Em 1988 Boeing foi perseguido por Mirage
Intenção do sequestrador era jogar o 737 contra o Palácio do Planalto
O caso do sequestro e posterior queda de um monomotor na cidade de Goiânia relembra uma das mais trágicas passagens da aviação civil do pais.
Em 29 de setembro de 1988, um Boeing 737-300 decolou de Belo Horizonte. Era o vôo VP-375 da VASP com destino ao Rio de Janeiro. Pouco depois da decolagem, o tratorista desempregado Raimundo Nonato começou a disparar contra a porta da cabine dos pilotos com um revólver calibre 32. Nonato culpava o presidente José Sarney pela penúria em que estavam ele próprio e o Brasil e decidira atirar-se com um jato repleto de passageiros sobre o Palácio do Planalto. Os tiros feriram um tripulante e um passageiro, e o comandante Fernando Murilo de Lima e Silva rendeu-se ao seqüestrador. Uma vez na cabine, Nonato mandou que se tomasse o rumo de Brasília. O co-piloto tentou pegar o rádio de comunicação, tomou um tiro na cabeça e morreu instantaneamente.
Por mais de três horas, o comandante Murilo negociou com o seqüestrador, voando sobre Brasília, Goiânia e Anápolis. Diante da intransigência de Nonato e da possibilidade de ficar sem combustível, chegou a fazer duas manobras quase suicidas tentando desequilibrar e desarmar o seqüestrador. Na primeira, fez um “tunneau”. Depois, um parafuso, deixando-o cair com o nariz para baixo enquanto girava. Essa manobra foi tão brusca que parte do estabilizador do Boeing se desprendeu e caiu sobre um conjunto de casas em Goiânia. Engenheiros da fábrica afirmam que é o único registro de manobra desse tipo com um Boeing 737. As manobras foram testemunhadas por um Mirage III da FAB que acompanhava o vôo (observar o Mirage no vídeo abaixo perseguindo o 737 no início do parafuso) e contadas pelo comandante Murilo, que, na confusão, acabaria pousando na capital goiana. Em terra, Nonato exigiu um avião menor para fugir, acabou levando três tiros numa cilada e morreu alguns dias depois, internado no Hospital Santa Genoveva, em Goiânia. Como vinha se recuperando bem dos ferimentos, a morte se tornou um mistério que só viria a ser desvendado pelo legista Fortunato Badan Palhares, da Universidade Estadual de Campinas, que autopsiou o corpo e atestou que ele morreu de infecção por anemia falciforme, uma doença congênita.
Comandante da VASP foi homenageado em 2001
Com 13 anos de atraso, o piloto Fernando Murilo de Lima e Silva, de 53 anos, foi homenageado pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas. Murilo, que evitou a tragédia, recebeu o troféu Destaque Aeronauta hoje, no Dia do Aviador.
“Antes tarde do que nunca”, disse o piloto, que na época foi condecorado pelo Ministério da Aeronáutica e pelo governo de Minas. “Acho que essa homenagem demorou para sair. Apesar da medalha da Aeronáutica, a aviação civil deveria ter feito isso há muito tempo”, afirmou Alberto Antunes, integrante da nova diretoria do sindicato, que tomou posse na cerimônia. Antunes foi colega do homenageado na Vasp, e fazia parte da tripulação que entregou o avião aos cuidados de Murilo, em Cuiabá, no dia do seqüestro.
Oito anos depois do seqüestro, quando pilotava aviões DC-10 em vôos internacionais, o comandante se aposentou. “O (Wagner) Canhedo me obrigou. Queria enxugar o quadro de vôo. Fiquei um tempo parado, fui tentar fazer outras coisas fora da aviação”, explica.
No dia 11 de setembro de 2001, mês do seqüestro e do seu aniversário, viu uma história parecida se desenrolar nos EUA, com final trágico. “O que aconteceu em Nova York e Washington foi meio parecido. Os seqüestrador tinha a mesma intenção. Só que lá eram vários.”
Sequestro do Boeing 737 da VASP em 29/09/1988
FOTO: M.A. Silva/Airliners.net
Foi realmente um héroi.
Havia lido essa história no livro CAIXA PRETA, o qual recomendo.
Realmente o piloto foi um Herói com “H” maiúsculo, sem deixar de lado, o seu anjo da guarda e de todos os ocupantes da aeronave, pois manter um 737 inteiro com essas manobras e pousar com segurança, só com ajuda divina.
O Governo brasileiro sempre demorou a reconhecer os verdadeiros heróis do Brasil dando-lhe uma justíssima medalha, e garanto que durante esses 13 anos, outros indivíduos foram homenageados com medalhas só pelo fato de serem políticos, empresários, ministros, desembargadores e etc, etc…
Lembro-me que os técnicos da Boeing vieram ao Brasil para ver de perto o estado da aeronave.
Mas, se a moda pegasse? Talvez, faltassem aviões!
Seria o piloto parente do Duque de Caxias?
O filho de Caxias morreu na adolescência e de seus irmãos, apenas um casou e teve filhos. Seria descendente deste irmão? Ou de algum dos tios dele?
Esse caso teve um fim diferente e trágico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_KAL_007
Em outro caso, cômico por sinal, o Alemão Mathias Rust de 19 anos pousou na Praça Vermelha em Moscou em 1987 com um Cessna 172, vindo de Helsinque,sobrepujando toda defesa anti-aerea da antiga URSS. Ele pegou 3 anos de prisão, mas cumpriu apenas 6 meses.
