Publicados os requisitos operacionais conjuntos para o míssil superfície-ar de média altura para a FAB, EB e MB

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Em 5 de setembro, no mesmo dia em que foram publicados os requisitos para um helicóptero de treinamento para as três Forças (clique aqui para ver matéria sobre o assunto), foram publicados também no Diário Oficial da União os Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) para um míssil superfície-ar de média altura, também para as três Forças. Abaixo, segue o texto completo, para facilitar a leitura e o debate do assunto pelos leitores.

 

PORTARIA NORMATIVA Nº 2.385/MD, DE 5 DE SETEMBRO DE 2012

Dispõe sobre o estabelecimento de Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) para os produtos de defesa comuns às Forças Armadas e suas aquisições.

O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, o Decreto no 6.703, de 18 de dezembro de 2008, e o disposto no inciso XVII do art. 1o do Anexo I do Decreton no 7.364, de 23 de novembro de 2010, resolve:

Art. 1º Ficam aprovados os Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) das Forças Armadas anexos a esta Portaria Normativa.

Art. 2º As aquisições do Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura, que trata esta Portaria Normativa, serão realizadas pelas respectivas Forças e coordenadas pelo Ministério da Defesa.

Art. 3º Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

CELSO AMORIM

ANEXO

REQUISITOS OPERACIONAIS CONJUNTOS (ROC) PARA O SISTEMA DE MÍSSIL SUPERFÍCIE-AR DE MÉDIA ALTURA DAS FORÇAS ARMADAS

(ROC Nº 02/2012)

TÍTULO

SISTEMA DE MÍSSIL SUPERFÍCIE-AR DE MÉDIA ALTURA DAS FORÇAS ARMADAS

DESCRIÇÃO DOS REQUISITOS

Os requisitos a seguir foram obtidos pela consolidação das características operacionais e técnicas comuns de emprego das três Forças Armadas, constantes em suas documentações orientadoras e normativas, após reuniões coordenadas pela Comissão de Logística Militar (COMLOG), realizadas no Ministério da Defesa, em 2012.

Os requisitos estão divididos em absolutos, desejáveis e complementares. Os absolutos são obrigatórios no Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura das Forças Armadas. Os desejáveis, não obrigatórios, devem ser buscados pelo incremento da operacionalidade e os complementares, não obrigatórios ou desejáveis, valorizam a melhor escolha.

 

I) Absolutos (RA)

1) Interfaces com Sistemas Externos

1.1) deve possuir Interface de Coordenação com os meios de Comando e Controle (C²) da Marinha do Brasil (MB), do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB).

1.2) deve possuir Interface de Coordenação e Controle com os meios de Defesa Aeroespacial (D Aepc) das Forças Armadas (FA) brasileiras.

2) Função Vigiar o Espaço Aéreo

2.1) deve realizar a Vigilância do Espaço Aéreo (Esp Ae), fazendo uso de seus Sist Ct Alr e Sensor de Busca (Sns Bsc) do Sist A, para detectar ameaças em todas as combinações das seguintes condições:

a. tanto durante o dia quanto à noite.

b. tanto com a atmosfera limpa quanto nublada.

c. em ambientes com presença de fumígenos ou fumaça.

d. para sistemas instalados em navios, em condições de mar até 6 (seis) da escala Beaufort.

e. tanto na presença de um ou mais dos seguintes fenômenos meteorológicos: vento, nuvens, chuva, descargas elétricas e nevoeiros, quanto sem estes fenômenos.

f. em ambiente de Guerra Eletrônica e Guerra Cibernética.

3) Função Coordenar o Emprego

3.1) deve coordenar com a FAB, por meio da Interface de Coordenação, o emprego de seus meios Antiaéreos (AAe) ao detectar uma ameaça Aeroespacial (Aepc) localizada em faixa do Esp Ae destinada à aviação de interceptação e à AAAe de Média Altura (Me Altu).

3.2) deve coordenar o emprego de seus meios AAe, ao detectar uma ameaça Aepc localizada em faixa do Esp Ae destinada a outros elementos, integrantes dos demais Sit Op das Forças Singulares.

3.3) deve coordenar, por meio da Interface de Coordenação, o emprego de seus meios de Baixa (Bx) e Me Altu, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe.

