KC-390: novo jato traz desafios para Embraer
O desenvolvimento do jato de transporte militar KC-390, feito pela Embraer e 16 fornecedores principais, traz uma série de inovações tecnológicas que desafiam as áreas de desenvolvimento, manufatura e inovação desses parceiros, segundo o diretor do programa na Embraer, Paulo Gastão Silva.
Com capacidade para 20 toneladas de carga, o KC-390 vai substituir o Hércules C-130, em operação na Força Aérea Brasileira (FAB) desde a década de 60. A nova aeronave é um jato de transporte médio bimotor, que pode ser reabastecida ou abastecer outras aeronaves em pleno voo.
Com sistemas eletrônicos modernos, compatível com o equipamento de visão noturna, o KC-390 está sendo projetado para diversas missões, como lançamento de paraquedistas e carga, evacuação médica, transporte de carga paletizada, contêineres, tropas e veículos blindados.
O maior jato já feito pela Embraer, o 190, para 120 passageiros, tem uma asa de 92 metros quadrados. O KC-390, por sua vez, terá uma asa de 140 metros quadrados. Essa diferença traz uma série de desafios novos para a companhia, tanto do ponto de vista de desenvolvimento de novas tecnologias de manufatura e automação, quanto da própria montagem do avião e da logística, explica Gastão.
Até mesmo a montagem da nova aeronave vai exigir grandes mudanças na área de manufatura em Gavião Peixoto (SP), onde está concentrada a montagem das aeronaves de defesa. A empresa, segundo o diretor, está construindo no local mais seis hangares para abrigar as áreas de montagem final.
Na parte de produto, Gastão diz que poderá ser conquistado um salto tecnológico com o KC-390, relacionado aos comandos elétricos de voo, cujos softwares serão feitos pela primeira vez dentro da Embraer. Conhecidos também como sistemas “fly by wire” [controle de voo por computador], os comandos de voo do KC-390 já foram aplicados com sucesso nos E-Jets da Embraer e, mais recentemente, nos jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500, os primeiros a terem todas as superfícies de comandos de voo controladas digitalmente, de acordo com o executivo.
“No KC-390 estamos indo um pouco além, pois faremos toda a parte de integração de sistemas de comando de voo da aeronave e também do software”, destaca o diretor do programa. A tecnologia que envolve as leis de controle do avião, que definem seu comportamento do ponto de vista dos comandos de voo, será desenvolvida e certificada pela Embraer.
Outra inovação que será incorporada no KC-390 diz respeito a um sistema de monitoramento da vida estrutural do avião. A manutenção preditiva da estrutura, segundo Gastão, permitirá a detecção de eventuais danos independentemente das inspeções periódicas. Haverá ainda um monitoramento de prognóstico dos sistemas (hidráulico, combustível, elétrico), que fará alertas dos problemas antes de uma eventual pane.
A previsão da Embraer é que o KC-390 tenha algo em torno de 50 mil “part numbers” [lista de componentes], enquanto o jato civil 190 tem em torno de 44 mil. Estão envolvidos com o projeto na fábrica da Embraer, em São José dos Campos, atualmente, os três parceiros industriais do programa: a Ogma, de Portugal; a Fadea, da Argentina; e a Aero Vodochody, da República Tcheca. Os 16 fornecedores principais do KC-390 também trabalham juntos para definir a configuração do novo avião.
A escolha dos fornecedores foi feita em conjunto com a Aeronáutica, que também exigiu das empresas estrangeiras uma contrapartida, com obrigações de transferência de tecnologia em áreas de interesse da FAB e da indústria nacional, conforme está previsto na estratégia nacional de defesa.
As empresas brasileiras participam do desenvolvimento do KC-390 em algumas áreas consideradas estratégicas, como o trem de pouso, que será fornecido pela Eleb, subsidiária integral da Embraer, e a AEL Sistemas, de Porto Alegre, na parte do computador de missão do KC-390 e também dos sistemas de autoproteção, de contramedidas direcionais infravermelho e de orientação do piloto
Na área de engenharia, a Embraer está trabalhando com a Akaer, de São José dos Campos. Segundo o presidente da empresa, Cesar Augusto da Silva, a Akaer foi a única indústria brasileira a participar da fase de conceituação do KC-390. “Ganhamos 17 dos 30 pacotes que foram oferecidos pela Embraer”, disse o presidente da Akaer.
