Caças Rafale exercitam missão de longa duração da França ao Oceano Índico

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C135 e Rafale - missão da FAS em La Reunion - foto Força Aérea Francesa

Pela primeira vez desde o início de sua operação na Força Aérea Francesa, o Rafale voou até La Réunion, ilha que é um departamento ultramarino francês a 700km de Madagascar

A Força Aérea Francesa divulgou nota nesta quarta-feira, 23 de abril, sobre a primeira missão do Rafale no céu da ilha La Réunion desde que entrou em operação. Trata-se de um treinamento de missões de longa duração das Forças Aéreas Estratégicas (FAS) da França, responsáveis pela dissuasão nuclear do país, envolvendo um jato quadrimotor C135 do grupo de reabastecimento em voo 2/91 “Bretagne”, baseado em Istres, e dois caças Rafale B (bipostos) do esquadrão de caça 1/91 “Gascogne”, baseados em Saint-Dizier.

As aeronaves se reuniram em voo às cinco horas da manhã de 22 de abril, após decolarem de suas bases francesas, e seguiram rumo a La Réunion,  ilha que é um departamento ultramarino francês a 700km de Madagascar. Para os caças Rafale, que realizaram cinco reabastecimentos em voo com o C135, o voo teve duração de 10 horas e 35 minutos, e para o C135, o voo foi de 11 horas até o pouso em Saint-Denis, na ilha.

C135 e Rafale - missão da FAS em La Reunion - foto 2 Força Aérea Francesa

O objetivo da operação é qualificar as tripulações a realizar missões extremamente longas, o que também demonstra a capacidade das Forças Aéreas Estratégicas (FAS) da França de realizar intervenções em todos os lugares. A presença dos caças Rafale no Índico permitirá também a realização, neste 23 de abril, de um exercício de apoio aéreo aproximado em proveito do 2º regimento paraquedista de infantaria da Marinha, estacionado em Saint-Pierre, ao sul da ilha. Isso porque as aeronaves que são a ponta de lança da FAS (Rafale e Mirage 2000N) têm como missão não apenas o ataque com armas nucleares, mas também com armamento convencional, como bombas guiadas a laser.

C135 francês com cesta na ponta do Flying Boom - missão da FAS em La Reunion - foto Força Aérea Francesa

Desde 1964 o componente de Forças Aéreas Estratégicas da Força Aérea Francesa mantém o alerta para dissuasão nuclear de forma ininterrupta, ou seja, há 50 anos, missão que passou dos jatos Mirage IV para o Mirage 2000N e que, mais recentemente, passou a contar com o Rafale do esquadrão “Gascogne”.

Rafale - missão da FAS em La Reunion - foto Força Aérea Francesa

FONTE/FOTOS Força Aérea Francesa (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em francês)

NOTA DO EDITOR: reparar, nas fotos, a cesta do sistema “Probe and Drogue” de reabastecimento em voo instalada na ponta da lança do sistema “Flying Boom” da fuselagem do C135 francês, que também conta com duas naceles sob as asas exteriores para o sistema “Probe and Drogue”. A segunda foto de cima para baixo provavelmente é de arquivo e divulgada apenas para ilustrar reabastecimento em voo – é possível conjecturar isso pois a imagem com as três aeronaves, que abre a matéria, não parece mostrar os dois caças Rafale com outras cargas externas (incluindo pilones para bombas ou mísseis ar-solo, ou mesmo mísseis ar-ar) que não sejam os dois tanques sob as asas.

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Jean-Marc Jardino

Isso sim é um caça real, e nao de papel como um ou outro por ai…………

http://youtu.be/cP42vtC7Z6U

Jean-Marc Jardino
Clésio Luiz

Rapaz, 10 horas é torturante dentro de um cockpit. Acho que não são todas as tripulações que podem voar uma missão dessas, eu com certeza não aguentaria, psicologicamente e fisiologicamente.