4) Função Controlar o Emprego

4.1) deve controlar o emprego de seus meios AAe, por meio da Interface de Controle, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe Me Altu.

4.2) deve ter o emprego de seus meios controlado pelo Centro de Operações de D Aepc, seja na Zona do Interior (ZI) ou na Zona de Combate (ZC), para o engajamento de uma ameaça Aepc, que esteja em faixa do Esp Ae destinada à AAAe Me Altu, quando acionado por esse Centro.

5) Função Identificar Ameaças

5.1) deve identificar uma ameaça Aepc como amiga ou inimiga, fazendo o uso do Sist Ct Alr e Sns Bsc do Sist A, em tempo não superior a 20 (vinte) segundos após a detecção da ameaça.

5.2) deve identificar uma ameaça Aepc como amiga ou inimiga, com seus meios orgânicos, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja dentro de seu volume de responsabilidade (VRDA Ae).

6) Função Engajar Ameaças

6.1) deve engajar ameaças com seus meios orgânicos, ao detectar uma ameaça Aepc que esteja dentro de seu volume de responsabilidade.

6.2) deve engajar ameaças com seus meios orgânicos, ao ser acionado pelo alocador de armas do COpM (ZI e Op NG) ou do COAT da FAC (TO).

7) Função Relatar Ação Hostil

7.1) deve ter a capacidade de produzir e transmitir Relatórios de Engajamento de Artilharia Antiaérea (ARTIREL) ao OCOAM, com jurisdição sobre a área de incidência.

8) Requisitos de Interfaces Externas

8.1) Interface de Coordenação e Controle

Deve possuir protocolos compatíveis com os meios de Comando e Controle (C²) das FA.

8.2) Requisitos de Integração

Deve possuir protocolos compatíveis que permitam a mútua integração dos Sist Ct Alr, Sist A, Sist Com e Sist Log, em todos os seus escalões.

8.3) Requisitos Ambientais

a) os meios orgânicos do Sistema armazenados devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiações e de interferência eletromagnética e de fungos, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais.

b) os meios orgânicos do Sistema transportados nas aeronaves C-130 ou KC-390 da FAB devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de choque mecânico, de vibração, de radiação e interferência eletromagnética, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais Técnicos, no ambiente operacional.

c) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento terrestre devem manter as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.

d) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento marítimo devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.

e) os meios orgânicos do Sistema em deslocamento fluvial devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de choque mecânico, de vibração, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.

f) os meios orgânicos do Sistema em operação devem manter as condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de precipitação pluviométrica, de salinidade, de radiação e de interferência eletromagnética, no ambiente operacional.

8.4) Recursos Externos

Os meios orgânicos do Sistema de Míssil Superfície-Ar de Média Altura +- devem ser alimentados por fonte de energia elétrica, com frequência variando de 50 (cinquenta) Hz a 60 (sessenta) Hz, bem como tensão variando de 127 (cento e vinte e sete) Volts a 220 (duzentos e vinte) Volts, conforme legislação em vigor, estabelecendo variações de tensão e frequência máximas permitidas para consumidores comerciais de energia elétrica, além dos recursos internos provenientes dos grupos geradores, como alternativa.

8.5) Função Engajar Alvos

a) o Sistema deve possuir modo manual e automático, em todo o processo de aquisição e engajamento de alvos pelo sistema.

b) o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.

c) o Sistema deve engajar no mínimo 4 (quatro) alvos simultaneamente na zona de emprego do sistema.

d) o Sistema deve possuir probabilidade de neutralização do alvo (PKILL) de 80% (oitenta por cento) no mínimo, consideradas as ameaças aeroespaciais e os limites estabelecidos no requisito absoluto 8.5, letra b.

e) o Sistema deve engajar com efetividade ameaças aeroespaciais com velocidades de no mínimo até MACH 3.

f) o Sistema deve fornecer manuais técnicos e demais fontes de consulta no idioma inglês, quando não disponível no idioma português.

II) Desejáveis (RD)

1) deve controlar em vôo no mínimo 8 (oito) mísseis simultaneamente, na zona de emprego do sistema.

2) deve possuir capacidade para engajamento de ameaças aeroespaciais em 360º (trezentos e sessenta graus), sem a necessidade de movimentar a sua plataforma.

