Sobrou para o ‘Mike’
Caças F-5 serão usados enquanto governo não escolhe novo modelo
O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, disse ontem que caças F-5 americanos serão modernizados para substituir até o fim do ano a frota de Mirage-2000, de origem francesa. Segundo Saito, a Aeronáutica conseguiu estender a vida útil dos Mirage até o fim do ano, enquanto o governo não escolhe seu novo caça –entre o Boeing F-18 (norte-americano), o Dassault Rafale (francês) e o Gripen NG (sueco). A compra pode ficar de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões.
“Com a desativação dos Mirage em dezembro deste ano, vamos trazer um F-5 modernizado. Não é o ideal, é o melhor possível”, afirmou Saito em audiência no Senado.
O F-5 é um caça tático idealizado para combate aéreo. O Mirage tem funções de caça e de interceptador, papel ao qual o F-5 terá de ser adaptado. O Brasil tem mais de 46 aeronaves F-5 –boa parte em vias de aposentadoria– e 12 Mirage. Não se sabe quantos F-5 serão modernizados.
FONTE: Folha de São Paulo, via resenha do EB
NOTA DO EDITOR 1: o título original é o subtítulo. Há uma boa dose de confusão na matéria da Folha, bastante sintética. Os primeiros F-5 da frota já modernizada de 46 jatos só serão aposentados em 2017 e sabe-se exatamente quantos F-5 adicionais serão (ou melhor, estão sendo) modernizados: são 11 que pertenciam à Jordânia. O Mirage 2000 também é um caça tático (não vamos entrar aqui no mérito da versão estratégica do Mirage 2000, empregada somente pela França) assim como o F-5. Porém, suas características são mais adequadas a missões de interceptação e às exigências que se projetava para caças táticos há 20 / 30 anos, enquanto o F-5 se enquadrava em especificações de 30 / 40 anos atrás.
NOTA DO EDITOR 2: o título original é o subtítulo
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Dotação do GDA ou emprestimo de aeronaves e pilotos de outras UAe?
Qual a solução?
Se for emprestimo o que acontecerá com o GDA?
Se for emprestimo o que acontecerá com o GDA?
Futuro Núcleo de esquadrão, infelizmente.
Viva o Forevis o cça dos caças atravessando geraçoes e lutando bravamente entre os caças contemporaneos e ainda estará voando e combatendo quando as aeronaves estiverem hipersonicas e dando saltos espaciais !!rs
This is Brazil !!!
Sds.
Já temos outro problema aí. O GDA deve virar núcleo de esquadrão e a Força Aérea terá um número menor de aviões de combate ao final do ano. Tudo bem. A FAB vai fazer o melhor que pode com o que tem. Desloca alguns F-5 para Anápolis e deixa os atuais esquadrões de F-5 com quantidades menores (não consigo imaginar o Pacau operacional com menos aeronaves que já tem). Aí, esperamos receber os “jordananos” modernizados o mais rapidamente possível (este virou o programa mais importante da aviação de caça no momento) de forma que ele possa ocupar parte da lacuna… Read more »
Do meu pto de vista é uma ótima hora p/ encerrar a mamata daqueles esquadrões, o do avestruz e o do pinguim, que fazem defesa aérea sobre Ipanema e o Leblon!!!
A brecha, tapa-se c/ aquele outro esquadrão etílico, que aliás já ocupa a mesma base aérea.
Guilherme Poggio disse: 14 de agosto de 2013 às 10:29 Poggio, bom dia. Sobre seu comentário, minhas observações: 1. Não existe problema qualquer problema técnico que obrigue à parada de aeronaves F-5. Isso é apenas uma decisão. Imagina-se que não vale a pena realizar uma revisão gera e reparos estruturais em uma aeronave a partir de 2017, pois ela não terá resultado operacional e tempo útil para recuperar esse investimento. O mesmo conceito foi aplicado para F-2000. Não seria operacionalmente justificável o investimento. 2. Para imaginar que o F-X só chegaria em 2019, você só pode ter considerado uma decisão… Read more »
Imagina-se que não vale a pena realizar uma revisão gera e reparos estruturais em uma aeronave a partir de 2017, pois ela não terá resultado operacional e tempo útil para recuperar esse investimento. Concordo 100%. E segundo o cronograma da FAB, as aeronaves que atingirem o IRAN por volta de 2017 serão simplesmente aposentadas e servirão de peças para as demais. A FAB está gerenciando a frota dessa maneira e o número de 2017 não é um chute, mas sim um trabalho baseado no uso dos aviões. Para imaginar que o F-X só chegaria em 2019, você só pode ter… Read more »
Eu acredito que em Outubro teremos a definição pelos Super Hornet. Desse anúncio, até o recebimento das primeiras unidades, deveremos receber alguns aviões usados, para treinamento e adaptação, além de suprirmos essa lacuna apontada pelo Poggio.
