FAC perde outro Kfir biposto
Um caça Kfir da Força Aérea Colombiana (FAC) acidentou-se na terça-feira (18/2) durante uma missão de treinamento. Um dos tripulantes faleceu no acidente e o outro ficou ferido, informaram fontes militares.
A aeronave, um caça biposto de origem israelense, caiu por volta das 16:53h (horário local) próximo de Norcasia, um vilarejo na província central de Caldas.
Segundo a FAC, um dos pilotos conseguiu se ejetar e “foi resgatado com vida e evacuado” para um centro médico na base aérea de Puerto Salgar, em Cundinamarca, ao passo que o outro piloto “infelizmente faleceu dentro da aeronave”.
A FAC lançou uma investigação para apurar os motivos do acidente. Em 27 de setembro um outro Kfir da FAC acidentou perto da base de Palanquero em Puerto Salgar, mas ambos os tripulantes escaparam sem ferimentos.
FONTE: EFE, via FoxNews Latino (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)
NOTA DO EDITOR: em setembro do ano passado foi perdido o biposto FAC 3003. O FAC 3004 e o FAC 3005 já haviam sido perdidos respectivamente em 2009 e 2010. Desta forma, a aeronave perdida pode ser o FAC 3007 ou o FAC 3008, deixando a FAC com um único Kfir biposto atualmente.
VEJA TAMBÉM:
Parece que está na hora da FAC comprar um novo caça. F-16 ou Gripen?
Poggio, eu apostaria no F-16 pelas estreitas relações entre Colômbia e EUA. Além disso, via FMS a compra talvez fique mais acessível.
A Saab tem falado em um cliente em potencial na Am. do Sul.
Eu apostaria na Colômbia.
Argentina > sem $$$
Chile > já tem F-16
Venezuela > Sem $$$ e com Sukhoi
Os demais países são coadjuvantes!
Pelo que entendi este foi o quarto biposto a cair… Já caiu algum monoposto? Se não, é interessante o fato de os acidentes terem ocorrido apenas com os bipostos… A vida tem sido dua para os pilotos de “jacas made in Israel” em treinamento na Colômbia.
Pelo que entendi este foi o quarto biposto a cair… Já caiu algum monoposto?
Sim, mas eram monopostos antigos. Um C2 em 1995 e um C7 em 2003.
phacsantos
20 de fevereiro de 2014 at 14:59
Quem sabe o Peru…
Tens razão André,
Esqueci desse aí..A Saab até ofereceu o Gripen, um tempo atrás via leasing..não sei que fim levou-se!
Mas continuo apostando na Colômbia.
Abs
“Lyw 20 de fevereiro de 2014 at 15:24”
Correção, onde lê-se “dua” lêia-se “dura”.
“Guilherme Poggio 20 de fevereiro de 2014 at 15:30”
Valeu Poggio!
Creio que se os Kfir C10 ainda tiverem muitas horas de vôo pela frente, talvez a FAC compre umas unidades de bibpostos adicionais à Israel para manter a operacionalidade da força.
Eu tenho uma dúvida, e como os colegas tocaram no assunto.
Qual é a chance do Gripen na Argentina, se o caça possui algumas peças produzidas na Grã-Bretanha?
Venezuela não é cliente potencial apenas pela grana: Existe um veto de material bélico dos EUA sobre eles, tanto que deixou-se de vender o ST.
“Lyw 20 de fevereiro de 2014 at 15:24 # A vida tem sido dua para os pilotos de “jacas made in Israel” em treinamento na Colômbia.” Primeiro quero afirmar que sua expressão ““jacas made in Israel” é tipico de um__________________________e desconhecimento das capacidades, qualidades, relação custo x benefício, honestidade em cumprir contratos, desenvolvimento tecnológico da indústria de material bélico Israelense. Em todos os eventos a IAI LAHAV participou das investigações, aliás comum no mundo todo e nunca constatou-se falha construtiva/reconstrutiva da célula ou de seus equipamentos/componentes. Falha na operação(operacional?) do(s) piloto(s) ou de manutenção colombiana são as causas no que… Read more »
Israel: o milagre do deserto. Como eles conseguiram fazer a terra seca produzir alimentos para abastecer a Europa?