3) deve apresentar condições de mobilidade que permitam seu posicionamento nas áreas de atuação, utilizando apenas um reboque ou viatura sobre rodas para sua movimentação, no caso de plataformas terrestres.

4) deve prover alvos aéreos compatíveis com os parâmetros técnicos de treinamento real do sistema.

5) deve possuir condições que permitam seu posicionamento e transporte como “carga externa”, a ser realizada em helicóptero para transporte de carga (ex.: Eurocopter 725).

6) deve possuir vida útil mínima de 20 (vinte) anos, incluindo as devidas revitalizações (middle age update).

7) deve possibilitar a sua utilização em veículos fabricados no Brasil, como plataformas do Sistema Antiaéreo, no caso de plataformas terrestres.

8) deve fornecer manuais técnicos e demais fontes de consulta no idioma português.

9) deve oferecer enlaces alternativos para estabelecer Comando e Controle (C2) entre os componentes do Sistema Antiaéreo, tais como: cabos de fibra ótica, antenas de micro-ondas, dentre outros, no caso de plataformas terrestres.

10) deve permitir operação remota do radar de vigilância/ busca e em posição protegida, a fim de evitar o engajamento por armamento ar-solo antirradiação.

 

III) Complementares (RC)

1) deve oferecer proteção contra ameaças Químicas, Biológicas, Radiológicas e Nucleares (QBRN) aos seus operadores.

2) deve possuir uma arquitetura funcional que possibilite o carregamento dos mísseis sem demandar o emprego de viaturas especiais, no caso de plataformas terrestres.

3) deve oferecer um Módulo de Simulação incorporado ao próprio sistema, evitando a necessidade de aquisição deste equipamento como acessório.

FONTE: Imprensa Nacional – Diário Oficial da União (DOU)

FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Raytheon e MBDA

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Guilherme Poggio

Será que sai alguma coisa antes da Copa do Mundo?

Já dá para imaginar quem vai aparecer na LAAD 2013.

joseboscojr

Mísseis com pelo menos 30 km de alcance/ 15000 metros de altitude (absoluto), capazes de serem transportados por helicóptero (desejável) e com lançamento vertical (desejável) disponíveis no mercado?
Deixa eu pensar………….
“Non ecsiste”!!!!
De cara não tem jeito de se achar um sistema “ideal” já que não tem pronto nada que satisfaçam os requisitos absolutos e os desejáveis, simultaneamente. Pelo menos nada que eu me lembre consultando rapidamente meu computador Brain Mk-1

Soyuz

Louvável a decisão do MinDef de adotar em maior escala um SAM de defesa de ponto. Este é um dos vários calcanhares de Aquiles do poder militar brasileiro. Porem tenho minhas reservas em relação a este tipo de edital. O primeiro é até que ponto este tipo de edital não é direcionado a um fornecedor, como o do helicóptero de treinamento comum publicado no mesmo dia no diário oficial parecer ser talhado nas necessidades de um pseudo fabricante nacional. Em segundo lugar que padronização é bom sim. Quando você desenvolve um míssil e pode empregá-lo pelas três forças é ótimo.… Read more »

juarezmartinez

Eu deu uma lida “dinâmica” na portaria e me veio a cabeça o Aster 15, mas fiquei com uma dúvida, o ESSM naval tem um versão lançada e operada de terra, assim como o seu irmão mais velho o Aspide ???

grande abraço

Giordani

Desde que não vire novela…

Mauricio R.

Usando o “Slammer” (AIM-120 AMRAAM), havia um sistema da Raytheon, o SLAMRAAM, mas que já foi até descontinuado.
A Raytheon estaria então promovendo um outro sistema, (SL-AMRAAM EX) que usaria o ESSM.
Há um sistema noruegues, da Kongsberg D & A:

(http://en.wikipedia.org/wiki/NASAMS),

mas não é VLS.

Há um “primo” coreano, do S-300:

(http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=cheongung%20sam%20missile&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CCIQFjAA&url=http%3A%2F%2Fdefense-update.com%2F20111217_cheongung_mrsam.html&ei=071QUPv5EIX89QTPvYD4DQ&usg=AFQjCNH68EpUA8eia9Xhc3B_HGG6g_UcrA)

E talvez, um sistema japonês:

(http://en.wikipedia.org/wiki/Type_3_Ch%C5%AB-SAM)

Mas pago p/ ver a tranqueira francesa de asa rotativa, levantado isso do chão.