A empresa também desenvolveu a fuselagem central e traseira, assim como as asas e as portas principais do trem de pouso do Gripen NG, novo caça sueco produzido pela Saab. A Akaer foi a primeira empresa do hemisfério sul a participar de forma efetiva do desenvolvimento de um caça supersônico, que utiliza materiais avançados, como o carbono.
A maturidade tecnológica da empresa, segundo seu presidente, foi conquistada nos últimos 20 anos com a participação no desenvolvimento dos principais aviões da Embraer: família E-Jets e Super Tucano. “Somente para os jatos da família 170/190 dedicamos mais de 1,2 milhão de horas de serviços de alto valor agregado”, explicou Augusto da Silva.
Segundo o executivo, a Akaer também negocia com vários parceiros estrangeiros da Embraer encarregados de fazer outras partes do avião. Em 2011, a empresa faturou R$ 20 milhões, dos quais 50% vieram dos contratos com a Embraer e o restante de serviços de exportação para a sueca Saab, a belga Sonaca, que fornece partes da estrutura do jato executivo Legacy 500, da Embraer e de alguns trabalhos para a espanhola Aernnova.
FONTE: Valor Econômico (reportagem de V. Silveira, que viajou a convite da Embraer), via Notimp
IMAGENS (exceto a do alto): Embraer
Ah por favor, publiquem alguma matéria original e deixem de publicar matéria paga dos outros!!!
Jornalismo marrom, não!!!
Maurício,
Credo, que raiva é essa?
A notícia é um clipping, e está aqui justamente para ser debatida. Matérias originais fazemos com bastante frequência.
Faz mais sentido buscar, na matéria em questão, os pontos que você acha que são falhos e discutir. Simplesmente atacar a fonte eu acho uma perspectiva ruim.
Mauricio R. disse:
Jornalismo marrom, não!!!
Caro Mauricio R.
Nós temos o costume de publicar tudo e de diferentes fontes e pontos de vista. Cabe ao leitor do Poder Aéreo tirar as suas conclusões.
Também temos as nossas, que podem ou não ser as mesmas dos leitores. Mas o debate está aí para isso.
As imagens estão bem desatualizadas, bem como as informações do artigo.
As imagens postadas são depeo menos três versões: C-390, KC-390V1, KC-390VF.
O artigo fala em 20t de carga. Já na imagem aparece o valor de 23,6 t.
Marcos, de fato uma das ilustrações selecionadas estava bem velha, apesar de mostrar uma imagem interessante. Retiramos agora.
Quanto às informações trazidas pelo artigo, estão aqui para serem discutidas, como respondi ao Maurício.
Fiz o clipping da matéria porque, entre as informações, há algumas que eu desconhecia e creio que outros leitores também, como:
“A empresa, segundo o diretor, está construindo no local mais seis hangares para abrigar as áreas de montagem final.”
Fernando “Nunão” De Martini
De fato o Mauricio tem razão. Há poquissima informação sobre o andamento do KC-390. A maioria das imagens estão completamente desatualizadas. Na Embraer, em alguma época remota, elas costumavam emitir trimestralmente um “Relatório de Progresso”. Mas isso é passado. Acho que é a crise. O Poder Aéreo poderia fazer uma visita à Empresa, tirar algumas fotos, inclusive do mack-up do compartimento de carga, ou requisitar as imagens dos testes efetuados no mock-up. Pedir atualização de imagens da cabine, se “side-stick” central ou lateral, etc, etc, etc.
Fernando “Nunão” De Martini
Ok. Você tem razão nesses pontos. Há também a informação da Akaer, que desconhecia o fato de ter/estar fabricando componetes para o Gripen.
“Faz mais sentido buscar, na matéria em questão, os pontos que você acha que são falhos e discutir.”
Como esse trubuzú, objeto deste clipping não vende, então precisa que alguém publique algo a respeito dele.
Para tentar manter vivo, o interesse.
Assim antes o Valor Econômico, que o Poder Aéreo.
Não vejo tantos motivos para as críticas. O momento é de aguardar o desenvolvimento do primeiro protótipo. Até lá, é esperar 🙂
[]’s
A Franca irah comprar uma duzia ainda no papel… 🙂
[]s!
