Relatório do Pentágono diz que F-35 oferece visibilidade ruim para os pilotos

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F-35 com canopi aberto - foto Força Aérea dos EUA

Informação foi publicada no jornal canadense The Star, que ressaltou que a aeronave é uma das candidatas a equipar a Força Aérea Canadense

Na sexta-feira, 8 de março, o jornal canadense The Star publicou reportagem sobre uma “falha fatal” nos jatos F-35, cotados como o caça que poderá equipar a Força Aérea Canadense no futuro: um ponto cego que não permite aos pilotos “checar às seis horas”, o que significa observar com facilidade um inimigo aproximando-se pela retaguarda. A informação é de um relatório do Pentágono, revelado pelo grupo de vigilância “Project on Government Oversight” (POGO).

(Nota do Poder Aéreo: o artigo original do POGO pode ser visto clicando aqui. Os documentos aos quais se refere estão acessíveis aqui.)

Segundo o jornal, pilotos experientes que voaram o F-35 disseram que essa falha de projeto poderia custar a vida de pilotos. “A visibilidade traseira vai fazer com que o piloto seja colocado na mira inimiga todas as vezes”, escreveu um piloto americano, que voou o caça no final do ano passado na Base Aérea de Eglin, na Flórida. Outro piloto escreveu: “O apoio de cabeça é grande demais e vai impedir a visibilidade para trás e a sobrevivência durante engajamentos de superfície e aéreos.”

Os comentários desses pilotos estão em recente análise preparada pelo Departamento de Defesa dos EUA sobre o F-35A e o sistema de treinamento dos que vão voá-lo.

F-35 foto USAF

O relatório de 15 de fevereiro de 2013, preparado por Michael Gilmore, diretor de testes e avaliações operacionais, pinta o cenário de uma aeronave que ainda está longe de ser considerada pronta para o combate. Pilotos que voaram o jato no último trimestre do ano passado encontraram diversas “significativas” restrições que impediram voos noturnos, em condições meteorológicas adversas, em formação com outras aeronaves, durante acrobacias ou em testes das capacidades de combate.

“Como resultado da imaturidade do F-35A, os alunos estiveram limitados em manobras de voo à pilotagem mais básica”, conforme o relatório, que também afirma que  “a aeronave ainda está muito imatura; a utilidade do atual treinamento é limitada.” Também foram destacados vários “sérios” riscos com a aeronave, como a falta de proteção contra raios, potencial para vazamentos de combustível e dificuldades potenciais com os assentos ejetáveis em modelos iniciais do jato.

F-35 e F-16 taxiando - foto USAF

Embora se espere que a continuidade do desenvolvimento possa resolver essas deficiências, as preocupações sobre a visibilidade não poderiam ser corrigidas facilmente sem um reprojeto da aeronave. Segundo o relatório, “a visibilidade para trás poderia se tornar um problema significativo para todos os pilotos de F-35 no futuro. Diferentemente de aeronaves anteriores (legacy aircraft) como F-15, F-16 e F/A-18, uma melhor visibilidade a partir do cockpit não foi projetada no F-35. Não há uma solução simples para as limitações de visibilidade da cabine do F-35.”

Outros pilotos chegaram a reclamar das dificuldades de se captar visualmente outras aeronaves no circuito de tráfego do aeroporto ou de “se manter visível em relação ao ala”. Porém, o relatório informou que é possível que os pilotos possam se adaptar “com o tempo e com mais experiência”.

F-35 - foto Força Aérea dos EUA

Outras deficiências relatadas

O relatório também sinalizou “deficiências” em algumas das características futuristas do projeto. O sistema de radar estava inoperante em duas surtidas e falhou em mostrar alvos em outra. O sistema “touchscreen” (interface de toque na tela) de controle de rádio e navegação é “sujeito a falhas”. Os sofisticados capacetes usados pelos pilotos, que apresentam imagens em seus visores, provaram ser uma dor de cabeça, causando “frequentes problemas” que incluíram embaçamento, visão dupla e imagem trêmula.”

Juntos, esses problemas poderiam prejudicar a interação do piloto com o jato e sua habilidade para responder em uma emergência. “Além disso, não há confiança de que o piloto possa realizar tarefas críticas com segurança”, segundo o relatório.