Este feito provocou a demissão do Ministro da Defesa da antiga URSS.
Jacaubão…
Acho que o governo através da FAB (Ministério da Aeronáutica na época)e o governo de Minas Geraris), que reconheceram o ato de heroísmo deste piloto. Foi os Sindicato
Nacional dos Aeronautas que demorou a reconhecer como explica o texto abaixo:
“Antes tarde do que nunca”, disse o piloto, que na época foi condecorado pelo Ministério da Aeronáutica e pelo governo de Minas. “Acho que essa homenagem demorou para sair. Apesar da medalha da Aeronáutica, a aviação civil deveria ter feito isso há muito tempo”, afirmou Alberto Antunes, integrante da nova diretoria do sindicato, que tomou posse na cerimônia.
Abraços.
Jacubão.
E fizeram bem não. Você tem razão. Geralmente cobrem de medalhas e homenageam só os traidores da República…
Que pena que não teve exito. Eu tinha que ir lá pra atrapalhar também. rsss
Cara não sabia disto!Mas se acontecesse nosso país entraria em colapso!
Toda vez que ocorre algo como acidente o incidente aéreo a minha memória volta em um flash black terrivel, acho que isso nunca vai passar na minha vida, hoje o que ocoreu com o Air France, estou novamente em tristeza profunda. E sempre fico buscando na net isso que aconteceu comigo,aquela quinta feira cinza que meus sonhos vieram abaixo, desde daquele dia eu rezo muito para esquecer essa cicatriz,e penso em todas as pessoas que vivem essas tragédias!
Como é dificil esquecer!
Eu era a esposa do co piloto Salvador Evangelista!
Saudades eterna!
Se fosse nos EUA – e olha que não gosto de tomar os EUA como exemplo – essa história já teria virado filme e o piloto seria herói nacional. Por aqui, ele foi demitido pela Vasp poucos meses depois de ter salvado 105 vidas.
Foi realmente um héroi.
Havia lido essa história no livro CAIXA PRETA, o qual recomendo.
Realmente o piloto foi um Herói com “H” maiúsculo, sem deixar de lado, o seu anjo da guarda e de todos os ocupantes da aeronave, pois manter um 737 inteiro com essas manobras e pousar com segurança, só com ajuda divina.
O Governo brasileiro sempre demorou a reconhecer os verdadeiros heróis do Brasil dando-lhe uma justíssima medalha, e garanto que durante esses 13 anos, outros indivíduos foram homenageados com medalhas só pelo fato de serem políticos, empresários, ministros, desembargadores e etc, etc…
Lembro-me que os técnicos da Boeing vieram ao Brasil para ver de perto o estado da aeronave.
Mas, se a moda pegasse? Talvez, faltassem aviões!
Seria o piloto parente do Duque de Caxias?
O filho de Caxias morreu na adolescência e de seus irmãos, apenas um casou e teve filhos. Seria descendente deste irmão? Ou de algum dos tios dele?
Esse caso teve um fim diferente e trágico:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_KAL_007
Em outro caso, cômico por sinal, o Alemão Mathias Rust de 19 anos pousou na Praça Vermelha em Moscou em 1987 com um Cessna 172, vindo de Helsinque,sobrepujando toda defesa anti-aerea da antiga URSS. Ele pegou 3 anos de prisão, mas cumpriu apenas 6 meses.
Este feito provocou a demissão do Ministro da Defesa da antiga URSS.
Jacaubão…
Acho que o governo através da FAB (Ministério da Aeronáutica na época)e o governo de Minas Geraris), que reconheceram o ato de heroísmo deste piloto. Foi os Sindicato
Nacional dos Aeronautas que demorou a reconhecer como explica o texto abaixo:
“Antes tarde do que nunca”, disse o piloto, que na época foi condecorado pelo Ministério da Aeronáutica e pelo governo de Minas. “Acho que essa homenagem demorou para sair. Apesar da medalha da Aeronáutica, a aviação civil deveria ter feito isso há muito tempo”, afirmou Alberto Antunes, integrante da nova diretoria do sindicato, que tomou posse na cerimônia.
Abraços.
Jacubão.
E fizeram bem não. Você tem razão. Geralmente cobrem de medalhas e homenageam só os traidores da República…
Que pena que não teve exito. Eu tinha que ir lá pra atrapalhar também. rsss
Cara não sabia disto!Mas se acontecesse nosso país entraria em colapso!
Toda vez que ocorre algo como acidente o incidente aéreo a minha memória volta em um flash black terrivel, acho que isso nunca vai passar na minha vida, hoje o que ocoreu com o Air France, estou novamente em tristeza profunda. E sempre fico buscando na net isso que aconteceu comigo,aquela quinta feira cinza que meus sonhos vieram abaixo, desde daquele dia eu rezo muito para esquecer essa cicatriz,e penso em todas as pessoas que vivem essas tragédias!
Como é dificil esquecer!
Eu era a esposa do co piloto Salvador Evangelista!
Saudades eterna!
Se fosse nos EUA – e olha que não gosto de tomar os EUA como exemplo – essa história já teria virado filme e o piloto seria herói nacional. Por aqui, ele foi demitido pela Vasp poucos meses depois de ter salvado 105 vidas.