Aeronaves T-25 da AFA atingem 100% de disponibilidade
Todo ano, aproximadamente cem cadetes passam por treinamento na aeronave AFAA frota do T-25 Universal da Academia da Força Aérea (AFA), utilizada em treinamento, atingiu a marca histórica de 100% de disponibilidade. No dia 23 de outubro – coincidindo com o Dia do Aviador e Dia da Força Aérea Brasileira – as 42 aeronaves estavam prontas para voo. Este índice só havia sido alcançado uma vez, na década de 80.
Com 27 anos de experiência na manutenção do T-25, o Suboficial Ronaldo Legui explica que o avião é fácil de trabalhar, mas que uma evolução na organização do trabalho fez a diferença. “A logística melhorou e a informática ajudou. Foram implantados sistemas que fazem os suprimentos chegarem quando são necessários”, conta. O suboficial diz que são realizadas, em média, 250 inspeções anuais em aeronaves da frota e que agora todos os passos têm um melhor planejamento, para que a aeronave seja liberada em menor tempo e com o máximo de segurança.
O Tenente-Coronel da reserva Especialista em Aeronaves Antonio Moacir Fassi conta que o T-25 já enfrentou dificuldades logísticas pela vida útil das peças e falta de componentes no mercado para manutenção. “Com um esforço concentrado no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA-LS) e no Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG), os itens foram nacionalizados e seu fornecimento foi regularizado”, relembra.
As aeronaves estão na AFA há 42 anos e atualmente são utilizadas na formação básica dos cadetes aviadores da FAB, da Marinha do Brasil, militares de nações amigas, além de missões administrativas. Todo ano, aproximadamente cem cadetes do segundo ano da AFA realizam a etapa primária do treinamento aéreo no T-25. As metas de disponibilidade são estipuladas visando cumprir esta missão.
Para o Tenente-Coronel Moacir, Chefe da Subdivisão de Manutenção do Setor Leste (T-25), o índice de 100% de disponibilidade representa uma conquista para a equipe. “Desde o chefe até o soldado mais moderno, todos têm se empenhado no propósito da missão que é colocar uma disponibilidade diária para a instrução básica dos cadetes”, diz.
FONTE / FOTOS: FAB (Academia da Força Aérea – AFA)
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Uma coisa eu sempre disse, e agora aproveitando a ocasião repito aqui:
O Tangão vai carregar a alça do caixão do Tucaninho…
Quem viver verá. E falando nisso, longa vida ao Tangão!!
Dentro do CELOG (Centro Logístico da Aeronáutica), aqui em São Paulo, há uma espécie de “vitrine” que mostra diversas peças já nacionalizadas de várias aeronaves da FAB. Tivemos a oportunidade de vê-la recentemente.
A quantidade de peças de T-25 e de C-95 se sobressai na vitrine, mostrando o resultado de um meticuloso trabalho de substituir partes descontinuadas (ou com aquisição antieconômica no exterior) de aeronaves fabricadas há tempos por indústrias nacionais, mas que naturalmente utilizavam diversos componentes importados, e que continuam em serviço.
Parabéns a turba a graxa, é assim que se faz voar….
Grande abraço
Algo que deveria ser corriqueiro, a alta disponibilidade de uma aeronave de treinamento, tecnologicamente simples, de concepção, projeto e fabricação nacionais, vira motivo de comemoração.
Falta de política industrial dá nisso!!!
Como disse um ban-ban do mercado de MRO, em uma revista do setor, o mercado está em crescimento, mas tá faltando mão de obra especializada em chapa.
Parabéns ao CELOG, ao PAMA LS e a “turma da graxa”!!!
Maurício, bom dia.
Eu tenho certeza de que não pode ser corriqueiro.
Foi algo especificamente preparado para marcar um evento.
É um ato político, mas, sem dúvida, com efeito benéfico para a motivação do pessoal envolvido.
Digo isso porque existe um programa de manutenção e de inspeções a ser seguido. Esse programa, se bem cumprido, prevê que sempre existam aeronaves realizando manutenção preventiva (revisões programadas), principalmente em uma frota numerosa como essa da AFA.
Abraço,
Justin
Quando falaram de dificuldades logísticas e nacionalização de peças não pude deixar de fazer uma associação com o post em que malham o Mi-35…
Mayuan, ouvi falar por ai que no que corresponde aos MI-35 as partes chegam com a prontidez prometida, mas ficam meses paradas nas alfandegas brasileiras afundadas num mar de formularios, funcionarios e problemas de aduanas e burocracias. Mas claro, se a aeronave e russa, tem que malhar mesmo. Do jeito que andam as coisas no Brasil, deveriamos erguer as maos aos ceus para agradecer que temos um vetor formidavel como o MI-35.