Paralisação do governo dos EUA força ‘groundeamento’ das aeronaves da USAF
Sem um acordo quanto ao orçamento para o ano fiscal de 2013-2014, 75% dos funcionários civis do Comando de Aviação de Combate da USAF estão de licença não remunerada. Somente unidades que serão enviadas ao exterior continuam voando.
O Comando de Aviação de Combate (Air Combat Command – ACC) da USAF está mantendo no chão os aviões que não estão programados para treino imediato, disseram fontes oficiais nesta quarta-feira. O motivo é a paralisação (“shutdown”) do governo, disse que o comando.
Cerca de 75% dos funcionários civis do comando estão de licença não remunerada e os 25% restantes estão concentrados em missões fundamentais, informou o tenente-coronel Tadd Sholtis, porta-voz do ACC.
As tripulações vão voar “caso seja necessário um deslocamento”, disse Sholtis. Isso significa que as equipes que serão enviadas para o exterior entre hoje e meados de janeiro “precisam estar totalmente treinadas em nível de combate”, disse ele.
A ACC não tem uma lista ainda de todos os esquadrões afetados pelo “shutdown”. Todas as bases continuarão a ter um esquadrão em condições de voo, exceto em Mountain Home (estado de Idaho), que só vai ver jatos estrangeiros voando durante o “shutdown”, enquanto um de seus esquadrões de F-15E é deslocado para o exterior.
A ordem de paralisação ocorre cerca de três meses depois da ACC ordenar o fim do “groudeamento” de 17 esquadrões de combate devido ao “sequestration”. Naquele momento também foi permitido que apenas os esquadrões que estavam programados para missões no exterior continuassem voando integralmente como se estivessem em missões de combate.
O ACC não informou se esquadrões adicionais voariam com uma taxa reduzida, sob a orientação atual.
Além disso, o ACC disse que as unidades de treinamento de voo cujos alunos são necessários imediatamente para “missões operacionais” – F-22, MC-12 Liberty e esquadrões de aviões pilotados remotamente – ainda estão voando.
O ACC tem 7.500 civis de licença, sendo os restantes 2.500 isentos.
“Continua a haver uma grande demanda para o poder aéreo durante a paralisação e, infelizmente, temos menos pessoas apoiando apenas operações moderadamente reduzidas”, Sholtis disse em um e-mail. “Se a paralisação atual persistir, pode ser necessário para trazer mais pessoal de volta ao trabalho, a fim de continuar a apoiar as necessidades operacionais”.
FONTE: military times (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês).
NOTA DO EDITOR: parte dos serviços do governo americano não está funcionando porque o Congresso dos Estados Unidos não conseguiu chegar a um acordo quanto ao orçamento do ano fiscal de 2014, que começou no dia 1º de outubro. Sem acordo sobre o orçamento, não há anuência legal ao pagamento de funcionários não essenciais. Estima-se que mais de 800 mil funcionários públicos receberam licença não remunerada. Parte dos trabalhadores estão sendo convocados para trabalhar sem pagamento e receberão o salário quando acerto for fechado no Congresso.
Esse é o problema da terceirização dos serviços.
Com a burocracia da licitação no Brasil, não será novidade um dia ficarmos sem a manutenção das linhas de voo a nível parque por vencimentos dos contratos ou revisão orçamentária do governo solicitando efetuarem cortes.
Ao que tudo indica, por volta de 2015/2016 essa crise se instalará aqui, período esse que a dívida interna vai estourar.
É uma situação ruim porém, não é inédito por lá. E governar onde de fato existe situação e oposição pode ocorrer, como ocorreu, mesmo. No Brasil não acontece pois a classe política é um “centrão” onde no “balcão de negócios” tudo se resolve sempre alegando o “não paralisar os serviços essenciais que tanto prejudicam a já sofrida população” e assim vão articulando todo tipo de negociata em troca dos votos retribuindos com esses serviços meia-boca porém, que dificilmente serão paralisados a não ser pelas greves programadas. Se ocorresse algo assim por aqui, o marketeiro contratado logo consegue vitimizar o governo… Read more »
Caro Antonio M
Para mim a diferença maior é que aqui não se aprova o orçamento do ano seguinte e tudo segue como dantes.
Ou seja, nosso orçamento é mesmo uma peça decorativa.
Guilherme Poggio disse:
3 de outubro de 2013 às 12:24
Correto caro Poggio, mas pode ter certeza que isso é assim pois em algum momento negociaram para que assim seja ….
abç
Tentei contar mas parei no horizonte!
Sera pra que eles querem tantos!
Sds
GC
Parabéns pelo novo visual.
Muito bonito
Excelente
Coisas estranhas…
73 aeronaves ai na foto!
São os aviões da FAB.
Dilma acaba de fechar acordo.
Equipe de pilotos e mecânicos devem embarcar para inicio de treinamento já na semana que vem.
Lulão deve estar dizendo: Obama está é com muita inveja de nós. Aqui não tem oposição.
Infelizmente não estarei vivo para ver uma cena dessas na FAB (73 caças fazendo o elephant walk).
E nem precisaria ser os F-15. Poderia ser os F-16 Viper ou Gripen E/F mesmo. 🙁
[]’s