CEO da SAMP mostra-se inconformado com fechamento da linha de produção de bombas francesas
O Poder Aéreo, em outro ‘post’, informou que a fabricante de bombas de emprego geral francesa SAMP encerrou sua produção e colocou todo o seu acervo técnico à venda, incluindo linha de produção e transferência de tecnologia. Veja agora os principais trechos da reportagem feita pelo Defense News com o CEO da empresa francesa SAMP.
Com o encerramento da produção de bombas de emprego geral pela empresa francesa Société des Ateliers Mécaniques de Pont sur Sambre (SAMP), os caças Rafale dependerão de agora em diante de equipamentos semelhantes provenientes do exterior, informou o CEO da companhia, Christian Martin.
A SAMP é uma pequena companhia localizada próximo de Lille, no Norte da França, que pelos últimos 50 anos produziu bombas “burras” para as Forças Armadas francesas. Segundo ele, a SAMP não fechará as portas totalmente. O escritório de projetos continuará em atividade.
Segundo Martin, a SAMP é a única empresa europeia de pequeno porte que desenvolve bombas tipo Mk81 (125 kg), Mk82 (250 kg) e Mk3 (500 kg) de emprego aeronáutico. “Quem mais desenvolve novos produtos ar-superfície?” pergunta ele. “Somente os americanos”. Israel também desenvolve estes tipos de armamentos, mas é complicado para a França comprá-los.
Acordos de offset também colocarão mais pressão neste ramo. Se a França vender Rafales para a Índia, o governo poderá concordar com a compra de bombas fabricadas naquele país.
A França adotou bombas Mk82, baseadas em projeto norte-americano, depois que descobriu-se que seus armamentos não eram interoperacionais com outras Forças Aéreas durante a guerra do Golfo em 1991 e ações sobre a Iugoslávia nos anos 90.
Durante a campanha aérea contra a Iugoslávia a França comprou perto de 3.000 bombas padrão OTAN via FMS (Foreign Military sales) dos EUA. As bombas foram entregues com atraso e abaixo dos padrões de segurança franceses, que utilizam Eurenco PBX ERDX 109, disse Martin.
A bombas Mk82 produzidas pela SAMP foram convertidas em armas guiadas através dos kits desenvolvidos pela Sagem, que criou a Armement Air-Sol Modulaire (AASM), largamente utilizadas na Líbia. Para Martin, o conflito no norte da África mostrou o quanto as bombas são robustas e confiáveis.
“Na Líbia o Rafale demonstrou suas capacidades multifuncionais, isto é claro”, disse ele. “Os resultados dos ataques aéreos demonstraram que os objetivos foram alcançados e as AASM fez o que deveria fazer.”
O sucesso na Líbia “foi o resultado de 10 anos de muito trabalho da SAMP, da AASM e da Dassault. Do ponto de vista da missão, não ocorreram falhas,” disse ele.
Martin também informou que a habilidade do Rafale de voar missões combinadas de reconhecimento e ataque foi possível devido à decisão da SAMP em 2000 de construir bombas MK82 bastante resistentes para sobreviver à 200 horas de voo e 50 ciclos – muito mais que os artefatos norte-americanos semelhantes que dificilmente aguentam 5 decolagens e pousos.
A vida útil tão longa para as Mk82 em 2000 não parecia ser necessária, pois a AASM não existia e o Rafale estava em desenvolvimento. Mas equipar Mk82 mais resistentes com kits AASM, avaliados entre 100.000 a 150.000 euros por unidade, transformou-se em uma vantagem.
A bomba em si representa cerca de 5% do custo de um sistema AASM, “mas seu efeito final é de 100%,” disse Martin.
FONTE: Defense News
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo
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É só abrir uma subsidiária na China… a SAMP CHIG LING !!
Sds.
Não era esse país europeu, orgulhoso por ter uma indústria militar própria, desenvolvedora de produtos próprios, para uso próprio e de poder ser “não-alinhada” ?!?!?!?!?!?!?
Pois é….Mas tenho certeza que virão aqui dizer “era apenas um fábrica de bombas ultrapassadas” …..
“…que criou a Armement Air-Sol Modulaire (AASM), largamente utilizadas na Líbia. Para Martin, o conflito no norte da África mostrou o quanto as bombas são robustas e confiáveis.”
Mas aí a “patada de elefante prá matar formiga”, se deparou c/ a “Brimstone”, mto mais adequada de se empregrar em um conflito assimétrico, aonda a baixa colateralidade dos danos é essencial.
É mto azar…
Legal, assim que comprarmos os Rafale, a Britanite poderá exportar as bombas “burras” para a França.
Se o Brimstone foi tao superior assim, por que será que a Inglaterra fez aproximadamente 10% dos ataques, enquanto a França fez 30% ? E os ataques por helicopteros, em que a França fez 90% ? Será que a situação da Inglaterra está tão preta assim que tiveram que economizar ?
Azar? Não existe azar em tecnologia. Existe competência X incompetência.
