Piloto australiano começa a treinar com o Growler, nos EUA
Treinamento do primeiro piloto da RAAF na versão de guerra eletrônica do Super Hornet, o jato EA-18G Growler, começou em base da USN
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Segundo informe divulgado pelo Ministério da Defesa da Austrália nesta quarta-feira, 6 de novembro, foi dado um importante passo para introduzir a capacidade de guerra eletrônica na Força Aérea Real Australiana (RAAF): o primeiro instrutor de voo da RAAF começou a voar com o jato EA-18G Growler nos Estados Unidos.
O tenente Sean Rutledge iniciou seu treinamento com a Ala de Ataque Eletrônico da Frota do Pacífico da Marinha dos EUA (CVWP) na Estação Aeronaval de Whidbey Island (estado de Washington). Assim que completar o treinamento, o oficial estará qualificado para instruir outros pilotos que voarão os 12 jatos EA-18G Growler que o Governo Australiano está adquirindo junto aos Estados Unidos, por meio do programa de vendas militares ao exterior (FMS – Foreign Military Sales). Nas imagens acima e abaixo, concepções artísticas de jatos Growler com as cores da RAAF. Para saber mais sobre essa aquisição, clique nos links ao final.
Acompanhando o tenente na foto mais abaixo, tirada junto a um Growler da Marinha dos EUA (USN), está o comandante de Ala Paul Jarvis da RAAF, que exerce a chefia da equipe de transição para o Growler. Para Jarvis, “o treinamento com a CVWP é essencial para estabelecermos uma capacidade de ataque aéreo eletrônico com credibilidade.” O comandante afirmou também que esse trabalho começou cedo porque “há muito para aprender entre hoje e o início dos voos com nossos próprios aviões EA-18G em 2017.”
Para Jarvis, “o Growler é uma virada de jogo para a RAAF. Com sua combinação única de capacidades, o Growler proporciona múltiplas opções para comandantes, e tudo isso reduz os riscos tanto para as Forças de Defesa da Austrália quanto de coalizão, ao mesmo tempo em que aumenta sua letalidade.”
O informe do Ministério da Defesa destacou a experiência do primeiro piloto australiano a receber instrução no Growler, o tenente Rutledge, que já participou de diversos exercícios multinacionais, incluindo o Red Flag, realizado na Base Aérea de Nellis (estado de Nevada).
Rutledge tem no currículo três anos voando os já desativados jatos F-111, e mais três voando os seus substitutos, os caças F/A-18F Super Hornet, na Base Aérea de Amberley (em Queensland) da RAAF. Ele viajou aos Estados Unidos com sua esposa e seu cão, e uma das “transições” que terá que fazer será do clima: ao contrário de Amberley, que fica na área de surfe da Costa Leste da Austrália, agora ele estará perto da neve e de estações de esqui, no Noroeste dos EUA.
Nos próximos três anos, seis tripulações (compostas de um piloto e um oficial de guerra eletrônica) da RAAF vão aprender a voar no EA-18G Growler no Esquadrão de Ataque Eletrônico 129 (VAQ-129) da USN. Esse trabalho conta com a assistência do “US Program Management Office” (PMA-265) do Comando de Sistemas Aéreos da USN, em Patuxent River (estado de Maryland).
FONTE / IMAGENS: Ministério da Defesa da Austrália (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
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Enquanto isso, num certo país ao sul do equador….
Existem duas opções para se ter uma grande força aérea: Uma é investir bilhões de dolares por décadas em P&D e assim ser detentor de tecnologia própria, mas bem cara; A outra é unir-se a um renomado produtor de tecnologia e comprar de prateleira a preços justos, que correspondem a uma pequena fração dos gastos da primeira opção. A Australia escolheu a segunda opção, e hoje esta colhendo os frutos, e ostentando uma força aérea de verdade. Mas sem ToT. Basta não ficar brincando de ditador ou apoiando regimes assassinos que nunca faltará assistência e peças de reposição. Para comparação:… Read more »
Leia-se Bilhões e Trilhões!
São 24 F/A-18F Super Hornet, e 12 EA-18G Growler.
