Engenharia britânica conquista marco na Aviação
Engenheiros aeronáuticos da BAE Systems, em parceria com universidades do Reino Unido, desenvolveram um veículo aéreo não tripulado (Vant) chamado Demon. A aeronave emprega tecnologias revolucionárias, entre elas uma que permite voar sem o uso de controles mecânicos convencionais, como flaps. No lugar, são usados jatos de ar para controlar a direção da aeronave.
Essa inédita tecnologia possibilita que menos peças sejam colocadas em movimento, gera uma necessidade de manutenção menor e dá ao avião um perfil mais discreto.
O voo experimental do Demon, realizado no dia 17 de setembro na base aérea de Walney Island, na Cumbria, Reino Unido, foi o primeiro voo sem flap da história a ser autorizado pela Autoridade de Aviação Civil do país.
A BAE Systems é reconhecida como líder no campo da autonomia inteligente para aeronaves não tripuladas. Promoveu o desenvolvimento do FLAVIIR (Flapless Air Vehicle Integrated Industrial Research), programa de £6.2 milhões que originou o demonstrador do Demon depois de ter sido proposto um “Grande Desafio” para universidades do Reino Unido há cinco anos.
O sistema sem flap, desenvolvido em torno de um conceito chamado de controle de voo fluídico, foi o resultado do trabalho colaborativo entre universidades de Cranfield e Manchester em conjunto com o Centro de Tecnologias Avançadas da BAE Systems, e foi testado em túneis de vento e em modelos antes dos ensaios em larga escala do Demon terem início.
Apesar de o Demon em si não se tornar uma aeronave de produção, uma série de tecnologias contidas nele poderá ser aproveitada para uma variedade de plataformas na aviação.
Tá aí, explícita, a importância de uma integração maior entre setor militar e civil quando o assunto é defesa nacional. Por mais que existam centros de exelência em pesquisa no meio militar, o produto final (desenvolvimento de tecnologia) beneficiará a ambos os setores. Outro fator que corrobora essa ação é a questão do financiamento. Mesmo para o Reino Unido, fica difícil manter o aporte de verbas na área militar sem que haja um “perigo real e imediato” nos moldes de estado contra estado (porque o terrorismo o é mas em outros moldes). Então, “tocar” mais de um projeto pelo setor… Read more »
Muito bacana.
O uso de jatos de ar, de maneira mais litmitada na estabilização da aeronave, já é usado nos Harriers e no F-35, quando em voo pairado.
A aeronave lembra o caça alienìgina em Independence Day rs.
http://media.defenseindustrydaily.com/images/ENG_F136_w_STOVL_Installed_Schematic_lg.jpg
Para quem conseguiu a proeza de desenvolver o controle vetorado analógico do Harrier, era de esperar algo neste sentido…
O principal ganho é a descrição, já que mesmo pequenas deflexões das superfícies de comando, já provocam um aumento significativo nas exigências futuras de RCS…
Abs.
Parece um disco voador… Deve ter um RCS baixíssimo…
Impressionante.
É assim que se domina tecnologia, com muita pesquisa e sem a necessidade de obrigatoriamente ter um produto “vendável”. A sofisticação vai crescendo protótipo por protótipo, demora mais do que vc comprar uma tecnologia (obviamente quem transfere já tem uma outra linhagem chegando), mas em TESE é mais “barata” do que a simples compra.
[]
será que eng. da BAE ganha bem? hahaha
Sem Flap??? :-s
Não seria sem profundor e aileron.
Avião sem flap ja existe o J-3, por exemplo. Bem simples.
Será que não ocorreu um engano da matéria?
ta ai o disco voador , coisa de ficção cientifica, coisa loca, …
Nos anos 60 eles inovaram com o Harrier, se esse sistema de controle for para frente, é um novo marco mesmo. Fica o exemplo para nós de como tem de ser a aquisição de novos conhecimentos, falta apenas um pouco mais de vontade $$$ visto que esses programas não chamam tanta atenção como compras de prateleira. Mas é o caminho para quem quer autonomia.
[]’s
Belo nome desse projeto, bem original !!!!!!!
A grande vantagem, além de um menor RCS e arrasto (devido a menos ou ausência de superfícies de controle), é o controle em baixa velocidade, onde as superfícies de controle tradicionais são ineficientes. Isso poderá melhorar as características de pouso e decolagem curtas, viabilizando um ESTOL que, por exemplo, poderia prescindir de cabos de parada em porta-aviões. Como o sistema parece influir também na sustentação (não precisa de flaps), muito provavelmente a aproximação em baixa velocidade deve ser possível, o que reforça a provável intenção em se conseguir um método prático de operar de modo ESTOL (Extremely Short Take Off… Read more »
Realmente, parece um disco voador.
Quem faz um desses pequeno também faz um grande….
Invincible disse: 4 de outubro de 2010 às 14:56 Sem Flap??? :-s Tive a mesma sensação de “invincible” quanto ao uso da expressão inglesa “flap”. Pesquisei um pouquinho e constatei que o sentido original da palavra é maior que a nomenclatura que damos (todos) à superfície de hiper-sustentação comum nas aeronaves tradicionais. A aba de um envelope de papel também é “flap”. Igualmente a aba das antigas maletas de estudante. Penso que a intenção de “flapless” do texto pode querer significar “sem superfícies móveis (ailerons, profundores, derivas etc.)” outro que estar reduzida a uma única ausência da superfície conhecida pelo… Read more »
“£6.2 milhões”
Isso não dá R$ 20 milhões em cinco anos… Cadê as autoridades?!?! Queremos um também…
PS – Já estamos avançando nos VANT’s supersônicos! Uau…
Parece o OVNI dos nazistas… hehehehe…
Sds.
