F-5EM: antenas do RWR, entre outros detalhes interessantes
Nesta terceira matéria da série que mostra detalhes interessantes dos caças F-5EM da FAB, o foco está nas antenas do RWR (Radar Warning Receiver – receptor de alerta radar). O RWR serve para captar emissões de radar externas ao caça, alertando seu sistema de contramedidas e o piloto de que a aeronave está sendo “iluminada” por outro radar – que pode ser de um outro caça, de uma estação em terra ou mesmo de um míssil guiado por radar ativo.
Na foto do alto da matéria, pode-se ver à esquerda uma das antenas instaladas no nariz do F-5EM (em formato aerodinâmico de gota de lágrima), próxima ao radome e ao cano do canhão de 20mm. São duas antenas, uma de cada lado, cobrindo os quadrantes frontais esquerdo e direito. Esse tipo de equipamento só foi instalado nos F-5 da FAB após a modernização, mas já era visto em caças F-5 de outros países em fotos com mais de uma década, em aeronaves que apenas foram atualizadas com o sistema, sem modernizações profundas – ou seja, é um equipamento de grande importância que há muito tempo, sem grandes dificuldades técnicas, já poderia fazer parte dos F-5 da FAB. Mas antes tarde do que nunca. Pelo lado positivo, as antenas dos F-5EM da FAB estão conectadas a um sistema de alerta radar bem mais sofisticado e integrado aos computadores de missão da aeronave do que sistemas anteriores desse tipo, presentes anteriormente em caças F-5 de outros países.
Nas duas fotos logo acima, pode-se ver a localização das antenas do RWR da cauda – uma de cada lado, próximas aos bocais de exaustão dos motores, cobrindo os quadrantes traseiros esquerdo e direito. Essa localização das antenas também é comum em outros caças F-5. Nas aeronaves que pudemos fotografar no “Portões Abertos” da Base Aérea de São Paulo no último fim de semana (na comemoração dos 70 anos da base), a retirada de motores dos caças permitiu ver “por dentro” a instalação desses equipamentos. Na foto da direita, pode-se ver uma placa (aparentemente metálica) presa à estrutura posterior da fuselagem, que combina perfeitamente com o formato da antena que se pode ver na foto da esquerda.
As duas fotos acima são de berços de motores de caças diferentes, mas colocamos lado a lado e mostrando o berço esquerdo e direito para facilitar o entendimento. Elas mostram mais detalhes dessa parte posterior, onde são instalados os motores do caça. Na foto da direita, pode-se ver mais nitidamente a instalação da antena do RWR e o que parece ser um conduíte que sai da placa que denuncia a instalação da antena – conclui-se que esse conduíte abriga a fiação que conecta a antena ao receptor de alerta radar (que em imagens de “raio-x” da aeronave fica localizado na base da deriva). Este autor já leu em mais de uma fonte que essa parte posterior do caça tem titânio em sua construção, para conferir leveza e resistência ao calor.
Vê-se também, em vermelho, o material selante aplicado às juntas dessa estrutura. Na foto da esquerda pode-se ver ainda instalados alguns equipamentos que já haviam sido retirados do berço da foto da direita. Em desenhos “raio-x” (cutaway) do F-5, essa região costuma mostrar a instalação do gerador e da caixa de engrenagens dos equipamentos acessórios do motor.
Clique nas imagens para ampliar, veja os “posts” anteriores da série (e outros relacionados ao F-5EM) nos links abaixo e aguarde mais detalhes interessantes desta e de outras partes da aeronave amanhã, na próxima matéria!
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RWR até os Impalas que FAB operou comprados da África do Sul possuiam, portanto deveriam equipar os Xavantes.
As FAs devem ter políticas permanentes de modernização e menor prazo entre uma e outra, para fugir desses grandes espaços tecnológicos absurdos.
Falando em F-5 e já lembrando o falecido Fx-2:
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia/2857/EDITORIAL—F-X2—A-FAB-Rumo-ao-Nada