Gripen E: dia 18 também trouxe boas notícias da Suécia, como o contrato de produção

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Gripen NG de frente - foto Saab

Além do contrato de produção com valor de 2,5 bilhões de dólares, empresa também divulgou pedido de integração do míssil ar-ar Meteor ao Gripen E

No dia 18 de dezembro, coincidentemente horas antes de ser anunciada a decisão brasileira do F-X2 pelo Gripen NG, a Saab já havia divulgado dois importantes contratos recebidos, referentes à nova versão do caça, cujo nome operacional será Gripen E (monoposto).

O primeiro deles foi a encomenda de produção do Gripen E, compreendendo o período 2013-2026, no valor de 16,4 bilhões de coroas suecas (cerca de 2,5 bilhões de dólares ou 5,9 bilhões de reais). A encomenda inclui a modificação de 60 caças Gripen C para Gripen E, especificamente para a Suécia, com entregas iniciais em 2018.

Trata-se da terceira encomenda realizada sob um acordo maior realizado com a agência sueca de aquisição de armamento (FMV) referente ao Gripen E, tornado público em 15 de fevereiro de 2013.

Linha de montagem Gripen - foto 2 SAAB

Outras encomendas que estão sob esse acordo são o desenvolvimento do Gripen E para a Suécia entre 2013 e 2023, com pedidos recebidos em 15 de fevereiro e 22 de março deste ano, equipamentos específicos de missão, apoio e manutenção do Gripen E sueco, além da entrega de 22 novos Gripen E e equipamentos relacionados à Suíca, no caso desta se decidir pela aquisição do Gripen E. Em agosto e setembro deste ano ambas as câmaras do Parlamento Suíço aprovaram a compra do Gripen E, havendo um referendo popular esperado para 2014.

Segundo Lennart Sindahl, CEO em exercício e chefe da área de negócios aeronáuticos da Saab, “as grandes melhorias em desempenho que estamos agora realizando estabelecerão o Gripen E como o caça do futuro – tanto para a Suécia quanto para outros países. Nossos clientes atuais que operam o Gripen C/D também poderão se beneficiar de alguns dos desenvolvimentos em suas futuras atualizações.”

Gripen NG Demo - vista do ventre mostrando carenagens nas raizes das asas para trem de pouso- foto Saab

Entre as melhorias do Gripen E, estão um motor mais potente, maior alcance, mais armamentos, novo radar eletrônico e aviônicos mais avançados. Atualmente, o Gripen é a espinha-dorsal das defesas aéreas de cinco países: Suécia, África do Sul, República Tcheca, Hungria e Tailândia. Além disso, a escola imperial de pilotos de testes (ETPS  – Empire Test Pilot School) do Reino Unido utiliza o Gripen em seu programa de treinamento de pilotos de provas.

Saab também recebeu contrato para integrar o míssil ar-ar Meteor ao Gripen E no período 2013-2023

Gripen dispara Meteor - foto Saab

Também no dia 18, a Saab informou ter recebido encomenda da FMV para a integração do sistema de armas Meteor no Gripen E, num contrato com valor de aproximadamente 186 milhões de coroas suecas (cerca de 28,3 milhões de dólares ou 66,7 milhões de reais), cobrindo trabalhos no período 2013-2023.

O pedido é uma adição ao acordo com a FMV anunciado em 15 de fevereiro de 2013, citado mais acima. O Meteor é um míssil ar-ar para emprego além do alcance visual, desenvolvido para engajar alvos aéreos a longa distância. O míssil é resultado de um projeto colaborativo europeu, que envolve Suécia, França, Itália, Espanha, Alemanha e Grã-Bretanha.

No final de junho deste ano, a Saab (em cooperação com a FMV) conduziu o primeiro teste de disparo de um Meteor em configuração de produção, fazendo do Gripen o primeiro sistema de caça do mundo com a capacidade de disparar essa versão do Meteor, que vem sendo desenvolvida para o Gripen, o Eurofighter e o Rafale.

FONTE / FOTOS: Saab (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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Fabio ASC

Quem, no dia 17/12, comprou ações da SAAB deve estar rindo de orelha a orelha…

Carlos Alberto Soares

Está fora do conteúdo da matéria,
mas alguém sabe quantos Gripen estão estocados
na SAAF ? É a o C/D ?

Simplista demais, mas poderiam vir 12 unidades e devolveríamos essas após a entrega das 36 que serão contratadas. Já atualizadas para NG, é possível ? Custo zero do leasing ou empréstimo, suporte
da SAAB, a transição já começaria a rolar, ou melhor a voar.

Aguardo comentários ….

Roberto Bozzo

Srs, ainda tenho esta dúvida: a Suécia vai atualizar os Gripens C/D com aviônicos e sistemas desenvolvidos para o E/F, já que para transformar um C em E não seria possível pois o motor é maior, os trens de pouso terão de ser deslocados para a raiz da asa, aumento do tanque interno… enfim, a meu ver, a Suécia vai fazer um up-grade dos C/D deixando-os mais para C+/D+ do que para o E efetivamente falando, ou estou muuuuito errado ?

