Capacidade REVO do KC-390
Durante as operações aéreas contra a Líbia, os KC767 italianos voaram 50 missões em 260 horas de voo. Foram transferidos 544 toneladas de combustível para os caças italianos operando na região. Foi uma média de 10,5 toneladas de combustível por missão. Os valores estão bem abaixo da capacidade total de combustível do KC767 (cerca de 72 toneladas) e bem bem menor que as +20 toneladas de carga do KC-390. Pelo menos em missões de pouca demanda como as operações contra a Líbia o KC-390 não teria limitações.
No caso de REVO do KC-390, é instalado um tanque dentro da área de carga?
Sim, mas a conta a ser feita não é bem essa.
O KC-130, assim como outras aeronaves de reabastecimento aéreo podem transferir combustível para outras aeronaves a partir dos seus próprios tanques de combustível.
A partir dos tanques internos e externos um KC-130J pode transferir, por exemplo, perto de 30 toneladas de combustível.
Não desmereço o KC-390, mas temos um continente pra patrulhar. Como já foi aprovada a compra dos reabastecedores maiores, o KC-390 pode ser um tático, e os Boeings uma força de desdobramento de longo alcance e múltiplos reabastecimentos.
Sim, há operações que pedem um avião cisterna do porte do KC130 e KC390, em torno de 80 toneladas de MTOW.
Mas o texto pode induzir os novatos a um entendimento equivocado, no que diz respeito a capacidade de combustível versus o quanto pode ser transferido por missão. Afinal, o tanqueiro precisa de boa parte deste para voar até a estação de REVO, cumprir a missão e retornar.
O KC767 italiano vai precisar de metade ou mais das 72 ton para voar. Dependendo da missão, pode dispor menos de 1/3 do combustível para transferir.
Iva, então um KC 767 tem uma capacidade pouco expreciva contra o futuro KC 390, digo isso pois se fosse preciso fazer revoo em poucos caças, o KC390 podeira voar mais longe, usando parte do combustivel destinado aos caças.
Eu entendi errado?
O que eu mais curto no design do KC-390, além da velocidade bem superior que os Hércules, é a capacidade dele mesmo ser reabastecido em voo.
Um carrega um time de forças espciais para um hot spot enquanto outro o reabastece no caminho de ida e volta. Uma capacidade fantástica nos dias incertos de hoje.
Almeida, eu tmb sou fã desta aeronave, mas o Hercules tmb pode ser reabastecido em voo.
Joner, Talvez não tenha sido claro no post anterior. Vou detalhar um pouco, para um melhor entendimento. Alguns dados básicos dos aviões cisternas em questão. * Embraer KC-390 (Brasil) * Comprimento – 33,91 m Envergadura – 35,06 m Altura – 10,26 m Peso vazio – não disponível, mas deve ficar em pouco menos que 40.000 kg MTOW – inicialmente estimado em 72.000 kg, hoje a informação é que ficará em 81.000 kg Combustível (tanques internos) – 23.400 Kg Combustível (tanques extras no porão) – 14.000Kg Combustível (tanques externos) – não Obs. – Combustível total de 37.400Kg Powerplant – 2 ×… Read more »
Que o KC-390 não será uma maravilha na função REVO, sabemos.
Mas nesse caso aplica-se aquele velho ditado, “em terra de cego, caolho é rei”. Eu até queria que a FAB comprasse uma dúzia de A-330MRTT ou KC-767, mas…pra quem até agora viveu com KC-137, o KC-390 tá mais que bom.Uma lástima termos que raciocinar assim em relação à nossa FAB, mas é a realidade.
Almeida,
Há versões do venerável Hércules com capacidade de reabastecer e ser reabastecido em vôo.
Aquela ‘tromba’ (ou seria ‘chifre’) de vários C-130 ingleses (antigos e novos) é para encaixar nas cestas da mangueiras de reabastecimento.
http://www.surclaro.com/modules/Media_Gallery/gallery/Screenshots/FS2004/C-130K_Hercules_RAF_80-s_Camo.JPG
Abç.,
Ivan.
Roberto Santana, Pelo que tenho lido, SIM. Uma parte interessante que copiei e colei nas minhas anotações sobre o KC-130J: “The KC-130J offers a 57,500-pound fuel offload capacity using wing and external tanks while in the air. The KC-130 is equipped with a removable 3,600-gallon aluminum fuel tank that is carried inside the cargo compartment providing additional fuel when required. The aircraft is ready to fuel fixed or rotary-wing aircraft using the standard probe and drogue.” Curiosamente os veneráveis Hércules na sua versão J podem dispor do combustível interno e combustível externo (nos tanques sob as asas) perfazendo um total… Read more »
Roberto,
“pane seca”
Sério?
