‘Scorpion’: jato de ataque de baixo custo
A empresa americana Textron uniu-se com a AirLand Enterprises para formar a “joint venutre” Textron AirLand e assim desenvolver o “Scorpion”, um jato de ataque de baixo custo totalmente novo. Os testes em solo já começaram e o primeiro voo deve ocorrer ainda este ano.
O programa de desenvolvimento da aeronave começou em janeiro de 2012 com o propósito de produzir o jato de ataque mais acessível do mundo, disse Scott Donnelly presidente do conselho da Textron.
“Contamos com as melhores práticas comerciais para desenvolver uma plataforma de jato tático com flexibilidade e recursos encontrados apenas em aeronaves muito mais caras”, diz ele.
O Scorpion é projetado para se encaixar nas restrições orçamentárias cada vez mais rigorosas do Departamento de Defesa e das nações amigas, com o seu perfil de missão correspondido às realizadas pela Guarda Nacional Aérea dos EUA.
Configurado com derivas inclinadas e grandes asas (14,4m de envergadura) sem enflexamento o Scorpion possui uma fuselagem totalmente produzida com material compósito, baia interna para armamento e cabides sob as asas para armas guiadas e não guiadas.
Os custos de produção foram mantidos os mais baixos possíveis através “de sistemas desenvolvidos para a Cessna para a construção de jatos executivos, tecnologia comum e aproveitamento de recursos de fabricação” segundo informado pelo material de divulgação do Scorpion.
A potência é fornecida por dois motores turbofan que produzem 8.000 libras de empuxo (35.6kN).
FONTE/IMAGENS: Flightglobal e Textron (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir de originais em inglês)
COLABOROU: Baschera
NOTA DO EDITOR: há tempos que as empresas dos EUA não fabricam aeronaves de combate a jato de baixo custo para exportação como era o caso do A-37 e do F-5. Atualmente a visão do futuro que se apresenta é formada somente pela comercialização do complexo e caro F-35.
FX-3? 🙂
Concorrente para o Pampa III?
Encontrei mais informações nesse site
http://www.aviationweek.com/Article.aspx?id=/article-xml/AW_09_16_2013_p22-615375.xml
Guilherme Poggio disse:
17 de setembro de 2013 às 9:20
além de ataque leve, poderia ser um treinador também…
a célula é bem interessante. Nota-se que as asas podem ser facilmente removidas. O que dá idéias…será que poderiam no futuro usar uma asa enflechada e mais curta para obter mais velocidade? E usar motores com pós combustão…e temos um F-5 de novo!!!!!!
AMX (no bom sentido) do séc XXI?
Bela sacada. Espero que dê certo.
Roberto: pelo que entendi as asas são “semi-descartáveis”. Sempre lembrando que um dos maiores problemas que aeronaves como o A-10 sofrem é justamente na fadiga estrutural das asas.
E não achei a empenagem fora do normal não. Sempre lembrando que na foto o avião está sem as superfícies de controle.
Essa aeronave é claramente uma tentativa de emplacar um substituto “stealth” de baixo custo para o A-10.
Substituto dos nossos F-5M no futuro.
Se der SH, este será “Hi” e o Scorpion da parte “Low” da defesa aérea nacional…
PS: em minha opinião uma aeronave dessas pode botar uma tremenda de uma água no chopp da Embraer com seu ST.
Para a missão da aeronave eu achei as baias internas uma perda de tempo. Seria mais custo efetivo se fosse tudo usado como espaço para combustível, muito mais importante para tarefas de CAS e vigilância, deixando as asas livres de ineficientes tanque ejetáveis.
De resto parece bem eficiente e focado na missão. Se eles conseguirem um bom preço final/baixo custo de manutenção, vai tomar parte do mercado do Super Tucano, para clientes que querem e podem pagar um pouco mais.
Vader e Clésio, discordo dos Senhores que vá prejudicar o mercado do ST, pois são propostas muito diferentes.
Agora sobre o Yak – 130 (e seu irmão italiano), Hawk e o Pampa III, aí sim um concorrente direto.
