setor só entrarão as aeronaves da frota de segurança, as autorizadas pelo Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro e as unidades de filmagem, identificadas antecipadamente.
OLHO DIGITAL
No dia 12, na Arena Corinthians, e em 13 de julho, no Maracanã, as zonas de exclusão serão acionadas com antecedência de três horas, na abertura, e de quatro horas, no encerramento. Na primeira fase a interdição começa uma hora antes de cada jogo e termina três horas depois. Após essa etapa o padrão muda pouco: uma hora, antes, e quatro horas após o apito final.
O brigadeiro Antonio Carlos Egito do Amaral, comandante do Comdabra, espera que a rotina diária possa ser retomada sobre as cidades-sede, “quando 70% dos torcedores já estiverem fora das arenas e dispersos pela área após a saída”.
Apenas 1% dos voos comerciais programados para a Copa sofrerão efeitos do plano de segurança, diz o Chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea, coronel Ary Rodrigues Bertolino. Aeroportos alternativos foram preparados para receber e reencaminhar passageiros das aeronaves desviadas por causa de condições climáticas.
FONTE: O Estado de S. Paulo
FOTOS em caráter meramente ilustrativo
Olá.
O texto apresenta uma “pequenina” contradição: começa dizendo que “nenhum” voo comercial regular sofrerá atrasos ou cancelamento e termina explicando que “apenas” 1% dos voos sofrerão efeitos (atrasos, cancelamento?) do plano de segurança da copa.
Resta saber qual será o “conceito” de “nenhum” e qual é o “tamanho” de “1%”.
Sei não, sei não…
SDS.
Os 1% do texto podem se referir a situações anormais como os também citados problemas climáticos, exemplo: um voo está marcado de São Paulo para Belo Horizonte passando pela zona de restrição do Mineirão 30 minutos antes dela ser iniciada, ou seja, não afetado pelo esquema de segurança, entretanto condições climáticas adversas em São Paulo obrigam o voo a sofrer um atraso de 40 minutos, desta forma ao chegar em Belo Horizonte a zona de exclusão já estará ativa e o avião seria obrigado pelo esquema de segurança a fazer um desvio na rota. Pode ser que eles considerem que… Read more »
Belíssima foto do E-99, o avião mais bonito da FAB.
Olá Felipe.
Atrasos devido ao clima não devem (creio eu) serem considerados problemas devido ao programa de segurança aérea. Mesmo na situação por você apresentada. O número de 1% dos voos não deve (acho) ter surgido dai. Até porque não dá para colocar um número num evento imprevisível.
Ainda acho a reportagem um pouco contraditória. É como o dentista dizer, antes de iniciar o tratamento: “Não vai doer nada, só um pouquinho!”
SDS.
Bom, como todos já sabemos os problemas não estarão nos céus, mas sim quando começarem os quebra paus, fechamento de auto estradas, incêndios e etc.