Plataformas ISR da Embraer: atualizações e novidades pela frente
Dentre os produtos que a Embraer Defesa & Segurança (EDS) deverá divulgar durante a LAAD 2013 estão as novas aeronaves da família ISR (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance – Inteligência, Vigilância e Reconhecimento). A família está dividida em três categorias.
ISR AEW&C
A primeira delas e a mais conhecida é a categoria AEW&C (Airborne Early Warning and Control – Aerta Aéreo Antecipado e Controle). Estas plataformas multimissão cumprem as seguintes missões:
- Alerta Aéreo Antecipado
- Vigilância Ar e Mar
- Gerenciamento do Espaço Aéreo
- Alocação de Caças e Controle de Interceptação
- Alocação de Recursos
- Inteligência Eletrônica (ELINT)
- Vigilância de Fronteiras
- Coordenação de Busca e Salvamento
- Vetoramento de Caças e Aviões-tanques
As plataformas ISR AEW&C possuem radar multimissão com tecnologia AESA (Antena de Varredura Eletrônica Ativa) multimodo pulso Doppler, permitindo a detecção e rastreamento de alvos aéreos operando a baixas altitudes, sob todos os tipos de “clutter” de radar (detecções indesejáveis).
Também possuem capacidade para gerenciamento tático e defensivo das forças. O sistema de Comando e Controle (C2) de arquitetura aberta integra processos e dissemina informação por meio de sistemas de Comunicações Táticas, Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica, Sistema de Identificação Automática e Sistema de Autoproteção, entre outros.
Além dos sensores e sistemas de missão, as plataformas Embraer ISR AEW&C poderão ser equipadas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou WLOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.
O membro mais conhecido é o EMB-145 AEW&C, baseado na plataforma da aeronave comercial ERJ-145. Atualmente ele é utilizado pelas Forças Aéreas do Brasil (conhecido como R-99 na FAB), Grécia, México e futuramente da Índia. Há também interesse na Argentina na aeronave (veja link da lista ao final). A imagem acima mostra uma configuração interna típica.
A grande novidade está no possível oferecimento de uma versão AEW&C que empregaria a plataforma comercial E-170/190, como mostra a imagem abaixo divulgada pela Embraer. O emprego de uma plataforma maior apresenta diversas vantagens que vão desde o aumento da autonomia até uma quantidade maior do número de estações de trabalho, podendo gerenciar muito mais dados e informações ao mesmo tempo.
O perfil da plataforma apresentada pela Embraer apresenta diversas modificações externas como a redução do número de janelas no que antes era a cabina dos passageiros, bem como mudanças aerodinâmicas nos estabilizadores horizontais em função da adição da carenagem da antena do radar sobre a fuselagem (possivelmente um Erieye). Também podem ser observadas diversas antenas espalhadas por toda a fuselagem, principalmente no dorso e no ventre. O desenho não apresenta sonda de reabastecimento fixa.
–
ISR MP
A segunda categoria, designada como ISR MP (Maritime Patrol), está dedicada a plataformas que atuam principalmente sobre ambiente marítimo. Estas aeronaves cumprem as seguintes missões:
- Patrulha Marítima (MP)
- Busca e Salvamento (SAR)
- Repressão ao Contrabando, Pirataria e Narcotráfico
- Vigilância de Zonas Econômicas Exclusivas (EEZ)
- Guerra Eletrônica (EW), Inteligência Eletrônica (ELINT)
- Inteligência de Comunicações (COMINT)
As plataformas Embraer ISR MP são capazes de voar em altas velocidades e altitude durante missões de vigilância e patrulha, o que permite reduzir o tempo de reação quando necessário. Também podem voar em baixa altitude, dentro dos limites operacionais para cumprirem missões SAR.
Além dos sensores de inteligência, as plataformas Embraer ISR MP poderão ser integradas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga, com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou LOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.