Reitero aqui que esse jogo de cena serve para baixarmos o preço do pacote. Vai sair essa compra.
Justin Case disse: 14 de agosto de 2013 às 12:17 “2. Para imaginar que o F-X só chegaria em 2019, você só pode ter considerado uma decisão pelo Gripen. É isso. Os outros certamente podem ser entregues em três anos após o contrato.” Caro Justin, o Poggio já respondeu, mas reforço: quem falou em 4 a 6 anos foi o TB Saito. Claro, ele pode estar equivocado ou mentindo. Mas como a princípio se supõe que ele saiba do que está falando, e que como a mais alta patente militar da Força Aérea Brasileira não precise e nem queira mentir,… Read more »
Senhores, a França esta em corte de gastos, e 11 Rafales são montados ao ano, caso esse fosse escolhido, creio que seria fácil convencê-los a deixar uma parte da produção atual vir para o Brasil, mediante pagamento é claro, e diga-se de passagem, uns 120 milhões por caça!
Digo isso, mesmo sem considerar o Rafale a melhor escolha para o Brasil.
“creio que seria fácil convencê-los a deixar uma parte da produção atual vir para o Brasil”
Convencê-los? Nem precisa, é isso mesmo que eles querem!
http://www.aereo.jor.br/2013/08/02/governo-frances-quer-comprar-apenas-26-cacas-rafale-nos-proximos-6-anos/
Vader disse:
14 de agosto de 2013 às 15:53
Vader, boa tarde.
O Brig. Saito disse que a expectativa é de quatro OU seis anos. Ele não disse, mais nós sabemos muito bem que SH e Rafale podem ser entregues em quatro anos e que o Gripen não pode.
E o que dizer do Gripen NG biposto, por exemplo, que sequer está nos planos de Suécia e Suíça?
Nós também vamos abdicar deles?
Abraço,
Justin
“E o que dizer do Gripen NG biposto, por exemplo, que sequer está nos planos de Suécia e Suíça? Nós também vamos abdicar deles?” Justin, pra quê abdicar, se existe justamente a oportunidade de ajudar a desenvolver essa versão de dois lugares do novo Gripen? A Suécia não quis desenvolver, até o momento, porque tem Gripen D suficiente. Mas já declarou que, se um cliente estrangeiro se interessar pela aquisição do biposto e participar com recursos de seu desenvolvimento, não há qualquer impedimento em se fazer a versão. A Suíça concluiu que, para uma frota de apenas 22 caças que… Read more »
E o que dizer do Gripen NG biposto, por exemplo, que sequer está nos planos de Suécia e Suíça?
Justin, esse é um ponto muito interessante.
Colocando o assunto em um aspecto mais amplo (não só focado no Gripen), será que vale a pena construir bipostos para conversão operacional nos dias de hoje?
Temos aí projetos que não tem e não terão bipostos. O Vader já deu exemplos. Posso citar também o F-22 e o PAK FA, que até agora nada foi dito sobre um possível biposto (a Índia chegou a falar dessa versão no início, mas depois voltou atrás).