E nesse tipo de missão eu acho importante aeronave biposto, porque não é só a parte mecânica que pode falhar. Existe o problema da má circulação de sangue. Passageiros da classe econômica estão familiarizados com o problema…

Penguin

10h35 de voo e 5 reabastecimentos.
Um reabastecimento a cada 2h07…

Penguin

Os AMX da FAB já fizeram melhor… 10h de voo e 3 reabastecimentos: (…) A missão, que teve início às 7h15 em Santa Maria (RS), sobrevoou a Região Centro-Oeste, contornou o Cabo Orange, Estado do Amapá, e chegou, por fim, à Natal (RN), teve a duração de dez horas de vôo, sem escalas, e percorreu cerca de 6.800 Km. Em termos comparativos, esta distância corresponde, por exemplo, aos trechos Paris-Moscou-Paris ou Roma-Bagdá-Roma. Para cumprir esse longo percurso, os A-1 foram reabastecidos em vôo, três vezes, por uma aeronave KC-137 (Boeing 707) do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2°/2°… Read more »

Penguin

Os Harriers GR3, monomotores, voaram da Ilha de Ascensão até as Falklands em 8h-9h e voo sobre o Atlântico. Não sei com quantos REVOs (Victor).

Penguin

Na realidade até o Hermes.

Nautilus

Voo de 10 horas em um Rafale não é nada. Quero ver fazer isso em F-5E, como a FAB fez, voando uma esquadrilha por 9h45min, com cinco REVOs, quando a TO dizia que não era recomendável ultrapassar 6h30, por conta do lubrificante dos motores. A esquadrilha em questão foi comandada pelo Cel Av Sylvio Potengy, então comandante do 1º GAvCa. Ah! E ainda terminaram a missão com um ataque simulado à Represa de Três Marias, no Centro de MG!

Guilherme Poggio

Ah! E ainda terminaram a missão com um ataque simulado à Represa de Três Marias, no Centro de MG!

Sem falar do ataque real a Formiga… mas isso é outra história.

http://www.aereo.jor.br/2010/04/18/o-dia-em-que-a-fab-bombardeou-formiga/

Nautilus

O comentário da viúva do Rafale Jean-Marc Jardino foi completamente dispensável. Mas compreendo a frustração do mesmo, pois o citado “caça de papel” entubou a jaca francesa…

Clésio Luiz

@Nautilus

Realmente aquele voo dos F-5E foi dureza, pois ao contrário do AMX e Rafale, o F-5 não tem piloto automático para poder soltar o manche e descansar. Fora que eu imagino que o cockpit do F-5 seja mais apertado que os outros dois.

Agora imagine você como a vida é (já foi mais) dura para os pilotos de U-2, uma aeronave difícil de pilotar nas missões e no pouso, por essas 10 horas, sobre território inimigo, com caças e SAMs esperando por você!

Justin Case

Amigos, O Nunão citou muito bem a necessidade de uma alternativa para o caso de não ser possível efetuar um reabastecimento em voo, conforme o planejamento. Há também o fator da configuração que está sendo voada. Quanto aos voos de longa duração, é importante relembrar a importância da ergonomia e do conforto para o piloto. Isso tem sido muito mais valorizado atualmente. Outro aspecto é o fator operacional. Não é tão grande o problema, seja para os pilotos ou para as aeronaves, fazer uma missão isolada de deslocamento, em tempo de paz. Dificuldade maior (e aí entra a ergonomia) é… Read more »

juarezmartinez

Caro Nautilus, necessitamos neste momento compreender um pouco da psicologia que se passa na cabeça de alguns Franceses, vejamos: No século 19 apanharam dos Russos e como se não bastasse levaram outra tunda de Bismarck e da Alemanha recem unificada. No século 20, só escaparam de perder a IGG e ter Paris invadida porque os Ingleses, Belgas, Holandes perderam milhões de vidas no Somme. Na II GG, sem comentários, foi a maior tunda no menor tempo possível. Na Argélia levaram um pé na bunda, na Indichina , ídem. Na I guerra do golfo, ao sinal do primeiros flaks Iraqueanos se… Read more »

Baschera

Ainda existem viúvas na França ?? Rssss !!

