Força Aérea Espanhola celebrará o fim da vida operacional do Mirage F1

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Mirage F1 - foto Força Aérea Espanhola - Ejercito del Aire

Segundo informe divulgado nesta quinta-feira, 30 de maio, após mais de 35 anos de serviço o caça-bombardeiro Mirage F1 está finalizando sua vida operacional na Força Aérea Espanhola (Ejército del Aire).

Para marcar esse fato a Ala 14, última unidade em que o Mirage F1 voou, celebrará em 23 de junho um dia de portas abertas na Base Aérea de Albacete. Participarão do evento a “Patrulla Águila” (principal unidade de demonstração aérea do “Ejército del Aire”), a “Patrulla de helicópteros Aspa” e a “Patrulla Acrobática de Paracaidismo” da Força Aérea Espanhola.

A aeronave foi por muitos anos o pilar básico da defesa do espaço aéreo espanhol, e está sendo substituída pelo moderno Eurofighter. Quase uma centena de exemplares de Mirage F-1 serviu nas Alas 11 de Manises (Valência), 14 de Albacete e 46 de Gando (Gran Canária), segundo o informe da Força Aérea Espanhola.

Mirage F1 - foto 3 Força Aérea Espanhola - Ejercito del Aire

FONTE / FOTOS: Força Aérea Espanhola (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em espanhol)

NOTA DO EDITOR: antes de receber os caças Dassault Mirage F1, a Força Aérea Espanhola já operava outro supersônico francês, o Mirage IIIE. Antes disso, porém, seu primeiro caça supersônico foi o Lockheed F-104 G, com 21 unidades recebidas em meados da década de 1960 como parte de acordos de “Amizade e Cooperação” com os Estados Unidos assinados na década anterior (que também permitiram o fornecimento de dezenas de jatos F-86 à Espanha). Como os EUA não pareciam inclinados a ampliar o fornecimento de supersônicos de alto desempenho à Espanha, o país se voltou à França para adquirir outros caças modernos, encomendando 24 monopostos Mirage IIIE e 6 bipostos IIID, para substituir seus já ultrapassados F-86, no início dos anos 1970.

Foi uma forma de pressionar os Estados Unidos a fornecerem caças mais avançados à Espanha, pois nos planos norte-americanos estavam apenas a liberação para produção sob licença de jatos F-5A e B (os bipostos F-5B, modernizados, operam até hoje no treinamento dos pilotos de caça espanhóis).

A estratégia deu certo: quando da devolução dos F-104G no início da década de 1970 (após uma vida operacional relativamente breve e marcada por altos índices de segurança de voo – veja matéria mais abaixo), e a partir do recebimento dos Mirage IIIE franceses, os Estados Unidos forneceram à Força Aérea Espanhola, entre 1971 e 1972, um total de 36 caças McDonnel F-4C Phantom.

Mirage F1 - foto 2 Força Aérea Espanhola - Ejercito del Aire

Nesse jogo entre fornecimento norte-americano e francês, o lance seguinte foi junto à França, com mais de 70 caça-bombardeiros Mirage F-1 recebidos da Dassault entre 1975 e 1982 (mais tarde completados com exemplares de segunda mão da França e do Qatar). O “troco” veio em meados da década de 1980, com o recebimento dos primeiros caças McDonnel Douglas F-18A/B norte-americanos (de 60 monopostos e 12 bipostos recebidos). A entrada no consórcio Eurofighter “quebrou” esse ciclo de intercalar o recebimento de caças dos EUA e da França.

Para saber mais sobre a operação do Mirage F1 na Força Aérea Espanhola e outros assuntos relacionados, clique nos links da lista a seguir.

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joao.filho

O Mirage F1 na minha opiniao e um dos aparelhos mais fotogenicos jamais produzidos.

Guilherme Poggio

Os Finger da Argentina devem para de voar em 2015, assim como os Mirage IIIEA deles.

Já foi cogitada a ida desses aviões espanhóis para Tandill, mas agora eles também estão das últimas.

Clésio Luiz

A primeira foto é magnífica. O fotógrafo teve muita sorte nessa captura. Uma pena não ser em qualidade melhor.

Baschera

Os Mirage F1 são os mais “belos” aviões jamais produzidos pela Dassault. Agora…. taí o exemplo de pais que eu não entendo, a Espánha, um país relativamente pequeno, que faz parte da OTAN, não tem problemas de fronteiras, nem inimigos no continente europeu e nem no norte da África…. precisar de tanto armamento como eles tem e sempre tiveram depois da II WW. Não foi só na parte aérea que eles se deram bem forçando a França contra os USA…. na parte naval os USA deram lhes acesso desde NAe, ( o Dedalo, antes o CVL 22 Cabot transformado em… Read more »

Baschera

Esqueci de mencionar que a Espanha tem uma divergência com a Inglaterra pela devolução de Gibraltar, pequena área de terra, cuja base militar que controla o acesso ao mar mediterrâneo.

Sds.

Clésio Luiz

Nunão, eu localizei os outros tamanhos da imagem, mas mesmo assim elas deixam a desejar. Talvez pela câmera (parece ser de um celular) talvez uma imagem antiga que foi digitalizada e ampliada, quem sabe.

Colombelli

João, concordo. Um avião impressionante. Tem videos dele no Chad voando sobre estradas de terra a poucos metros do chão. Lindas imagens.

Baschera, é algo que chama atenção mesmo, a sanha espanhola em todos os niveis por armas. Em terra eles tem o Leopard 2. Mas os espanhóis tem uma longa história bélica e uma cultura em certa medida guerreira mesmo.

Poggio. Que será da FA argentina? Será que vão ficar so no A-4? Estão quebrados financeiramente. O que sobraria para eles adquirerem de 2 mão? Será que vai restar so os nossos M-2000?

Hamadjr

É bom que o Giberto não leia o post, vai que sem querer ele comenta com alguém ligado ao governo e ai essas tranqueiras vem tudo pra cá, kkkk na boa Giba só zuando

Galeão Cumbica

Master Yoda

Talvez eles tenham medo de surgir um novo Napoleao ou Hitler na europa!

Sds
GC

ci_pin_ha

O melhor para os argentinos é comprar o JF-17, tem bom preço e boa capacidade. Eles devem está chorando essa hora o fim da produção dos MiG-21, pois quem sabe poderiam adquiri um J-7 novinho (kkkkkkkk).

champs

Outra opção para os argentinos seria o Mig-35, preço bem em conta e capacidade boa para o TO…

ci_pin_ha

MiG-35 é uma boa opção até para nós, mas já acho muita areia pro caminhãozinho argentino, no máximo J-10.

Colombelli

O problema dos argentinos é que estão financeiramente muito pior que nós e para onde se olhe não tem mais caças que eles possam adquirir facilmente na faixa que eles podem operar (MiG 29, F-16 MLU etc… no máximo). Os Typhoon tranche 1 estão fora da realidade deles. O limite dos caças deles está chegando e não se vê movimentação nenhuma lá a respeito. So vai restar recorrer ao delírio bolivariano e querer se escorar em uma “força aérea latino americana”, baseada na Venezuela e Brasil. Tem elementos em Brasília se encaminhando para engolir este anzol. Depois nos arrastam para… Read more »