Oops,
…mas nós sabemos…
Justin Case disse: 14 de agosto de 2013 às 17:09 Obrigado Justin, você respondeu a minha questão, mesmo tentando desviar o foco do debate. Quer dizer então que os nossos 36 Rafales realmente só podem ser entregues em no mínimo 4 anos. Ótimo. Achei que você estivesse a dizer coisa diversa do que o TB Saito disse. Quanto ao Gripen NG, até onde me lembro a idéia da SAAB é não precisar de uma aeronave biposta para conversão, passando do simulador direto para a aeronave monoposta, nos moldes do F-35, que também não terá versão biposta planejada. Mas outros aqui… Read more »
Nunão, Eu acho que fazer junto não é só importante, mas é a única solução, pois não teremos demanda para justificar um caça puramente e unicamente brasileiro. Só que eu não creio que isso deva ser feito em cima de um conceito antigo, de quarta geração. Nós precisamos desse avião F-X2 agora e também de uma parceria para um projeto de geração mais avançada, seja pilotado ou não. Mas não espero um projeto “alternativo”, feito com soluções de prateleira. Eu imagino uma participação que use conceitos e tecnologias no estado da arte. Mas eu sou otimista. Muitos acham que Tampax,… Read more »
Vader,
Quatro anos que eu mencionei, e que entendi do Comandante da Aeronáutica, é o tempo total. Seriam três após a assinatura do contrato, aviões originais, sem redirecionamento de aviões que já foram contratados por outros.
Mas tudo isso depende da configuração que se deseja do caça. Se for “de prateleira”, só aliviado dos equipamentos NATO, certamente SH e Rafale podem chegar antes. Se os Rafale puderam operar na Cruzex, em campanhas como Afeganistão e Mali, também podem ser utilizados pela FAB.
Abraço,
Justin
“Quatro anos que eu mencionei, e que entendi do Comandante da Aeronáutica, é o tempo total.”
Você diz que o prazo conta a partir de 13 de agosto por volta das 16h, quando ele deu a declaração? Como é que o Saito vai poder dar um prazo sobre algo que não está ainda decidido?
Poggio,
Eu já tinha comentado antes sobre alguns aspectos que recomendam usar dois tripulantes por aeronaves:
– as missões de longa duração, acima de sete horas;
– a capacidade de realizar mais de uma missão ao mesmo tempo, como reconhecer, designar, atacar e controlar o espaço aéreo (a capacidade humana de gerenciar informações também tem seus limites);
– a gestão de uma batalha ou gerenciamento de UCAV.
Para treinamento, no meu entender, nem precisa. Pode-se passar diretamente de um simulador para um monoposto.
Abraço,
Justin
Poggio,
Eu já tinha comentado antes sobre alguns aspectos que recomendam usar dois tripulantes por aeronaves:
– as missões de longa duração, acima de sete horas (…)
Justin
Assino embaixo de tudo isto que você escreveu. É só conferir na revista Forças de Defesa n. 6, página 18 – artigo “Um é pouco, dois é bom?”.
O problema será convencer a FAB disso. A força até agora só usou biposto para conversão e não parece inclinada a usá-lo para outros propósitos. Uma pena. Quando acordarem, será tarde.
Poh, Nunão, você entendeu.
Ele disse dez a doze meses para negociar. Depois, ao falar sobre quando iria precisar dos recursos, citou quatro ou seis anos. Se a gente levar três anos negociando, ou exigir receber um avião somente após ter sido testado completamente com coisas que ainda não estão operacionais, tais como link BR2 e míssil A-Darter, pode demorar muito mais.
Abraço,
Justin
Justin, não estou implicando contigo (por isso, não precisa de um “Poh”), estou perguntando para quem eu acho que, como eu, ouviu a audiência.
Estou trabalhando e ouvindo os áudios agora para conferir.
Mas, quando aos “quatro ou seis anos”, e aos caças que podem ou não podem estar prontos nesse período, creio que já te respondi com uma matemática simplória, mais acima.
Amigos, Ainda, quanto aos pagamentos, é claro que as empresas não vão trabalhar sem receber e que não serão os governos de origem que vão pagar. Quem entra num financiamento, mesmo com período de carência, sabe que paga todo o trabalho da empresa, na medida que estiver sendo executado. Se optou por um financiamento, além do objeto, ainda paga os juros e o risco. Essa estória de começar a pagar só após receber o último avião, daqui a dez anos, jamais seria sequer cogitada em um país de primeira categoria. É um total absurdo financeiro e gerencial, no meu entender.… Read more »
Tecnologias que se quer transferência de tecnologia no sentido de “desenvolver juntos”, segundo o comandante da Aeronáutica e o comandante da Copac:
Aviônica e sensores
Fusão de dados e consciência situacional
Guerra eletrônica em rede
Integração do motor à seção de cauda
Sobrevivência e vulnerabilidade
Integração de armamento e novas configurações
Integridade Estrutural
Todos os três concorrentes atenderam a essas exigências, segundo o brigadeiro Saito.
