Embraer espera elevar venda de cargueiro com parceria
A Embraer acredita que a parceria firmada com a Boeing no projeto do cargueiro KC-390 permitirá aumentar sua projeção inicial de vendas para a aeronave. Segundo a estimativa inicial da empresa brasileira, há mercado nos próximos 20 anos para cerca de 2 mil aeronaves do porte do KC-390, sendo que, desse total, descontando países que fabricam produtos concorrentes ou que adquiriram recentemente esse tipo de avião, a Embraer teria acesso a um mercado de 700 unidades. Desses 700 aviões, a expectativa da Embraer era conquistar entre 15% e 20%. “A parceria com a Boeing nos permitirá aumentar muito esse número, mas ainda não sabemos quanto”, disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.
A Embraer anunciou hoje acordo com a americana Boeing para o projeto do cargueiro KC-390 para compartilhamento de conhecimentos técnicos e também análise de possíveis parcerias para comercialização. Segundo Aguiar, países que haviam sido excluídos inicialmente dos cálculos da Embraer, como os Estados Unidos, a Rússia, a Índia e o Canadá, poderão agora fazer parte do mercado alvo da companhia com o KC-390. “Vai depender da nova análise de mercado que faremos junto com a Boeing”, disse o executivo.
O presidente da Boeing Defense, Space & Security, Dennis Muilenburg, disse que o acordo não prevê remuneração por parte da Embraer para a empresa americana. “É um acordo de parceria, onde os dois lados ganham”, afirmou. Aguiar, porém, em conversa com jornalistas ao final do evento, disse que o acordo ainda não está detalhado a ponto de definir essas questões.
A Boeing comercializa no mercado o avião de transporte militar C-17, que é de grande porte, enquanto o KC-390 da Embraer se enquadra no mercado de médio porte.
O jato cargueiro militar KC-390 tem previsão de chegar ao mercado em 2015. Ele deve começar a ser produzido em 2013 (primeiro protótipo) e o primeiro voo deve ser programado para 2014. A expectativa da Embraer é que a produção seriada do jato seja iniciada no final de 2015 e a primeira entrega ocorra em 2016.
O projeto é da Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer foi contratada para desenvolvê-los. A FAB tem a intenção de comprar pelo menos 28 unidades do cargueiro, para substituir a frota de aeronaves. A Embraer disse também que já tem 60 cartas e intenção de compra para o KC-390, cujo preço deve ser definido em 2013.
Aguiar e Muilenburg negaram que a parceria anunciada hoje também esteja relacionada com a disputa da qual a Boeing participa para a venda de caças à Força Aérea Brasileira (FAB), dentro do Programa FX-2. O governo brasileiro deve voltar a discutir nos próximos meses a compra dos caças para a FAB. O processo está suspenso desde o início do governo da presidente Dilma Rousseff. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e F-18 Super Hornet, da Boeing. Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita do presidente francês Nicolas Sarkozy, anunciou a opção pelo Rafale – o que acabou ainda não se confirmando.
FONTE: Estadão
IMAGEM: Embraer
Para a Boeing também é um grande negócio. Disporá de uma plataforma de grande porte (C-17) e de um de porte médio (KC-390).
Pronto já requentaram aqueles press releases aloprados e mirabolantes, de novo.
Cara, nunca ví tanta megalomania junta.
Pobre Boeing, não sabe aonde se meteu.
Mauricio R.
Pobre Boeing, não sabe aonde se meteu.
Caro Mauricio R., eu acredito que uma empresa do porte da Boeing deva saber muito bem onde “se mete”. Se há riscos (inerente ao ramo), tenho certeza que eles foram equacionados.
Igual qndo os “genios” da Embraer, criavam picuinhas devido a maneira do pessoal da Elbit trabalhar, no update dos F-5???
Duvido.
No mais tô adorando, finalmente a máscara caiu e realidade veio a luz, do jeito que está, o KC-390 não vai a lugar algum.
Ainda bem que ainda conseguiram interessar alguém, que entende desse riscado.