Justin Case

Amigos, Eu não concordo com a decisão de publicar requisitos de vários sistemas militares no Diário Oficial. Se existe algum documento legal recente que obriga a isso, não há muito o que fazer (a não ser revogar). O principal problema não é tanto o sigilo (as informações publicadas são superficiais e até óbvias), mas o conjunto de restrições futuras que isso pode trazer. Os nossos processos decisórios são absurdamente longos e tanto as necessidades como os requisitos são altamente evolutivos. Não interessam (ou não devem interessar) compras “de prateleira” e, por isso mesmo, existem requisitos nacionais. Existem mudanças de cenário,… Read more »

Corsario137

Vishiiii….
Essa concorrência vai dar o que falar. Os lobistas estão babando saliva por esse contrato.

Vejamos as cenas dos próximos capítulos.

Giordani

Publicar no DOU pode ser a melhor maneira de não fazer nada…

Nick

Se existir um ESSM versão terrestre seria uma boa opção?

E qual dos sistemas russos se encaixam nesses requisitos??

[]’s

Clésio Luiz

Eu não sei de vocês, mas eu gosto do conceito de mísseis ar-ar, usados em caças, convertidos para lançamento do solo via booster. Este faz o trabalho pesado de vencer a inércia e depois de desconectado, o míssil tem a mesma agilidade de um lançado de caça. Ainda por cima permite que as compras de mísseis para caças possa amortizar parte do preço das unidades lançadas do solo.

Giordani

Tipo o chaparral?

Nick

Caro Giordani,

O Chaparral é da idade da pedra heim? 🙂

Mas poderia ser um A-Darter com booster e atualização via data-link, até a proximidade do alvo, onde então o seeker IR faria o engajamento e guiagem final.

[]’s

Blind Man's Bluff

Acho interessante a ideia do A-Darter IR com um booster. Porém duvido que seja possivel sem antes atualizar ou até melhor dizendo, trocar todo o sistema de radar da embarcação por um mais capaz. Um que pelo menos possa detectar, iluminar e guiar armas contra um salvo de ASMs à distancia proposta.

Como eu disse antes, não vejo mto futuro nesse projeto, como escoltas AAW. Sou fiel a ideia de que uma defesa AAW pontual boa e uma capacidade aumentada de ASMs, potencializam melhor suas caracteristicas.

Se não, essa plataforma nao vai fazer bem nem uma coisa, nem outra.

Baschera

Nick disse:
12 de setembro de 2012 às 16:17

E qual dos sistemas russos se encaixam nesses requisitos??

O Tor M2E no quesito terra-ar e sua versão naval (containerizada) o Kinzhal ….. ótimos sistemas, mas só dá para levar de helicóptero os mísseis de reposição, obviamente !!

Agora cá entre nós, esta ROU mais parece um quebra-cabeças…. e vocês sabem, quebra-cabeças é único…..

Sds.

juarezmartinez

Baschera! O TOR está fora por tres razões, no meu modeste esntender:

Integração com sistemas C 3I atuais

Transportavel em C 130 ou KC 390

Alcance minimo de 30 Km

Acho que a coisa se delineou para o lado da MBDA(Aster 15) ou ESSM, vejo também o VL mica e o “Um conto” fora também em função do alcance.

Grande abraço

Renato Oliveira

Acho que o SA-17 Buk M2 também atende

juarezmartinez

Tem versão naval, mas é transportavel em um C 130 ou KC 390???
Acho que não….
Vai falr com nosso sistema de comando e controle, cindacta e etc..?
X

Grande abraço

Baschera

Juarez,

Por isto eu escrevi que esta ROU é um quebra-cabeças único…… vc pode montar de inúmeros jeitos…… mas o RESULTADO é um só !!

Pena…. são os sistemas missilísticos russos os únicas armas que ainda acho que deles vale algo….