Para os colegas que não se lembram, tinha a proposta do MAKO, que é basicamente a mesma proposta do Scorpion e até hoje não deu em nada…
P.S.: Essa assa reta só pode ser para ele ter uma velocidade de Stol muito baixa!!! É quase um planador!!! Rsrsrsrsrs.
CorsarioDF disse:
17 de setembro de 2013 às 10:37
Caro Corsário, se essa aeronave emplaca no Pentágono babau STs no USMC, USAF, US Navy e ANG. Só aí já se foi metade do mercado.
Quanto as asas, com certeza é para aumentar sustentação em baixas velocidades. Como o A-10.
Sds.
Informações do fabricante aqui
Para enfatizar a proposta de baixo custo não seria melhor uma configuração mono-turbina ?
Bonito !! Vai ser excelente para exportação.
O super tucano pode perder lugar como avião de treinamento, mas para apoio e combate terrestre não existe melhor no mundo!!! o Super tucano pode servir muitas forças mundo afora!!! regiões onde a preocupação esta em milicias na terra! Afeganistão, Colômbia, Angola, etc
Menos ufanismo pessoal. Esta aeronave parece, a mim, uma mistura de AMX com Super Tucano…. Aliás, apesar de ter duas turbinas, foi desenvolvida para ter um custo de hora de voo, segundo o fabricante, de aproximadamente Us$ 3 mil, o que é muito menor do que um A-10 ou um F-16. Aliás é bem menor do que um AMX ou um F-5. Poderá custar muito barato… e com tecnologias modernas pode sim ser um problema para aeronaves como o ST ou mesmo o AT-6. Se fosse a Embraer que a tivesse desenvolvido estaríamos todos muito contentes….. aliás, acho que a… Read more »
Me parece uma proposta mais interessante para substituição do T-38 do que como um avião de ataque leve.
E pelo custo hora/vôo já 100% mais caro que o ST, com a mesma capacidade carga. Não vejo muita vantagem nisso ae não.
[]’s
Além do mais, pode carregar até 3.000 lb de carga paga de armamentos em seis pontos duros externos e baia interna.
É o dobro de um ST e praticamente a mesma carga de um AMX….
Sds.
“…pode carregar até 3.000 lb de carga paga de armamentos em seis pontos duros externos e baia interna. É o dobro de um ST e praticamente a mesma carga de um AMX…”
Baschera,
3.000 libras correspondem a aproximadamente 1.500 quilos.
O Super Tucano leva até 1.500 quilos, e o A-1 mais do que o dobro disso, de carga máxima.
Para os EUA pode até ser que vão preferir esta aeronave ao ST, mas se for analisar o projeto de cada uma a aplicação ao cenário real são bem distintas as missões e ambiente para que foram projetadas, assim uma não substitui a outra.
Visto de trás parece um mini F14, com frente de F-18, e asa reta.
Pois é Roberto este bichin com bombas guiadas dando apoio a tropas em terra é com certeza mortal .
Que razante !!
Sds
Baschera, Apenas mais um adendo: as 3.000 libras se referem, segundo o fabricante, à capacidade de carga da baia interna. http://www.scorpionjet.com/wp-content/uploads/2013/09/Scorpion-Facts-Sheet-WEB.pdf A não ser que você queira dizer que são 3.000 libras internamente e mais 3.000 libras externamente, aí sim seria o dobro do Super Tucano. Coloquei mais imagens de especificações do fabricante na matéria agora, embora elas não respondam completamente à questão – por exemplo, há os dados de capacidade de cada pilone externo, mas isso não significa que podem ser somados, pois há o peso máximo de decolagem a se considerar (a não ser que se decole com… Read more »
Me corrijam por favor:
– Este caça NÃO substitui o A-10, ao meu ver, em nada. Além de não ter sido construído em torno de um canhão giratório, não me parece ser tão resistente quanto o A-10. Já que suas asas são “descartáveis”;
– Quanto ao ST, não os vejo competindo no mesmo cenário COIN, já que nem o A-10 o faz;
– Por fim, se os US não comprarem, trata-se de um Natimorto.