Discordo do Mauricio R 🙂
Podemos entender também que a Boeing viu no KC-390 um excelente projeto, com bom potencial de mercado, inclusive nos EUA. 🙂
[]’s
Nick, No momento o problema dos americanos é outro, até 1 trilhão USD do orçamento do Pentágono, pode ser cortado durante os próximos 10 anos: “If Congress fails to act, automatic spending cuts mandated by last summer’s Budget Control Act are scheduled to begin Jan. 2. The process, known as sequestration, would cut roughly $500 billion from the Pentagon over the next 10 years, with an additional $500 billion coming from non-defense discretionary spending programs like education and transportation.” (http://www.defensenews.com/article/20120626/DEFREG02/306260010/U-S-Lawmakers-Push-DoD-Details-Sequestration?odyssey=tab|topnews|text|FRONTPAGE) “U.S. Defense Secretary Leon Panetta has been summoning the heads of top defense companies to the Pentagon this week to… Read more »
Quando eu digo que está ficando patético…
Antes a Boeing jamais se meteria “numa furada” dessas.
Agora ela está sendo ingênua.
Realmente é de uma arrogância e orgulho besta sem mais tamanho. Afinal, admitir que a maior fabricante de aviões do mundo reconheceu num projeto brasileiro uma boa oportunidade de negócios deve ser de enlouquecer o cidadão.
Maurício R.
A única coisa que veio a luz é que você está absolutamente errado nas previsões pessimistas/infundadas que faz ao KC-390.
Cada um que acredite no que bem entender. Ocorre que o extupendo, o magnífico, o inédito, produto da Embraer não passou dos 2 PROTÓTIPOS e das 58 INTENÇÕES de compra. Enquanto isso o C-130J, já chegou nas 300 unidades VENDIDAS. Mesmo número de unidades vendidas, que aquele power point da Copac, dizia ser o objetivo do projeto KC-390. Antes o tal do aviãozinho iria vender a rodo, a revelia de EUA, Russia, China, Europa, Canadá, Índia, os cambau… Agora citam tdos aqueles mesmos países, que antes desprezavam, como sendo alvos do marketing do projeto. É, a água já chegou no… Read more »
Eu acho engraçado, para não dizer patético, alguém achar que sabe mais que os engenheiros, mestres e doutores da Embraer, da FAB e da Boeing.
Vai ver o Mauricio R. tem pós-doutorado no mercado de aeronáutica e é membro do conselho de administração da EADS né? Ou criou alguma empresa bem sucedida na área, ou projeta foguetes na NASA ou ESA, quem sabe…
Desculpem os demais leitores e editores da trilogia, mas como ex oficial da MB, ex funcionário da BAe e da Embraer, PhD em Ciências da Computação e atualmente dono de uma empresa brasileira com patentes que recebem royalties do Mundo inteiro, eu fico meio pê da vida com esse pessoal com complexo de vira lata que não se levanta do sofá, apenas reclama de quem mete a cara na vida, luta para fazer as coisas e é bem sucedido por isso.
Caro Almeida,
Assino embaixo. Não há nada pra se desculpar.
Abraço.
Menos pessoal, menos. A desconfiança sempre é saudável para por as orelhas do leitor de pé.
O amigo Maurício é tão patriota quanto qualquer outro aqui, e tem direito às suas opiniões fundamentadas.
O lado sensato e ‘meio jedi’ do amigo Lord Vader.
Apoiado.
Deixa o Maurício se expressar, mesmo discordando destas posições radicais contra a Embraer.
Acredito que foi Voltaire que falou:
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las.”
Não é preciso morrer como o pensador frânces, pelo menos não por enquanto 🙂 , mas é saudável para todos o respeito pela opnião do outro.
E isto vale para todos, começando por mim mesmo.
Sds,
Ivan, concordando em discordar.
Agradeço ao Vader e ao Ivan, pela defesa ao direito a opinião própria!
Obrigado aos srs.!!!
