Foi por pouco (na verdade por 600 metros)
Avião da Gol chegou a sobrevoar Diadema a 600 metros do chão em 2011. Mecânico desligou a conexão de sonda de velocidade, diz relatório.
A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou o relatório final sobre um incidente com um Boeing que sofreu uma pane nos instrumentos e teve que ser guiado por um controlador em terra, em São Paulo, há pouco mais de 2 anos, informou o Jornal da Globo.
Em 2011, o Jornal da Globo mostrou o encontro entre o comandante do avião e o controlador que o ajudou. Havia sido um final feliz de momentos de grande perigo. O Boeing 737 da Gol estava novo. Ele decolou do aeroporto de Congonhas (SP) para aeroporto Santos Dumont (Rio) em uma tarde nublada de outubro de 2011. Mas os pilotos foram obrigados a declarar emergência sem saber se eram corretas as indicações dos instrumentos sobre velocidade e altitude.
Eles foram guiados pelo controlador em terra para um pouso seguro no aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) divulgou o relatório final sobre as causas do acidente. Os técnicos concluiram que o avião já apresentava no solo uma grande discrepância entre os indicadores de velocidade dos lados esquerdo e direito do painel. Alguma coisa não funcionava bem, mas os pilotos prosseguiram e tiraram o avião do chão.
Já dentro das nuvens, sem visibilidade, eles acionaram o piloto automático, que recebeu informação de velocidade superior à velocidade real do avião.
O sistema automático reduziu a velocidade e elevou o nariz do avião. O resultado foi a perda de sustentação, que inicialmente os pilotos não reconheceram. Segundo o relatório, neste momento o avião perdia altitude rapidamente sobre Diadema (SP). Foi quando um terceiro piloto na cabine de comando percebeu o que acontecia. A tripulação aplicou potência nos motores, desligou o piloto automático e recuperou o voo a uma altura de apenas 600 metros do chão.
O que levou a tudo isso, segundo o relatório, foi uma conexão frouxa entre uma das três sondas de velocidade e o computador a bordo. A falha foi causada por um mecânico que desligou a conexão para ter acesso ao radar na frente do avião.
Em nota, a Gol afirma que aplicou as recomendações do relatório sobre treinamentos dos pilotos nos simuladores e conduta do pessoal de manutenção antes mesmo do final das investigações.
FONTE: G1
Que bom que tinha mais um para prestar atenção, senão teria sido mais uma tragédia.
Praticamente igual ao que aconteceu com o Airbus da Air France, com a diferença que no oceano e à noite, eles não tinham nada no horizonte para perceber o que estava errado.
Pergunta: Porque havia três comandantes na cabine ?
Três comandantes na cabine ?
Senhores, havia por acaso um terceiro comandante de carona no jump seat, que acabou tendo uma participação decisiva no episódio.
http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/paginas/relatorios/pdf/pr_gul_16_10_11 vale a pena a leitura.
Muito interessante o link passado pelo Grifo. Destaco aqui alguns pontos. Havia um tripulante extra na aeronave que, a princípio, não queria ocupar o assento da cabine (jumpseat), mas acabou ocupando-o por insistência do comandante checador (PM). Naquele momento, o checador (PM) falou para ele ficar calmo, que o avião estava voando, ao que o tripulante extra que ocupava o jumpseat disse: “não está voando não! Precisa de motor!” Agora essa parte sobre manutenção fica complicada Observou-se o rápido crescimento da empresa, com a incorporação de duas empresas aéreas e uma frota de cerca de cento e quarenta aeronaves. Com… Read more »
Pelo nosso bom DEUS,
Caro Poggio
Em meu nome e creio que em nome de todos muito obrigado por você ter destacado pontos do texto.
Aviões cheirando tinta e capacitação ZERO.
São vidas e famílias, inclusive do pessoal de solo.
Imaginem num caso trágico a “cabeça” desse pessoal.
Parabéns ao CENIPA por ter tornado público esse relatório.
Parabéns caro Grifo pelo post e pelo serviço que você prestou a todos. Meus especiais cumprimentos.