Líbia: uma vitrine para equipamentos de defesa

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A fotografia ao lado apresenta o jato francês Rafale na Base aérea líbia de Mitiga. Um pequeno grupo de visitantes, homens, mulheres e crianças, aproxima-se do caça enquanto sua deriva aponta para o sol da África do Norte.

Tirada durante um show aéreo realizado em outubro de 2009, esta é uma das várias fotos feitas pelo site holandês scramble.nl que mostram uma situação irônica frente ao esforço ocidental de criar uma zona de exclusão aérea sobre Líbia. Para eliminar as defesas aéreas de Muammar Kadaffi, potências ocidentais como a França e a Itália estão utilizando aviões e sistemas de defesa que há poucos meses atrás eram oferecidos ao líder líbio. Os Rafales franceses como o apresentado no show de 2009, voaram as primeiras investidas sobre a Líbia pouco mais de duas semanas atrás. Um dos alvos teóricos dos Rafales: jatos Mirage F1 da Força Aérea da Líbia que a França havia acabado de modernizar.

A operação na Líbia também marca a estreia do Eurofighter Typhoon, um competidor do Dassault Rafale construído pelo Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha. Um Typhoon da Força Aérea da Itália foi apresentado para os oficiais líbios naquele mesmo show aéreo de 2009. Duas semanas atrás, aquela base foi atacadas por artefatos ocidentais.

O tempo passa, as alianças mudam, mas as companhias de armamentos sempre vão encontrar compradores para as suas mercadorias. A líbia não deve comprar nada no curto prazo. Mas a Zona Aérea de Exclusão virou uma vitrina para outros potenciais compradores, desde caças a bombas inteligentes, passando também por sistemas defensivos.

“Isto está se tornando a melhor vitrina para competição de caças em anos. Mais até do que o Iraque em 2003”, disse Francis Tusa, analista de defesa do Reino Unido. “Você está vendo pela primeira vez em operação o Typhoon contra o Rafale, e ambos os países querem por ênfase nas exportações. A França em particular quer vender o Rafale de qualquer jeito.”

Quase todo o conflito armado, desde a Guerra Civil Espanhola até o Kosovo serviu como campo de testes para o poder aéreo. Mas na Líbia, os esforços para implementar a Resolução 1973 de ONU coincidiram com uma nova corrida armamentista –  uma necessidade de um mercado estimado em U$60 bilhões só em caças. Para os países e as companhias atrás desses aviões e armamentos não existe uma ferramenta melhor de marketing do que um combate real. E para Forças Aéreas que se deparam com cortes, é uma demonstração da capacidade singular do poder aéreo.

“Assim que uma aeronave ou um armamento específico é utilizado em uma situação real, instantaneamente isto se torna uma peça publicitária; fazendo surgir o slogan ‘provado em combate”, segundo uma antiga autoridade de mercado de defesa de um país membro da OTAN, falando na condição de anonimato.

Um porta-voz do consórcio Eurofighter disse que ” nunca esteve envolvido em negociações com a Líbia” e a presença do avião durante o “Lavex air show”, ocorrido em 2009  nas proximidades de Tripoli, era parte de uma delegação italiana organizada pelo governo daquele país. Fontes do mercado de defesa informaram à Reuters que o Reino Unido e a Alemanha não deram permissão à Itália para vender o Typhoon para a Líbia, mas a quantidade de equipamentos italianos apresentada naquela oportunidade demonstra boa relação entre o o governo de Tripoli e o governo do Primeiro Ministro Silvio Berlusconi.

A França foi menos tímida ao anunciar conversas bilaterais envolvendo a venda de sistemas de defesa para a Líbia que, por um curto período manifestou o interesse pelo Rafale.Uma fonte francesa, que pediu para não ter o seu nome revelado, negou o fornecimento de mais informações sobre as negociações passadas, mas disse que elas estavam se dando de governo para governo.

Solução em conflitos reais

Shows aéreos como o que ocorreu em Tripoli 18 meses atrás fazem parte de uma rotina do calendário de marketing da indústria de defesa. Mas para convencer prováveis compradores, equipamentos de defesa precisam ser testados e sobreviverem ao que os marqueteiros chamam de “guerra real”.