Com mais de 30 toneladas de combustível?
Realmente não entendi…
Minha dúvida ficaria entre o comprimento da manqueira de REVO e a disposição das asas (alta e reta) com motores turboélice e hélices girando próximo ao terço frontal.
Grande abraço,
Ivan. 🙂
Ivan?
O Mapento?
Iva?
O Frentista?
És tú?
Mestre Bosco,
Sim, sou eu.
Ocupado, sem tempo, escrevendo em smartphone (eita…), mas ainda vivo.
Forte abraço,
Ivan, do Recife.
Prezadíssimo Bob,
Penso que é por aí…
O pod com a mangueira e cesta fica na asa do KC-130, em uma posição externa aos motores, com o tanque externo entre os motores de cada asa.
Nas versões KC do Hercules deve haver tubulações e conexões para levar o combustível do tanque extra colocado no compartimento de carga para o sistema de reabastecimento da aeronave e daí para as “drogue”.
Entretanto é apenas suposição.
http://www.flightglobal.com/airspace/media/militaryaviation1946-2006cutaways/images/11676/lockheed-c-130j-hercules-cutaway.jpg
Abç.,
Ivan.
Prezado Bob, O KC-10 Extender é covardia… É um monstro de dimensões semelhante ao Aribus 330 MRTT, porém com uma capacidade de combustível inigualável entre os tanqueiros. Alguns dados para os que não conhecem. (Tenho certeza que vc sabe) Comprimento: 181 ft 7 in (54.4 m) Envergadura: 165 ft 4.5 in (50.0 m) Altura: 58 ft 1 in (17.4 m) Área alar: 3,958 ft² (367.7 m²) Peso vazio: 241,027 lb (109,328 kg) Peso carregado: 593,000 lb (269,000 kg) MTOW: 590,000 lb (267,600 kg) Combustível interno: 356,000 lb (160,200 kg) Powerplant: 3 × F103/General Electric CF6-50C2 turbofans, com 52,500 lbf (236… Read more »
No meu ponto de vista o post não é uma comparação da capacidade do KC767 e do KC390. As missões realizadas na Líbia pela Itália seria um exemplo do que a FAB pode realizar no futuro. A FAB enviaria uma pequena força de caça incluindo seu apoio REVO. Por coincidência os italianos usam o AMX e o KC767 como a FAB. Como eu acho que foi o perfil de missão: – O KC767 decola pouco a frente e enche os tanques dos pacotes italianos antes do vul (tempo de vulnerabilidade – quando sobrevoam a área de operação). Depois os caças… Read more »
Eu já vi em um documentario um C130 da USAF sendo reabastecido em voo, e com o sistema de lança, como nos F-16 e F-15, e o ponto fica em cima da cabine, sem problemas com as hélices.
Joner,
Pesquise os MC-130 da USAF.
Aqueles Hercules preparados para operações especiais.
Abç.,
Ivan.
G-LOC & Bob,
Dada a capacidade de combustível e consumo por hora de vôo, e possível montar a missão.
Se a estação para REVO fica a apenas 500 km da base aérea dos tanqueiros vai sobrar combustível para mais aeronaves ou para permanecer mais tempo ‘on station’.
Abç.,
Ivan
oberto F Santana 4 de fevereiro de 2014 at 17:48 # Prezado Ivan, Certa vez eu li que o KC10 tem capacidade de usar o combustível que seria reservado aos outros aviões, digamos assim.Eu lembro que isso dava a ele exatas 10.000 milhas de alcançe, ora, isso é quase a metade da circunferencia do planeta! Desse jeito o avião pode ir a quaquer ponto do planeta diretamente, sem ter que parar, mas veja, essa incrível capacidade vem de seu projeto, ele tem toda sua parte inferior da fuselagem, composta de tanques, que em alguins casos, são permanentemente montados, de fábrica.A… Read more »
Os dados que a EMB disponibiliza sobre o desempenho do KC-390:
http://www.embraerds.com.br/portugues/content/cargo/performance.asp
Sds.