Para se perfurar uma blindagem de um carro de combate moderno é necessário uma carga moldada (HEAT) com uma massa de explosivo não maior que 4 ou 5 kg e uns 3 kg de cobre, mas uma bomba de uso geral com uns 100 kg de explosivo e mais uns 130 de aço faz o serviço do mesmo jeito. A primeira perfura a blindagem e gera um caos de aço e fogo dentro do veículo, a segunda gera uma onda de choque tão grande que literalmente amassa a “lataria”. No final das contas, picada de escorpião ou patada de elefante… Read more »
“…por que será que a Inglaterra fez aproximadamente 10% dos ataques, enquanto a França fez 30% ?”
Em mtos dos ataques franceses, foram usadas bomas de concreto, usadas normalmente em treinamento.”
Atente p/ o fato que a AASM p/ destruir seu alvo, faz uma cratera de 200 metros de diâmetro, aos passo que a Brimstone não.
Correção:
Aonde se lê:
“…foram usadas bomas de concreto…”
Leia-se:
“…foram usadas bombas de concreto…”
No mas estão corretos os Franceses a era das bombas burras acabou quem diga dresden depois daquele insaciáveis bombardeiros, ao que reduziu a cidade a pó, em questão de preço, hoje ninguém pode competir com o tio sam, em questão de preço e quantidade, vejo alguns dizerem que a AASM e cara que e uma GBU faz o mesmo por menos se todos formos pensar assim, ninguém mais vai fazer nada, vão só comprar do americanos, só como comparação, o Scalp Naval desenvolvido na frança, custa cerca de 3 milhões de dólares ou euros, enquanto um tomahawk na sua versão… Read more »
Ola, É isso ai vamos comemorar a unica fabrica não americana de bombas burras na Europa fechou, que otimo ficar a merçe dos gringos. Ainda bem que isso não ira aconteçer, o governo Frances vai agir rapido e adquirir a empresa atravez de um intermediario. Mauricio R. não faz sentido essa discussão da Brimstone essa arma será inetgrada ao Rafale, logo teremos ela no inventario Frances. No fim acho que a França esta se virando bem na crise no caso militar, enquanto a Inglaterra da baixa em muitos navios de grande porte, todos Harriers e praticamente não atacou a Libia,… Read more »
Caro edcreek
Fechou na Europa, mas existem em diversos outros lugares fora dos EUA, como aqui no Brasil. Não é nenhum segredo produzir este tipo de artefato.
Mauricio R. disse: 15 de outubro de 2011 às 1:20 ““…por que será que a Inglaterra fez aproximadamente 10% dos ataques, enquanto a França fez 30% ?” Em mtos dos ataques franceses, foram usadas bomas de concreto, usadas normalmente em treinamento.” Atente p/ o fato que a AASM p/ destruir seu alvo, faz uma cratera de 200 metros de diâmetro, aos passo que a Brimstone não.” Maurício, bom dia. Considere que não é possível obter cratera de 200 metros de diâmetro com qualquer bomba entre 125 e 1000 Kg. A fonte de informação que você utilizou deve ter cometido erro.… Read more »
Tem segredo sim DDC (Poggio).
É uma tecnologia Franco-Brasileira, a tecnologia do “O americano é muito pior”.
“edcreek disse: 15 de outubro de 2011 às 9:35 …enquanto a Inglaterra (…) praticamente não atacou a Libia” Tudo bem que não é lá uma França, mas às vésperas da queda do Kadaffi, os números divulgados pela RAF para sua frota de Tornados e Typhoons operando sobre a Líbia estão bem longes de um “praticamente não atacou”: Surtidas voadas: 1.114 Participação no total de surtidas completadas pela OTAN: 21% Porcentagem de ataques em relação ao total da OTAN: 15% http://www.aereo.jor.br/2011/07/21/typhoon-na-libia-numeros-da-raf-sao-divulgados-na-riat-2011/ Sem falar nos Tomahawks disparados pela RN. Isso não altera a validade de seu argumento, só estou chamando a atenção… Read more »
A “bancada francesa”, que diga-se de passagem ainda não entendeu o significado de “baixo efeito colateral” e sua relevância em um ambiente de guerra assimétrica, defendendo c/ unhas e dentes o trambolhão da AASM.
Não adianta questionar a fonte, aliás o blog ARES da AW&ST ou dizer, que um dia quem sabe a Brimstone será integrada a Le Jaca.
O fato é que na Líbia os britânicos empregaram uma arma mais adequada as características do conflito e os franceses tiveram que recorrer a uma improvisação canhestra, p/ não ficarem atrás.
A brimstone pelo que eu saiba é uma míssil anti-tanque, e pelo que eu saiba não se tinha tantos tanques assim.
Pergunta é o que tem a ver a copia inglesa do Hellfire, com o fechamento de uma fabrica de bombas burras na frança, como sempre torcem os fatos mudam o rumo da discussão apenas com intenção de menosprezar os franceses que fizeram tanto pelo mundo vamos parar de birrinha que os leitores não ganham nada com isso.
(Liberté, Egalité, Fraternité)