A plataforma mais conhecida dessa família é o EMB-145MP. Atualmente o México é o único usuário desta vesão, tendo adquirido dois exemplars em 2004. O principal sensor do avião é um radar Raytheon SeaVue, além de um FLIR AAQ-22 StarSafire. Mas a plataforma pode ser equipada outros sensores, de procedências diversas.
Plataformas de menor porte
Agora, além da plataforma EMB-145, a Embraer também está oferecendo plataformas menores, baseadas nos jatos executivos Phenom 300 e Legacy 600/ERJ 135. Esta é a primeira vez que o Phenom 300, o maior dos jatos executivos da família Phenom, aparece “de uniforme”. A princípio, as modificações externas parecem ser pequenas. A mais visível é um sensor tipo FLIR na seção ventral, logo atrás da asa. Pelo desenho apresentado (abaixo), não houve alteração nas janelas.
Já a plataforma baseada no Legacy 600/EMB-135 possui mais alterações e assemelha-se às modificações introduzidas no EMB-145 MP. Há um sensor tipo FLIR na proa e uma carenagem entre as asas para, provavelmente, abrigar a antena de um radar de vigilância marítima. Boa parte das janelas foi removida.
ISR Multi Intel
A terceira e última categoria de plataformas ISR da Embraer foi denominada “ISR Multi Intel”. Essas aeronaves voam em altitudes elevadas, em qualquer condição meteorológica, dentro ou fora do teatro operacional. Sua função é apoiar operações civis ou militares em solo, como por exemplo:
- Apoio Tático Direto
- Inteligência Estratégica
- Operações Especiais
- Operações Antiterrorismo
- Monitoramento Ambiental
- Busca e Salvamento (SaR)
Além dos sensores de inteligência, as plataformas Embraer ISR Multi Intel poderão ser equipadas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga, com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou LOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.
Duas plataformas foram propostas. A primeira está baseada no EMB-145, cujo aspecto externo assemelha-se muito ao do EMB-145 MP. A disposição interna é apresentada no desenho acima. A segunda plataforma ISR Multi Intel emprega o jato executivo Phenom 300 e possui o mesmo arranjo externo do proposto para a categoria MP.
IMAGENS: adaptadas a partir de originais da Embraer
VEJA TAMBÉM:
Interessante a aparição do E-170 AEW. Embora seja uma plataforma mais capaz que o EMB-145, será mais cara de comprar/operar e menos flexível em termos de base de operações. A família EMB-145 foi feita para operar de aeroportos rústicos e com mínima infraestrutura, o que para mim é uma grande vantagem sobre o E-170 com suas turbinas “varrendo o chão”.
É a “empurroterapia de farmácia” reloaded!!!
Nessas horas tenho pena da FAB.
Que não tem obrigação alguma de adquirir sistema algum, somente pq tal sistema tem a marca Embraer estampada.
Mas que o governo petralha insiste indevidamente em privilegiar.
Demorou …. mas parece que a EMB se tocou do imenso potencial das suas outras aeronaves.
O Mauricio R. vai a loucura…… rsssss !
Sds.
Quando vejo uma notícia da Embraer, já fico à espera de um comentário do Maurício R. esculhambando, acho muito engraçado. Tirando a lógica única do Maurício, vejo com muitos bons olhos a novidade, pois se aproxima dos sistemas adaptados em aeronaves civis de maior porte como os boeing 767. Eu discordo do Clésio em parte, pois embora a plataforma EMB-145 seja mais flexível para utilização em bases com pouca infra-estrutura, creio que uma Força Aérea que se prese deve utilizar as aeronaves mais capazes e fornecer a infraestrutura necessária a elas. Se queremos jatos de combate de alta performance, precisamos… Read more »
Correção, ao invés de Brasília leia-se Anápoles 😀
Oi Maurício! Aqui no fórum da Trilogia há um grupo de comentaristas cujos posts mais aprecio pela riqueza de informações técnicas/culturais/históricas. São eles: – Ivan – Dalton – “Observador” – Maurício – Felipe – Aldo – Clésio Luiz – Baschera – “Justin Case” – “Nick” – “Dr. Cockroach” – “Grifo” – Os Editores do PA/PN/FT – (Reservado para quem eu tenha esquecido) Toda vez que há um assunto polêmico, sempre aguardo a opinião desse time aí em cima para tirar minhas conclusões. Mas embora admire seus argumentos técnicos (muito bem embasados, diga-se de passagem), sempre vejo uma acidez extrema quando… Read more »
Se de fato a Embraer lançar uma versão AEW&C para os E-Jets, não vejo como não lance uma versão MP, o que vai matar a pau os P-3.
