FAB recebe dois UAV como parte de ‘offset’ da Airbus

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UAV Diana

ClippingNEWS-PA  O Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA), órgão vinculado ao Ministério da Defesa espanhol, informou no dia 13 de fevereiro que entregou para a Força Aérea Brasileira (FAB) dois aviões não tripulados “Diana”.

A entrega faz parte de um acordo com a empresa brasileira Equipaer Ind Aeronáutica para a transferência de tecnologia, que tem como objetivo fazer com que a companhia fabrique e comercialize o dispositivo na América do Sul para aplicações de defesa.

Por meio do acordo, o INTA fornece ao governo brasileiro duas unidades “Diana”, composto por um sistema de controle em terra e um segmento terrestre, composto por um lançador comercial e um carro adaptador.

Além disso, concede uma licença em regime de exclusividade e com limites de tempo, área geográfica e aplicação para a fabricação e exploração comercial da tecnologia “Diana”, e proporciona a formação e o suporte necessários para a fabricação, manutenção e operação dos sistemas.

Em um ato realizado na sede do INTA, nos arredores de Madri, foi assinado um convênio de colaboração entre o instituto e a Airbus Defence and Space para o Projeto de Offset requerido pelo Brasil.

O INTA atua como Offset Partner de Airbus Defence and Space, empresa obrigada a conceder compensações industriais à Força Aérea Brasileira pela aquisição por parte desta de produtos de defesa a Airbus Defence and Space.

O Brasil é um dos principais clientes de Airbus Defence and Space na região da América Latina.

Na atualidade, a Força Aérea Brasileira tem em operação um total de 12 aviões C-295, assim como oito P-3 Orion modernizados pela companhia.

FONTE: EFE, portal Terra (para ver o “press release” original da INTA, clicar aqui)

NOTA DO EDITOR: a INTA refere-se ao Diana como um alvo aéreo de alta velocidade com capacidade para  desenvolver tecnologias típicas de VANT. Participam do desenvolvimento do Diana empresas privadas espanholas como INDRA, SENER, Tecnobit e INMIZE.

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Mauricio R.

A versão modernizada dos espelhinhos e colares, pelos quais nossos silvícolas trocavam toras e mais toras de Pau Brasil.

Baschera

Toras estas que ainda hoje existem em excelente estado …. como se pode observar nos aterros e suportes das ilhas artificiais de Amsterdã, na Holanda.

Sds.

Aldo Ghisolfi

Maurício eu ia comentar +_ nos teus termos; fico envergonhado sempre que uma notícia destas é veiculada. Algum dia essa maldita cultura picareta e submissa da transferência de tecnologia vai acabar…

Almeida

Não vou opinar por desconhecer o mercado deste tipo de UAV aqui na América Latina.

Parece ser uma boa notícia, ninguém aqui está fazendo isso até onde eu sei.

Rafael Oliveira

Almeida, a Equipaer que foi a empresa brasileira que recebeu a “transferência de tecnologia” já atua no ramo de alvos aéreos, mas não sei dizer a qualidade dos produtos dela, tampouco o tamanho de suas vendas.

Aí entra aquela outra questão: nossas FAs vão comprar o produto em quantidade para manter uma operação comercial saudável da empresa?

Aldo Ghisolfi

Rafael Oliveira, bom dia: fico preocupado sempre que leio algo como o que escrevestes a respeito das “nossas FAs comprarem o produto em quantidade para mantyer uma operação comercial saudável da empresa”.

Acho que isso consubstancia uma forma terrível e ilegal de discriminação programada em relação às demais empresas comerciais do país que lutam com suas próprias forças e capacidades.

A Equipaer deve ser a única responsável pela sua programação e projeção comerciais.

O nosso dinheiro não deve ser aplicado em empresas privadas para gerar lucros para seus proprietários.

Rafael Oliveira

Bom dia, Aldo. Concordo que as empresas devem andar com suas próprias pernas. Mas daí temos que concordar que elas andem na direção que quiserem. Agora se o Brasil quer que empresas brasileiras produzam produtos militares de seu interesse, ele deve garantir a “sustentabilidade econômica” dessa política industrial. Ou ele pode simplesmente se contentar em comprar produtos estrangeiros, que, provavelmente, sairiam mais baratos. O que eu acho certo é o governo brasileiro fazer aquilo que é mais vantajoso para o povo brasileiro. Dependendo do caso, compensa comprar fora. Em outros, compensa incentivar a produção local, em razão da criação de… Read more »

Mauricio R.

