Rockwell Collins entra no projeto do
KC-390
Virgínia Silveira
A Rockwell Collins, fornecedora de soluções em comunicação e eletrônica embarcada e de sistemas de defesa, vai produzir no Brasil as caixas de controle e os painéis dos sistemas aviônicos do avião de transporte militar KC-390, em desenvolvimento pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB).
O presidente da Rockwell Collins no Brasil, grupo americano que em 2012 faturou US$ 4,7 bilhões, Nelson de Aquino, disse que a produção será feita por uma empresa brasileira, que está sendo selecionada. A Rockwell negociou com a FAB um acordo de offset (compensação industrial e tecnológica), que prevê a transferência de tecnologia em vários projetos de interesse da Aeronáutica.
“Toda a parte de integração e certificação dos sistemas fornecidos pela Rockwell para o KC-390 também será desenvolvida pela subsidiária brasileira, instalada em São José dos Campos”, diz o presidente da empresa.
A Embraer é hoje a principal cliente da Rockwell Collins no Brasil, uma parceria que teve início na década de 80, com turboélice Brasília.
Para o KC-390, a Rockwell Collins desenvolveu a primeira versão militar do sistema de aviônica integrada Pro Line Fusion. A versão civil do sistema já foi instalada no novo jato executivo Legacy 500, da Embraer, que realizou, na última segunda-feira, o voo inaugural do seu terceiro protótipo. A entrega da primeira aeronave ao mercado está prevista para o primeiro semestre de 2014.
Nos últimos três anos, a Rockwell Collins investiu US$ 10 milhões no Brasil para atender a expansão dos negócios e também a contratação de pessoal. “Esperamos que esse investimento continue de forma que possamos aumentar o número de oportunidades de emprego, equipamento, tecnologia e infraestrutura”, disse o vice-presidente e diretor executivo da Rockwell Collins para Américas, Thierry Tosi.
As principais operadoras de linhas aéreas da América Latina, entre elas a TAM, Gol, Avianca, Copa, Trip e Azul, utilizam os sistemas de aviônica e de entretenimento da Rockwell Collins. Há cerca de dois meses ela fechou um contrato com a Gol para o fornecimento de rádios de comunicação para 20 aeronaves Boeing 737.
A expansão dos negócios da Rockwell Collins no Brasil também terá como foco a área de sistemas de defesa e a empresa está de olho nos programas de reequipamento das forças armadas, como o Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras).
A Embraer foi escolhida pelo Exército Brasileiro para desenvolver o projeto piloto do Sisfron e já iniciou o processo de contratação de várias empresas para fornecimento de sistemas nas áreas de comunicação segura, informação, comando e controle.
Segundo Tosi, 54% da receita global da companhia em 2012 veio da área de defesa e 46% das atividades civis. No Brasil, de acordo com o executivo, a Rockwell Collins espera um crescimento de 25% da receita nos próximos cinco anos. “A conquista do contrato do KC-390 consolidou a nossa posição na aviação militar e nossos esforços em trazer soluções para segurança fronteiriça, costeira e urbana. Esperamos que os nossos sistemas de defesa tenham uma participação crescente em nossa receita no Brasil daqui para frente.”
O mercado brasileiro, na visão do executivo, tem potencial para negócios da ordem US$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos para todos os tipos de produtos oferecidos pela Rockwell Collins.
Para aproveitar as novas oportunidades que estão surgindo, segundo ele, a Rockwell Collins aumentou o seu quadro de funcionários no Brasil em 35%. Os novos funcionários atuam na área de gestão de programas, desenvolvimento de negócios, engenharia de sistemas, técnicos para serviços e engenharia de vendas.
Além da produção de equipamentos para o KC-390, a Rockwell Collins pretende produzir no Brasil a linha de sistemas aviônicos e de comunicações para os helicópteros Pantera, Fennec, Cougar e EC-725, da Helibras.
A empresa também passará a fazer no país a montagem, teste e reparo de rádios de alta frequência (HF). A atuação da Rockwell Collins na área de defesa no Brasil inclui ainda o fornecimento de rádios de comunicação e navegação do caça AMX, cuja frota da FAB está sendo modernizada pela Embraer.
“Temos planos agressivos de crescimento no Brasil. E uma das estratégias de expansão se dará por meio de parcerias com empresas brasileiras competentes e com capacidade para absorver nossas tecnologias”, disse Aquino.
FONTE: Valor Econômico, via resenha do EB
Alguns prometem, outros fazem!!!
KC-390
Custos dentro do planejeado
Desenvolvimento dentro do prazo
Preco a preco de mercado
Producao de componentes no pais
EC-725
Custos tres vezes maior
Montagem fora do prazo
Apertando parafuso no pais
ops
preco de mercado
Marcos, suas afirmações sobre os dois projetos estão erradas.