“Testes em ações reais são coisas comumente conhecidas na indústria de defesa como um fator importante para promover o produto no mercado externo” diz Paul Holtom, diretor do ‘Arms Transfers Programme at the Stockholm International Peace Research Institute’ (SIPRI).

Um conflito real dá aos compradores de artigos de defesa a chance de deixar de lado os jargões dos vendedores e verificar se o prometido realmente funciona funciona. “Todos estão olhando para a Líbia, sem dúvida é uma apresentação de primeira ordem,” disse um representante de equipamentos de defesa do Ocidente para a Reuters na condição de não ter o seu nome revelado. Um executivo da Dassault, que não quer ter o seu nome publicado, disse que o Rafale já era uma aeronave provada em combate , uma vez que o mesmo participou de diversas ações aéreas sobre o Afeganistão em 2007.

O que os compradores e os militares de todo o planeta estão de olho no momento é algo bem distante daqueles dramáticos combates tipo ‘dogfight’ que ocorrem no filme Tup Gun, coisa que dificilmente ocorrerá na Líbia. Segundo executivos da indústria de defesa, prováveis compradores estão interessados em informações detalhadas sobre a capacidade de uma determinada aeronave em operar com outras forças ou outros sistemas e a capacidade dos esquadrões em realizar um número expressivo de sortidas com um mínimo de manutenção e reparo.

A recompensa é grande. Índia, Brasil, Dinamarca, Grécia, Arábia Saudita, EAU, Omã e Kuwait estão na lista crescente de prováveis compradores de um desses caças em ação sobre a Líbia.

O negócio do momento: Índia planeja adquirir 126 caças em uma negociação que pode render U$10 bilhões. Confiabilidade, dizem os especialistas deste ramo industrial, parece ser o caminho para o sucesso nas exportações.

Quatro das seis companhias que concorrem no processo aberto pelo governo de Nova Deli – Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Lockheed Martin F-16 e Boeing F/A-18 – já engrossaram o time responsável pela imposição da Zona Aérea de Exclusão. Um quinto concorrente, o Saab Gripen, chegou à Sicília no último final de semana, pronto para tomar parte de uma ação real da Força Aérea de Suécia em décadas.

A França também está utilizando sua nova fragata classe Horizon e seus mísseis ar-superfície mais recentes.

Mas não são apenas os equipamentos ofensivos como aviões e mísseis que chamam a atenção. Choque aéreo  e pavor fornecem propaganda gratuita para companhias que desenvolvem e produzem equipamentos de guerra eletrônica como sistemas AEW.

“A Líbia é uma forma de lembrar que se você pode competir com plataformas de ataque, então você deve também competir no campo dos sistemas de defesa,” diz Siemon Wezeman, membro do SIPRI. “A Líbia possuía defesas aéreas razoáveis, mas que não foram empregadas. Se você quiser se defender, você precisa tanto de caças como de sistemas de defesa. Você verá pessoas perguntando o que países como a Rússia e a China podem fornecer.” Companhias norte-americanas como a Lockheed Martin e Raytheon estão enfrentando forte demanda proveniente de países do Golfo Pérsico que buscam meios de conter a ameaça iraniana.

“Ciclo de vida”

Mas para convencer países a gastarem grandes somas de dinheiro com equipamentos militares não basta apenas expô-los em conflito real. “Se você atingir 100% das exigências operacionais, você ganhou apenas 25% da corrida”, informou um ex-autoridade da área de exportação de material de defesa da OTAN à Reuters.

Documentos diplomáticos dos  EUA, obtidos pelo WikiLeaks e vistos pela Reuters, mostram em detalhes os esforços contínuos dos diplomatas norte-americanos para dar apoio político às vendas de caças e outros sistemas – esforços estes que de acordo com fontes da indústria de defesa batem de frente com os lobbies da França, do Reino Unido, da Rússia e outros. Um dos documentos, da época do show aéreo na Líbia em 2009, proveniente da embaixada norte-americana em Nova Deli mostra como a Índia, antes um grande comprador de armas da União Soviética, estava radiante diante da possibilidade de adquirir equipamentos “made in USA” totalmente testados em combate.