Para a alegria do Mauricio R. , tomara que a FAB encomende uns 10 190 AEW&C, formando um novo esquadrão, além de uns 20 ISR multi intel. 🙂
[]’s
Uau!!! Agora a Embraer esta dando um show. ISR Multi Intel é uma proposta muito boa. Um modelo ISR MP com a plataforma ERJ – 190 seria um modelo ideal para complementar ou substituir o P-3.
Abs,
Ricardo
Acredito que é importante ter em mente as diferenças de tamanho e massa das aeronaves, para evitar comparar o imcomparável. Além disso, manter a perspectiva que haverá missões diferentes para diferentes aeronaves. Óbvio, mas é bom lembrar. Alguns dados. EMB-145 MULTI INTEL * Envergadura: 20,04 m * Comprimento: 29,87 m * Altura: 6,75 m * Peso Máximo de decolagem: 24.000 kg Embraer 170 * Envergadura: 26,00 m * Comprimento: 29,90 m * Altura: 9,85 m * Peso Máximo de decolagem: 35.990 kg (Standard) 37.200 kg (LR) Boeing 737 AEW&C * Envergadura: 33,6 m * Comprimento: 35,8 m * Altura: 12,5 m… Read more »
Ricardo,
Para sua proposta segue os dados do P-3C Orion:
* Envergadura: 30,37 m
* Comprimento: 35,61 m
* Altura: 10,67 m
* Peso Máximo de decolagem: 61.235 kg
Com um detalhe importante, sua capacidade de combustível está
entre 27.200 kg e 28.350 kg, porém sem capacidade REVO.
Abç.,
Ivan.
Se eu fosse Presidente da República chama o Mauricio R. para Ministro da Defesa, mas diria à ele o seguinte:
– Mauricio, tudo que voa, que sai do chão, vai ter de passar pelas mãos da Embraer!!!
he, he, he … brincadeira!
Posso não concordar, mas o livre exercício de achar o contrário é livre.
O que me preocupa acima de tudo é que MUITO POUCOS desses sistemas avançados de sensoreamento e controle são nacionais. É bem legal ver a Embraer montando essas coisas nos seus jatinhos e podendo oferecer TAMBÉM à FAB que – e aqui estou de pleno acordo com o Maurício – não tem obrigação NENHUMA de comprar Embraer (tanto quanto o governo federal, que quando foi comprar um jatinho foi buscar na Airbus… vocês vejam que o exemplo vem de cima… 😉 ). Mas gostaria de ver esses sistemas avançados sendo fabricados aqui, e não importados da Suécia (Radar Erieye/Ericsson, por… Read more »
Amigos, se estiver enganado, por favor façam a correção… mas os F5M e os ST tem os mesmos aviônicos, certo?… tecnologia de um 4.0 em um supersônico ultrapassado e em um de baixo desempenho/custo, no caso do ST que o torna atrativo para o mercado… no caso dos aviões de ISR, também, é uma tecnologia de ponta que não deve quase nada a outros modelos… Tchê, me expliquem porque a Embraer nunca investiu em desenvolver ela, um legítimo CAÇA? com todo este expertize que que ela agregou?… Na época de estatal até entendo o casamento com os italianos para os… Read more »
Ribeiro:
Primeira pergunta: quantos caças o GF vai encomendar?