E estes vão segurar as pontas por lá até que venham os F-35. Que “tampão” de respeito hein!
Joner
6 de novembro de 2013 at 11:30
Perfeito. Só nossa inteligêntsia política é capaz de querer comprar equipamento militar americano, apoiar regimes de ação duvidosa e cantar de galo querendo TOT do seu jeito e reclamar de possíveis embargos.
Se tivesse-mos comprado F-16 no FX1, teria-mos caças para mais 30 anos, mas nao, compramos M2000 de nossos parceiros estrategicos!!!
Eder Albino,
Pelo que tenho lido são 24 (vinte e quatro) F-18F Super Hornet, dos quais metade tem capacidade para receber um upgrade para a versão de guerra eletrônica, o EA-18G Growler. Ainda pelo que lembro, a RAAF fez a opção e contratou esta conversão.
Assim sendo, serão 12 (doze) Super Hornets e 12 (doze) Growlers, no total de 24 (vinte e quatro).
Abç.,
Ivan.
Ivan veja as noticias relacionadas acima, a Australia vai comprar 12 novos EA-18G Growler e não mais converter os seus F-18
Uma curiosidade. Rutledge é piloto, mas por onde anda seu “wizzo” (weapon systems officer – WSO)? O treinamento do oficial de sistemas de armas é tão importante quanto o do piloto em uma aeronave de ataque. Para uma de ataque eletrônico talvez a especialização seja até maior. Outra curiosidade. Em que pese a RAAF adotar a mesma versão do Joint Strike Fighter que a US Air Force está recebendo, aparentemente sua doutrina se aproxima da utilizada pela US Navy, que pretende manter aeronaves de guerra eletrônica para garantir maior índice de sucesso contra poderosas IADS. Serão F-35A Lightning II escoltados… Read more »
Em um país pseudogovernado por partidos ” que se dizem de esquerda” e fazem pesados investimentos sociais que não chegam à população, mas não são patriotas o suficiente para dar meios para que a nação possa ser protegida e inventam estratégias pífias de defesa para “inglês ver ” , num declarado e não disfarçado revanchismo histórico de passado, que pensa em que se aliar a parceiros duvidos ( Irã, Venezuela, França,dentre outros) por pura e simples inveja, somente poderia dar nisso…..as eleições estão chegando, é só lembrar da cara deles no próximo ano.
Edcarlos,
Obrigado pelo aviso.
Eder Albino,
Conforme o nosso colega indicou e vc escreveu, serão 36 (trinta e seis) no total.
PVC é terrível. Esquecimento mesmo, pois comentei naquela matéria.
Abraço aos amigos,
Ivan, o antigo (antigo mesmo…)
Ivan disse:
6 de novembro de 2013 at 14:01
É que aqui se demora tanto pra comprar equipamentos de defesa que quando comentamos as compras feitas por países sérios, eles estão sempre adquirindo mais e mais…
Abraço,
Pessoal, Sobre essa confusão se vai comprar ou converter, mando para vocês um pequeno trecho de um texto inédito (ainda) feito por mim sobre o Super Hornet. Acredito que ele resume e esclarece um pouco essa história. Quem sabe um dia ele ainda saia publicado na Revista Forças de Defesa. Vamos ver… (…) dos 24 Super Hornet inicialmente encomendados pela RAAF, 12 poderiam ser facilmente convertidos para Growler [estes doze são conhecidos como modelo F/A-18F+], conforme decisão tomada em 2009. Em março de 2012 o ministro da Defesa da Austrália, Stephen Smith, anunciou que compraria os equipamentos de longo tempo… Read more »
Alguem poderia fazer uma comparação entre os EA-18G Growler e os nossos E-145 AEW&C/MULTINTEL (?) ? Lembro-me ter lido que os Growler são superiores em qualquer função que os comparemos com os atuais E-99 e E-99R. Mesmo que isto fosse apenas parcialmente verdadeiro, creio que o simples fato de (sonharmos em) possuir 12 EA-18G multiplicaria em muito o nosso poder(?) AEW&C. Claro que transformar um Rafale em um Growler é coisa para apenas alguns ferreeeeeeeenhos francófitos. Já comparar com o Gripen NG associado em data link com plataformas ERICSON /Erieye seria mais complexo, pois vejo a “solução pacote sueco” muito… Read more »
Alguem poderia comparar os EA-18G com os nossos atuais E-99/E-99R nas funções AEW&C?