“Eles reconhecem qualidade dos equipamentos de origem norte-americana e ficaram surpresos com a quantidade de missões que um caça pode executar em comparação com os velhos modelos russos”, informou a embaixada norte-americana à sub-secretária de defesa Michele Flournoy, em outubro de 2009.

Mas alguns meses depois, a Arábia Saudita, que compra vastas quantidades de equipamentos norte-americanos, levantou dúvidas sobre a qualidade dos mesmos. Eles ficaram bastante descontentes com a quantidade de bombas guiadas a laser GBU-10 que falharam nos ataques aos rebeldes Houthi do Iêmen. Segundo um informe da embaixada de Riad, oficiais sauditas questionaram os norte-americanos porque a taxa era muito mais elevada para a mesma arma empregada no Afeganistão. Como resposta, um oficial general norte-americano informou que o cuidado na manutenção das bombas da USAF é muito cuidadoso durante todo o ciclo de vida da arma, incluindo testes e manuteneção.”

Autoridades sauditas também reclamaram da dificuldade de se obter munições e tecnologia norte-americana para os ataques no Yêmen. Num encontro ocorrido em janeiro de 2010, o comandante da Real Força Aérea Sudita disse que quando os EUA vendem os seus equipamentos, “fica parecendo um vendedor de carros que vende cinco carros, mas só com oito pneus”. A Arábia Saudita é umpaís fundametal para o mercado de defesa norte-americano que no momento negocia um pacote de armas no valor de U$ 60 bilhões, incluindo 84 F-15 e 0 heliópteros Apache.

Voltando para a Líbia, Paris estava quase tão anciosa em tirar Kadaffi do poder quanto em estreitar os laços militares depois que a UE suspendeu o embargo de armas ao país africano em 2004. Mas a França não estava sozinha nesse processo depois que Kadaffi renunciou às armas de destruição em massa.

Em conversas mantidas com um auxiliar próximo do filho de Kadaffi, Saif al-Islam, em dezembro de 2009, autoridades norte-americanas da embaixada em Tripoi fizeram uma oferta de venda de Hercules novos ou modernização dos C-130 líbios e “oportunidades de treinamento e intercâmbio militar”, segundo um documento diplomático daquele mês. O documento também mencionava uma oferta ao filho mais novo de Kadaffi, Khamis, para “viajar aos Estados Unidos para conhecer instalações militares norte-americanas”. Não há registros conhecidos de como foram os desdobramentos da conversa. Khamis, cujas forças estão lutando contra os rebeldes que se levantaram contra o seu pai, é o comandante de uma unidade de elite conhecida com o nome 32ª brigada que, segundo muitos analistas, é a mais treinada na Líbia.

O mesmo documento também sugere que Washington negou os pedidos de venda de helicópteros de ataque leve MH-6 “Little Bird” para a Líbia, e que haviam reclamações sobre o lento progresso na modernização dos velhos blindados de transporte M113. A Lockheed Martin, fabricante do C-130, evitou comentar o caso. O Departamento de Estado não forneceu comentários para o presente artigo.

“Muito inadequados”

Na abertura dos combates sobre a Líbia, analistas militares disseram que o Rafale parecia ser o vencedor. Não só pelo fato de ter aberto os combates logo no primeiro dia de ações, mas também por ter atingido um vitória simbólica quando destruiu equipamento líbios em solo, algo que o Typhoon só fez em testes. O Typhoon por outro lado está voltado mais para ações ar-ar contra um inimigo cuja Força Aérea foi mantida quase que totalmente no solo por ataques aéreos.

Autoridades francesas desmentem qualquer tentativa de querer desqualificar as ações executadas pelo Rafale apenas como um show, informando que a flexibilidade da aeronave fez dela a opção ideal para destruir os blindados líbios que se aproximavam dos rebeldes. Mas não há dúvida de que o primeiro passo dado por Sarkozy sinaliza para uma posição diplomática mais confiante da França na esperança de beneficiar a venda do Rafale indiretamente. Países que querem compra caças devem estar preparados para investirem em relações diplomáticas que vão durar por 30 ou 40 anos, e os competidores estão esperando por uma ofenciva comercial francesa após o término do conflito, ou até mais.