Que geração de caça esse “Vant” vai se enquadrar? 5,6 ou 7? Aí teremos uma guerra travada em casa mesmo, só com joystick ou até tudo “robotizado e com A.I”.
ABRAÇOS.
Outra aeronave que utilizou jatos de ar para controle direcional foi um F-104 modificado pela NASA para ajudar no treinamento de astronautas. E a mais de 60 anos atrás já se usava jatos de ar para aumentar a sustentação de certas aeronaves de combate, como o F-104, Buccaneer e o F-4. Juntando a isso temos o Harrier, então eu não chamaria esse VANT de revolucionário. Diria que ele é apenas diferente em relação aos outros, até porque ele ainda tem elevons como dá para ver na foto. Mas claro que o departamento de Marketing da Bae Systems gosta de aumentar… Read more »
Concordo com o Theo; realmente se parece a um daqueles prototipos da era nazi. Definitivamente, o controle direcional desse UAV (flapless), atraves de jatos de ar, e o pulo do gato. Nao da nem para imaginar o nivel de precisao (Real Time Operating System + Gyros + PID), com que os jatos sao acionados. E uma maquina muito futuristica, so falta o mecanismo de antigravidade para se parecer a um OVNI. A proposito; a semelhanca entre essa maquina e algumas parafernalias nazis nao e pura coincidencia. Muitos projetos aeronauticos daquela epoca, ainda inspiram aos engenheiros da atualidade. E la se… Read more »
Desde o início da era do jato existem projetos de aeronaves que visam aproveitar de alguma maneira o empuxo produzido para algo que não somente a propulsão, desviando o jato a partir dos compressores para reentrâncias, etc, ou mesmo do bocal da turbina, de modo a servirem como auxiliares de sustentação ou no controle. O exemplo máximo seria o caça VTOL XFV-12, mas um dos primeiros, salvo engano, seria o Hunting H-126 da. Eu acho que o ineditismo desse projeto seria chegar a uma completa eliminação de superfícies móveis, e não usar o jato como “auxiliar”. Isso, realmente não tem… Read more »
Pedro Mota,
Voce foi na mosca. Ai esta o futuro: Robotica + AI.
Enquanto isso, estamos decidindo se vamos ou nao comprar jatos 4.5 Geracao.
E brincadeira?
O que faz o estudo eim?
Muito interessante. Aliás é assim que se criam novas e revolucionárias tecnologias. Tentativa e erro, pesquisa, financiadores para a pesquisa. Parabens a Bae.
Fosse redondo, pensaria ser sido o disco voador que ronda o prédio onde moro…….
Mais um pouco e todos os países de primeiro mundo tecnológico estarão operando este tipo de aeronave… e nós um XIV bis de 4,5 geração….
Mas me disse um amigo, que a FAB está esperta e em breve coisas deverão mudar….
Sds.
Excelente post
Visão para a frente… tema atual, relevante, que deveria ser mais discutido
Aliás, qualquer coisa que não seja o F-X2…
Pra discutir paixão, eu ainda prefiro o blog do Juca Kfouri
Larry
Show de bola, provavelmente deverá mudar tudo que conhecemos em termos de decolagens curtas e full agility, além da furtividade que deve ser superior a tudo que conhecemos hoje.
Senhores,
O P-56/Cap4 mais conhecido como Paulistinha, voa sem uso de flaps a muitas décadas no Brasil. (rsss)
Acho que deveriam ter usado o termo: superfícies de controles.
Ailerons para controle do eixo longitudinal(rolagem), profundor para o eixo horizontal(picar e cabrar) e leme para o eixo vertical(glissar).
Slats e slots são hipersustentadores de bordo de ataque que aumenta a curvatura do perfil.
Agora, Flaps são hipersustentadores com função secundaria de freio aerodinâmico. E em alguns aviões de alta performance como caças, são usados integrados com os ailerons.
FRANCO FERREIRA,
Você tem razão, o termo usado deve ser mais agrangente que o usual.
Abraço!
Eu pensei em usar “surface controls”, traduzido em portugues daria “controleS de superficie”.
Achei que ia ficar extranho e que ninguem iria entender, mas ja vi que mesmo traduzindo literalmente nao seria problema.
O termo geral e Surface Controls, o que engloba Flaps, Aleirons, Spoilers, Trim Control, Leading Edge Slats, Elevator e Rudder.
“Tadeu Mendes disse:
5 de outubro de 2010 às 12:29
Eu pensei em usar “surface controls”, traduzido em portugues daria “controleS de superficie””.
Vou oferecer mais um preciosismo desnecessário: Talvez “surface controls” mereça ser traduzido com “superfícies de controle”.
Muito interessante esse modelo. Convem lembrar que a unidade que expile o ar è proveniente da velocidade do aviao, armazena o ar e libera-o quando necessario para corrigir o voo, sendo assim um aviao nao feito para voar perto da velocidade de stall. Mas realmente um trabalho muito lindo.