Os mecânicos também enfrentam suas próprias dificuldades. Tem sido necessário mais de dois dias para trocar um motor, ao invés da duas horas planejadas. Como a unidade de bateria é vulnerável em temperaturas baixas, as equipes de terra têm que manter as aeronaves em hangares aquecidos à noite, ocupando espaço que poderia ser usado por jatos necessitando de reparos. O relatório afirma que “mover os jatos para dentro e para fora dos hangares para mantê-los aquecidos envolve cinco pessoas por três a quatro horas por turno.”

F-35 - primeiro voo de treinamento em Eglin - foto USAF

Ainda assim, um canadense elogia o caça

Mesmo com os problemas levantados no relatório, um piloto canadense continua confiante em relação às habilidades do jato. Billy Flynn, que já foi piloto de CF-18 e comandante de esquadrão, é hoje um piloto de testes do F-35 e afirma que a aeronave é melhor do que qualquer outra que já pilotou. Flynn, que voou mais de 80 aviões, disse que o F-35 é o “mais simples” dos que já voou. Eu vejo massivas partes do espaço aéreo, e não somente com o radar. Eu percebo isso com as outras tecnologias da aeronave. Isso está numa escala dramaticamente mais capaz do que o pequeno radar que eu tinha antes. Todos os sensores trabalham juntos para me dar a melhor ideia de onde está algo, e identificá-lo”

O F-35A vinha sendo a escolha canadense para substituir a envelhecida frota de caças CF-18 do país, mas preocupações a respeito de custos e atrasos no programa forçaram o governo a reiniciar, no ano passado, o processo de seleção. No último mês, os Estados Unidos mantiveram no solo brevemente sua frota de F-35, após descobrir uma pá da turbina com fissura. Os jatos já voltaram aos voos.

FONTE: The Star (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Força Aérea dos EUA (USAF)

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Roberto F Santana

“Cada aspecto na aeronave é basicamente uma falha esperando acontecer”.

Frase que vi em um documentário sobre o F-35.

Clésio Luiz

Quando li sobre a deficiência na visibilidade me lembrei do Messserschmitt 109. Acho que foi Adolf Galland que ao examinar o (então) novo aparelho, criticou a visibilidade para trás. Ao questionar o pessoal da fábrica, lhe responderam que não se precisava de melhor visibilidade porque o novo caça tinha melhor desempenho que os outros e nunca seria atacado por trás. Acho que o pessoal da Lockheed deve ter pensado algo semelhante por causa da “invisibilidade” do F-35.

É como dizem: quem não conhece a história tende a cometer seus erros.

Roberto F Santana

O encosto da cabeça do modelo de MB Mk.16 é praticamente da largura do próprio assento.Pilotos vindos de aviões como F-15, F-16, A-10, F-22, F-18; todos com canopi bolha e assento Aces II (ex.F-180) irão estranhar.
Para piorar as coisas, o avião apresenta algo de inusitado, o canopi se abre para frente (!) e numa mesma peça muda de espessura, grossa no parabrisas, e fina no restante.Poderia se economizar em tudo e muito se se adotassem soluções mais simples como em: 01:50:

http://www.youtube.com/watch?v=zXDQJ_IRcys

Giordani

Vamos ao debate técnico. Sem essa de torcedor da Terra Média.

Como que um piloto, mesmo de um F-16 ou de um Typhoon, totalmente trajado, com um paraquedas nas costas, preso num assento, consegue visualizar algo às 6hs? À anatomia humana não permite isso, mesmo sentado numa cadeira de escritório…

Estão reclamando de visibiliade? Isso porque esses pilotos não voaram de F-4…F-105…F-106…MiG-23…MiG-21…Su-15…

Mauricio R.

E segue a malhação do “judas”, isso deve dar mto dinheiro, pq o que tem de gente engajada nisso, não é brincadeira.

Roberto F Santana

Prezado Giordani,
Tecnicamente a anatomicamente falando falando:
Veja em 01:31:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=riQ-_4FDh34#!