“O Sarkozy fez um excelente trabalho colocando o Rafale lá e destruindo um comboio logo na abertura dos combates. Ele irá aos eventuais compradores e dirá que é isso o que o ‘nosso’ avião pode fazer”, disse um executivo de uma empresa concorrente do Rafale.

Isto é algo que Washington monitorará de perto. Os norte-americanos procuram monitorar a hiperatividade do presidente francês em visitas oficiais feitas à Líbia ao Brasil, à Índia e ao UAE, procurando um primeiro comprador externo para o Rafale.

Outro potencial cliente de americanos e franceses é o Brasil, onde o Rafale até recentemente era visto como mais bem cotado para derrotar o F/A-18 norte-americano e o Gripen sueco. O Brasil está na mira dos dois presidentes (Sarkozy e Barack Obama) que procuram vencer uma encomenda de 36 aeronaves. Obama recentemente visitou o Brasil e o presidente Sarkozy deve fazer o mesmo em breve.

Tempos de cortes

Exportadoes de armas geralmente vão bem quando existe instabilidade internacional. Mas eles também dependem de estabilidade dos orçamentos dos países de origem. Isto porque os importadores de equipamentos de defesa preferem comprar de locais onde as Forças Armadas estão comprando o mesmo equipamento, garantindo a existência de apoio e peças sobressalentes no futuro.

A reviravolta no Oriente Médio surgiu justamente em uma época de cortes nos orçamentos militares dos EUA, que representa cerca de metade do gasto mundial com equipamentos de defesa. A situação atual pode ficar difícil para os congressistas pedirem mais cortes, embora também possa, segunda alguns analistas, incentivá-los a examinar mais de perto a transferência de tecnologia para compradores leais cujos governos apresentam certa instabilidade.

“É possível que exstam impactos positivos nas próximos cinco anos para a indústria de defesa em função do ocorrido nas últimas duas semanas. Quando as Forças Armadas dos EUA são utilizadas como aconteceu na Líbia e de uma maneira menos visível como no caso de ações humanitárias no Japão, é provável que se desestimule o Congresso a cortar mais gastos do orçamento de defesa”, disse Joel Johnson, analista do Teal Group.

Ao mesmo tempo, executivos da indústia de defesa não esperam o retorno dos dois dígitos de crescimento, como aconteceu após os atentados de 11 de setembro de 2001 – em função do tamanho do défict norte-americano e de uma abordagem geral mais sóbria de requisitos e programas militares.

“Estamos diante de um período de nivelamento” em termos de gastos norte-americanos, disse Johnson, “mas nivelado por alto.”

(Reportagem feita por Tim Hepher em Paris, Andrea Shalal-Esa e Mark Hosenball em Washington, Karen Jacobs em Atlanta, Sabine Siebold em Berlin, edição de  Sara Ledwith e Simon Robinson)

FONTE: Reuters

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo

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Fernando "Nunão" De Martini

Concordo, Poggio, é interessante e tem vários pontos para serem discutidos. Um deles é uma tecla que, volta e meia, eu torno a bater: critica-se muito, em discussões na internet, o carimbo “comprovado em combate”, dizendo que tal aeronave só lançou bombas em cima de sujeitos armados de fuzis, que não enfrentou nenhum outro caça em dogfight etc. No que interessa ao “nosso” F-X2 essa crítica rasa é normalmente endereçada ao Rafale, mas também respinga no Super Hornet e, agora com a primeira operação do Gripen em uma operação real, vai respingar nele também. O que volta e meia eu… Read more »

Rodrigo

Com o nro de sortidas que os franceses e ingleses estão fazendo diariamente, soma mais como contra que a favor.

Os indianos, se espantaram com a capacidade dos americanos de voarem missões diversas com o mesmo avião diariamente.