Roberto, a conclusão foi sua e não minha. Vc está colocando palavras na minha boca. Não me dei o trabalho de procurar os dados da capacidade de combustível total do KC-390 pois tinha noção que era bem mais de 10 toneladas. A fotos do compartimento interno mostra as configurações dos tanques extras. Nem procurei o valor total da capacidade de carga (citaram 23 toneladas) já considerando que não decola com a capacidade máxima e parte do peso é dos próprios tanques e sistemas associados. No cenário acima, seria usado 75% da capacidade dos tanques extras do KC-390. Ainda sobra parte… Read more »
“Ora que bons tempos, a FAB comprou pelo menos dois KC-130 para atender uma dúzia de F-5 baseados em Santa Cruz!” Roberto, os números eram outros. Não eram somente “uma dúzia de F-5 baseados em Santa Cruz” atendidos pelos dois KC-130H. Em 1976, eram cerca de duas dúzias de F-5E baseados em Santa Cruz (fora os F-5B, mas estes não tinham sonda de reabastecimento), e que fizeram seu primeiro exercício de REVO em maio daquele ano, e uma dúzia de F-5 baseados em Canoas (dotação completada na BACO em dezembro daquele ano e início dos exercícios de REVO no Pampa… Read more »
Não há de quê!
Até aonde sei, o KC-130 da FAB só transfere o combustível armazenado no compartimento de carga.
Como curiosidade, o primeiro REVO na FAB foi realizado pelo então Ten Cel Baptista, comandante do Grupo de Caça, à época, pai do MB Baptista Jr., Guardião 01, atual comandante do COMDABRA.
1.- Já compraram os KC 767 ?
2.- Já estão sendo “convertidos” ?
3.- São 2 ou três equipamentos ?
4.- “O da Maria Antonieta Tupiniquim”, o aero Wanda vai “entrar” na jogada dos KC 767 ?
5.- O Combustível será do refino do Petróleo do Pré-Sal ?
Ops, agora forcei heim ….. rsrsrs ….
Mas as outras quatro questões permanecem certo ?
Carlos Alberto levantou umas questões interessantes. Até agora, só vi uma matéria daqui explicitando a ordem de compra dos KCs 767.
Agora me ocorreu de perguntar à um piloto desses aviões reabastecedores como é voar com um posto de gasolina.
Saudações a todos.
A COPAC já definiu o vencedor desta licitação…a IAI de Israel e a aeronave Boeing-767-300ER.
Segundo o Brigadeiro Crepaldi Affonso, da COPAC, citou recentemente no Hangout Defesanet/O Globo…. falta a área competente liberar a verba ($$$$) para “startar” o programa.
Por outros meios, sei que a IAI já identificou pelo menos duas aeronaves usadas no mercado que se enquadram nos requisitos da FAB para esta função.
Sds.
Rinaldo Nery 5 de fevereiro de 2014 at 17:39 # Até aonde sei, o KC-130 da FAB só transfere o combustível armazenado no compartimento de carga. Como curiosidade, o primeiro REVO na FAB foi realizado pelo então Ten Cel Baptista, comandante do Grupo de Caça, à época, pai do MB Baptista Jr., Guardião 01, atual comandante do COMDABRA. Extamente, ele tem ligação apenas com os PODs de REVO, pois como falei anteirormente osistema pe ppressurizado, e se fosse interligaod com os tanques da asas, presurizaria todo o sistema de combustível da aeronave, algo extemamente perigoso, pois não foi fabricado para… Read more »
Ivan, o frentista. Bem interessante os seus cálculos. E a pergunta final: quantos caças por missão precisam ser abastecidos? Porém, podemos ser mais otimistas (e também, mais pessimistas). O fato do KC-390 ter sonda de REVO, permite que o avião cisterna possa ser abastecido durante a missão. Assim, poderia ser disponível aos caças mais combustível do que metade da capacidade máxima (considerando que a outra metade seria usada para manter o avião voando). Da mesma forma, devido as dimensões do país, os caças podem precisar de mais de um REVO (ida e volta, por exemplo). Dessa forma o cisterna teria… Read more »
A quantidade de caças abastecidos dependerá do raio de ação dos mesmos em determinada configuração, e da distancia do alvo. Como exemplo, nas CRUZEX, todos os caças do pacote com capacidade REVO eram abastecidos, ou na ida, ou na volta, ou na ida e na volta.
Uma Esquadrilha, ou um Elemento, é reabastecido por vez, dentro do seu horário estabelecido (HOCRE).