A ideia da aeronave é muito boa. A indústria militar americana esta em um nível muito acima de qualquer outra nação, isto tem criado algumas distorções a serem observadas. Na indústria naval, por exemplo, há muito tempo os EUA não produzem submarinos e navios de superfície que possam ser incorporados em outras marinhas aliadas de forma direta. Eles são simplesmente muito sofisticados e caros para outra marinha que não a própria USN. O resultado disto foi que países como Espanha, Coréia do Sul e Japão, aliados próximos, passaram a utilizar a base tecnológica em sim, mas a embarcá-la em projetos… Read more »
O Scorpion não foi pensado para treinamento. Não concorre com capacidade de manobras de jatos modernos como o T-50 e M-348 para substituir os T-38.
O compartimento interno me parece ideal para levar sensores como radares na versão de patrulha marítima. A aeronave não é furtiva e não justificaria.
No olhometro, o ST está para o Reaper enquanto o Scorpion está para o Predator C a jato.
Roberto F Santana disse:
17 de setembro de 2013 às 10:12
Prezado Vader,
Vamos ver se o mestre Yoda ache outros desenhos para que possamos ver melhor. 🙂
http://www.tecnodefesa.com.br/admin/public/files//Foto4ScorpionTextronAir..jpg
Sds.
A baia interna de armas :
http://www.tecnodefesa.com.br/admin/public/files//Foto3ScorpionTextronAir..jpg
Sds.
Características técnicas:
Comprimento…………………………13,25 metros
Envergadura………………………….14,42 metros
Altura……………………………………..4,26 metros
Peso vazio…………………………………..5.350 kg
Peso máximo de decolagem…………..9.640 kg
Carga máxima de combustível…………2720 kg
Carga máxima do compartimento interno…………………………………………1360 kg
Empuxo máximo dos dois motores……3630 kg
Velocidade máxima………………………833 km/h
Teto máximo de serviço…………13.715 metros
Alcance máximo (ferry range)………..4.445 km
Sds.
Gente! Ele não tem canhão!
Será que os projetistas esqueceram???
O que ele vai fazer quando acabarem todas as bombas, mísseis e foguetes e ainda assim receber um pedido de apoio de fogo de tropas em terra cercadas por um batalhão de zumbis pós-apocalípticos mutantes ensandecidos?
Rrsssss
Então os drones ainda não substituirão totalmente as aeronaves tripuladas para esse tipo de missão.
A relação peso potência carregado é de 0,37. O AMX é de 0,46. Ainda reclamam do motor do AMX. Claro que o cenário é diferente e não esperam ameaça aérea.
Vai voar no fim do ano. Com o cancelamento dos ALX para o Afeganistão acho que ele entra na concorrência.
Bosco, tem seis cabides nas asas. Cabem dois casulos de canhões e talvez uma baia dedicada. A baia pode até levar um canhão conteirável.
G-LOC,
Com certeza, mas meu ponto é sobre a utilidade de canhões integrados à estrutura do caça.
Levar dependurado não vale.
Que excepcionalmente um canhão pode ser útil eu não tenho dúvidas. Até os F-35B e C terão essa opção para o caso do Godzilla aparecer de verdade. rsrsrss
Godzilla americano, vale salientar, porque o japonês lança “raio” pelo boca.
Bosco, canhão é canhão. Como a aeronave tem também função de vigilancia e reconhecimento, faz sentido não ter canhão incorporado. Fica a gosto do cliente escolher o casulo e calibre.
Gente, simplesmente eu não vejo esta aeronave como um concorrente para o Super Tucano em lugar algum. E me baseio nisto porque, em primeiro lugar, é uma aeronave de uma categoria completamente diferente, está mais para um AMX. Segundo, é uma aeronave de baixo custo se comparado aos jatos de combate de alta performance, mas é um jato bimotor que será sempre muito mais caro que um Super Tucano. Terceiro, porquê as Forças Armadas dos EUA iriam se interessar por uma aeronave que teria um custo benefício tão baixo? Sim meus amigos, para os EUA esta aeronave possui sim um… Read more »
“…é uma aeronave de uma categoria completamente diferente, está mais para um AMX.”
