IAE CFM V2500

Avião da Embraer será última aeronave a empregar os CFM V2500. Produção civil deve terminar em 2018, enquanto a militar deverá prosseguir até 2025 devido ao programa do jato brasileiro

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vinheta-especialA International Aero Engines (IAE) vai começar a construir o primeiro motor de teste V2500-E5 para o avião de transporte KC-390 da Embraer na próxima semana.

A “joint venture” planeja oferecer três motores de teste para a fabricante brasileira este ano, e mais três no primeiro trimestre de 2014, disse o presidente da IAE, Jon Beatty. O primeiro KC-390 deve voar no segundo semestre de próximo ano.

O V2500-E5, que é quase idêntico ao “-A5” do Airbus A320, deve ter a sua certificação civil no terceiro trimestre de 2014. Entregas de produção deverão começar no final de 2015 e o cargueiro da Embraer deverá entrar em serviço com a Força Aérea Brasileira no início de 2016.

A produção da V2500 para clientes de companhias aéreas deve encerrar em breve com o aumento da procura pelo Pratt & Whitney PW1100G, mas o programa KC-390 deve manter o motor em produção até 2025, disse Beatty. A Embraer já tem cartas de intenção para 60 aeronaves a partir de seis clientes, e vê um mercado de quase 730 novos aviões ao longo de 10 anos.

O conteúdo do “-E5 ” é praticamente idêntico ao do “A5”, mas os acessórios externos são diferentes. A IAE está fornecendo o sistema de propulsão completa, incluindo a nacele, que está sendo produzido pela divisão Shorts da Bombardier e é semelhante à nacele da UTC Aerospace Systems para o A320. O V2500-E5 deve produzir 31.33 libras de empuxo para o KC-390. O A5 é certificado para 33.000 libras para o A321 “, portanto, nós temos quase 10% de crescimento inerente, se necessário”, diz Beatty.

A IAE já entregou mais de 5.700 motores e tem outro 1600 pedidos. Há uma oportunidade de vender mais de 700 motores para os A320 “clássicos” que ainda precisam ser entregues antes que a linha de produção seja totalmente orientada para o programa A320NEO.

Tabela de características motores família V2500 - imagem IAE

A produção está aumentando para mais de 500 motores neste ano, contra mais de 470 em 2012, e continuará a aumentar para mais de 530 em 2014, antes de começar a desacelerar com a produção do  PW1100G pela Pratt & Whitney. “Temos pedidos firmes até 2018”, diz Beatty.

A P&W é dona de 66% do IAE, depois de comprar a participação da Rolls-Royce em 2010. Desde novembro, ela tem vendido tanto o V2500 para o A320 como o PW1100G para as famílias A320neo. “Dos 13 clientes do NEO [PW1100G], nove também são clientes do V2500”, diz Beatty.

FONTE: Aviation Week (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

IMAGENS: IAE (clique no link para baixar arquivo pdf de duas páginas da família V2500, que inclui a tabela de características acima).

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asbueno

Não teria sido mais interessante a opção pela PW1100G, mais econômica?

Clésio Luiz

Estamos no limiar de uma nova geração de motores, os “geared turbofans”, que andam prometendo economia de combustível na casa de 10 a 15%. Só que isso é tecnologia nova, envolve um maior número de partes móveis no motor e muito provavelmente os primeiros motores tem entrega prioritária para clientes antigos, como os novos modelos do 737 e A-320. É provável que os preços sejam mais altos também, e como todo motor novo, pouco se sabe sobre sua manutenção à longo prazo.

Acho que por esses motivos a Embraer preferiu optar pelo que já é garantido e usou a V2500.

asbueno

Clésio Luiz disse:
18 de junho de 2013 às 16:48

Os motivos são bem razoáveis para a escolha feita. Valeu.

Soyuz

Tem que considerar que motores como o PW100G possuem maior diâmetro do fan e por consequência maior vulnerabilidade à FOD.