Sds.

joseboscojr

Juarezmartinez,
O ESSM é sim compatível com lançamento terrestre e inclusive já foi integrado ao NSAMS junto com o AIM-9X, o que confere ao sistema muita flexibilidade tendo um míssil com alcance de 50 km e guia SARH, um com 30 km com orientação ARH, um com 10 km com orientação IIR.

joseboscojr

NIck,
Nenhum sistema russo se encaixa nesses requisitos.
O Pantsir tem 20 km de alcance, é pesado demais e não é modular.
O TOR tem 12 km.
O BUK tem versão com 50 km, mas não é VL, e é pesado demais
Acho que quem fez os requisitos exagerou e no meu entender ou se deve reduzir o alcance para 20 km ou reduzir a mobilidade estratégica.
Sem falar que deveriam aceitar uma versão conteirável para o sistema terrestre para caber o Slamraam e o Python.

joseboscojr

Além do Mica VL.

Augusto

As duas portarias enfatizam o ponto comum que tenho percebido nas declarações oficiais, sobretudo nas mais antigas: comunalidade máxima para as três forças, visando redução de custos de aquisição e manutenção, além de viabilizar transferência de tecnologia e produção nacional. Além dos helicópteros para instrução básica e dos mísseis de médio alcance, veja-se o caso dos EC-725. Nada me tira da cabeça que a ideia de que os 3 vetores finalistas do FX-2 deveriam ser capazes de ser empregados também pela Marinha foi a razão do pé na bunda dos russos. Não que eu seja a favor de produtos russos,… Read more »

juarezmartinez

Juarezmartinez, O ESSM é sim compatível com lançamento terrestre e inclusive já foi integrado ao NSAMS junto com o AIM-9X, o que confere ao sistema muita flexibilidade tendo um míssil com alcance de 50 km e guia SARH, um com 30 km com orientação ARH, um com 10 km com orientação IIR. Leia mais (Read More): Publicados os requisitos operacionais conjuntos para o míssil superfície-ar de média altura para a FAB, EB e MB | Poder Aéreo – Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil Bosco! com esta tua info preciosa chego a seguinte conclusão dentro das minhas limitações… Read more »

joseboscojr

Correção:
“Sem falar que deveriam aceitar uma versão conteirável para o sistema terrestre para caber o Slamraam e o Python.”
Quis dizer “SPYDER” e não “Python”

Quanto ao NSAMS, o correto é NASAMS.

http://www.raytheon.com/media/fia12/img/infographics/NASAMS_ESSM.jpg

Mauricio R.

“As duas portarias enfatizam o ponto comum que tenho percebido nas declarações oficiais, sobretudo nas mais antigas: comunalidade máxima para as três forças, visando redução de custos de aquisição e manutenção, além de viabilizar transferência de tecnologia e produção nacional.”

Reserva de mercado p/ produtos franceses, de desempenho pífio adquiridos a preços aviltantes, nada mais, nada menos.

Baschera

O Aster 15 ou Aster 30 / SAMP-T e NASAMS parecem ser as únicas opções…e com estes requisitos realmente parece que foram forjados para excluir muita coisa no mercado….. são praticamente uma luva sob medida !

Aposto que será o Aster / SAMP-T da MBDA…..

Sds.

Groo

Requisitos operacionais direcionados para a escolha de um determinado produto.

Lembra os requisitos do programa que escolheu o P-3 Orion que exigia quatro motores turboélices – um P-8 ficaria de fora.

Renato Oliveira

(sarcasmo on) Licitação dirigida? No Brasil, jamais! Só se for na França! (sarcasmo off) Homenagem ao Brasilino Roxo, da Escolinha do Professor Raimundo, do saudoso Chico Anísio. De volta ao tópico. É bem possível que quem elaborou os KPP foi a MBDA. Nosso governo francófono não teria a menos dificuldade com uma coisa dessas. Os requerimentos são contraditórios e muito específicos, a um ponto em que fica quase impossível atender tudo. Tem cara de direcionamento na elaboração. Cada um tire suas conclusões. É a mesma coisa de exigir um quadri-turboprop pra ASW. Isso exclui praticamente todos os ASW atuais, com… Read more »