Mesma categoria do AMX, com velocidade máxima 200km/h menor e cerca de metade da carga de bombas?
Por mais que se possa criticar o A-1 / AMX, certamente esse avião está numa categoria abaixo. O que não é nenhum demérito, apenas questão de categorias e nichos.
Se quiserem “achar” uma categoria para esta aeronave, nas missões de ataque ela esta mais para treinadores leves armados, como o Pampa, L-159, Alfa Jet, com a vantagem de que estas aeronaves podem realizar o duplo papel. Nada impede que o Scorpion também não seja um “treinador”, mas penso que ele esta arando um sulco solitário, para usar a expressão do autor inglês Mike Speak há 25 anos atrás sobre o AMX e seu potencial de exportação.
Sábio prognóstico enquanto aqui no Brasil as revistinhas ufanistas de defesa falavam em centenas de modelos vendidos e uma dúzia de operadores.
Lyw, um F-16 ou F-15E tem custo de operação muito caro para cenários como Afeganistão e Iraque. O cenário é para ALX e Scorpion. A demanda é de 300 missões por dia.
O mercado é para os EUA pois para países mais pobres o ALX está de bom tamanho. Até o tamanho da compra é pequena.
Nunão, o AMX é uma aeronave de ataque leve. Acho que o Scorpion se encaixa na faixa de capacidade. Com as armas guiadas atuais até a quantidade de armas não importa tanto.
“Nunão, o AMX é uma aeronave de ataque leve.” Concordo. Mas não é da mesma categoria, G-Loc. Quando colocamos aviões de combate na mesma categoria, queremos dizer que podem cumprir missões similares com desempenho similar. Seria o mesmo que você colocar o A-29 na mesma categoria que o A-1 por poderem se encaixar na mesma “faixa de capacidade”, o que inclui armas guiadas etc. Mas a diferença de desempenho é grande e influi em como podem cumprir as missões. O mesmo se dá, na minha opinião, entre o Scorpion e o A-1. A velocidade máxima de um, que é perto… Read more »
Nunão, o critério principal é o peso máximo de decolagem. Não sei a faixa de peso, mas o AMX está no peso leve e o resto é leve também. O Scorpion fica entre treinador adaptado para ataque e ataque leve, mas tem treinador com a mesma capacidade e desempenho do AMX como o Master e T-50.
Na questão do canhão levantada aqui, acredito que seja importante levantar as penalidades aerodinâmicas e estruturais na célula. Isto ai não é um avião de caça ou avião de ataque puro. Alias seus valore sugerem ser um projeto “underpowered”. Também há que se considerar os requisitos. Este projeto não obedece a requisitos nenhum de força aérea alguma. Claro que seus fabricantes fizeram uma analise de requisitos prévios, também devem ser contratado consultoria de oficiais reformados com experiência de combate real (coisa comum nos EUA), idem deve ter analisado os possíveis requisitos de potenciais operadores. Mas o que vale mesmo, na… Read more »
“tem treinador com a mesma capacidade e desempenho do AMX como o Master e T-50.” Concordo, mas o Scorpion não está na mesma categoria nem de AMX, nem de Master, nem do T-50, ou de outros como o BAE Hawk ou YAK-130, na minha opinião. E, se estivesse, não seria uma opção de baixo custo, realmente competitiva. É de uma categoria inferior e, repito, não vejo demérito algum nisso, pelo contrário. É isso, entre outras coisas, que dá vantagens de custo para esse projeto interessante que é o Scorpion. Quanto ao peso máximo de decolagem, o divulgado para o Scorpion… Read more »
Eu quero ver esse bicho voando, sua performance e seu emprego.
Lançar um jato multirole leve é coisa que a Embraer em parceria com a Elbit poderá fazer em médio prazo.