Saiu na chuva é p/ se molhar!!!
As ffaa vão adquirir aquilo que lhes atenda as necessidades, se serão 10 ou 50, pouco importa.
Outro ponto, a saúde do negócio não é de responsabilidade do governo e nem das ffaa, mas tão somente de seus controladores e acionistas.
Risco existe, para quem esteja disposto a incorre-lo.

bitt

“Dependendo do caso, compensa comprar fora. Em outros, compensa incentivar a produção local, em razão da criação de empregos, receita com impostos, possibilidade de exportação e etc.” Exatamente – por sinal, é o qu todo mundo faz. O que resta saber é se a ToT com relação a este produto poderá ser aplicada em outros. Comprar itens militares de pequena monta é coisas que todos os países fazem. Que novidade tem nisso?.. “Outro ponto, a saúde do negócio não é de responsabilidade do governo e nem das ffaa, mas tão somente de seus controladores e acionistas.” Depende, meu caro. Se… Read more »

Rinaldo Nery

Aldo, não entendi seu comentário: ¨Algum dia essa maldita cultura picareta e submissa da transferência de tecnologia vai acabar…¨ Se ainda me lembro, esse era um do últimos tópicos de ToT previstos no contrato do Projeto CL-X, onde fui gerente adjunto em 2009. Acho, salvo melhor juízo, que esse VANT será empregado como alvo de alta velocidade para emprego de mísseis ar-ar, visto que ainda não possuímos esse tipo de alvo. Certamente, será muito útil para as três Forças, que poderão testar seus mísseis (ar-ar ou solo-ar) nesse tipo de alvo. Lembro que no último lançamento de Python 3 e… Read more »

Aldo Ghisolfi

Rinaldo Nery, boa tarde. Não me referi só ao caso presente; quis referir ao fato de que nunca é veiculada uma notícia no sentido de que estamos investindo em pesquisa própria, desenvolvendo tecnologia nossa mesma. Toda negociação do governo é no sentido da transferência de tecnologia, sem pagar por ela, deixando o custo da pesquisa que a ser transferida embutido no custo ordinário do produto. É evidente que não existe ‘anjo’ nestas negociações, mas nunca estamos em condições de igualdade nas negociações, sempre estamos barganhando tecnologia. Penso que já era mais do que hora de estarmos caminhando com nossas próprias… Read more »

Rinaldo Nery

Aldo, não é uma barganha. É uma troca prevista em contrato, e sempre vantajosa par o País e para a indústria. É o que se faz atualmente no mundo globalizado. Não é invenção nossa. Só a China que copia descaradamente.
Se o País não investe o suficiente em pesquisa (apesar da FINEP e outras instituições), a culpa é do governo no qual votamos.
By the way: eu não votei no PT. Nunca votarei.

Carlos Alberto Soares

Caro Rinaldo Nery

Concordamos 1000%

Caro bitt

Concordamos 99%, kkkk nunca dá 100% pô ! Abs

Lyw

“Depende, meu caro. Se a indústria em questão for estratégica, a saúde dela é de interesse da sociedade civil. Se o recorte dela – e sua fatia especializada, dito “formadores de opinião” – souber de seu papel e do que fala, certamente debaterá essa questão. Se o problema fosse exclusivamente “risco”, dois terços do complexo industrial militar norte americano e europeu já teria sumido do mapa. O caso europeu ainda mais dramático. Outro dia, dei boas risadas vendo o teor dos comentários de um de nossos confrades, prevendo a falência da Dassault. Sabe qtas indústrias de alta tecnologia faliram nos… Read more »

juarezmartinez

A pergunta que vem após o post do Bitt é a seguinte; Muito bem, isto aconteceu até hoje em um mundo preparado para o embate global contra os Russos e com dinheiro saindo pelas janelas. Hoje, nas atuais CNTPs, sem possibilidades de um conflito global simétrico e com pequenas guerras pipocando cá e lá e principamente com a carteira vazia, em especial os Europeus, e com uma parte consideravel de seus cidadãos vivendo do “bolsa desemprego”, será que isto voltaria a acontecer? Será que,, por exemplo a Airbus absorveria a Dassault com todos os seus “passivos” estruturais? Não sei. Grande… Read more »

Carlos Alberto Soares

Juarez Martinez

Nos leva a uma boa reflexão seu comentário.

Abrazos compañero !

Joker

Melhor que disparar misseis em flares eh produzir esses drones para destruí-los. (teclado bichado)