Poços de mil metros de profundidade levam o verde para o deserto.
Na terra salgada, crescem os mais bonitos e doces pimentões do planeta.
Melões, cabras, peixes e corais. O que mais os malucos do deserto vão conseguir produzir?
Lagostas azuis do deserto? Elas produzem cálcio. E agora sai até remédio do lugar onde antes ninguém queria viver.
נוֹחוּת, רַחֲמָנוּת, חֲנִינָה, מְחִילָה, סְלִיחָה, סַלחָנוּת
Vão de Kfir Bock 60, é a lógica !
““jacas made in Israel” é tipico de um _____________”
Porque tanta ofença??? Parece um comentario tipico de um cavalheiro Judeu em tudo relacionado a Israel. Se qualquer um tem a ousadia de criticar qualquer coisa concernente a Israel ou Israelense imediatamente e taxado de anti-semita, nazista ou ate pior.
Eu gosto muito do ovo Judeu, mas para com isso, rapaz. Mais civilidade por favor.
ovo=povo.
Mais informações:
http://www.fuerzasmilitares.org/noticias/colombia/fuerza-aerea/4048-se-estrella-otro-kfir-que-pasa-con-nuestros-cazas
Carlos Alberto Soares 20 de fevereiro de 2014 at 18:16
Nossa, você ficou irritadinho em rapaz!
Eu em algum momento disse alguma coisa que você disse que falei?
Vou pedir que você estude mais um pouco e descubra qual a real origem do apelido “jaca”, se por ventura você conseguir compreender, verá que eu me referi à uma especificidade do desempenho de aeronaves derivadas do Mirage III (o que acontece se o motor falhar), nada a respeito da manutenção da aeronave.
E quando estiver na TPM de novo, evite comentar aqui no aéreo, pois este tipo de resposta é desnecessária!
Que tal você ver esse famoso vídeozinho onde um piloto de Anápoles explica de onde saiu o apelido Jaca:
http://www.youtube.com/watch?v=462AQN6CpqM
Se depois outras coisas (principalmente entre foristas e afccionados sobre o assunto) foram adicionadas ao significado da expressão “Jaca” é outra história.
Pra mim, “Jaca” é o que o piloto descreve no final do vídeo, nada mais.
O apelido é por isso mesmo, razão de planeio ZERO. Igual a jogar um ferro de passar roupa da janela do prédio.
Na frente do prédio do Esquadrão tem um jaqueira plantada.
Amigos,
Bem, razão de planeio zero é exagero.
No planeio, o tempo para chegar ao solo é curto, mas a distância percorrida é até considerável, devido à alta velocidade de planeio.
Existia até um treinamento de tráfego de emergência com motor parado. Era um tráfego circular que iniciava na vertical do aeródromo, a 15.000 pés de altura.
E funcionava. Um dos nossos F-103 chegou a pousar em Anápolis com o motor apagado, em emergência.
Estava muito embalado, foi parar na barreira ao final da pista.
Abraços,
Justin
Um dos nossos F-103 chegou a pousar em Anápolis com o motor apagado, em emergência.
Estava muito embalado, foi parar na barreira ao final da pista.
Essa barreira não é automática. Alguém ou o próprio piloto deve ter solicitado.
É verdade. Depois proibiram o tráfego de emergência. Foi o único realizado no Brasil.
Na realidade, o piloto não realizou o tal tráfego, mas veio direto para pouso. Esse foi o principal motivo pelo qual ele chegou muito embalado. Não sei o motivo pelo qual foi cancelado o treinamento. Mas esse cancelamento (que eu desconhecia) foi bem posterior àquele pouso. Durante um dos treinamentos, bem no início da operação do F-103, uma aeronave teve apagamento ao arremeter do procedimento de emergência. Os pilotos(?) (acho que era um biplace) ejetaram, com a morte de um piloto, devido a uma falha na ejeção por erro de procedimento de manutenção da cadeira, que não foi identificado na… Read more »
Parece que sim.