Nick,
Se esperarem demais pelo 1º protótipo, correm o risco de ficarem iguais ao A-400M.
Que foi passear pelo sudeste asiático, atrás de algumas vendas.
Se uma aeronave não vende antes do 1º voo, prepare-se p/ mta turbulência, pois vai ser difícil vender depois.
Alias, qual seria o preco estimado p/ o KC390? US$ 50-60 milhoes? Mais ou menos na mesma faixa de preco dos EC725…digo, dos EC725 que o “nos” compramos…, uma duzia de KC390 em troca ainda eh pouco.
🙂
[]s!
Mauricio R. disse:
11 de abril de 2012 às 11:54
Maurício, as imagens são antigas, mas o texto me trouxe muita informação nova (a mim que sou um “mero mortal” brasileiro).
Eu, como sou nacionalista, brasileiro de coração, sempre gosto das notícias relacionadas a aparelhos nacionais… E ainda mais do KC-390, que espero que revolucione o mercado…
Agora meus caros, uma coisa é verdade: a Embraer não tá soltando informação nova sobre o andamento do projeto… Estranho não é?
Abraços a todos!
DrCockroach disse:
11 de abril de 2012 às 13:11
DrCockroach disse:
11 de abril de 2012 às 13:23
(Ironia ON)
E avião de papel/fantasma/fantasia vende? Mas como se ele não existe?! Aviões nascem prontos! Tem-se uma ideia hoje e a aeronave voa amanhã!
(Ironia OFF)
Os franceses provavelmente nunca encomendarão os EMB KC-390, ainda que os Rafale venham. Eles não precisam daqueles e, como não são afeitos a caridade, não o encomendarão.
DrCockroach, Para 23 ton. de carga, 69 milhões USD, acrescente a conta as suites de comunicações e de auto-proteção, que dependendo das funcionalidades e da sofisticação; encarecerão ainda mais o produto final. Como comparação, a Noruega adquiriu 4 C-130J-30 (alongado) padrão USAF, por 520 milhões USD, a conta incluia: 4 Lockheed Martin C-130J-30 stretched Hercules United States Air Force (USAF) baseline aircraft and equipment 16 Rolls Royce AE 2100D3 turboprop engines + 2 Rolls Royce AE 2100D3 spare engines 4 AAR-47 Missile Warning Systems (Alliant) + 1 spare AAR-47 Missile Warning System 4 AN/ALR-56M Advanced Radar Warning Receivers (BAE, also… Read more »
Maurício,
C-130J-30 não trás tecnologia para o Brasil, não trás desenvolvimento, não trás divisas, não trás empregos, não trás orgulho… É coisa americana, para os americanos… E o que sou é brasileiro, e moro no Brasil…
Por isso torço para o sucesso do KC-390, esse sim pode ajudar o nosso povo e o nosso país, com desenvolvimento, empregos, divisas e orgulho…
Sei que é errado julgar as pessoas, mas acho que você torce muito para os EUA, e pouco para o Brasil… Você mora nos EUA?
“…sou nacionalista, brasileiro de coração, sempre gosto das notícias relacionadas a aparelhos nacionais… E…”
Não é por isso, que eu tenho que babar ovo, pela Embraer.
“E ainda mais do KC-390, que espero que revolucione o mercado…”
Assim como o C-2; MTA; Y-9 e o An-178; melhor esperar deitado, pois sentado irá cansar.
“…o KC-390 vai substituir o Hércules C-130, em operação na Força Aérea Brasileira …”
Não sou especialista em Antártida mas, pelo que li, vi em documentários/reportagens não me lembro de algum avião maior ou menor movido puramente a jato que esteja sendo usado nas estações polares. Há alguma restrição para esse tipo de aeronave, por exemplo, talvez por demandarem por pistas maiores? Procurei rapidamente na internet por algo como os 707 “sucatões” na Antártida e não encontrei nada ……
Mauricio R A Embraer tem INTENÇÕES de compra de pelo menos 60 unidades para o KC.390. Por quê intenções de compra e não pedido firme? Porque a aeronave ainda está na fase de detalhamento e preços e sistemas embarcados ainda são estimativas. Aliás, a Embraer sequer exigiu a compra do equipamernto para participarção no projeto. Posso não concordar com isso, mas é a política da empresa. Quanto ao primeiro protótipo, o que se sabe é que as fases de estudos, detalhamento, projeto, etc, estão dentro do cronograma. Vai ficar pronto dentro do programado? Não se sabe. Os E-jets atrasaram, o… Read more »
Wallace,
A FAB não está a procura de uma aeronave de transporte tático, está isso sim, a procura de uma aeronave de caça, já a 17 anos.
