J-20 cada vez mais furtivo
Novas fotos na internet mostram detalhes de mais um protótipo do caça chinês J-20, agora com mais detalhes em relação as suas características furtivas. A pintura da aeronave é parecida com a encontrada nos norte-americanos F-22 e F-35, provavelmente com capacidade de diminuir a assinatura infravermelha em algumas bandas de frequência. O canopi agora tem duas peças e recebeu uma cobertura metalizada.
Percebe-se também as bordas em formato de serra do radome e, atrás dele, pode ser vista a abertura de um sensor de imagem compatível com um alerta de aproximação de mísseis (MAWS). Abaixo do nariz está visível uma abertura semelhante à encontrado no F-35, podendo ser um sensor térmico de busca e rastreamento (IRST) ou um designador laser. Ao redor das entradas de ar estão visíveis aberturas de sensores com cobertura em grade, semelhantes à entrada de ar do motor do F-117, além de um provável sensor de alerta radar.
No combate aéreo o J-20 pode não ser suficiente para contrapor o F-22 ou F-35, mas certamente vai ser um páreo duro contra aeronaves de quarta geração ou anterior, e contra aeronaves de alvo valor como AWACS, reabastecedores e de vigilância. A maioria dos vizinhos da China, incluindo Taiwan, ficariam em franca desvantagem.
Esses chineses não estão para brincadeira , assim como a Russia vaõ fazer valer sua vontade pela força .
Embora possam não ser as melhores aeronaves, temos que dar crédito aos chineses por buscar independência em equipamento militar. O número de projetos que eles estão tocando é enorme, parecida com a última febre de projetos novos dos americanos, nos anos 70. Novos caças, treinadores, helicópteros, transportes, praticamente tudo que voa atualmente na força aérea chinesa está tendo um substituto sendo construído. Enquanto aqui é um parto conseguir verba para um único projeto.
A pergunta é, ou melhor são:
O que disto aí vai rodar e operar?
Porque esta divulgação maciça de fotos dos protótipos?
E o que disto é o realmente é o que dizem ser e o que parece ser?
Agora, tem que tirar o chapéu, os caras são fuçadores…
Grande abraço
Anos e anos de espionagem e engenharia reversa, além de claro, investimentos maciços em P&D e formação de pessoal está dando retorno.
Parabéns aos chineses. Se esse caça tiver uma cópia do material RAM do F-35, os caças ocidentais estarão em maus lençóis… 🙂
[]’s
Nick, Em várias ocasiões no passado se relatou o roubo de informações do programa JSF por parte dos chineses. Os americanos sempre negaram mas olhando esse bagre aí está cada vez mais difícil achar que isto seja impossível. Se por um lado eu tiro o chapéu para os caras, por outro também não me deixo levar pelas aparências. Célula de 5a geração é fácil, quero ver é na avionica. Porque nem mesmo os americanos ainda conseguiram resolver os problemas técnicos da sua aeronave, quem dirá os chineses. Ainda há um grande salto a ser dado mas confio muito mais na… Read more »
“Rússia e Índia ainda vão se surpreender.”
Corsário, acho que todo mundo que duvidou (ou ainda duvida) da capacidade dos chineses pode se surprender…
SDS.
Ah, olha só, o bombardeiro “istélphi” chinês tá ficando bem parecido com uma aeronave.
Legal. Tão treinando bem as técnicas de maquilagem…
🙂
Ah sim, off topic:
Le Jaquê fazendo fumaça na terra de Buda:
http://timesofindia.indiatimes.com/india/Rafale-deal-Antony-refuses-govt-guarantee-to-France/articleshow/32965491.cms
O canopi não parece ter duas peças, mas apenas uma única com um reforço estrutural metálico por baixo, exatamente como no F-35.
Quanto à furtividade do mesmo, ainda me parece uma célula majoritariamente metálica com rebites e tudo. Nada parecido com os materiais compostos dos F-22 e F-35.
Almeida, material composto não deixa nada furtivo. Tem que ter material metálico mesmo tem toda a estrutura.
Um bom exemplo é a cobertura metalizada no canopi. O canopi é feito de material composto “invisível” ao radar. A onda de radar simplesmente entra no canopi e reflete em tudo na cabina. Com a cobertura metalizada as ondas de radares são desviadas para outra direção.
A técnica de forma foi pensada tendo em vista a célula ser feita de metal. O F-22, por exemplo, tem 50% de metal (aço, titânio e alumínio) e 50% de “outros” materiais na fuselagem. Materiais compostos podem ser usados num avião furtivo, mas não os materiais compostos convencionais, que são “transparentes” ao radar, mas que refletem no “recheio”. Para se usar materiais compostos em um avião furtivo só se for em locais selecionados que não têm recheio (ductos, eletrônicos, sistemas elétricos, hidráulicos etc.). No exemplo que o G-LOC citou, do canopi, resolveram a transparência do radar que refletia o cockpit… Read more »
Em resumo, uma aeronave para ser efetivamente furtiva ao radar deve obedecer três critérios básicos NESTA ORDEM DE IMPORTÂNCIA. 1- ser construída com materiais que absorvem e/ou pouco refletem ondas de radar. 2- possuir forma que gere o menor retorno para o radar que a iluminará 3- (muito atrás dos últimos dois) tamanho reduzido A junção dos dois primeiros causa uma certa dor de cabeça para os projetistas na hora de posicionar este ou aquele dispositivo na aeronave. As luzes de identificação noturna do F-35, por exemplo, seguiam critérios de furtividade, mas a FAA informou que tais dispositivos estavam em… Read more »
Sobre a discussão da aparência desse avião, usando os americanos como padrão, tanto o F-22, quanto o F-35 também não mudaram bastante sua aparência e acabamento desde que eram YF-22 e X-35?
Quando falei do material de construção me referia aos detalhes das junções, não à transparência dele.
Nem todo material composto é transparente ao radar, como bem disse o Bosco. Dá para se fazer material composto refletivo e também absorvente. A questão não é essa.
A diferença que eu expus foi que no avião chinês, aparentemente feito de metal e rebites, as junções das seções possuem arestas, espaços, reentrâncias e afins que definitivamente refletem ondas eletromagnéticas para todos os lados. Bem diferente das junções perfeitamente bem acabadas e lisas do F-22 e F-35.
PS: Melhor absorver e não refletir nada do que refletir pro ponto cego. Sempre pode haver outros meios te iluminando de ângulos diferentes. Foi assim que os sérvios pegaram aquele F-117, triangulando vários radares em terra em posições diferentes.
Olhando esse avião, dá pra ver que o Mig-42 sobrevive. Eu acredito que eles compraram o projeto russo e desenvolveram (utilizaram engenharia reversa + ciberespionagem) com o que há de consolidado em stealth.
Sempre existirão sistemas que detectarão. O caso é que se esses sistemas chegarem ao mercado ou usabilidade antes dos aviões, a 4ª geração vai voltar com tudo, porque, sabidamente, é muito melhor dinamicamente.
No chão, ele parece uma centopeia parindo. Voando é harmonico, em termos de estética. Lutando é que são elas…