EUA em busca de um F-35 mais confiável e mais barato
Militares dos EUA estão trabalhando em conjunto com a Lockheed Martin e outros fornecedores para reduzir o custo por aeronave do jato de combate F-35 e melhorar a sua confiabilidade, disse em entrevista na segunda-feira (31/3).
O assistente do Secretário da Força Aérea, William LaPlante, disse que o preço do modelo F-35A deve cair de 112 milhões dólares agora para o cerca de 80 milhões dólares americanos em 2018 ou 2019, mas o programa possui planos para baixar o preço ainda mais.
O Government Accountability Office (GAO), uma agência de fiscalização do Congresso, permanece cético sobre esses esforços, notando que os F-35A adquiridos em 2013 custaram 124.800 mil dólares cada um, cerca de 41 milhões dólares americanos acima da meta do Pentágono para 2019.
Os militares dos EUA também estão focados em melhorar a confiabilidade dos jatos, que apresentam falhas entre voos com mais frequência do que o esperado, disse ele.
O F-35A deveria custar cerca de US $ 50 milhões por avião, dando aos Estados Unidos e seus aliados uma opção de substituir uma dúzia de aviões de guerra atualmente em serviço por um avião moderno e de custo baixo. Os críticos dizem que os desafios técnicos têm impulsionado os custos para cima, o que poderia comprometer pedidos maiores, tão necessários para conseguir reduzir os custos a longo prazo.
“Há muitas ideias sobre como reduzir os custos”, disse LaPlante . Ele disse que as partes estão olhando como isso poderia ser feito pela indústria e pelo governo para reduzir os custos de produção, mas não deu detalhes.
O Pentágono deve revelar um plano com novas metas de custo para o programa de 392 bilhões dólares ainda no início de 2014.
O GAO disse na segunda-feira que o programa já tinha baixado o custo geral de desenvolvimento e compra de 2.457 aviões de combate F- 35 para 11,5 bilhões dólares ou 3,3% no ano passado.
As próprias projeções de custos do Pentágono, que deverão ser enviadas ao Congresso em meados de abril, devem mostrar uma queda semelhante nos custos do F- 35, disseram fontes familiarizadas com o assunto nesta terça-feira (1/4).
A Lockheed está desenvolvendo três modelos do F- 35 para os militares dos EUA e oito países que ajudaram a financiar o seu desenvolvimento: Grã-Bretanha, Austrália, Canada, Dinamarca, Noruega, Turquia, Itália e Holanda. Israel e Japão também fizeram pedidos e a Coreia do Sul revelou no mês passado planos para comprar a jato também.
LaPlante disse que a Força Aérea ainda planejava aumentar seus pedidos de F- 35 para cerca de 60 jatos por ano, para obter economias de escala e levar o custo para baixo. Ele disse que o serviço fez escolhas difíceis em seu orçamento fiscal de 2015 e no programa quinquenal para proteger eo plano de cinco anos de gastos para proteger o aumento da produção do F-35 no futuro.
“O custo de operação e apoio é um problema maior”, disse LaPlante . “É o que vai dizer se vamos ou não poder pagar (pelo F- 35)” a longo prazo.
O gerente do departamento de compras de armas do Pentágono informou em janeiro que a frota atual de F-35 estava disponível para uso uma média de 37% do tempo a partir de fins de 2012 a outubro de 2013, valor muito abaixo do limiar mínimo de 50% e do objetivo do programa, que é de 75%. O programa está mirando o valor de 60% de disponibilidade para 2015.
LaPlante disse que o esforço estava direcionado para as partes estavam falhando mais vezes do que o esperado e realizar mudanças, mas as melhorias levarão tempo para aparecer nas estatísticas.
“Vai ser preciso um esforço sustentado”, disse ele . “Estaremos acompanhando nos próximos um a dois anos. ”
FONTE: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
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Senhores,
Pergunta de um leigo, não seria relativamente baixo 75% de disponibilidade operacional para um avião que em tese será o principal vetor de defesa e ataque dos EUA?
Qual a taxa de disponibilidade dos nossos jatos?
Qual a taxa de disponibilidade do F16 e do F15?