O que foi que a Embraer fez esse tempo tdo???
Nada!!!
A Embraer não tem interesse nenhum pelo Brasil e menos ainda pela FAB e pelas suas reais necessidades.
Quer somente nos impor, seus interesses particulares.
E aí, que “brasileiro”, é vc agora???
Antonio M disse:
11 de abril de 2012 às 14:03
Creio que alguns Ilyushin 76 operem lá. Lembro-me de já ter visto fotos.
Antonio M
Os requerimentos chilenos, para opção de compra para o KC.390, exigem a necessidade de operação na Antartida.
Provavelmente não há restrições desse tipo de aeronave para operar no gelo, pois os russos operam os Ilyushin IL-76 por lá e os neozalandeses operam um Boeing 757. Não sei o país, mas sei que já andaram operando Airbus A-319 também.
Mauricio R.
Quem vai financiar o desenvolviento de um caça pela Embraer?
“Porque a aeronave ainda está na fase de detalhamento e preços e sistemas embarcados ainda são estimativas.” O A-350 nem protótipo tem, encontra-se em construção neste momento, mas já vendeu perto de 600 unidades, apesar de a Airbus ainda não ter congelado sua configuração. O que tem deixado alguns clientes, um tanto nervosos. O A-400 nem configuração tinha, mas já havia vendido mais de 150 unidades. Do C-130J falar o que??? Mais de 300 unidades vendidas. Vc citou atrasos nos ERJ, já parou p/ ver qntas vendas confirmadas haviam, antes de sequer haver protótipo??? Faça a mesma comparação, p/ ambos… Read more »
“Quem vai financiar o desenvolviento de um caça pela Embraer?”
Se a Embraer não tem capacidade de atender a necessidade da FAB, que sai do caminho.
Da mesma forma, que a FAB não tem necessidade alguma de custear o desenvolvimento do KC-390, não é interesse da força aérea, mas da Embraer.
Intenções de compra, caro Mauricio. Intenções de compra.
Mauricio R.
13:14 h: Se esperarem demais pelo 1º protótipo, correm o risco de ficarem iguais ao A-400M.
14:34 h: O A-400 nem configuração tinha, mas já havia vendido mais de 150 unidades.
???
Mauricio R
Você não respondeu! Quem vai financiar o projeto de um caça?
Obrigado pelos esclarecimentos srs!
Outra coisa, Mauricio:
Se há dificuldades de colocar um cargueiro no mercado, imagine um caça.
Outra coisa também, parece que os outros BRICS não estão nem aí se é mero interesse da indústria deles ou da Força Aérea deles…. um gasto dessa forma vale mais do que uma TT imaginária de ” mim pra mim mesmo”. Pensem bem antes de criticar a EMBRAER ou a FAB, quando eles compram sucata vocês reclamam, quando eles gastam em algo que traz valor agregado ao país vocês também reclamam. Ah sim! Vamos cancelar tudo e seguir comprando tudo na França então… lá o ” precim é balatim e não é xing ling, num solta pecinha!” Abraço de um… Read more »
#embraerforadofx2
É o melhor p/ o Brasil!!!
E sim, vamos colocar a FAB pra voar só em Super Tucano e vamos desenvolver nosso 5G, a Embraer chega sozinha lá…. em 2120. Quando temos a chance de uma parceria com uma empresa média e com muitas semelhanças com a Embraer ( sim… eu to falando da SAAB mesmo) todos ficam falando que o avião é de papel e blá blá blá… um fala que não voa e o outro fala que Flanker faz mingau de Gripadinho. Enquanto isso, ao invés de termos uma Embraer que pode aprender muito com uma parceria com a SAAB, vamos lançar ela numa… Read more »
Antes que venham dizer novamente que Flanker faz mingau de Gripado, se ele realmente faz mingau, imagine o que faz com o F-5 forévis ad eternum… logo, vamos com calma nas partidas de Super Trunfo.