Segunda pergunta: quem vai bancar o desenvolvimento?
Ribeiro disse:
5 de abril de 2013 às 15:37
Ribeiro, muito antes de desenvolver um caça, operação cara, arriscada e que exigiria enorme envolvimento e investimentos da sociedade brasileira, a Embraer deveria desenvolver um treinador a jato avançado, ainda que não fosse para uso da FAB.
Acredito que a parceria com a Boeing, especialmente visando o T-X da USAF, virá suprir isso.
Sds.
A FAB mostrou com a escolha do P-3BR em detrimento dos P-99, que não compra algo que não se enquadra em seus interesses só porque é da EMBRAER. Não obstante o governo mostrou com a compra dos helicópteros que faz o que lhe convém e não o que convém à FAB. Eu vejo em algumas das novas plataformas apresentadas neste post (principalmente o ISR AEW&C baseado no EMB-170) produtos que cairiam como uma luva à FAB. Produtos que somariam bastante a capacidade de combate da força (junto com malfadado FX-2…), além de gerar emprego e renda ao país. Se a… Read more »
Não vejo nada de errado no GF dar preferência aos equipamentos da EMB. TODOS os países fazem isso. Desde que tenham indústrias com capacidade para tal.
A USAF, USN, USMC e ARMY, compram seus respectivos meios aéreos de quem? Da Rússia? China? Etiópia?
Agora, se os produtos da EMB não são aquilo que muitos daqui gostariam, isso já são outros problemas.
Se o Brasil fosse um País com políticos e políticas de governo sérios, com certeza a Embraer já estaria produzino poartes importantes de caças de alto desempenho.
Marcos, quantos caças temos… os F5 e A1 não vão durar para sempre (espero que o GF saiba disso)…. mesmo sem aumentar a quantidade de caças disponíveis após todas as substituições, estaremos falando de cerca de 100 caças… não é muito, mas já é um começo… Quem bancou o desenvolvimento do KC 380… as 30 unidades da FAB… não, mas a necessidade de mercado… esta mesma visão que a Embraer poderia ter… Ta cheio de países, que por um motivo ou outro, nunca vão operar (não nessa vida) caças de 5° geração, invisível a radar, etc etc.. Olha o ST…… Read more »
A FAB mostrou com a escolha do P-3BR em detrimento dos P-99, que não compra algo que não se enquadra em seus interesses só porque é da EMBRAER.
Caro Lyw, uma demonstração de como a necessidade operacional da FAB fala mais alto do que um suposo interesse de indústria.
E se precisar de mais um exemplo, está aí o datalink BR onde a Embraer também perdeu a concorrência.
Offtopic: um filme que acho que todos nós aqui vamos ver: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=XHwLM8AYl_g. Participação no trailer de um dos concorrentes do FX2.
Sobre a plataforma AEW&C nos E-Jets
1) As aeronaves usadas seriam os atuais E-Jets ou seriam para a nova geração?
2) Nota-se duas coias na antena radar: primeira que persiste a inclinação e, segundo -importante-, a estrutura que a suporta é em peça única, diferentemente da plataforma do ERJ-145.
Quanto ao Phenom 300, me parece algo interessante: uma versão barata para algumas operações. Resta saber as semelhanças que há entre essa aeronave e o Lerajet R-35-A, por exemplo.