O questionamento do Penguin é válido… assim como a resposta do Nunão, que achei bastante coerente no quesito “possível reserva de combustível” para um translado deste porte sobre o oceano…. ao menos para uma primeira vez.

Não chequei a rota provável, mas com certeza, no planejamento de voo, deveria haver algumas alternativas em terra para uma possível emergência ou pane.

sds.

juarezmartinez

Ahh, esqueci:

Conseguiram também o impossível:

Perder um combate simulado na Cruzex para a “incompentente Força Aérea Brasileira, euquipada com “modernissimos Miragem MIII com um radar Cyrano, incapaz de achar um AN 225 a um palmo de distância, mas el conseguiram levar chumbo.

Grande abraçop

Penguin

D.
São na realidade 6 trechos.

Clésio Luiz

B, mas vou contestar isso com a comissão do vestibular…

juarezmartinez

Caro Roberto Santana, me permita fazer adendos aos comentários passo a passo: Roberto F Santana 24 de abril de 2014 at 0:05 # Prezado Jean-Marc Jardino. Não repare. Isso que você está vendo é a turma do “quebra facas”, o Poder Aéreo é muito mais que isso. E olhe que amanhã pela manhã virão mais um ou dois para fechar essa “boas-vindas” que você está recebendo. Quem iniciou com a adaga na mão foi o cidadão em questão, questionando se enten deríamos o “Ingrês” do vídeo, eu casulamente, sou muito ruim de “Ingrês”, mas tenho certeza que a maioria aqui… Read more »

Galeão Cumbica

Pessoal

10 horas pra descarregar uma bomba atomica nao é muito tempo? Pelo que eu entendi o treinamento era pra isso.

Sds
GC

Baschera

juarezmartinez
23 de abril de 2014 at 21:44 #

Ahhhh os amigos me desculpem…. mas eu quase tive um ataque de risos ao ler o comentário do Juarez….

E para falar a verdade, um dos maiores atrasos das FFAAs brasileiras … foi aquele acordo militar Brasil/França nos anos 30…. levamos na cabeça do primeiro ao quinto.

Mas não aprendemos nada…..

Sds.

Justin Case

Amigos,

Poderemos calcular a velocidade média, mas de pouco servirá, uma vez que os caças estavam restritos à velocidade do reabastecedor.
Ainda assim, a matemática diz que fez em torno de 7,5 milhas náuticas por minuto, o que equivaleria, grosso modo, a Mach 0.75.
Abraços,

Justin

Justin Case

Certo, Nunão.

Mas não era uma crítica. Só aproveitei a oportunidade para informar o resultado da velocidade média (que você ainda não tinha colocado quando eu decidi escrever) e dar uma dica de como se usa a velocidade em Mach para calcular milhas por minuto.
Abraço,

Justin

joseboscojr

Nunão,
“e com muito mais discrição e flexibilidade no perfil do voo de ataque no caso do primeiro”
Não sei não!
O B-52, claro, não tem o reduzido RCS e a capacidade supersônica do Rafale, mas se levarmos em conta que ele é apto a voo em muito baixa altitude por tempo prolongado, inclusive contando com um radar específico de seguimento do terreno e que só realiza ataque nuclear usando mísseis cruise AGM-86, com 2500 km de alcance, fica meio complicado afirmarmos que ele é inferior nos quesitos “discrição e flexibilidade no perfil de voo”, para o caça francês.

joseboscojr

Nunão,
O radar PESA do Rafale tem um modo “seguimento de terreno”, mas o B-52 tem um radar só pra isso. rsrssss
Quanto a qual é mais apto a voar baixo, tenho dúvidas se é o Rafale ou qualquer outro caça se comparado ao grande B-52, mesmo porque, a penetração em baixa altitude é bem diferente daqueles voos acrobáticos de caças por entre as montanhas.
Fato é que mesmo no caso do B-52 ser menos apto, os últimos 2500 km é feito pelo AGM-86 e esse inegavelmente é bem apto pra voar baixo.