Prefeito negocia vantagens na escolha de caças da FAB

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Desta vez, a volta num supersônico foi mais emocionante porque ele foi autorizado a fazer “algumas manobras”. Fora isso, o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho, saiu com a impressão de que a aeronave francesa “não tem grande diferença” em relação à sueca. Trata-se da opinião de um leigo, ele próprio reconhece. Mas o que mais lhe interessa, diz, foi ter deixado a França com a promessa de investimentos da indústria de defesa em São Bernardo.

Um ano depois de aceitar o convite da Saab para conhecer as instalações onde o Gripen é produzido, na Suécia, Marinho embarcou para a França, na semana passada, a convite da Dassault, fabricante do Rafale. As duas empresas aguardam decisão da presidente Dilma Rousseff para a escolha dos 36 novos aviões que equiparão a Força Aérea Brasileira. Marinho poderá aceitar convite semelhante da americana Boeing, a terceira empresa envolvida na licitação.

Apesar de ser de Dilma a responsabilidade pela decisão sobre uma compra que envolve algo em torno de R$ 10 bilhões, Marinho, amigo de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda é considerado pelos fabricantes das aeronaves uma pessoa influente no processo de seleção.

É por isso que as três empresas cercam o prefeito. A visita à Dassault foi “um bombardeio de apresentações”, segundo disse Marinho ao Valor, por telefone, no sábado, enquanto se dirigia à casa do embaixador brasileiro, em Paris. No dia anterior, esteve em Bordeaux, onde conheceu as instalações da linha de produção do Rafale. O prefeito do PT acredita que Dilma deverá deixar a definição sobre os caças para o início do próximo ano.

Marinho entrou nesse episódio a partir de um contato da Saab. Até aqui defendia o caça sueco. Com o assédio dos demais concorrentes, sua base de avaliação ampliou-se. Por isso, decidiu aproveitar o lobby dos participantes da licitação para tentar atrair investimentos industriais para o município que ele administra. Do contato com a Saab, saiu o compromisso do projeto de um centro de pesquisas, que pode começar a operar em maio, um atraso de dois meses em relação ao cronograma inicial.

Os franceses também assumiram promessa já feita pelos suecos de ajudar o prefeito na instalação de sistemas de segurança em São Bernardo por meio de monitoramento digital. Nesse caso, Marinho aguarda os investimentos, independentemente do resultado da licitação federal. Há outras promessas em jogo, como entregar a uma empresa que já atua em São Bernardo o fornecimento do radar do Rafale, caso o caça francês seja o escolhido para equipar a FAB.

O prefeito acertou com os franceses a organização de um seminário, em São Bernardo, no qual pretende reunir empresas interessadas em participar de um consórcio para desenvolver o que seria uma nova vocação do ABC paulista: a indústria de defesa.

FONTE: Valor Econômico (reportagem de Marli Olmos), via Notimp

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ZE

“O prefeito do PT acredita que Dilma deverá deixar a definição sobre os caças para o início do próximo ano”. Eu também. Aliás, se ele for esperta, a decisão sairá em 2012 (não necessariamente no início do ano). Soma-se uns 8-12 meses para fechar o contrato de compra e venda e teremos o valor no orçamento de 2014 (antes que alguém começe: é lógico que não será o valor cheio !). “Do contato com a Saab, saiu o compromisso do projeto de um centro de pesquisas, que pode começar a operar em maio, um atraso de dois meses em relação… Read more »

Rodrigo

Se o Rafale, tem muita tecnologia sensível americana embarcada.

Imagine o NG… 😉

Né?

No FX2, os suecos tem sido tão picaretas quanto oa franceses.

No fim é mas fácil e barato negociar direto com quem é o dono, que com atravessadores.

Então rumo 173 no través do pico do Jaraguá e belo pouso na 17L em SBSP.

Zé, já que você é o homem da escala, como ficará a do NG sem contar com o SE de outros lotes e vultuosos contratos de exportação?

No mais, nada contra mais um centro tecnológico em SP.

Observador

Senhores, O problema é que o Rafale tem se vendido com a promessa da tal “independência tecnológica”, coisa que ficou evidente que não existe. O Gripen sempre assumiu que era um projeto com fornecedores de vários países. Esta história da independência tecnológica do “Grande Satã do Norte” só é importante para a ala esquerdista raivosa do GF. Se esta fosse a maior preocupação da FAB, teriam escolhido um vetor russo e não o SH e o NG com todos (ou a maioria) dos componentes “made in USA”. Vejo que o projeto do NG continua andando, independentemente da indefinição daqui e… Read more »

ZE

A resposta já foi “dada ad nauseam” ! A SAAB NUNCA prometeu a tal de Transferência Irrestrita de Tecnologia. Essa promessa me-engana-que-eu-gosto foi algo exclusiva da Dassault. Tanto a Boeing, quanto a SAAB, JAMAIS fizeram tal promessa de araque. A Boeing chegou a ser irônica ao comentar a tal de Transferência Irrestrita da Dassault. O CEO da empresa norte-americana falou que seria impossível isso acontecer, pois a Boeing não detém TODAS as tecnologias. Nada como um CEO honesto ! A SAAB, como já explicado exaustivamente, vai usar no Gripen NG o MESMO motor do Super Hornet/Growler, qual seja, o F-414… Read more »