????
ia comentar em outro post… este painel parece ser “alto”, o piloto tem de ter estatura elevada ou vai ficar esticando o pescoço para ver a frente… ou é só impressão ?
vejam a 5ª foto:
http://www.aereo.jor.br/2013/03/25/projeto-kc-390-recebe-sinal-verde-para-construcao-de-prototipos/
Roberto, acredito que seja só impressão. Pelo ângulo, a visão frontal me parece bastante normal, e a visão mais para baixo é dada pelas grandes janelas laterais.
De qualquer forma, assentos costumam ter regulagem de altura para pilotos mais baixos.
Para comparar com a cabine do C-130:
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/06/cabine-de-C-130-da-FAB-na-Mapple-Flag-foto-Sgt-Johnson-FAB.jpg
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/05/ten_joyce-primeira-piloto-de-C-130-da-FAB.jpg
E para ver uma versão aparentemente menos desenvolvida do painel no simulador, tendo no assento a mesma oficial aviadora que aparece no C-130, e que parece não ser muito alta:
http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2012/09/kc-390_ten-joyce.jpg
Não seria improvável que a partir deste projeto a Embraer também faça aviões ainda maiores pois a experiência do 390 se acertada, possibilitara as condições para tal, quem sabe mas a frente desenvolva novamente um caça.
Acredito que para se manter nos mercados aeronáutico e de defesa, a Embraer, depois do KC-390, vai fatalmente partir para outro projeto do tipo. Acredito que será o FX-2 Br, que consta no Livro Branco da Defesa. O parceiro será a Boeing.
A Embraer esteve sempre presente em tres segmentos: comercial, executivo e militar. Na ordem: Xavante (m), Bandeirante (c), Xingu (e)… Tucano (m), Brasilia (c), AMX (m)… ERJ-145 (c), ST (m), Legacy (e)… E-Jets (c), Phenom (e), Legacy500 (e), KC-390 (m)… O que se tem para o futuro proximo: E-Jets NG (c) e provavelmente uma modernizacao dos Legacy 600/650, assim, e provavel, como disse o marcio macedo, a Embraer venha a trabalhar em um outro projeto militar. Nao creio que haja mercado para um novo jato pesado, mas nao se pode descartar um jato militar de treinamento e com caracteristicas furtivas,… Read more »
Minha principal dúvida em relação ao KC-390 continua sendo as características específicas que diferenciam a versão da turbina V2500-E5 do KC-390 em relação a turbina comercial V2500-A5. No site da IAE a potência da linha de turbinas V2500 varia de 20.000 a 33.000 libras de empuxo. Qual o EMPUXO da turbina do KC-390? O projeto desta variante, aparentemente destinada só para uso no KC-390, como foi orientado seu desenvolvimento pela FAB/Embraer em relação a versão A5, qual o(s) parâmetro(s) buscado(S) e qual(is) foi(ram) eventualmente sacrificado(s) ? Mais potência, maior durabilidade dos componentes, economia de manutenção, economia de combustível aumentando o… Read more »
Gilberto
O KC 390 tem peso maximo de decolagem de 72.000 kg, semelhante ao A-319. Assim, apostaria em um motor de mesma potencia… 27.000 lb de empuxo.
Na wikipedia, em ingles, o KC 390 e apresentado com motor V2500-E5, com potencia de 27000/29000 lb empuxo.
Nunão, obrigado pelas informações. Realmente acho que é só impressão mesmo. Pelas fotos que você colocou pude perceber melhor.
Gilberto e Marcos,
O site da IAE traz uma tabela em pdf dizendo exatamente o empuxo do modelo V2531-E5, que na dita-cuja está marcado como o motor do KC-390.
São 31.330 libras ao nível do mar, segundo a tabela.
http://www.i-a-e.com/wp-content/uploads/IAE_Standard_Factsheet_2-13.pdf
Quanto às demais perguntas, de fato isso é uma tarefa boa para a LAAD 2013.
Pode ser besteira minha, mas acho que aeronaves grandes tem que utilizar os tradicionais manche, por exemplo, a Boeing ao contrário da Airbus não abre mão destes, esse lance de SideStick é para caças ou aeronaves de pequeno porte. Mas imaginem um ex-piloto de F-16 que utiliza um SideStick no lado direito, evidentemente vai começar como co-piloto ao lado direito, ou seja, não mudará muito, no entanto, passando a ser comandante sentará ao lado esquerdo, vai se adaptar ? Obviamente que sim, mas deve ser um tanto quanto estranho.
Boa Fernando, pela tabela a variante do KC-390 me parece de primeira vista uma unidade TOP de empuxo com uma modesta otimizada para economia visando maior alcance. Uma abordagem que faz muito sentido para um transportador militar, a baixa é de só 670 libras em relação a
variante top A5 do A321 de 32.000 libras !
Com 2 X 31.330 libras de empuxo (62.660 libras no total) a configuração final do KC-390 supera as previsões iniciais divulgadas anteriormente e quem sabe quando do voo do protótipo alguns outros parâmetros tanto de alcance e velocidade surpreendam ainda mais…
Que diferença!!!
Enquanto a RC se expande baseada em demanda criada, a AEL, digo a Elbit, vive de demanda inventada.
Reserva de mercado bem burra essa.