Mauricio R., você pode falar o que quiser e nós vamos concordar ou não, é direito de ambas as partes. Neste sentido vale o ditado popular, “quem fala o que quer ouve o que não quer”. De maneira alguma quero impedir seu direito à opinião própria, mas se eu não gostar vou criticar! O que me deixa especialmente incomodado com seus ataques à Embraer é que esta é uma empresa modelo na sempre infantil, defasada e agora moribunda indústria brasileira, e muito respeitada mundialmente pela qualidade de seus projetos. Ao invés de criticar a falta de perfeição natural de uma… Read more »
Almeida, Problema teu, se tu queres “babar ovo” pela Embraer, fique a vontade. Se a empresa é um algum “modelo” ou então “muito respeitada mundialmente pela qualidade de seus projetos”, não me diz nada, não sou cliente, não sou fornecedor e tb não sou acionista. E como brasileiro, patriota e mto interessado em assuntos de defesa, desconfio mto dessas atitudes da empresa, qndo esta se porta como se o Brasil e a FAB em particular; fossem quintal exclusivo de seus produtos. Olhe a sua volta, nossa aviação geral é tda importada, a parte nacional de nossa aviação regional se resume… Read more »
Já voei muito de ERJ-145 e agora de ERJ-190 e adoro ambas aeronaves. Se você voou de Cruzeiro do Sul ou Azul algum dia, é cliente da Embraer. Como brasileiro e patriota, você deveria saber que o Governo Brasileiro tem participação especial, golden share, na Embraer. E que esta foi criada como estatal para atender as necessidades da FAB e de desenvolvimento industrial do país. Nada mais natural e saudável do que Embraer e FAB serem parceiras em muitas ocasiões. No caso específico do KC-390, tanto a Embraer quanto a FAB seguem com a tradição e planejamento concebidos mais de… Read more »
Caro Ivan, Ninguém aqui está impedindo ninguém de se expressar, se eu tivesse esse poder, acredite, eu já o teria usado. As discussões tem mantido o nível, os “ataques” são as idéias e não aos indivíduos. Faz parte do ambiente democrático desse site a oposição de idéias e portanto não aceito a sua crítica, ou melhor, que você a use para você mesmo, respeitando o nosso direito de discordar do que o amigo Maurício R. escreve aqui. Vader: Ignorei esse seu comentário. Desde que comecei a ler “a trilogia” você é de longe o comentarista mais ácido que existe aqui.… Read more »
Caríssimo Maurício R., Comparar a Embraer (partindo do princípio que você tem pleno conhecimento da história desta, desde a sua fundaçãofundação) a Lockheed é um absurdo! A Lockheed banca um projeto como o “super hércules” sozinha porque¹ o ativo circulante dela hoje é maior que o valor de mercado (!!!) da Embraer. Porque² ela fica nos EUA, o país que mais gasta em defesa no mundo e seus lobistas no congresso (que ela não omite) são muito bem informados do que os EUA pretendem no que diz respeito a aquisições militares e porque³ ela tem um expertise tecnológico e acesso… Read more »
Definitivamente, este blog é bom até no “quebra-pau”!
Desde que não se passe a barreira dos insultos, é claro.
Sds.
Caro Corsário, “…ou melhor, que você a use para você mesmo…” Como escrevi logo acima (começando por mim mesmo) procuro fazer isso todos os dias, nem sempre com sucesso, infelizmente. Mas aceito sua crítica como construtiva, ao menos para mim. Quanto à Embraer devo escrever que minha posição está alinhada com a sua, o que Infelizmente me priva de uma boa e amigável ‘briga’. Quanto ao Super Hercules gostaria acrescentar que a Lockheed partia de uma aeronave já existente, o que minimiza custos de desenvolvimento. Álém disso, como vc escreveu no ítem 3, havia uma clara demanda por um upgrade… Read more »
Ainda bem que disso, por enquanto eu escapei, já voei em Dart Herald, Fokker 100 e nos A-319 e 320. E me considero patriota sim, mas melhor que daqueles que endeusam a Embraer, pois tenho postura crítica em relação as atitudes da empresa. Ah e se “golden share” fosse algo bom, a EU não estaria as turras c/ a Finmecanica, devido as diversas ações deste tipo; que a holding italiana de defesa possui. Qnto a fabricarem cargueiros militares, vcs bem que tentaram, mas acabaram mesmo, é fabricando aeronaves de transporte aéreo regional. Exceto por uns poucos Bandeirantes em uniforme e… Read more »
E o Biro-Biro, tá jogando aonde?
Olá Ivan,
Que bom, meu objetivo nunca é ofender, não é da minha natureza. Ainda mais você, que junto ao Grifo e o Bosco é um dos caras que eu mais reverencio e com quem mais aprendo nesse fórum.
Quanto a Embraer e a Lockheed, embasamento perfeito, as usual.