Mais alguns dados para a discussão, direto do áudio original, pra relembrar as declarações de ontem:
Ao longo dos três anos e meio desde que o relatório foi fechado (2010) os concorrentes foram autorizados a melhorar as ofertas, por escrito, o que efetivamente as três fizeram, e isso está sendo analisado pela Copac. Saito destacou que a Boeing, principalmente, fez melhorias na proposta.
“Justin Case disse: 14 de agosto de 2013 às 17:40 Quatro anos que eu mencionei, e que entendi do Comandante da Aeronáutica, é o tempo total. Seriam três após a assinatura do contrato” “14 de agosto de 2013 às 17:49 Poh, Nunão, você entendeu. Ele disse dez a doze meses para negociar. Depois, ao falar sobre quando iria precisar dos recursos, citou quatro ou seis anos” Justin, Acabei de ouvir o trecho exato das declarações. Estão principalmente nos trechos 15h50 e 15h51 dos links que você mesmo deu a dica. O comandante Saito disse que, mesmo que o contrato fosse… Read more »
Nunão,
Entendi mal então. Desculpe.
Mas três anos é um tempo mais do que adequado para um avião que já esteja em produção. Além disso, só se for exigido que já inclua as modificações oriundas de requisitos completamente novos.
Abraço,
Justin
Também acho que três anos a partir da assinatura é um tempo bastante adequado a um avião já em produção e com customizações mínimas indispensáveis. Diria até que dois anos, seguindo os trâmites e prazos para produção de itens de longo tempo de produção e todos os demais sistemas e partes, independentemente do que já esteja contratado para as aeronaves de encomendas já existentes, seria viável. Já se pensarmos num simples desvio da linha de montagem de aeronaves que já estejam contratadas para o país de origem (como foi feito para clientes externos do Super Tucano, que tiveram suas entregas… Read more »
Senhores, contrato de financiamento com carência é feito o tempo todo e em qualquer lugar. Ele ajuda a mitigar o risco do projeto e o facilita o planejamento financeiro para o comprador. O nobre Justin Case entendeu a coisa exatamente ao contrário. Carência é uma condição excepcional que só é oferecida a país sério. País que não é considerado sério tem que pagar downpayment, que funciona como uma garantia para o vendedor caso se o país volte atrás no negócio ou pare de pagar. Vejamos por exemplo os escandalosos negócios do ProSub e do EC-725 fechados com a França. Em… Read more »
A propósito, hoje você compra um jato da Embraer financiado pelo BNDES com 10 anos de prazo para pagar e dependendo do caso com até dois anos de carência.
Quem gosta muito de dow payament são os nossos parceiros estratégicos, que bastando ir a Paris para conversar um pouco e ver o que eles nos acham um sub produto da natureza e eles seres celestiais….
Quanto mais ouço falar desta gente mais agarro nojo deles…..
Grande abraço
grande abraço
Amigos, Segundo meu conhecimento, TODOS os contratos comerciais de projetos de longo prazo têm “downpayment” pagos à empresa. O que pode acontecer é que haja um contrato de financiamento também para cobrir essa parte. Esse é que vai dizer quando o comprador vai desembolsar o dinheiro. “Downpayment” serve para pagar despesas já incorridas na comercialização, na elaboração dos planos e todos os trabalhos efetuados até que sejam realizadas recebidos os pagamentos pelos primeiros fornecimentos. Eles servem para equilibrar o caixa da empresa. O normal é quinze por cento, mas às vezes pode ser mais baixo, talvez 10%. Normalmente, o financiamento… Read more »
Amigos,
Tem um exemplo aqui: http://money.cnn.com/2011/02/24/news/economy/pentagon_tanker_contract/index.htm
Outro aqui:
ttp://www.airforce-technology.com/news/news94625.html
Abraços,
Justin
“down” o quê?
Esse negócio é de comer ou de passar no cabelo??
Rsrssss
Bosco, boa noite.
O termo é de uso comum no Brasil quando se trata de contrato internacional, mas também tem sua versão local “pagamento inicial” ou o informal “adiantamento”.
Abraço,
Justin