Roberto Bozzo

Continuando, e, até onde entendi, o Gripen E/F será uma versão totalmente nova, com nova fuselagem (produzida do zero e não adaptada dos C/D) já preparada para o F414-400, com os trens de pouso na raíz da asa desde o projeto.
Se for isso mesmo, acho que a Saab deveria mudar a nomenclatura desta atualização dos Gripens C/D pois confunde o público em geral.

Grifo

Está fora do conteúdo da matéria,
mas alguém sabe quantos Gripen estão estocados
na SAAF ? É a o C/D ?

Caro Carlos Alberto, são 12 C/D. Não estão estocados como no AMARG mas fazendo uma rotação com os outros 12 que estão em atividade.

Simplista demais, mas poderiam vir 12 unidades e devolveríamos essas após a entrega das 36 que serão contratadas.

É o que eu digo, em breve direto de Makhado para Anápolis…

phacsantos

Vi o almeida e o Juarez comentarem sobre “…presentão de natal…” e “…limonada..”

Alguem ja descobriu o que é?

Precisamos de mais boas notícias para compensar a última década!

Carlos Alberto Soares

Grifo
19 de dezembro de 2013 at 13:24 #

Obrigado e que seja breve mesmo, temos boas relações
com a África do Sul felizmente.

Denel, será que eles não querem entrar no pacote de
desenvolvimento e implantação do NG ?

Alfredo Araujo

Gripens NG + misseis meteor em solo sulamericano…
Q beleza heim ?!

Roberto Bozzo

Agradeço Nunão.

ricardo_recife

Pequeno erro no texto. “modeificação”.

Carlos Alberto Soares

Então converter C/D para NG é impossível, certo ?

Gilberto Rezende

No momento a única informação que me interessa para avaliar o grau de negação da realidade na escolha brasileira do FX-2 é cotejar a anunciada data de dezembro de 2018 para a entrega do primeiro Gripen E/F brasileiro com as anunciadas entregas do Primeiro Gripen E/F sueco e suíço…

Tens aí ???

Roberto Bozzo

Nunão, agradeço os links.

Dentro do que especulou, em teoria, se o Brasil produzir a fuselagem central de todos os Gripen E fico imaginando a salada que será… a Suíça produz a fuselagem traseira e envia ao Brasil, que por sua vez produz a fuselagem central e envia a Suécia, que por sua vez produzirá a fuselagem dianteira e enviará para todos… não fica meio complicada a logística ?

Optimus

Vocês conseguem visualizar?!

F-39 E/F Grifon = Radar AESA + R-99A + Meteor!

🙂

Roberto Bozzo

Aliás, a Akaer não iria projetar e construir as novas asas (do Gripen E/F) também ? Pelo que li aqui pelo Aéreo mesmo, o Brasil construiria 80% da fuselagem, só as asas e fuselagem central chegam nesse valor ?

Antonio M

Roberto Bozzo
19 de dezembro de 2013 at 15:45 #

O problema de logística talvez o seja no Brasil, devido aqueles motivos que já sabemos.

Espero que ao menos o trasporte marítimo possa viabilizar pois na Europa, por exemplo, quando vi um Airbus Beluga trasnportar quase outro avião inteiro em poucas horas para a linha de montagem em outro país, ou quando o fazem de trem, de barco, caminhão penso como ainda temos de desenvolver a nossa infraestrutura.

abç.

Galeão Cumbica

Cade aquele link VOLTAR AO TOPO que tinha no site antigo, ajudava mto quando as conversas ficam grandes???

sds
GC

Mayuan

phacsantos

A meu ver estão falando de reabastecedores mas posso estar inteiramente enganado….

Nick

Caro Roberto Bozzo,

O ideal é que haja o máximo de comunilidade entre as 3 versões do Gripen E que serão fabricados. E mais, o ideal é que o Brasil fabrique partes de todos as 3 versões.

E claro integre sua versão por aqui mesmo.

E mais, para cada Gripen E exportado, que o Brasil fabrique componentes para todos. De certa forma, algo semelhante ao que ocorre com o Typhoon.

[]’s

rommelqe

A impressão é que as asas e corpo central são totalmente novos (veja o esquema da AKAER) embora, pelo que se le em materias anteriores, sejam, aerodinâmicamente falando, similares ( talvez até homotéticas – mesma série geométrica) às das versões A/B/C/D. Também entendo que o projeto executivo, os procedimentos fabris, métodos de controle, gabaritos, softwares de usinagem, etc etc para fabricação das asas e corpo central não estão ainda certificados e “congelados” pela SAAB. Apesar de toda responsabilida e complexidade relacionados à produção destes componentes pelo menos uma parte do programa (verificação estrutural e detalhamento de parte do projeto) já… Read more »