Claro que a hipótese de dotar Rafales com funções equivalentes ao Growler é totalmente fora de questão.
Já quanto a ter um “pacote sueco” conjugando uns 12 E-190 com radar Ericson/Erieye de “ultima geração” com data link avançado interligando algo em torno a 72 Gripen NG seria uma solução talvez assemelhada a 12 Growler (com todas as funções de combate, diga-se de passagem) interligados a uns 60 F-18Sh. Ou não?
Mais um ponto a favor do pacote Super Hornet.
Caro rommelqe
Vamos separar as coisas. O Growler é uma aeronave essencialmente de ataque eletrônico, mas que também pode fazer muito mais. Já o E-99 é uma aeronave voltada para alerta aéreo antecipado. O mais correto seria comparar o E-99 com aeronaves AWACS.
rommelqe, A função AEW&C na RAAF é desempenhada pelo E-7A Wedgetail Airborne Early Warning & Control, a versão australiana do Boeing 737 de alerta antecipado e controle aerotransportado. A página da Royal Australian Air Force: http://www.airforce.gov.au/Technology/Aircraft/B737_Wedgetail/?RAAF-yFLAkgbpvuhRf7dG5J3kHi1Q4caywtso O EA-18G Growler é uma aeronave de guerra eletronica, com capacidade de fazer reconhecimento e ataque eletrônico, mas também de engajar com suas armas alvos inimigos. Sua especialidade é neutralizar as defesas anti-aéreas, suprimindo (SEAD) ou destruíndo (DEAD). Outro detalhe: (Os detalhes são terríveis…) O MTOW do Embraer EMB-145 AEW&C, ou E-99, está em torno de 24 (vinte e quatro) toneladas. O do Boeing… Read more »
No inchaço do Estado brasileiro também estão as FFAA. Fazendo uma conta de boteco: Força Aérea australiana caças: 95 vigilância: 30 transporte cargas: 18 pessoal: 18 mil Força Aérea de Auto Defesa do Japão caças: 353 vigilância: 17 transporte cargas: 41 pessoal: 45 mil FAB caças: 69* vigilância: 14 transporte de cargas: 35 pessoal: 77 mil Os números: peguei os dados na Wikipédia. Caças considerei, no caso da Austrália, todos os F-18, Japão, todos os F-15, F-1 e F-4, e Brasil, todos os F-5 (55, que sei não existem), os Mirage e desconsiderei os AMX. Os transportadores: Austrália, os C-130… Read more »
Prezados Poggio e Ivan, Obrigado. Concordo que forcei o raciocínio, afinal não dá pra pensar em um 145 atuando como caça e, nem tampouco, um Growler relegado a “meras” funções AEW&C. Mas neste raciocínio está embutida uma consideração: funções defesa aérea agregando EA-18 e vespões “normais” dispensariam os E-99 em vários dos nossos TO’s. Aumentar eficiência no combate certamente é uma consequência inquestionável, conferindo a dinâmica dos caças às funções de vigilância, combate em “enxames” data-linkados, etc. Por outro lado, o econômico, este quesito deveria (creio eu que foi) ser devidamente contemplado pela Copac no cotejo de propostas do F-X2;… Read more »
“não dá pra pensar em um 145 atuando como caça e, nem tampouco, um Growler relegado a “meras” funções AEW&C.” Rommelqe, Ao mesmo tempo em que o E-99 (plataforma do EMB-145) não é um caça, tanto quanto um E-3 Sentry (plataforma do Boeing 707) também não é, um Growler nunca foi avião de AEW&C, nem substitui um avião do tipo. O Growler simplesmente não cumpre essa função, então nem pode se falar em ser “relegado a ‘meras’ funções AEW&C”. Você ainda está fazendo uma grande confusão entre guerra eletrônica (EW) e alerta aéreo avançado e controle (AEW&C). Nenhum deles pressupõe… Read more »