Segundo informações do jornalista Zack Rosenberg, Israel estaria trabalhando em uma nova aeronave não tripulada. Apesar do segredo que ronda este projeto, o pouco que se sabe é que ela está sendo desenvolvida pela Israel Aerospace Industries (IAI).

Isso não é particularmente surpreendente, pois os israelenses perdem apenas para os Estados Unidos no desenvolvimento de aeronaves não tripuladas. Mas, enquanto outras nações trabalham em sistemas furtivos não tripulados (a Dassault possui o projeto Neuron juntamente com outras nações europeias, e alguns estudos em Zhuhai – China – são exemplos fora os EUA), Israel curiosamente não tem divulgado nada.

Israel certamente tem necessidade de um veículo não tripulado de longo alcance com características furtivas. Seu arqui-inimigo, o Irã, é suspeito de fabricar armas nucleares. Que melhor maneira de obter dados de inteligência do que um UAV furtivo de longo alcance? Ou melhor ainda, um UAV furtivo que também pode lançar armas? Há um precedente, a USAF (ou, talvez, a CIA) andam vigiando o entorno do Irã com o seu avião não tripulado de reconhecimento Lockheed Martin RQ-170 (Aliás, um deles que caiu sobre o Irã, uma história já bastante conhecida) … Parece lógico que a mesma ideia tenha ocorrido aos israelenses.

Além disso, não há absolutamente nenhuma dúvida de que Israel tem a capacidade técnica para desenvolver uma aeronave stealth não-tripulada, e eles são conhecidos por estudos no campo de tecnologias de baixa observação. A única coisa que falta é a capacidade de construir seus próprios motores turbofan, que poderiam adquirir por outros meios para não levantar suspeitas. Por exemplo, digamos que Israel (ou talvez uma entidade israelense) compre algum tipo de jato executivo e que alguns dos motores de reposição do avião – que poderiam ser usados em uma aeronave não tripulada bastante grande – pseja desviado?

FONTE: DEW (tradução e adaptação Poder Aéreo a partir do original em inglês)

NOTA DO EDITOR: foto meramente ilustrativa

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G-LOC

Não vejo necessidade de comprar um jato executivo para pegar os motores. Podem usar as turbinas de caças retirados de serviço como as J79 dos F-4 e Kfir, ou das J52 dos A-4. A potencia é a mesmo da F404 usada nos UCAV americanos (sem o PC). Devem ter até mais turbinas que aeronaves ou conseguem fácil no deserto americano. Um UCAV nem voa com frequencia então nem precisa de muitas horas de voo na turbina ou usar algumas dezenas de horas adicionais disponíveis. Talvez o UCAV seja um caça adaptado como os KFIR, F-4, A-4 e F-16A. Retira tudo… Read more »

Gilberto Rezende

Vejo SIM, principalmente se o JATO EXECUTIVO é Embraer e a Empresa tem uma Joint-venture assinada com a mesma IAI que foi anunciada como HARPIA….

E que depois de anunciada cai em silêncio rádio TOTAL…

COM CERTEZA o tal de DEW da Flight Global não sabe ou lembra do acordo IAI-Embraer…

Gilberto Rezende

Se souber, o exemplo é meramente INSINUATIVO…

Mauricio R.

“tem uma Joint-venture assinada com a mesma IAI que foi anunciada como HARPIA….”

A JV da Embraer na Harpia é c/ a Elbit.
A IAI no Brasil, é representada pelo Grupo Synergy.