Não.
Mas nesse outro acidente também houve um problema de manutenção (montagem incorreta em uma grande revisão).
Abraço,
Justin
Aliás, um aspecto industrial importante deve ser salientado.
Atualmente, a tendência é que os sistemas busquem ser “fool proof”, de modo a evitar erros de montagem por descuido ou por falta de consulta à documentação. Para isso, utilizam peças, mangueiras, conectores de tamanhos diferentes, para que seja impossível inverter ou instalar peças erradas durante a manutenção. Isso também é tecnologia.
Abraços,
Justin
Para isso, utilizam peças, mangueiras, conectores de tamanhos diferentes, para que seja impossível inverter ou instalar peças erradas durante a manutenção. Sim, isso é verdade. Vale para a indústria aeronáutica, mas também vale para uma série de outros segmentos. Só o que o pessoal que projetou o F-35 esqueceu disso. Logo na abertura da reportagem da CBS sobre o caça norte-americano tem uma parte onde o brig. Chris Bogdan (gerente do programa F-35) trava uma conversa com um subordinado seu. A conversa é a seguinte: “Esta manhã o problema é uma válvula que foi instada de forma invertida e precisa… Read more »
Olá.
Se os biplace forem usados para treinamento/formação de pilotos, o arito maior até se justifica. Ainda mais se o número de bipostos for reduzido.
Acho que a Colômbia vai de F-16. Mas até a troca/substituição dos atuais aparelhos, novos Kfir biplace devem vir.
Bom, os delta nunca foram bons de planeio (a asa dá pouca sustentação com baixas velocidades). Nem de pousos em velocidade baixa.
SDS.
Interessante o link Roberto.
Eu não conhecia.
Lá também podemos identificar a capacidade de planeio da Jaca.
Em velocidade de cruzeiro (Mach 0.9 a 36.000 ft) poderia planar umas quarenta milhas até chegar ao solo, mantendo 300Kt. Quantas milhas pode planar um T-25 em sua velocidade e nível de cruzeiro?
Abraço,
Justin
Prezado Justin
A capacidade de planeio do Mirage III foi testada em combate e narrada pelo coronel Spector (Força Aérea de Israel) em seu livro “Em alto e bom som”.
Off topic: como os franceses são ruins de manual…
Aqui na AZUL penamos com os FCOM do ATR. Muito ruins! Frances traduzindo manual pro inglês. Ninguém merece…
Falando de montagem errada, lembrei do caso do acidente do Penedo em Canoas, num F-5F, onde as tubulações do assento estavam invertidas. Entrou voando no chão.
Não vi mas imagino. Os Jaguares sempre reclamaram dos manuais.
Acho que os do Mirage III foram traduzidos pro português, na marra!
Poggio, essa do Spector eu li no livro. Mas tem uma cara de lenda ou, pelo menos, um pouco de exagero. Ele deu uma romanceada na história.
Amigos,
Os manuais do F-103:
Era pré-canard: inglês.
Era pós-canard: francês
Foi o que contratamos.
Abraços,
Justin
Mas o que causa acidente mesmo é o manual não-lido ou não-cumprido.
Justin
O mirage III planando tem muitos casos. Mas o kfir não deve planar bem porque o centro de gravidade em relação ao mirage 5 foi afetado, tanto que ele voa sempre em posição de subida…
inaldo Nery 20 de fevereiro de 2014 at 22:48 #
Off topic: como os franceses são ruins de manual…
Aqui na AZUL penamos com os FCOM do ATR. Muito ruins! Frances traduzindo manual pro inglês. Ninguém merece…
Falando de montagem errada, lembrei do caso do acidente do Penedo em Canoas, num F-5F, onde as tubulações do assento estavam invertidas. Entrou voando no chão.
E sabe que mé que montou invertido Cel?
