Boeing já gastou mais de US$ 5 milhões para vender caça para o Brasil
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O avião norte-americano é o F/A-18E Super Hornet – Ele concorre com JAS-39 Gripen, da sueca SAAB e o Rafale, da francesa Dassault
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A companhia norte-americana Boeing já gastou mais de US$ 5 milhões na campanha para vencer a licitação do governo brasileiro para a compra de 36 caças, o chamado projeto F-X2, da Força Aérea Brasileira.
O avião norte-americano é o F/A-18E Super Hornet. Ele concorre com JAS-39 Gripen, da sueca SAAB e o Rafale, da francesa Dassault. A concorrência gira em torno de US$ 5 bilhões. Espera-se que até o fim de junho deste ano haja uma decisão do governo brasileiro.
“De 2009 até hoje, gastamos mais de US$ 5 milhões com uma série de visitas de militares brasileiros para fazer testes, entre outras coisas”, afirma Dana Dacharoeden, gerente o campanha F-X2 da Boeing. De acordo com ele, houve investimentos para enviar especialistas ao Brasil para explicar detalhes do Super Hornet.
O projeto F-X se arrasta desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). No segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto ganhou sufixo 2 e a disputa afunilou-se entre os norte-americanos, suecos e franceses. Em 2008, Lula chegou a dar uma declaração em favor da Dassault, mas ele terminou o mandato sem comprar os caças.
Com a manutenção de Nelson Jobim no Ministério da Defesa no começo da administração Dilma Rousseff, acreditava-se que os franceses se seriam confirmados como vitoriosos da licitação. No entanto, dois novos adiamentos para compra dos caças e saída de Jobim do governo reacenderam a disputa e motivaram a Boeing, que se mantém otimista na vitória da concorrência.
Além dos seus próprios esforços, Boeing tenta contar com a ajuda do governo norte-americano para convencer o Brasil a comprar os Super Hornets. Do ponto de vista diplomático, os Estados Unidos têm repetido que o Brasil tornou-se um aliado mundial do mesmo nível de Japão, Reino Unido e Alemanha.
Contudo, o principal ponto questionado no pacote da Boeing é a transferência de tecnologia. Os EUA têm de pedir autorização do Congresso norte-americano para repassar determinadas informações para outros países. O problema, no entanto, é que até agora não está claro o que de fato poderá ser compartilhado.
A transferência dos códigos fontes do caça norte-americano é outro ponto de discussão. Principal secretário assistente do Departamento de Estado dos EUA, Thomas Kelly afirma que nenhum aliado norte-americano recebe códigos fonte de aeronaves produzidas pelo País. “Não podemos dar código fonte para nenhum país”, afirma.
FONTE: IG (reportagem de A. Ceolin, enviado a Washington a convite da Boeing)
FOTOS: USN (Marinha dos EUA)
Colaborou: Vader
Como eu havia dito em outro post esse assessor provavelmente não sabe exatamente do que fala. Há inúmeros casos de abertura de códigos-fonte de sistemas de aeronaves para aliados americanos, especialmente do sistema de armas, que é o que efetivamente interessa à FAB, para fins de integração de armamentos de outras procedências que não americanos. Cito apenas a título de exemplo o caso de Israel, mas há outros. O que a FAB quer é poder integrar os mísseis, foguetes e bombas que quiser à plataforma. É requisito sine qua non do FX2 e, se a FAB aprovou a proposta americana,… Read more »
faz parte do jogo gastar um trocados para ganhar mais depois. Essa verba é para isso mesmo, ela existe mesmo se o produto da empresa perder o contrato.
O Consórcio Rafale International deve estar gastando mais tem propanganda de página inteira no jornal gaúcho Zero Hora, de hoje, inclusive, mandei um e-mail comentando e uma imagem da propaganda para o Nunão.
A Saab patrocina o blog, poderiam ser os 3 finalistas. E se tivéssemos mais concorrentes na disputa nossa imprensa estaria faturando mais. Pelo menos algo bom na demora da escolha!
US$ 5 milhões? Dinheiro de pinga para a Boeing 🙂
[]’s
Como bem disse o Nick (US$ 5 million) e dinheiro de pinga para a Boeing.
Os americanos investem muito em marketing para vender seus productos.
Mas o que a Boeing esta fazendo nao e somente marketing, eles estao preparando para aterrisar os SH no Brasil.
Como bem disse o pessoal da Revista Força Aérea quando da suspensão do programa FX original pelo Lula assim que assumiu seu primeiro mandato, a maior vencedora do FX foi a Mig, que não gastou nada com marketing.
No FX-2, a maior vencedora será aquela que gastou menos com verba de marketing (e subornos), já que nenhum avião será comprado, de novo.