E historicamente falando:
F-4,F-105,F-106, MiG-23,MiG-23,MiG-21 e Su-15; é coisa do passado, esses caras irão lutar contra Su-27,MiG-29, Rafale e chinas com canopi de boa visibilidade

Justin Case

Amigos, bom dia. Pelo que ouvi, o piloto do F-35 terá conhecimento de tudo o que se passa ao seu redor, sem limites, pela informação dos seus sensores. Sua consciência situacional dependerá mais disso do que dos seus olhos. Não é fácil para um piloto operacional aceitar uma mudança radical nos seus costumes (ou nos seus “vícios” de pilotagem). Mudanças radicais já ocorreram antes, quando da transição do “head down” para o HUD, e, em menor escala, dos instrumentos tradicionais para páginas de displays. Para entender, podemos imaginar um carro que, para manobrar na garagem, deixou de ter o vidro… Read more »

Roberto F Santana

Prezado Justin Case,

Mas o próprio canopi bolha é a mudança radical, no começo muitos achavam que iria causar arrasto aerodinâmico, voltar atrás nisso seria um contra-senso.
Você aprovaria então a camera de visão traseira do “MiG-31 Firefox” ?!

Justin Case

Roberto, bom dia. Dizem que o que abunda não faz falta, mas pode ser útil um dia. Mas, falando sério, a natureza humana é interessante. Veja o caso da automação nas aeronaves, que põe limite à liberdade dos pilotos. É comum vermos relatos inflamados de pilotos que reclamam de terem sido tolhidos, pelo sistema, de tomar uma atitude no controle da aeronave. Por mais irrelevante que tenha sido a ideia dele, o simples fato da restrição de liberdade para agir é ofensiva. Por outro lado, quantos pilotos colocam em relatório as inúmeras situações em que “o sistema” salvou sua pele… Read more »

Roberto F Santana

Prezado Justin Case,

Essa confusão é porque vivemos o limiar de uma era, o F-35 pode ser o último caça tripulado americano.
Isso tudo, nada mais é que a transição.
Poderemos ver até absurdos como esse:

http://www.aereo.jor.br/2012/02/19/bae-p-112-stealth-futuro-caca-ingles-sem-canards-e-sem-canopy/

Vader

Na boa, frescura (ia dizer outra coisa, mas seria editado) pura isso aí.

Com o HMDS do F-35 o piloto nem precisará enxergar “fisicamente” às 6 horas, uma vez que o sistema lhe dará a imagem virtual e a posição de qualquer coisa no visor do capacete.

Na verdade na verdade em o sistema HMDS funcionando à perfeição o F-35 sequer precisaria de canopy.

Justin mandou bem.

E Maurício também. A verdade é que a vontade de malhar é tanta que os caras tão achando até pelinho em ovo para jogar fora a galinha inteira.

Sds.

Clésio Luiz

Roberto, eu acho que sei o motivo do F-35 ter o canopi com aquele arco. No F-16, o canopi em peça única tinha a mesma espessura do começo ao fim. Isso fazia com que fosse necessário ejetá-lo para o escape do piloto, pois era muito grosso para ser “atravessado”. Isso causa um atraso, coisa de 1 segundo, para o piloto poder ejetar com segurança. Ocorre que no caso do F-35B (sempre ele) não conta com esse luxo durante as manobras de pouso vertical, daí ser necessário usar do mesmo artifício do Harrier, que é usar mini explosivos para ejetar através… Read more »

Clésio Luiz

O problema é que o HMDS não funciona e a aeronave precisará de um HUD…

Giordani

“Roberto F Santana disse:
11 de março de 2013 às 8:38
Tecnicamente a anatomicamente falando falando:
Veja em 01:31:”

Dom Robert, concordo. Se for assim, saindo do assento, aí dá para visualizar as 6hs…6h25min…6h43min…

Eu lembro que no F-35 o capacete proveria o piloto de todas as informações. Aviões voando exatamente sobre a buzanfa do piloto apareceriam no display…

Ivan

Tô com MiLord Vader…
agora pela manhã ½ Jedi… rs rs rs!

“Justin mandou bem.”

Agora ‘tá’ faltando Mestre Bosco aparecer por aqui para esplicar pela ‘enésima’ vez como funciona o HMDS e o DAS.

Abç.,
Ivan.

Ivan

Maurício,

É por aí.
Tem muito dinheiro envolvido no JSF.
Criticar é válido, até porque se deixar a Lockheed mais solta do que está o estrago pode ser ainda maior, Mas as vezes aparece cada coisa!