Gostaria de ter essa informação para poder comparar com a disponibilidade prevista do F35.
Vida longa e prospera a todos.
Edurval… o F-35 ainda está em IOC (initial operational capability)…
Já li que o FOC (full operational capability), provavalmente, apenas em 2024
No Kosovo os AMX italianos tinham disponibilidade perto de 100%.
Resumindo, o caça é caro e não é confiável. 🙂
E em relação ao custo operacional, será ae que a “porca torcerá o rabo”. Um caça com o nível de sofisticação desses deverá elevar o patamar de hora-vôo para outro nível. Talvez mais baixo que o do F-22, mas muito mais alto que o de um F-18 ou F-16.
Agora tenho uma dúvida. Esses preços apresentados incluem os custos de desenvolvimento, ou são somente os custos de produção?????
[]’s
Agora tenho uma dúvida. Esses preços apresentados incluem os custos de desenvolvimento, ou são somente os custos de produção?????
Caro Nick
Conforme dito na reportagem, este é o custo “por avião” e não leva em consideração o valor gasto do projeto até agora o que ainda será gasto para arrumar todos os problemas.
O elefante branco tá engordando…
Estão achando muito caro ??
Façam as contas de quanto vai custar efetivamente um Gripen E para o Brasil e verão que o do F-35 não está tão distante…..
É conta de padaria ? / É, mas é o que vai efetivamente custar, com ou sem firulas inclusas.
Branco no preto.
Sds.
Façam as contas de quanto vai custar efetivamente um Gripen E para o Brasil e verão que o do F-35 não está tão distante….. Caro Baschera, Se comprássemos só o avião sairia muito mais barato. Isso quem fez foi a Austrália. Direto da prateleira. Pagou o preço mais baixo possível do mercado. O problema é que o F-X2 acrescenta mais um monte de coisas. Só de offset o valor é de 100%. Alguém vai pagar isso e não são os suecos. Por outro lado a reportagem está falando do preço flyaway do F-35. O justo seria comparar com o preço… Read more »
Aproveitando o comentário do Baschera, o F-35 é como um carro chinês: barato de comprar, sem confiabilidade e caro de manter…
Perfeito Poggio.
Mas aí está a questão. Que tipo de uso se fará e quem se beneficiará pelo usufruto desta transferência de tecnologia concomitante com os off set’s comerciais, que serão pagos com os recursos do contribuinte.
E sobre vetor low cost …. eu ficaria de olho no primeiro voo que será feito em breve, do Scorpion da Textron/AirLand Enterprises….
Sds.
Baschera
Acho que a AirLand fez uma aposta errada (opinião minha). Não é nem um avião para competir com o Super Tucano e nem um jato para brigar com um T-50 Golden Eagle, mas o futuro é que dirá.
http://www.aereo.jor.br/2013/09/17/scorpion-jato-de-ataque-de-baixo-custo/
Amigos, Offset não se paga contratualmente e não gera despesas se for adequadamente concebido e executado. Alguns investimentos podem ser necessários, mas esses não são suportados pelo contratante, mas pelas empresas ou entidades beneficiárias de cada projeto de offset, ou sejam, aquelas que vão receber o conhecimento, que vão se capacitar para produzir. O retorno desse investimento inicial deve fazer parte do plano de negócios do beneficiário. É é alcançado ao vender seus produtos, ao obter resultados da tecnologia ou conhecimento absorvido. Isso, é claro, com relação à produção local e transferência de tecnologia. Há outras modalidades de offset, tais… Read more »
“Justin Case em 03/04/2014 as 13:25
Contrato é uma coisa, offset é outra.”
Creio que foi por isso mesmo que o brigadeiro Crepaldi procurou deixar claro, na audiência no Senado realizada em 27 de fevereiro, que as compensações são regidas por um contrato separado do que será assinado para a aquisição dos caças. É um contrato administrativo que inclui sanções em caso de não cumprimento, e essa sistemática vem sendo aplicada há anos pela Aeronáutica.
Para quem quiser rever, está lá no final da matéria:
http://www.aereo.jor.br/2014/02/27/em-detalhes-a-audiencia-na-cre-sobre-f-x2-e-aescolha-do-gripen/