Odebrecht costura parceria ou a aquisição da Mectron
Fabricante de mísseis é uma das mais importantes do setor do país
O grupo Odebrecht está prestes a concluir um acordo de parceria estratégica com a Mectron Engenharia, uma das mais importantes empresas do setor de defesa brasileiro, fabricante de mísseis e produtos de alta tecnologia para o mercado aeroespacial. A Embraer, segundo fontes que acompanham o processo, também chegou a conversar com a Mectron, com vistas a uma possível parceria, mas a negociação não evoluiu. Procurada, a Embraer não comentou o assunto.
A Odebrecht confirmou que está avaliando a formação de uma parceria estratégica com a Mectron, mas não forneceu detalhes. Em nota, a empresa informou que acredita no bom andamento da negociação e, caso chegue a um acordo, informará os detalhes da operação oportunamente.
No começo da noite, a Mectron também enviou um comunicado, mas se limitou a dizer que mantém negociações visando estabelecer uma parceria com algumas empresas estratégicas do setor. “As negociações estão sendo realizadas em caráter privado, ainda sem definição e estarão sujeitas às aprovações necessárias”, informou.
O acordo representa mais uma iniciativa do grupo Odebrecht dentro do objetivo anunciado anteriormente de ampliar sua atuação no mercado nacional e internacional de equipamentos e serviços militares. Em meados do ano passado, a Odebrecht formou uma joint venture com a europeia Cassidian (antiga EADS Defense & Security), controlada pelo grupo EADS, dono da Airbus. A Odebrecht também estabeleceu uma sociedade de propósito específico (SPE) com a francesa DCNS, no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) para o governo brasileiro. A participação da empresa brasileira na SPE é de 59%.
Segundo fonte do setor, mesmo havendo interesse de outras empresas estrangeiras na Mectron, a empresa decidiu se associar a um grupo nacional, tendo em vista orientação do próprio governo brasileiro. “O Ministério da Defesa está trabalhando em uma nova legislação, que cria a figura da empresa de defesa de interesse nacional, controlada por um grupo brasileiro forte e bem estruturado financeiramente”.
Essa orientação, segundo a fonte, estaria alinhada ainda às diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa, aprovada em dezembro de 2008, que prevê a reestruturação da indústria brasileira de material de defesa. “A maioria das pequenas e médias empresas brasileiras do setor, como a Mectron, não tem fôlego para atender as demandas do Plano Nacional de Defesa. O governo está incentivando a criação de blocos de empresas de defesa, com capacidade para fazer investimentos de risco no desenvolvimento de produtos estratégicos de interesse nacional”, explicou.
Empresas como a Embraer e a Odebrecht estariam dentro desse perfil buscado pelo governo. “Elas têm tecnologia, capital e capacidade de gestão de grandes projetos. As pequenas e médias empresas não conseguem nem garantias para tomar empréstimos junto ao próprio governo”, disse a fonte.
No fim de 2006, a Mectron recebeu aporte de R$ 15 milhões do BNDES, que passou a deter fatia de 27% na empresa. Ela foi criada em 1991, por um grupo de cinco engenheiros oriundos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que adquiriram conhecimento na área de mísseis através de uma experiência no Iraque.
Tornou-se estratégica para as Forças Armadas brasileiras, especialmente a Aeronáutica e o Exército, com o desenvolvimento de mísseis. Hoje, a Mectron trabalha no desenvolvimento conjunto do míssil A-Darter, feito em cooperação com as Forças Aéreas da África do Sul e participação de empresas brasileiras e sul-africanas.
Com cerca de 300 funcionários, a Mectron trabalha ainda no desenvolvimento de um míssil antiradiação MAR-1, de defesa contra baterias antiaéreas, para a FAB e com fornecimento para o Paquistão. Esse país irá arcar com 50% dos investimentos previstos para a fase de industrialização e logística do míssil. A Mectron também fornece sistemas para satélites do programa espacial brasileiro e o radar de bordo da aeronave militar AMX. (Virgínia Silveira)
FONTE: Valor
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Importante negócio que poderá aumentar a solidez da Mectron.
Agora, o GF deveria agir de alguma maneira para solidificar o setor com o um todo. A Avibrás continua a dois passos do precipício. Ou o GF assume a empresa ou financia sua aquisição, controle ou o que seja por alguma empresa séria e com capital para desenvolve-la.
Notícia importante.
A Odebrechet e a Mectron só tem a ganhar. A Odebrecht é grupo consolidado, e está iniciando um braço na área de Defesa. A Mectron carece de uma estrutura financeira que permita alavancar suas operações. Britanite e Avibrás poderiam também entrar nessa. Sozinhas e sem uma estrutura por trás não tem como se manter nesse mercado. A Odebrechet poderia até pensar em aquisições/associações com outras empresas como a Sul-Africana Denel.
[]’s
A imagem que faço da Odebrecht é a de uma empresa muito bem administrada, tomara que isso contagie nossa missile house.
E como dinheiro de encomendas é muito importante neste ramo, o excelente acesso desta empresa com os mais importantes partidos políticos pode ajudar.
Existe o risco dela monopolizar o mercado nacional e não oferecer produtos de qualidade como nossa indústria de armas leves como a Taurus – que arma de guerra essa empresa produz? Pistolas?-, CBC, IMBEL que conta com a proteção do EB que, em nome de “interesses estratégicos” impede a concorrência .
Nossa vão abandonar finalmente o mercado de maquetes, p/ feiras e exposições de materiais de defesa, e entrar de vez no mercado real!!!
agora meu sonho de participacap na saab serah real!