Desconfio (rs rs rs…) que a guerra do marketing, contra e a favor,
‘tá’ rolando sem trincheira e sem fronteira.

O risco para os futuros usuários e para aqueles contribuintes que pagam pelo JSF é que as críticas construtivas se percam em um mar de bobagens, terminando por aumentar o custo (mkt custa caro) e não entregar tudo que poderia ser.

Abç.,
Ivan.

Ivan

Nunão,

É por aí, também.

São muitas críticas.
Muitas COM e outras tantas SEM fundamento.
A questão é saber filtrar, o que aparentemente é possível aqui no AEREO, diante da liberdade de expressão e do bom senso de todos, a começar pelos editores. Vcs estão de parabéns (como sempre).

Mas o risco que aponto é real.
Muita besteira (deles) pode mascarar o que é importante, com prejuízo para os contribuíntes (deles) e militares (deles) que precisam do F-35 qualquerletra Lightning II.

Abraço,
Ivan, do Recife.

Roberto F Santana

Prezado Clésio, Aliado aisso que você comentou, soma-se o fato do canopi abrir para frente. Ora, isso faz com que toda a mecanização ocupe um lugar precioso e importante, que é a seção frontal. Prezado Giordani, Sim, mas veja bem, que é como está dito em documentários, esse avião tomou um padrão completamente diferente, a integração de sistemas é imensa e complexa, e incrivelmente dependentes entre si, ou seja, tudo pode acontecer, se, por exemplo, a humidade do ambiente afetar o sistema elétrico do trem de pouso, isso terá impacto em outros sistemas, e piloto pode a qualquer momento passar… Read more »

Alexandre Galante

O Poder Aéreo já tinha cantado essa bola nesse excelente artigo:

http://www.aereo.jor.br/2010/07/24/a-evolucao-dos-cacas-num-quarto-de-seculo/

O F-35 parece o Pato, que nada, voa e anda mas não faz nada com excelência.

Roberto F Santana

Eu sei que é duro admitir.
Mas infelizmente, infelizmente mesmo, os americanos perderam o fio à meada com o F-22 e o F-35.

Roberto F Santana

Sou fã de americano.
Mas para os que não querem admitir, uma musiquinha para animar:

http://www.youtube.com/watch?v=xFVdvXGIT34

Alexandre Galante

Nunão, infelizmente esse pato é o mais caro da história e não terá performance muito superior aos seus similares russos e chineses que serão fabricados em grande quantidades.

O F-35 corre o risco de mais atrasos e mais cortes.

Eu torço pelo avião, em certa medida o Ocidente depende dele, mas a coisa tá complicada.

Giordani

Roberto F Santana disse: 11 de março de 2013 às 10:36 Eu discordo, Dom Robert! O processo tecnológico evolutívo continua o mesmo, porém a grana…essa sim, acabou! Querem que o avião tenha o alcance de um A-7, a manobrilidade de um F-16, a potência de um F-15 e os olhos de um E-2, mas querem pagar o preço de um F-5! Não tem como. No bucks, No Buck Rogers. O F-35 é a primeira grande vítima da queda do Muro de Berlim. Por mais que os analistas militares se esforcem para mostrar a Wall Street as ameaças, esses ainda tem… Read more »

Roberto F Santana

Prezado Giordani,

Sim, mas devemos separar o processo tecnológico do dinheiro?
O homem já tem tecnologia para mandar alguém ao planeta Marte, mas não existe dinheiro e nem vontade para isso.
Pode-se até mesmo construir uma aeronave ainda mais complexa, ou seja, ou o F-35 veio muito cedo ou, no melhor das hipóteses, não era preciso faze-lô, por que a hora do caça não tripulado já chegou.

Roberto F Santana

Em outras e poucas palavras:
Dava para pular do F-15 e F-16 ou mesmo do F-22 direto para o caça não tripulado.
Mas nesse meio tempo, muita sorte para não se meter em guerras.