Qual será a resposta dada por franceses e ingleses para a única missão que eles realizam diariamente com pelo menos oito aviões deslocados?

Qualquer que seja ela não vai trazer benefícios aos seus candidatos.

cfsharm

Pois é Rodrigo, parece se tornar mais aparente o óbvio ululante – há uma grande diferença entre vetores americanos e europeus quanto a multi-missão e disponibilidade.
A Lógica parece apontar cada dia mais para o F-18 como vetor mais eficaz para o Brasil. Resta saber se a Lógica vai vencer o Lobby e o Lobim.

Antonio M

ce’s la vie !!!!

Até a Red Bull, quando do desmoramento do túnel nas obras da linha amarela do metrô em São Paulo, aproveitou e mandou umas “Redbulletes” com isopores cheios da bebidade energética para os bombeiros e outros rabalhadores que ajudavam no socorro às vítimas e juraram que não foi uma ação de mkt, que apenas queriam ajudar com capacidade funcional da bebida.

Como dizem, no amor e na guerra vale tudo.

A ética?! Oras, a ética ……

DrCockroach

Britain’s defense ministry said it was switching four Typhoon jets from policing the no-fly zone to ground attack roles, Sky News said. “In agreement with NATO, the UK has today agreed to move four RAF Typhoons from an air defense role, policing the no-fly zone, to a ground attack role — further bolstering NATO’s ground attack capability,” a statement from the ministry said.http://www.nypost.com/p/news/international/french_fm_defends_nato_airstrikes_4nM5frA7HvLFcYrS4MMxPI Enquanto isto, o General que comanda as defesas dos rebeldes disse que desde que a OTAN assumiu o comando tem sido uma burocracia soh, melhor que fossem embora entao… Eles precisam mesmo eh do AC-130 lah em… Read more »

Nick

Nem há dúvidas que França, EUA, Inglaterra e até a Suécia estão usando o NFZ como show-room de seus produtos.

O engraçado é que, tirando o “Xavantão” líbio “derrubado” em terra, não se ouviu sobre combates ar-ar entre Otan e Libia.

[]’s

Vader

Nick disse:
6 de abril de 2011 às 13:08

“O engraçado é que, tirando o “Xavantão” líbio “derrubado” em terra, não se ouviu sobre combates ar-ar entre Otan e Libia.”

Nick, depois de cento e tantos Tomahawk e dos B-2 não creio que tenha sobrado muita coisa pros Rafales e Typhoons… 🙂

Abraço.

Lobo

E quando apagarem os holofotes? Será que os compradores são tão idiotas que não sabem que tudo isso é LOROTA? Ah é, esqueci que o mercado funciona é na propina. Quando acabar esta palhaçada, será que a Libia irá mostrar sua Força Aérea? Onde eles esconderam os aviões de verdade , não os Galeb “me explode que eu gosto”. Neste mundo louco será que ” A Baiana de Turbante Rosa” não tá levando “UNS PÔR FORA” dos governos interessados em desencalhar armamento? Ora ele apaga meia dúzia de libios ,a ONU entra rasgando , depois ele pede uma saída honrosa… Read more »

Vader

Lobo disse:
6 de abril de 2011 às 13:28

“Será que os compradores são tão idiotas que não sabem que tudo isso é LOROTA?”

Não são Lobo. E o Rafale é a maior prova de que o mundo não é mais (tão) idiota quanto já foi um dia.

Os países sérios do mundo estão entendendo que adquirir arma pra desfilar no dia da pátria é apenas um gasto inútil.

De resto lhe digo que você não está muito longe da verdade…

Abs.

edcreek

Olá, Legal ver como o pessoal Pro-EUA que gosta de tudo que assite na TV de origem americana fez leitura seletiva, ainda bem que estou aqui para reforçar a leitura hehehe: ” Autoridades sauditas também reclamaram da dificuldade de se obter munições e tecnologia norte-americana para os ataques no Yêmen. Num encontro ocorrido em janeiro de 2010, o comandante da Real Força Aérea Sudita disse que quando os EUA vendem os seus equipamentos, “fica parecendo um vendedor de carros que vende cinco carros, mas só com oito pneus”. A Arábia Saudita é umpaís fundametal para o mercado de defesa norte-americano… Read more »

Rodrigo

Bom.