😀
“Marcos disse:
11 de abril de 2012 às 12:20
Ok. Você tem razão nesses pontos. Há também a informação da Akaer, que desconhecia o fato de ter/estar fabricando componetes para o Gripen.”
Marcos, o envolvimento da Akaer com o desenvolvimento da nova versão do Gripen já foi objeto de matérias aqui no Poder Aéreo:
http://www.aereo.jor.br/2010/10/20/entregue-primeiro-desenho-de-producao-do-gripen-ng-feito-no-brasil/
http://www.aereo.jor.br/2010/10/22/gripen-ng-tera-quatro-cabecas-de-serie-e-akaer-fara-60-desenhos-por-semana/
http://www.aereo.jor.br/2010/10/22/diretor-da-saab-no-brasil-esclarece-detalhes-do-gripen-demo-e-sea-gripen/
Mauricio R. disse: 11 de abril de 2012 às 14:18 Maurício, a Embraer, da qual infelizmente não sou acionista, com seus interesses particulares (iguais aos interesses de todas as empresas norte-americanas do setor) trás ao Brasil (e não aos EUA) tecnologia, desenvolvimento, empregos, divisas e orgulho… Se a FAB vai comprar ou não o KC-390, isso é outra história completamente diferente, que não se confunde com a primeira… Até porque a Embraer está mirando outros mercados com esse aparelho, não só o militar e não só o nacional… Esse é o “brasileiro” que eu sou agora !!! Você não respondeu… Read more »
Senhores, sugiro que o debate foque em alguns temas interessantes da matéria, e não sobre posições de cada um quanto a ter orgulho disso ou daquilo em relação à Embraer, nacionalismos etc. Essas discussões não costumam levar a lugar algum. Acabei de colocar no comentário anterior um link para matéria de um ano e meio atrás, falando da Akaer, em resposta a um outro leitor. É uma matéria que, à época, teve quase 200 comentários. Tempos de comentários 100% abertos do Blog, mas também época de campanha eleitoral, onde as posições eram pra lá de exaltadas. O que se aproveita… Read more »
Wallace,
Parece que o povo só sabe meter pau no que acontece direito e vangloriar o que acontece errado.
Qualquer investimento público, se bem planejado e com objetivos claros e que revertam para o desenvolvimento de setores nacionais é bem vindo. No caso do KC-390 há um risco inerente a qualquer produto comercial. Ainda que ele seja um fracasso de vendas, se os investimentos trouxerem avanços em tecnologia e processos industriais, por exemplo, já vale a pena. Desde que isto seja benéfico à Nação. Por outro lado, do ponto de vista de gasto público, nem sempre pode ser interessante desenvolver algo aqui dentro. O investimento pode ser extremamente vultoso e demandar um tempo além do razoável. O LCA indiano… Read more »
É por essa e por outras que perdi o tesão nisso aqui. Desculpem os amigos porém não participo de nenhum debate que, sem qualquer argumentação baseada em fatos reais e notórios ou provas, ponha em cheque a credibilidade, a ética nos negócios ou a capacidade da Embraer S.A.
Por mim podem até cancelar minha conta. Continuarei comprando a revista e acompanhando as excelentes matérias publicadas aqui.
Olha só, radicalismos à parte, vejo com muita preocupação esse projeto. Ninguém aqui quer que a Embraer entre pro cano, muito embora essa seja uma empresa privada e que sabe muito bem se cuidar sozinha. Mas de fato, acho que todos os que se dizem brasileiros querem menos ainda que a FAB acabe bancando os custos – inclusive os políticos – de desenvolver um produto que não vende. Um novo AMX. Como estávamos dizendo outro dia mesmo, essa aeronave terá concorrentes de peso, além de uma aeronave absolutamente já consolidada no mercado, o C-130 Hércules. Quem tem que provar a… Read more »
A carga paga do KC-390 é superior ao C-130 porque decidiu-se que aquele seria um produto que poderia bater os concorrentes nesse aspecto. O KC-390 tem peculiaridades que visam atender as Forças Armadas brasileiras, como a capacidade de transporte do VBTP-MR Guarani, entre outros. Aspectos como “salto tecnológico com o KC-390, relacionado aos comandos elétricos de voo, cujos softwares serão feitos pela primeira vez dentro da Embraer”, além do emprego de empresas brasileiras que trabalham com alta tecnologia, como a AKAER, são a prova de que, no mínimo o país está pesquisando/inovando em matéria de tecnologia aeronáutica. No mais, a… Read more »
Aguentar as turbinas aguentam até rodar com pinga em pista pura terra. O problema é a manutenção que vai te dar depois :p
Desculpem se exagerei um pouco (ou bastante…).