Como esta é a primeira LAAD da Embraer depois do PLENO início da Embraer Defesa e Segurança vejo este incrível display de possibilidades de sistemas militares ou de segurança de fronteiras marítimas e terrestres como um sinal de DEFINITIVA maioridade da Empresa em direção a um mini-conglomerado industrial-tecnológico do tipo Boeing e EADS onde se geram produtos além das suas fronteiras industriais originais. Um crítica que sempre fiz a Embraer foi a timidez da empresa em ousar desenvolver novos produtos INDEPENDENTEMENTE das necessidades estritas da FAB e do governo brasileiro na área de Defesa. Isto incluía historicamente o não desenvolvimento… Read more »
Isto incluía historicamente o não desenvolvimento de uma versão MLU do T-27 Tucano para oferecer aos clientes estrangeiros Este existiu e se chamava EMB-312H (temporariamente conhecido como 312F). Foi um desenvolvimento a partir do Tucano com turbina Garret, que foi adquirido pela RAF e construído pela Shorts. Foi a partir dele que a Embraer criou o Tucano vitaminado que participou do JPATS e perdeu para o T-6 Taxan II. Naquela época (início da década de 90) a empresa estava em situação bastante ruim. Perto até de fechar as portas. Se o seu principal cliente militar, a FAB, não tinha interesse… Read more »
Caro Gilberto: Na área comercial e executiva a Embraer vem fazendo exatamente isso, desenvolvendo aeronaves para o mercado externo (e interno) independente do Governo Federal. Já na área militar, a coisa é um pouco mais complicada. Primeiro que há sempre restrições orçamentarias de governos, as decisões são lentas, há requerimentos de transferências de tecnologias e de compensações comerciais, o que acabam envolvendo o próprio governo. Vejamos o caso do FX-2: já andaram por aqui membros de altos escalões dos governos interessados, Presidentes e a própria Rainha da Suécia. Não conheço produto militar que tenha sido desenvolvido que antes não tenha… Read more »
Justamente por ser muito mais difícil na área militar é que estes indicativos são ótimos e mostram um amadurecimento da área de Defesa. Quanto ao KC-390 a falta de um envolvimento maior das empresas brasileiras na parte substantiva mostra a prioridade da Embraer e da FAB num produto off-the-shelves competitivo, operacional e exportável para clientes ocidentais. O programa KC-390 para mim PROVA que o governo atual não tem problema algum com o Comando da Aeronáutica quando os objetivos dos dois convergem e indica, MAIS UMA VEZ, que o problema do FX-2 está SIM no Comando da Aeronáutica que não aceita… Read more »
Caro Gilberto,
Se a FAB tivesse tantas questões com o Rafale ou os franceses, nem teriam colocado o mesmo na Short-List. Se a questão fosse ser All-american, o F-16 estava lá também.
A FAB fez a parte dela até o dia em que entregou seu Relatório Técnico ao MD. A partir dae, a bola que era redonda, começou a ficar quadrada.
E se o ex-presidente escolheu o Rafale em algum momento, recuou do mesmo. Não foi capaz de sustentar sua decisão, que foi claramente, PRECIPITADA, já que NÃO TINHA O RELATÓRIO TÉCNICO em mãos.
[]’s
“Até onde eu sei a MB não tinha requerimento para uma aeronave com o Super Tucano. Por outro lado também existem estudos de mercado e me parece que as análises preliminares da Embraer já afastaram este tipo de produto uma vez que não há mercado para ele.” Bom dia, Guilherme! Esse papo sobre um Super Tucano naval me fez lembrar de uma outra aeronave que fez fama na Coréia e no Vietnam: o A-1 Skyraider. Estarei falando bobagem se eu disser que enxergo algumas semelhanças entre as duas? (lógico que o A-1 tinha uma capacidade de carga maior – 3600… Read more »
Rafael:
O Skyraider era uma carregador de bombas burras. Tinha de levar muito peso mesmo para despejá-las em grande quantidade e acertar em alguma coisa. Era eficiente para a época.
Já o Tucanão tem a seu dispor uma quantidade imensa de eletrônica embarcada, mais a disponibilidade de bombas inteligentes, acaba fazendo a mesma coisa, talvez mais e melhor.