Só acredita em propaganda sem questionar quem é desprovido de QI, se é o seu caso só posso vir a lamentar.

Vader

edcreek disse: 6 de abril de 2011 às 14:01 “A compra de um primeiro lote não é garantia para compra de um segundo, sendo aliado nivel um ou dois tanto faz.” Prezado Ed, garantido na vida só a morte. 😉 A propósito, explica pra gente, se puder, porque que os nossos “parceiros estratégicos” franceses se negam a nos vender novo lote de seus poderossíssimos e super atualizados Matra Super-530 para que o GDA não passe a ser uma mera Esquadrilha da Fumaça a Jato (já que os F-2000 só podem utilizar tal míssil)??? 🙂 Mas cabe lembrar que a AS… Read more »

Vader

Ah sim, quanto ao F-35, ele sairá de fábrica igual para todos.

Se será modificado depois ou não, ninguém sabe, mas não dá para modificar uma linha de montagem espalhada por diversos países para atender os requisitos específicos de uma força só. A não ser a um custo incalculável e com enorme demora.

Sds.

Rodrigo

O Edson, não tem assunto e sempre volta com os mesmos argumentos….

Só que ele não responde como equipamentos “embargados”, estão em todos os ST nacionais e exportados.

Também não explica o porque da FAB e EMBRAER continuar insistindo com os americanos inclusive no KC390.

Será que o nosso amiguinho conhece mais do assunto que FAB e EMBRAER e ainda por cima é mais patriota que o CA?

edcreek

Olá, Rodrigo vc já foi melhor argumentador, prefiro não adentrar nesse assunto de QI se não fica chato para vc……. Vader vamos lá: Pelo que eu saiba o Matra Super não é mais produzido? pode ser por isso que não esja disponivel…. Sobre equipamento Americano eles tomaram pau no Vietnã com um pouco de ajuda Russa os Gringos sairam de lá com o Rabo entre as pernas, para caça Americano derrubado havia três Russos porém ainda assim o custo dos aviões Russos era menor e guerra ficou inviavel. Mas essa foi um caso a parte, de maneira geral os Americanos… Read more »

Grifo

Pelo que eu saiba o Matra Super não é mais produzido? pode ser por isso que não esja disponivel….

Caro edcreek, se você se refere ao Super 530D, a AdlA tem centenas em estoque já que é o míssil de auto-defesa do Mirage 2000D.

Foi só ameaçar empacotar os nossos M-2000 que os mísseis apareceram. Que coisa, não…

edcreek

Olá,

Grifo valeu a resposta, nada que diplomacia de torneira fechada não resolvese, eheheh.

Abraços,

Mauricio R.

“Nick, depois de cento e tantos Tomahawk e dos B-2 não creio…”

Tiveram tb 2 B-1, jogaram o equivalente a 6 B-2 em bombas.

(http://defensetech.org/2011/03/31/bone-joins-the-fray/)

Antonio M

edcreek disse:
6 de abril de 2011 às 17:43

Então para quê um parceria estratégica se as coisas terão de ser resolvidas na esfera diplomática ?

Bravata?

Rodrigo

edcreek disse: 6 de abril de 2011 às 17:04 Realmente quem se mata com o mesmo discurso, furado diga-se de passagem, fica chato entrar neste tipo de debate. Até fazia tempo que você não falava dos estabilizadores do ST eheheheh Vou até te ajudar… http://rafalenews.blogspot.com/ O primeiro avião de combate da história que precisa de um blog para aumentar os seus feitos. ——————- Pois é…. Então eles são anti-patriotas e alienados, pois continuam comprando dos americanos… Será que eles são tão imbecis e só você e os vermelhuxos, das mais diversas áreas da vã filosofia da internet que são entendidos… Read more »