Abraços e felicidades a todos!
Uma outra coisa a se considerar nos mercados, principalmente os militares, é o peso do governo do país fabricante para encaminhar as vendas de seus produtos. O caso do KC-390 não será diferente. E isso não é algo bom por motivos óbvios, uma vez que seus concorrente tem um peso maior do que o nosso como influenciador. Duas variáveis poderão alavancar a aeronave: custo de aquisição e manutenção abaixo dos concorrentes e vantagens em desempenho e operacionais.
Em 29 de julho de 1936 começa a primeira operação de transporte aéreo estratégico da história das guerras. A ponte aérea Marrocos – Sevilha. Nos primeiros dias da Guerra Civil Espanhola o General Franco, um dos revoltosos que veio a tornar-se ditador, tinha seus batalhões no Marrocos, enquanto seu aliado e igualmente revoltoso General Mola (que morreu de forma suspeita…) estava concentrado no norte da Espanha com seus soldados. Aproveitando seu bom relacionamento com Hitler, o General Franco pede ajuda da Alemanha que lhe envia 20 (vinte) aviões de transporte Junkers Ju.52 que em trabalho diuturno permite a concentração de… Read more »
Ivan, como sempre seus comentários salvam o tópico!
Falou e disse camarada!
Sobre o KC-390, será que algum tipo de mudança no trem de pouso poderia melhorar o desempenho (oferecer mais segurança para a operação do mesmo) em pistas de terra?
Abraço!
Ricardo, o que estava na TPC ( tensão pós comentários) durante a tarde.
Ao Thiago do Facebook,
De uma maneira bem simples, a aeronave equipada c/ munição guiada equivalente a JDAM e LGB, dotada de targeting pod, orbitaria sobre setores do mar territorial e seria acionada conforme a vigilância observasse movimentação suspeita.
Ivan disse: 11 de abril de 2012 às 22:09 Ivan, muito bom comentário. Não há dúvida de que o Brasil e a FAB precisam de uma força de aerotransporte moderna, rápida e eficaz. Uma que projete o poder militar brasileiro, através de colocação no teatro de operações de forças aerotransportadas (Bda Inf L), paraquedistas (Bda Inf Pqdt), motorizadas (Bda Inf Mtz), selva (Bda Inf Slv) e especiais (Bda Op Esp), com brevidade, no mínimo por toda a América do Sul. Isso é indiscutível e dará ao Brasil uma capacidade de projeção de força muito maior que o ridículo Porta Aviões… Read more »
Corsario137 disse: 11 de abril de 2012 às 17:14 Corsário, se você abandonar este espaço por causa de 1, 2 ou 3 pessoas radicais (trolls), essas pessoas vencerão. Eu mesmo já pensei nisso e fiz isso por alguns meses, mas decidi que iria voltar e “marcar” essas pessoas, como um zagueiro faz no futebol. Você não quer ser mais 1 zagueiro? Eu pessoalmente acho uma pena mas entendo a sua frustração que eu já coloquei aqui, no que fui confortado pelo amigo gripeiro Ivan.Não é porque eu sou Rafaleiro que eu não goste de ler comentários inteligentes! Abraços aos amigos… Read more »
Ao Thiago do Facebook,
Seria necessário alterar tdo o gerenciamento de armamento, desde a fixação física, a interface de dados, além do que apesar de ser possível revo a aeronave russa ainda teria autonomia menor.
Ivan, Bonito cenário, legal, mas o que se viu no Iraque é que sem o tdo poderoso M-1 por perto, esses blindados seriam presa fácil da insurgência. E no Afeganistão, a própria falta de infra-estrutura (estradas asfaltadas), tornou a vida desses blindados 8 X 8, um inferno. Em ambos os conflitos o C-130 teve papel essencialmente logístico, não o “estratégico” da FAB, por isso a idéia de substituí-lo pelo C-27J, quem carregou esses veículos qndo necessário, qndo não foi o navio ou o trem; foram os C-17. As conclusões que levaram ao fim do AMST, alto custo da aeronave proposta… Read more »