Requena

Bom, o lado positivo é que será comprado.
A Copa e as Olimpíadas tão ai pra isso.
Já as falcatruas, nesse país são inevitáveis…

joseboscojr

O único sistema de mísseis que conheço que satisfaz ao emprego naval e terrestre, tem lançamento vertical, tem pelo menos 30 km de alcance e 15 de altitude, pode ser transportado por rodas, pode ser transportado pelo KC-390, é o SAMP-T/Aster-30. Só que tem um problema, esse sistema é mais afeito a ser um míssil de grande altitude dentro do HIMADS e não de média altitude. Falando nisso, convencionou-se que média altitude vai de 3000 a 10000 metros e acima é considerado de “grande altitude”. Ou seja, apesar de chamarem o míssil de “média altitude”, os requisitos apontam para um… Read more »

Baschera

Perfeito Bosco….. estive hoje lendo alguns requisitos da AAAe do EB…. e até lá (antes deste evento da ROC..) menciona AA com uso de SAm como de média altura, até 12 Km….

Até mesmo a MB que vinha estudando o Umkhonto da Denel (há matéria no Poder Naval de 2011 sobre isto…) usava esta linha dos 12 Km….

Aí… mudaram tudo….

Sds.

Mauricio R.

“7) deve possibilitar a sua utilização em veículos fabricados no Brasil, como plataformas do Sistema Antiaéreo, no caso de plataformas terrestres.”

Seria uma oportunidade, de ressucitar o antigo caminhão UAI???
Inclusive como plataforma p/ os novo Astros 2020.

Baschera

Maurício R.

Infelizmente não…. a fabricante do UAI MI-50, a Terex do Brasil, de Minas Gerais, fechou as portas em 1992, Foram fabricados um total de apenas 85 caminhões por esta empresa que originalmente fabricava equipamentos para terraplanagem e mineração.

Hoje em dia há coisa muito melhor e por um custo melhor….. desde um Scania, Mercedes, Volvo….. até a americana Internacional para escolher.

Além do mais, o UAI só tinha capacidade de carga máxima de 10 ton e mais 7 ton rebocado…..

Sds.

joseboscojr

Lendo o item 2 de “desejáveis”, “o sistema deve possuir capacidade para engajamento de ameaças aeroespaciais em 360º (trezentos e sessenta graus), sem a necessidade de movimentar a sua plataforma.”

Não quer dizer que seja desejável um sistema de lançamento vertical tendo em vista que o item fala sobre o “sistema” e não necessariamente do lançador em si.
Sistemas que usam lançadores fixos inclinados como o NASAMS, Patriot, Spada 2000, etc, não precisam mover suas plataformas desde que elas estejam dirigidas para lados diferentes de modo a cobrir os 360°

Groo

Requisito

I) Absolutos (RA)

8.5)

x) O nome do sistema deve começar com “As”;
.
y) O nome do sistema deve terminar com “ter”.

joseboscojr

Maurício, O SLAMRAAM não foi descontinuado, aliás, já estava pronto há mais de 5 anos, e está sendo comercializado e salvo engano o Egito o usa e estaria sendo cogitado pelos EAU. Sem falar que continuam a fazer testes com o mesmo com o intuito de integrá-lo de modo “plug and play” ao lançador de foguetes HIMADS e num caso de necessidade urgentíssima o mesmo seria integrado às pressas às forças americanas sem a necessidade de um veículo dedicado. O radar Sentinel é generosamente distribuído tanto ao USA quanto ao USMC. É uma aberração os americanos o terem cancelado. A… Read more »

Mauricio R.

Bosco,

A aquisição do SLAMRAAM pelas ffaa americanas foi terminada pelo Sec. Def. Gates no início do ano passado.
O sistema continua existindo, enquanto produto da Raytheon.
No mais vc fez uma pequena confusão, c/ a sopa de letrinhas do Pentágono:

HIMADS ou “High to Medium Air Defense (HIMAD)”, tem a ver c/ o míssil Patriot/MIM-104.

HIMARS ou M142, este é o sistema que é análogo ao nosso Astros II.
O Astros 2020 não terá esta mesma capacidade, lançar mísseis antiaéreos???

joseboscojr

Fiz confusão mesmo. Quis dizer HIMARS e não HIMADS.
Valeu!

joseboscojr

Me equivoque no comentário do dia 13/09 às 22:46.
É considerado baixa altitude até 3.000, média de 3.000 a 15.000 m e grande, acima de 15.000.