Renato Oliveira

Maurício, depois das defesas detonadas, pode mandar o B1 e o B52 rsrs caro edcreek, tecnologia sem doutrina não vale nada. Isso se aplica aos EUA no Vietnã e Arábia Saudita com equipamento estadunidense. Depois do Vietnã os EUA aprenderam a lição e passaram a treinar seus pilotos como caças e não como interceptadores. No final da guerra a US Navy já tinha virado o jogo. É pesquisar pra ver. Procure no google “Why Arabs lose wars”, de Norvell B. De Atkine. Vc vai ver nesse texto que as doutrinas árabes são mais próximas às russas/soviéticas que às estadunidenses. Daí… Read more »

Baschera

Nunão disse: 6 de abril de 2011 às 11:44 Pertinente seu comentário meu velho, concordo 100%. Os vetores americanos tem mostrado seu valor e suas qualidades nos diversos conflitos do pós guerra. Mas, por isto mesmo, me pergunto se a nova geração (F-22, F-35…) será tão confiável, robusta e de sobrevida semelhante a atual geração (3g e 4g) de F-16, F-15, F-18 e F/A-18 (além dos canhões voadores, os A-10). Muita eletrônica embarcada em conflitos cujos TOs sejam dos mais diversos, quanto ao clima e demais condições de terreno, terão que provar seu valor e no mínimo superar as excelentes… Read more »

Vader

edcreek disse:
6 de abril de 2011 às 17:04

Caro Edcreek, ainda que “uzamericanu tivessi tomadu um pau nu Vientinã” (e isso só aconteceu no mundo maravilhoso de Edcreek), isso foi há 40 anos. Quase meio século.

Acorda parceiro. O mundo mudou de lá pra cá. A começar pelo Muro, que caiu (caso você não tenha se dado conta).

Sds.

Justin Case

Amigos,

“Rainha de Hangar” 😉

Mer et Marine:…Le taux de disponibilité des Rafale de l’aéronautique navale s’est, par ailleurs, montré excellent, soit ***95%*** aux dires des militaires….
http://www.meretmarine.com/article.cfm?id=115841
Abraços,

Justin

Vader

Justin Case disse:
6 de abril de 2011 às 23:10

Caro Justin, quando o pessoal se refere a “Rainha de Hangar” normalmente falam do que seria o Rafale na FAB, com sua hora-vôo de 35.000 euros…

Claro que havendo dinheiro avião nenhum fica no chão.

Essa infelizmente não é nossa realidade.

Rodrigo

Justin Case disse:
6 de abril de 2011 às 23:10

Com uma missão por dia seria ridículo ter menos.

Wagner

Edcreek “”””Sobre equipamento Americano eles tomaram pau no Vietnã com um pouco de ajuda Russa os Gringos sairam de lá com o Rabo entre as pernas, para caça Americano derrubado havia três Russos porém ainda assim o custo dos aviões Russos era menor e guerra ficou inviavel. Mas essa foi um caso a parte, de maneira geral os Americanos não enfrentão armas contemporanias as suas, mas sem duvida eles tem a vanguarda tecnologica ah um bom tempo… “”” PERFEITO. Falou tudo. É que tem cara que consegue enxergar a retirada americana do Vietnâ como ” passo tático” , e não… Read more »

Vader

Wagner disse:
7 de abril de 2011 às 9:39

Ué Wagner, o Iraque, com todo seu petróleo, é “paupérrimo” perto do Vietnã?????? Engraçado, não sabia que o Vietnã produzia petróleo na década de 60…

E dizer que 50.000 mortos foi a “destruição de uma geração” num país com 200 milhões de habitantes é somente uma coisa: ridículo!

Quanto ao resto do seu comentário, não serei repetitivo: os EUA nem sequer precisaram entrar em guerra direta pra destruir sua amada URSS. E o Vietnã foi apenas um dos palcos da Guerra Fria. Que sabemos muito bem quem venceu…

Mauricio R.

O Vietnan fica a 10000Km da Califórnia, já o Afeganistão, do outro lado da fronteira.
Nem assim os soviéticos conseguiram dobra-lo.
E os possantes Mig-21 deles, estavam a serviço de Moscou.

Rodrigo

Vocês discutem com alguém que que ama um lugar que criou o regime mais assassino da história?