Lembrando que o reabastecedor é considerado, juntamente com o AWACS, um HVA (High Value Asset) e permanecerá orbitando dentro da área DRINK, atrás da linha de contato e das FAOR (Fighter Area of Responsability), protegido (teoricamente) da aviação inimiga.
Por isso que um KC-747 iria bem”!”
Daria para reabastecer todos os Mike, daqui até Bangladesh, levar a Tia Wanda e toda a Comitiva e ainda dar uma passadinha em Lisboa e Havana”!”
Obrigado Baschera.
Rinaldo Nery,
“Até aonde sei, o KC-130 da FAB só transfere o combustível armazenado no compartimento de carga.”
Juarez Martinez ,
“Extamente, ele tem ligação apenas com os PODs de REVO…”
Sempre aprendendo.
Esta eu não sabia.
Então os KC-130 só podem reabastecer outras aeronaves em voo quando equipados com o tanque extra no compartimento de carga?
Tudo bem que são 3.600 galões (ou 24,392 libras) de combustível disponível para REVO, mas parece limitar a atividade dos mesmos.
De qualquer forma seria capaz de realizar 4 (quatro) reabastecimentos de 6,000 libras ou 6 (seis) de 4,000 libras.
Sds.,
ivan.
Maurício, Marcos e demais amigos, Acredito que o ideal é uma combinação de meios, com aeronaves cisternas médios (MTOW em torno de 80 toneladas) e pesadas (MTOW entre 180 e 250 toneladas). Evidentemente em uma grande coalizão de forças, particularmente quando a USAF faz parte destas, os pacotes de ataque e as patrulhas aéreas de combate (em inglês CAP de Combat Air Patrol) serão numerosas, com dezenas de aeronaves de combate no ar, todas sedentas. Mas mesmo neste cenário haverá momentos em que um tanqueiro médio, com sistemas de defesa adequados, podem ser úteis para tirar uma ou outra esquadrinha… Read more »
Olá Ivan.
Perfeito, para cada missão/necessidade, o vetor mais adequado. Para que usar uma carreta onde uma picape resolve? Claro, há lugar para a carreta e para a picape, uma não compete com a outra.
SDS.
Com uma conta simples, os dois kC-130 e quatro KC-137 da FAB precisam ser substituídos por 10 KC-390. Considero que seria necessário dois KC-390 para dar a mesma capacidade de um KC-137.
Vantagens:
– apoio a industria nacional
– pode ser usado para transporte tático ao invés de só logístico do KC-137
– apoiar mais de um esquadrão – ou bases. Por exemplo, poderia ter quatro esquadrões em quatro bases (7 KC-390 por base).
– pode reabastecer helicópteros. Os UH-60 e EC725 podem receber esta capacidade.
G-LOC, Deixando o apoio a indústria nacional para outra análise, penso que a questão operacional depende do que se pretende em cada voo. Se a missão é transferir 20 (vinte) ou 30 (trinta) toneladas de combustível em uma perna, então é melhor mandar uma aeronave KC-767 que duas KC-390. Apenas uma tripulação, uma operação e uma manutenção, além da questão do custo operacional de um tanqueiro derivado de aeronave civil ser ‘normalmente’ menor que aqueles derivados de versões militares. A questão é qual tipo de missão é melhor mandar um KC-390, aeronave na faixa de 80 toneladas de MTOW, capaz… Read more »
Maurício,
Compare uma carreta de 50 toneladas com um caminhão truncado de 20 toneladas…
Abç.,
Ivan.
Ivan
É, em termos proporcionais, sua comparação é mais adequanda.
O que eu queria era, pelo exagero da dimensão, dizer que há espaço para o KC-390 e para um grande avião cisterna.
SDS.
Apenas alguns comentarios adicionais ao excelente dialogo precedente: 1. Lembrando que o REVO deve ser o mais breve possível, é usual pressurizar os tanques do reabastecedor , como muito bem citado pelo Juarez, acelerando o processo de transferência. Não sei se os FAB IAI 767 teriam seus “tanques civis” substituidos; parece que não, o que em princípio elimina a possibilidade de usar os reservatórios originais desta aeronave “militarizada”integrados, para REVO; ja o vice-versa parece totalmente possível, ou seja, usar o combustivel dos tanques reabastecedores como fonte de combustível do tanqueiro. 2. Mesmo em terra, o ressuprimento dos caças em missão… Read more »