Defesa do Báltico: chega o Fulcrum, sai o Phantom, fica a fumaça
Em nova “troca da guarda” na defesa do espaço aéreo dos países Bálticos (Estônia, Lituânia e Letônia), que são membros da OTAN mas não têm condições de realizar essa missão por si mesmos, os MiG-29 da Polônia voltaram a assumir o posto, “rendendo” os F-4 Phantom da Alemanha.
A brincadeira do título é porque ambos os caças são notórios “fumacentos”, sendo que até os próprios alemães costumam brincar com isso em suas notas à imprensa (vejam matéria anterior nos links abaixo, sobre quando assumiram a função, no final de dezembro do ano passado).
A cerimônia do último dia 26, em que os poloneses assumiram a missão na base lituana de Siauliai, teve como ponto alto o voo em formação de quatro aeronaves, duas polonesas e duas alemãs, deixando uma nítida trilha de fumaça produzida por seus motores, como se pode ver na imagem que abre esta matéria – os MiG-29 um pouco mais discretos nesse sentido por estarem em segundo plano na imagem. Mas a foto abaixo não deixa dúvidas sobre sua fama.
Os MiG-29 são da 1ª Ala Aerotática (1 Skrzydła Lotnictwa Taktycznego) da 22ª Base Aerotática de Malbork, da Força Aérea Polonesa. Já os F-4 são da Ala 71 de caças (Jagdgeschwader 71) “Richthofen”. Os alemães chegaram a enfrentar temperaturas de 30 graus negativos durante seu período de alertas diários. Segundo a Força Aérea Alemã, foram realizadas 270 horas de voo em 80 missões, sendo 60 de treinamentos, os chamados “Tango-Scrambles” e mais de uma dúzia de alertas reais, os “Alpha-Scrambles”, desde interceptações de intrusos até auxílio a aeronaves em dificuldades.
Para assistir a um vídeo com um treinamento de decolagem de alerta dos F-4 Phantom alemães, clique na imagem abaixo para acessar página no site da Força Aérea Alemã (Luftwaffe). Para saber mais sobre o rodízio de esquadrões de caça de países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que assumem essa missão no Báltico, veja links para outras matérias, logo abaixo.
FONTE / FOTOS: Força Aérea Polonesa (com informações adicionais e vídeo da Força Aérea Alemã)
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O Nunão adora essa troca de guarda!
Mas é bom saber que estão protegendo minhas “loiras” dos bárbaros russos 🙂
Gosto do Phantom porque para mim é um aviãozinhum com jeito de naviozinhum 🙂
Zé, a patroa aqui em casa é descendente de letos, então também gosto de saber que seus parentes distantes estão protegidos das visitas dos Antonovs, Tupolevs, Ilyushins, Mikoyans, Gurevichs, Sukhois e toda a patota.
Abs!
Nunão, uma pergunta:
Se, no lugar dos F-5 Tiger II a FAB tivesse F-4 Phanton, estaria melhor equipada? Claro que teríamos que considerar F-4 modernizados tal qual os F-5 estão sendo agora.
Abraços
GUPPY
Ivanildo, Na minha opinião, e levando essa e outras considerações (como capacidade para manter uma aeronave de operação mais cara, doutrina para dois tripulantes, aeronave equipando a mesma quantidade de esquadrões etc), sim. O F-4 (comparando-se aeronaves com o mesmo nível tecnológico) sempre ofereceu mais potência, alcance, carga de armas que o F-5, que por seu lado é muito mais ágil e muito mais barato de operar. São caças de categorias diferentes. Mas como teria operado o F-4 na FAB, se tivesse sido viabilizado? Em apenas um esquadrão, como foi o caso do Mirage III? Para interceptação? Com que armamentos?… Read more »
Mas Nunão, “elas por elas” o F 4 é muito mais avião, acho que isso não se discute.
Só para ilustrar, basta ver quem usa/usou o quê.
Ok, Nunão. Thanks.
Talvez os F-4 Phanton fossem melhor no lugar dos Mrage III. Como você bem colocou: num só esquadrão.
Abraços
GUPPY
Fábio, Elas por elas, realmente não se discute, por isso respondi que sim ao Ivanildo. Só que eu pergunto: eles poderiam, na hipótese remotíssima de equiparem a FAB, ter sido empregados em três esquadrões, como foi o caso do F-5 ao longo da maior parte de sua história na FAB? – lembrando que a pergunta do Ivanildo foi F-5 x F-4. Se sim, não tem nem o que dizer, é evidente que teria sido melhor do que o F-5, pois é uma aeronave superior na maioria dos aspectos (perdendo em manobrabilidade para o combate aéreo aproximado). Mesmo que fosse em… Read more »