Nick

Não sou fã do F-35 Duck. Fato. Não gosto desse design “gordo”, forçado pelas requisições de 3 Forças dos EUA.
O maior problema, não tem muito a ver com o avião e sim, o conceito de “affordable”, que virou “expensive”. E isso está se tornando um problema político, já que os EUA estão com dificuldades em ajustar o orçamento deles. E começo a acreditar que existe sim uma campanha informal em desacreditar o caça, facilitando em :
a) Diminuir drasticamente as encomendas do F-35
b) Cancelamento completo ou parcial do programa JSF.

[]’s

Ivan

Alexandre Galante, Vc escreveu com propriedade: “O F-35 parece o Pato, que nada, voa e anda mas não faz nada com excelência.” Esta tem sido a crítica que faço constantemente ao conceito “MultiTudo”, não apenas do JSF (Lockheed e associados), mas também da Dassault e vários outros. Acredito firmemente que todo projeto de caça deve ser multi tarefa, mas priorizando uma (ou poucas) missões como principais e desempenhando outras como forma de maximizar recursos da força aérea. O EuroFighter, por exemplo, será um caça multirole quando finaizado, mas prioriza desde o início a superioridade aérea como objetivo a atingir. Um… Read more »

Alexandre Galante

Nick, pior que esse design “gordo” do F-35 realmente lembra um pato. O apelido “Duck” pode pegar, e talvez o de “Sitting Duck”.

Alexandre Galante

Nunão, já era, F-35 virou “Sitting Duck”… rs

Guilherme Poggio

O F-35 ainda vai ser o melhor caça que já exisitu. Só que isso levará tempo e dinheiro. Quem tem o tempo e o dinheiro?

Nick

Caro Galante,

Temos na Grumann, o F-14 “Tomcat” e outros tantos “cats” que fizeram história.

Agora é a vez dos Ducks. F-35 “Donald Duck” ou “DaffDuck” (Patolino) 🙂

[]’s

Roberto F Santana

A Lockheed com seus F-35:

http://www.youtube.com/watch?v=SEBLt6Kd9EY

Vader

Alexandre Galante disse:
11 de março de 2013 às 11:59

Já eu acho essa sua falta de fé perturbadora, jovem Padawan… 🙂

Corsario137

Não entendi… Já foi falado mas, se o 35 vai ter o tal supervisor, porque especular sobre sua visibilidade?. Ah, o sistema ainda não está pronto ou apresenta falhas, então espera-se que as corrigirão e não que vislumbrem um problema que só ocorrerá se um pré-requisito for abandonado. Ou seja, se projetaram a aeronave assim é porque contavam que o HMDS supriria essa demanda. Do contrário, a aeronave em si não faz o menor sentido. Apesar do parto a fórceps, eu acho louvável todo esse trabalho para ter uma única aeronave servindo as 4 forças. É um salto gigantesco que… Read more »

champs

Tenho a impressão que a Lockheed Martin esta cometendo o mesmo equívoco que a McDonnell Douglas cometeu com o F-4 (míssil/canhão)? O HMDS é um sistema que promete mudar paradigmas mas para um sistema ainda em desenvolvimento não seria muito arriscado confiar o combate a curta distância somente a ele? ” Os sofisticados capacetes usados pelos pilotos, que apresentam imagens em seus visores, provaram ser uma dor de cabeça, causando “frequentes problemas” que incluíram embaçamento, visão dupla e imagem trêmula.” ” Será que em ambientes de alta interferência eletrônica esses problemas não serão inevitáveis? E se o caça, que é… Read more »

Almeida

A questão, como levantada no estudo, é que o F-35 ainda está imaturo. Isso significa que ainda tem um longo caminho de desenvolvimento pela frente, com custos ainda mais altos. E esses custos estão beirando o inaceitável. Capacidade técnica pra fazer do F-35 um ótimo vetor não falta, mas dinheiro e vontade política um dia acabam…

Até porque, o Gates deu uma acelerada no programa para que não fosse cancelado e agora estão com dúzias de jatos produzidos que não estão prontos nem pra treinamento e desenvolvimento de doutrina, muito menos operacionalmente!

Almeida

Quanto às capacidades do caça em si, muito se reclama de sua real furtividade (especialmente para os clientes externos), sua manobrabilidade, sua velocidade, sua visibilidade, etc e etc e muito se exalta seus sensores e computadores.