Eu trocaria plataformas de ERJ-170 equipadas com sensores externos por plataformas externas equipadas com sensores nacionais. Mais vale para a Índia um ERJ-145 equipado com um radar indiano do que para o Brasil um ERJ-145 equipado com um radar sueco. Querem privilegiar a industria nacional, ótimo, então desenvolvam a aérea de aviônica, microondas, opto-eletrônica, software para defesa. Modificar um ERJ-170 estruturalmente ou aerodinamicamente não trás ganho de conhecimento algum, esta tecnologia já existe aqui a duas décadas. Eu gostaria muito de ver um ERJ-190 em funções ASW e ASuW, substituindo os P-3 um dia. A questão é o custo. Se… Read more »
Ué Soyuz…
Concordo e não concordo ao mesmo tempo…
Concordo que se deveria investir mais em produzir sensores, aviônicos e armamentos nacionais para as aeronaves de patrulha e vigilância. Mas porque investir outros tantos milhões para adaptar aeronaves estrangeiras aos nossos sensores???
Ué… fazemos os dois… investimos em sensores nacionais e os colocamos nas aeronaves nacionais adaptadas. Ou alguém duvida que este será o próximo passo da Índia, por exemplo.
Não é errado investir na criação de versões especiais das aeronaves nacionais, isto é fundamental. O errado é parar por aí.
Sds,
LF
Ola Luiz, Não se trata se pegar aeronaves estrangeiras e adapta-las. A ideia é pegar aeronaves já adaptadas a função e dota-las de sensores, armamentos e sistemas nacionais. Os Indianos fizeram exatamente isto com as células do EMB-145. Gastariam muito mais adaptando uma célula já existente no inventário deles. Optaram por uma que já estava prontinha para a função e dotaram a célula de um radar local e aviônica e software por eles selecionados. Claro que também dá para fazer as duas coisas, desenvolver a adaptação da célula e seus sensores e armamentos. NA TEORIA é possível, na pratica é… Read more »
“Os estudos da Embraer demonstraram que havia possibilidade de lançar um produto nesta categoria.”
Esses estudos só não previram que esse produto, seria o C-130J.
“Juntou-se o estudo de mercado com os requerimentos da FAB (o programa KC-X) e…”
Interessantes esses requerimentos, que não poderiam ser atendidos pelos:
C-17B; C-130J; C-27J e A-400M, ou a combinação de 2 destes, p/ ficarmos somente entre os ac de transporte ocidentais.
Mas que são absurdamente compatíveis c/ a aeronave, ainda de Power Point, da Embraer.
Até parecem o tipo de requerimentos, que levaram a “seleção” do EC-725.
Porem as vezes estes “requerimentos também falham Mauricio. Pelo menos foi assim no caso do P-99 aquele avião “lindíssimo” que foi preterido pelos P-3. Nunca vi tantos autores brasileiros que escrevem em revistas especializadas se mobilizarem tanto por um avião que no power point era perfeito para o Brasil. Outra falha foi o Mirage-2000BR. Seriam 12 caças a cerca de US$ 1.1bi (valores de 2013) e que segundo o Maurício Botelho eram fundamentais para o futuro da Embraer em função das tecnologias criticas que seriam transferidas. Um outro atrativo do M2000BR é que todas as encomendas do caça (e seriam… Read more »
Soyuz, Há um traço comum, é sempre o interesse da empresa aeronáutica privatizada, acima do interesse da FAB ou do Brasil. Os requisitos da força aérea tem que obrigatóriamente serem modelados aos interesses da empresa privada. E a “guerra suja” movida na imprensa, do mais puro jornalismo marrom, contra a concorrência imediata ou a escolha da força, segue o mesmo molde. A aeronave é demonizada, tão cheia de defeitos que não se sabe como, permitem que voe. Foi assim no GTE qndo foi selecionado o Lear 60, foi assim no F X-1 qndo o selecionado seria o Gripen, foi assim… Read more »
Eu concordo Mauricio com o que dissestes.
Uma piada:
A Embraer esta para a FAB assim como a Rede Globo esta para o futebol brasileiro 🙂