Vader

Eu discuto Rodrigo, acho divertido… 🙂

É aquela velha questão: o que seria da gente se não tivesse quem pensa assim? 🙂

O Edcreek por exemplo me mandou ótimos links sobre o Rafale em nosso último debate, que me fizeram escrever um post fenomenal no Blog do Vader (confira lá).

Abraço.

Rodrigo

Se vocês fazem por diversão está valendo…

Confesso que eu também me divirto.

Você precisa cria uma versão mobile, acessar o teu blog do Android é uma via crucis.

Vader

Vou ver essa parada ae Rodrigo, obrigado pela dica.

Justin Case

Amigos, Quanto à disponibilidade de 95% dos Rafale M na campanha da Líbia; Rodrigo disse: 7 de abril de 2011 às 7:41 “Com uma missão por dia seria ridículo ter menos.” Publicado hoje, sobre as atividades francesas realizadas ontem: Deux sites SAM frappés hier par nos ailes La chasse française a frappé hier deux sites de missiles sol-air apprend-on dans le point quotidien diffusé cet après-midi par l’EMA. Les sites frappés se situent à Zlitan, et à 100 km au sud de Syrte. On n’a pas d’informations sur l’état des destructions effectuées par l’aviation, ni, le nombre de munitions tirées.… Read more »

Rodrigo

Justin, como você pode ter oito patrulhas com oito aviões? Mesmo que TODOS os Rafale estivessem disponíveis, pelo menos 2 Rafale estarão em CAP ou em alerta no CdG. Já caiu para 6. Fora o que fica na reserva caso algum vetor que vá na missão de problema na hora. Opa já são 5… Para ter oito patrulhas só com os Rafale de terra junto ou o M2000. De vez em quando eu até acho que você serve no GDA, mas os milhos que você come é mais para fan boy ou algum posto não especialista. Eu posso estar totalmente… Read more »

Justin Case

Rodrigo,

São cinco esquadrilhas decoladas do CDG, segundo a nota.
O número de Rafales embarcados subiu para dez recentemente. Seis são os SEM.
Ninguém disse quantos aviões voam por esquadrilha nem de qual tipo.
As missões que vão para a Líbia são de longa duração.
Os aviões que decolam para reabastecer os outros em buddy-buddy devem fazer missão mais curta.
Você que tinha dito que era uma missão por dia. Era só uma contraposição que apresentei.
Abraço,

Justin

Ivan

Justin, Com tantas bases aéreas da Otan nas proximidades, me parece ser mais coerente usar as aeronaves cisternas baseadas em terra para as missões REVO dos Rafale M e Super Étendard Modernisé. Apenas na aproximação das esquadrilhas, considerando os procedimentos de segurança, valeria a pena decolar um caça aeronaval configurado para REVO (buddy-buddy). Quanto às esquadrilhas para CAP e CAS, acredito que basta um elemento (2 caças) por missão. Não sobraram muitos alvos, mas a presença constante é necessária. No caso dos Rafale M, e não os SEM, um elemento pode decolar com 2 (dois) mísseis MICA, 4 (quatro) ASSM… Read more »

edcreek

Olá, Vader vc é um comedia(no bom sentido) o proprio EUA admitem a unica derrota em guerras, mas vc não, ehehehehhe. Temos mais um exemplo, na Coreia quanto aviões equivalentes se enfrentaram o que houve? quem advinha ganha um doce. Até a epoca da URSS a coisa era de igual para igual, e sempre que os Americanos enfrentaram um pais com uma doutrina razoavel tiveram serias dificuldades. Desde o fim da URSS os EUA vem surrando paises despreparados e com tecnologia de gerações anteriores a dele, isso pesa na hora dos resultados. É facil derrubar um Mig-21 com tecnologia 3G… Read more »

Rodrigo

Justin Case disse:
7 de abril de 2011 às 17:08

Eu falei de Rafale, não falei de SEM…

Com os nros do CdG, são três missões por dia…

Que era o que eles fizeram no Afeganistão..

1 de Rafale
1 de SEM
1 de E-2.