Pergunto: quando esta tecnologia toda estiver madura, não seria muito melhor, e mais barato, por estes sensores e computadores num legacy? Silent Eagle e/ou Super Hornet com DAS e HMDS? Ou ainda o Raptor? O que será do F-35 depois que estas tecnologias estiverem acessíveis aos seus concorrentes?

Eu digo: será um pato (ou ganso) usando Google Glass. E mais nada.

Ozawa

Tá ficando caricato… Nenhum caça (revolucionário), que intenta criar uma nova geração, jamais será perfeito. Nenhum em seu vanguardismo, não importa a época, foi, é ou será assim.

Mas o curso da história da aviação militar não tem volta: é do F-35 para frente, nunca para trás.

Agora, daqui a pouco, com essa história do canopi, vão dizer que num combate simulado pelo computador o F-35 foi encaudado por um P 51D sem nunca conseguir fazer o mesmo…

Ivan

Ozawa,

“…é do F-35 para frente, nunca para trás.”

Sem dúvida.
O F-22 já indicou esta tendência há algum tempo.

Mas o que se discute são as soluções dadas, bem como o custo de aquisição e operação. Como o Nick sempre lembra, a meta de ser “affordable” já era, foi pulverizada pelo ‘cost plus’, agora citando Dr. Barata.

É um passo sem volta, vc está correto e ninguém discute.
Mas outros estão caminhando com determinação e, neste sentido, todo mundo discute com mais ou menos fundamentação.

Abç.,
Ivan.

Marcos

Estão querendo que um piloto de um jato comercial, com trezentos passageiros à bordo, que foi treinado e doutrinado a voar full instrumento, passe a voar com mapa rodoviário na colo, olhando a posição do Sol e das estrelas.

Todos vão ter de se adaptar ao F-35. Ou pelo menos quem quiser voa-lo.

joseboscojr

A visão sintética oferecida pela fusão dos sensores do F-35 integradas ao HMDS faz com que o canopy só sirva na maioria absoluta das vezes somente para isolar o piloto do meio externo, sem função panorâmica alguma.

joseboscojr

Esse negócio do canopy não permitir uma boa visão é o maior papo furado que já vi.
Pelo visto quem alega isso nunca viu um F-105 ou um F-101 ou mesmo um F-4. Ora, se nesses caças o canopy não foi problema, muito menos o será no F-35.

Guilherme Poggio

joseboscojr disse:

Pelo visto quem alega isso nunca viu um F-105 ou um F-101 ou mesmo um F-4. Ora, se nesses caças o canopy não foi problema, muito menos o será no F-35.

Caro bosco, estes caças citados não pousavam na vertical.

Mas o canopi era problema sim, tanto que a geração seguinte (F-15, F-16 e F-18) traziam um outro aranjo completamente diferente.

Roberto F Santana

Prezado joseboscojr,

No Vietnam foram perdidos mais de 380 F-4 em combate, mais de 280 F-105 em combate, mais de algumas dezenas de F-101 em combate, muitos aí por não conseguirem ver MiGs ou trilhas de SAM atrás de seus aviões.

Corsario137

Já me metendo…

O que em hipótese alguma pode-se vislumbrar numa aeronave com o radar e os sensores que tem. Em suma, se a potencial ameaça conseguir a proeza de não ser detectada pelos sensores do 35, não será o visual que vai resolver.

joseboscojr

Roberto,
Mas a visibilidade deficitária não impediu que 5200 F-4 fossem fabricados, além de 833 F-105 e 807 F-101.

Eu acho que podem alegar que o F-35 tenha os mais diversos defeitos, agora, que tem baixo nível de “situational awareness” aí é demais.

Vader

Gente, pelamor… Vietnã?

Ora amigos, falemos sério vai… 🙂

Almeida

Um pato (ou ganso) usando Google Glass. Gostei dessa! 😛

Tadeu Mendes

Amigos,

Com o HMDS, o piloto pode voar em canopy totalmente tapado com aluminio, chumbo, plastico…o que seja.

O piloto de um F-35 tem uma visao periferal muito melhor do qualquer piloto voando em outros jetfighters sem o uso do HMDS.

A galera esta falando qualquer coisa para tulmutuar o meio de campo.

Almeida

O problema Tadeu, é que o HMDS ainda não está funcionando 100%…

Vader

Mas funcionará, caro Almeida. Funcionará… 😉