M-346 AADA: parece um caça, mas é um treinador ‘anabolizado’
A Alenia Aermacchi divulgou, na semana passada, novas “brochuras” de seus produtos, entre elas a do treinador avançado M-346 “Master”. Chamou nossa atenção alguns dados de desempenho e de perfis de missão divulgados, que podem ser vistos logo abaixo ou no próprio material de divulgação, que pode ser acessado clicando aqui (o link também permite ver os materiais de outras aeronaves). Também percebemos o destaque, numa seção, à versão mais “guerreira” da aeronave, denominada AADA: Affordable Advanced Defence Aircraft – aeronave avançada e acessível de defesa.
Segundo a empresa, a versão AADA do M-346 atende a uma crescente demanda para aviões com boa relação custo-efetividade para ataque ao solo e defesa territorial, capazes de operar num campo de batalha centrado em redes com a mesma efetividade de aviões maiores de geração anterior. Isso seria possível, segundo a Alenia Aermacchi, devido à adição de radar multipropósito, datalink tático, suíte de autoproteção e novas funções dos aviônicos, tornando o M-346 uma aeronave capaz de missões de apoio aéreo aproximado (CAS – close air support) e interceptação de aeronaves de baixa velocidade (SMI – slow mover interceptor).
O jato pode ser equipado com nove pontos duros capazes de levar uma grande variedade de armamentos, desde bombas guiadas até sofisticados mísseis ar-ar, segundo a empresa italiana, e o jato também tem provisão para receber FLIR, designador laser, além de pods para ECM (guerra eletrônica) e reconhecimento.
Outro ponto destacado é, segundo o material divulgado, a total comunalidade com a versão de treinamento: dados de navegação e ataque podem ser mostrados tanto nas telas do cockpit dianteiro como nas do traseiro, mas as missões podem ser voadas por apenas um piloto. A empresa promete que as maiores diferenças entre as versões seriam equipamentos do tipo “plug and play”, permitindo que clientes operem uma frota mista de versões treinadoras e de ataque do M-346.
Veja na lista de links abaixo outras matérias já publicadas sobre o M-346.
FONTE / IMAGENS: Alenia Aermacchi
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Se e qndo o F-X 2, falhar…
ué, não vai aparecer nenhum especialista iluminado para dizer que este probe de reabastecimento é muito ruim? ué…
Saudações.
“Marcelo disse:
9 de abril de 2012 às 11:01
ué, não vai aparecer nenhum especialista iluminado para dizer que este probe de reabastecimento é muito ruim? ué…”
É que esse avião não é francês…
Ao fim que se destina esta aeronave, a forma do probe está deveras adequada.
Se a pretenção fosse outra, parecer stealth sem realmente se-lo; aí sim o reparo teria cabimento.
Longe de ser especialista e muito menos iluminado, sou apenas um antigo entusiasta e grande admirador do Rafale (prefiro o A) e do M-346 Master. Como entusiasta com visão limitada a internet e publicações que consigo por as mãos, acredito que esta solução de probe fixa só deve ser usada quando não houver espaço para algo mais elaborado ou para aeronaves antigas que não vislumbravam o REVO como atividade constante. No caso do M-346 Master parece ser inevitável pela falta de espaço em um LIFT já compacto, bem como sua missão principal, o treinamento, não demandar sempre o REVO. Assim… Read more »
O que vejo como falho nessa tarefa de interceptador leve é a questão do canhão ser transportado num casulo- o que demanda maior atrito em vôo. Nesse aspecto o KAI T- 50 leva vantagem, pois o canhão já vem embutido (versão A-50), além de que o treiandor coreano voa a mach 1.5, mesmo assim admiro muito o M-346, penso que faria uma excelente dupla com os A-29 na patrulha das fronteiras brasileiras, assim como na tarefa de treinamento avançado de pilotos.
Marcelo disse:
9 de abril de 2012 às 11:01
É que o titulo da matéria já diz td:
“parece um caça, mas é um treinador ‘anabolizado’”
.
Ivan,
Essa mesma probe, no SUE, é retrátil e esta aeronave apesar de geração mais antiga e desempenho inferior, opera no mesmo porta-aviões e tb tem o radomo de pequenas dimensões.
Vou dizer, probe fixo é uma tecnologia dos anos 70/80, no século XXI é uma coisa medonha. Acabou lá atrás, acende nos radares feito uma lâmpada.
Como disse o Ivan somente coloca probe fixo quem não tem espaço. O certo é retrátil.
F-50 vs M-346 Master. É uma briga boa!!!
Abs,
Ricardo
Ricardo, Alenia Aermacchi M-346 Master versus KAI T-50 Golden Eagle deveria ser A “briga” entre os LIFTs ocientais, porém esta luta anda morna, com poucos embates conhecidos, pelo que lembro de concreto apenas EAU, Singapura e Israel. Talvez em função do custo destes equipamentos de última geração frente aos menores, mais antigos e muito mais baratos Bae Hawk, L-159 e outros revisados e reformados, como o que a Patria está oferecendo. Os (excelentes) Alpha Jets franceses e alemães estão voando a mais de 3 (três) décadas e os T-38 Talon americano a 4 (quatro). O TX yankee (nada a ver… Read more »
Ricardo,
Outra curiosidade entre os dois LIFT que vc citou é que são aeronaves de treinamento mais pesadas que o nosso F-5 E Tiger II.
Completamente Vazio, o Tiger II pesa em torno de 4,5 toneladas, contra 6,5 toneladas do Golden Eagle e 4,6 toneladas do Master.
Montei uma tabela comparativa entre os LIFT (dimensão, peso e potência), mas não sei como postar neste espaço.
Abç,
Ivan.
Oi Ivan,
como substituto dos F-5s o T-50 caia muito bem, mas o “problema” é que a Coréia do Sul cancelou a versão monoposto (F-50) em favor do KF-X…para eles ótima decisão, para nós, nem tanto, se quiséssemos comprar a versão de caça, que poderia ser tão boa quanto um Gripen, mas mais barata.
Abraços!
Marcelo, Valeu a provocação, mas não tem nada a ver. O M-346 Master foi criado para ser um LIFT, um avião de treinamento, que pelo desempenho poderá ter uma versão de ataque leve, assim como o irmão gêmeo russo, o Yak-130. O T-50 Golden Eagle foi criado com dupla personalidade, ser um LIFT para os novos caças de alto desempenho e caça leve para substituir o KF-5 E na linha de frente da ROKAF, que precisa de uma aeronave como esta para mobiliar a linha de frente. O JAS-39 Gripen foi criado como um caça, para ser o caça de… Read more »
Ivan, temos que colocar neste meio o Yak 130, que tem peso vazio de 4.600kg e peso carregado de 6.350KG. Praticamente o mesmo do Master (o que é uma conseqüência obvia da origem, irmão quase gêmeos). Os motores do Master são um pouco mais potentes. O Golden Eagle ganha dos dois em peso máximo de decolagem e em potência. O Yak também é mais barato, 15 milhões de dólares contra 26 do Master e 25 do Golden Eagle (T-50). Olhando em termos puramente numéricos prefiro o coreano. Li acima que o F-50 foi abandonado pela ROKAF. Acredito que este informação… Read more »