Vejo excelentes frutos advindos dessa parceria Boeing/Embraer, ainda mais se o SH vencer o fóssil do FX.
Abraço.
Engraçado,
Investir do próprio lucro, das vendas dos ERJ’s, Lineages, Legacies, Phenoms e ST’s, e bancar o desenvolvimento do KC-390 a Embraer não pode.
Mas o Brasil através da FAB, comprar e pagar pela tecnologia da Elbit, p/ a Embraer se capacitar e ralizar o update dos F-5; não só pode como deve.
Ivan,
O C-130J não é somente um C-130H c/ aviônica digital, novas turbinas e novas hélices.
Maurício, Essa é fácil: investiu-se o próprio lucro nos ERJ’s e demais citados porque havia/há um enorme mercado potencial, o que se provou com as milhares de vendas efetuadas e as entregas que ainda ocorrerão. Já o KC 390 foi projetado para um competir num mercado potencial de 700 unidades, o que não justifica o investimento exclusivo da Embraer, a menos que alguém (no caso a FAB) queira ter a aeronave e portanto ser sócia no investimento necessário para bancar o projeto. Aqui deixo claro dois pontos importantes: 1° A FAB pediu pela aeronave e não o contrário. Tanto que… Read more »
Essa é fácil: investiu-se o próprio lucro nos ERJ’s e demais citados porque havia/há um enorme mercado potencial, o que se provou com as milhares de vendas efetuadas e as entregas que ainda ocorrerão. Caro Corsário137, acho que é ainda mais fácil. A diferença é que o ERJ é um avião civil, e o KC-390 é um avião militar. Empresa aeronáutica nenhuma no mundo (com raríssimas exceções – C-130J curiosamente uma delas) desenvolve um avião militar sem o amparo de um contrato governamental. Por quê isso? Porque o custo de desenvolvimento é muito mais alto, e a comercialização é complicada… Read more »
O A-400M tb é está sendo desenvolvido, a partir de um contrato civil.
Caro Mauricio R., não sei se é um contrato civil ou não, mas é de qualquer forma um contrato governamental – ou melhor, multigovernamental. Se os países do consórcio não estivessem pagando o desenvolvimento (como estão), o A400M não teria saído do Photoshop. Bem diferente por exemplo do A350 ou A380.
A cliente da Airbus no caso do A-400M é a OCCAR, e não cada um dos países individualmente.
A Lockheed Martin e o Congresso norte-americano não quiseram trazer para a licitação da FAB o F-35 Lightning II, o F-22 Raptor e muito menos o SR-71 Blackbird-1 e deixaram disponíveis apenas o KC-130 J, o P3C Orion e o AT-6 LAAR, aeronaves a hélices. Acho que o Brasil esqueceu-se de dizer que não estava montando um museu aéreo e sim procurando vetores que fizessem o patrulhamento territorial com propriedade. A Boeing também pensou que o Brasil estava montando esse museu e propôs o pior dos piores caças da atualidade, o F/A-18 Super Hornet, o “superpepino voador”. Os E.U.A. nunca… Read more »
Wagner,
E quais aliados dos EUA tem em seu inventário o SR-71 ou F-22?
A propósito, o SR-71 subistitui o P3C na missão antissubimarina?
E por outra, o F/A-18 Super Hornet é a espinha dorsal daquela que é a quinta maior força aérea do mundo, a Marinha Americana. Quer dizer então que eles voam o “pior” caça da atualidade?
São só perguntas, e perguntar não ofende.
Saudações.
Wagner:
“A Boeing também pensou que o Brasil estava montando esse museu e propôs o pior dos piores caças da atualidade, o F/A-18 Super Hornet, o “superpepino voador”.
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Eu juro que eu ainda me assusto com certas coisas que leio aqui.
se mal pergunto, por que, e de que jeito a Boeing “consertou” o ERJ 145?
“…se mal pergunto, por que, e de que jeito a Boeing “consertou” o ERJ 145?”
Vc deve se lembrar a configuração inicial desta aeronave, as turbinas ficavam SOBRE a asa???
Algo similar ao VFW-Fokker 614.
Aí depois foi p/ baixo das asas, mas o vão livre era algo exíguo.
E houve um trabalho nas asa tb.