O PAMA CM
Grande abraço
Justin Case 20 de fevereiro de 2014 at 23:30 #
Mas o que causa acidente mesmo é o manual não-lido ou não-cumprido.
Justin
Tem mais coisas que causam acidentes:
Projetos mal dimensionados
Manutenção precária
Falta de $$$$
Grande abraço
Roberto, bom dia. Sobre o abastecimento sob pressão: Bipostos: 4900 até 4905 foram recebidos sem o sistema, mas este foi incorporado junto com a modernização do canard. 4906 e 4907 já foram recebidos da França com o sistema. 4908 e 4909 (último lote) vieram só podiam ser abastecidos por gravidade. Monopostos: a mesma resposta vale para os lotes 4910 a 4925, 4926 a 4929, 4930 e 4931. Outras observações: o 4929 foi recebido com capacidade de realizar REVO. O sistema sob pressão (e REVO) podia também reabastecer os tanques externos (exceto os tanques israelenses ventrais de 220 USG). A conexão… Read more »
Juarez,
No acidente em que o F-5F não pode ejetar o assento traseiro, ouvi que ele veio montado errado lá dos Estados Unidos (agressor), e que a nossa manutenção não identificou a falha.
Aquele F-5F já tinha passado pela revisão no PAMASP quando ocorreu o acidente?
Abraço,
Justin
Grato pela consideração, Roberto.
Sobre escrever artigos, vou pensar no caso.
Abraço,
Justin
Poggio,
O kfir acidentado, fruto desta matéria, tinha a numeração “FAC 3006”.
Resta apenas o FAC 3007 como modelo biposto.
Sds.
de fevereiro de 2014 at 9:05 # Juarez, No acidente em que o F-5F não pode ejetar o assento traseiro, ouvi que ele veio montado errado lá dos Estados Unidos (agressor), e que a nossa manutenção não identificou a falha. Aquele F-5F já tinha passado pela revisão no PAMASP quando ocorreu o acidente? Abraço, Justin Caro Cel. Quando chegaram os Agressors, algumas células começaram voar logo, só que em seguida começaram os pepinos. Foram enviadas duas células para o PAMA para efeutar inspeção rigorosa, e ficou claro que aqueles aviões não poderiam continuar voando, seria necessário efetuar vários reparos estruturais(daí… Read more »
Cel, houve um erro de montagem na tubulação de acionamento das cargas de ejeção, que vinha desde que as aeronaves eram de propriedade da USAF, apesar de que no TOs da Northrop não estava prevista inspeção deste ítem, mas mesmo assim, quando do IRAN, isto deveria ter sido percebido, mas não o foi.
Grande abraço
¨Sabe caro amigo, você é um cara legal e faz exceção à regra, é um aviador e não tem o vício característico da profissão: a vaidade. É humilde e não fica contanto casos pessoais. Parabéns.¨ Roberto, desculpe se conto casos pessoais, mas é, somente, para dar credibilidade às coisas que posto aqui. Não tem nada a ver com ¨vaidade¨. E ainda assim, por vezes, me engano em algumas informações. Não me aborreço em ser corrigido. Não tenho a paciência em pesquisar na rede, como os senhores bem fazem. É mais prático fundamentar na experiência pessoal. Tenho aprendido muito com os… Read more »
Roberto, obrigado por responder.
Caro Rinaldo Nery
“Outro detalhe importante: não uso nickname. Eu sou eu.”
Tá ai, gostei !
Assinado: Carlos Alberto Soares por
Carlos Alberto Soares
“É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota.”
Theodore Roosevelt
Dentro de cada profissão transmitir experiências e vivências, contribuir com todos na aquisição de conhecimentos e incentiva-los para a busca incessante do aperfeiçoamento para que se tornem melhores faz parte dos que desejam um mundo melhor.
Fantástico é quando a criatura supera o criador, este saberá que cumpriu seu papel.
Para quem não quiser cair no sono, 5 episódios:
http://www.youtube.com/watch?v=FaOSLYvGPuM