Força Aérea Brasileira tem a intenção de adquirir 28 aviões de série

São José dos Campos, 21 de julho de 2010 – A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer anunciaram hoje, durante coletiva de imprensa no 47º Show Aéreo de Farnborough, na Inglaterra, a intenção de compra futura de 28 aeronaves KC-390 para atender ao planejamento da FAB. O programa de desenvolvimento do novo jato de transporte militar foi assinado entre a FAB e a Embraer em abril de 2009, durante a sétima edição da feira aeronáutica e de defesa Latin America Aero and Defence (LAAD), no Rio de Janeiro.

“A Força Aérea Brasileira é o principal parceiro estratégico da Embraer desde a criação da Empresa em 1969”, afirmou Orlando José Ferreira Neto, Vice Presidente Executivo para o Mercado de Defesa da Embraer. “Este anúncio reforça nossa motivação e o comprometimento em conceber um produto de última geração que deverá superar os requisitos da FAB e as expectativas do mercado.”

O projeto avança conforme planejado e a fase de estudos preliminares foi concluída com sucesso. O primeiro vôo do avião está previsto para 2014 e entrada em serviço para o final de 2015. As campanhas mais importantes de ensaios em túnel de vento, com modelos em escala reduzida, foram concluídas e permitiram congelar a configuração aerodinâmica. A arquitetura estrutural e as tecnologias de sistemas estão já também definidas.

Os estudos mostram que a capacidade de carga do KC-390 deverá superar aquela estabelecida nos requisitos iniciais e chegar a 23,6 toneladas. Um modelo em tamanho real do compartimento de carga foi construído para avaliação do espaço interno e das operações de carga e descarga com carregamentos típicos. Os resultados dessas avaliações têm demonstrado a grande versatilidade da aeronave.

O KC-390 contará com a tecnologia CARP (Computed Air Release Point), integrada ao sistema digital de comandos de vôo (fly-by-wire), o que resultará em maior precisão no lançamento de cargas e menor carga de trabalho para a tripulação. O avião terá ainda moderno sistema aviônico, incluindo dois visores frontais (Head-Up Display – HUD), e sistema completo de autodefesa. O KC-390 será totalmente compatível com a tecnologia de visão noturna (Night Vision Goggles – NVG).

Mais rápido que seus competidores, o jato poderá operar em pistas curtas e semi-preparadas. Dentre as principais missões, será utilizado para transporte de tropas e cargas, incluindo nos ambientes da Antártida e da Amazônia, como avião reabastecedor, para busca e resgate (SAR) e na evacuação médica (Medical Evacuation – MEDEVAC).

FONTE / IMAGENS: Embraer

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Vitor

Produto de qualidade, tecnologicamente avançado e projeto nacional. =] Bela aeronave.

Rodrigo Marques

Para ser um sucesso comercial no exterior, o primeiro passo é a FAB adquirir…

Nick

Parabéns à FAB e Embraer!

Está saindo melhor que a encomenda…. acredito que se atingir 200 unidades vendidas na minha opinião já poderia ser considerado um projeto bem sucedido.

[]’s

Marcelo Tadeu

Vamo que vamo Embraer, fora a venda de 140 E-jets para a Flybe!!! Só falta o anuncio do Rafale logo pra acabar com esta agonia!!!

Fabio Mayer

Penso que isso é lição de casa!

Quem quer ter industria militar precisa comprar dela, o que a FAB fez nesse caso e nodo ST (se bem que a FAB queria 130 unidades e o governo só liberou 99).

Harry

Caros

…e vai ser sucesso sem a tecnologia francesa….e a tecnologia de guiagem a laser… UAI!!!!!!!

…as boas noticias não param de chegar da Inglaterra…

Abs

nando

hary nao estou entendendo esplique em detalhes ok

Mauricio R.

Menos…

…é somente a INTENÇÃO de compra.

“Quem quer ter industria militar precisa comprar dela…”

Não de maneira alguma, vc compra da sua indústria doméstica, qndo essa indústria tem o que fornecer.
Serve até como “incentivo”, ou a indústria se capacita a fornecer ou nunca vai vender.

Marcelo

ótima medida, a de aumentar a carga paga de 19 para 23 ton. Se não me engano o C-130J leva 22 ton para alcance semelhante. Belo avião.

Giordani RS

Tomara que ao menos neste projeto, as pessoas envolvidas, sejam sérias e não deixem este virar um KC-390 AMX…mas para se tornar viável é preciso muito mais que 28 unidades, neste caso, a EMBRAER precisa(e muito) de mais e mais operadores…

Fabio Mayer

Mauricio R,

Eu não concordo com isso. Nenhum país desenvolve industria miltar sem apoiá-la o que significa, comprar seus produtos.

É óbvio que um país não vai comprar fuzis do século passado apenas porque a indústria é nacional. Porém, se quer desenvolver produtos militares precisa aceitar o custo deles e apoiar o desenvolvimento com aquisições.

É por isso que a França enterra bilhões no Rafale;

E os EUA torram dinheiro em projetos como o B1B Lancer;

Etc…

Edu Nicácio

Parabéns à FAB, à Embraer e ao Brasil!

Que venham mais projetos de alta tecnologia (quem sabe um caça de 5ª geração daqui a alguns anos) que alavanquem nossa indústria, nosso desenvolvimento e nos garantam independência e soberania!

PS – Essa é a encomenda inicial, assim como o FX-2 terá uma encomenda inicial de apenas 36 unidades. Esses 28 KC-390 deverão ser todos entregues até 2022, assim como unidades do FX-2 para a FAB e a MB, além do desenvolvimento de um projeto de 5ª geração. Leiam:

http://pbrasil.wordpress.com/2010/07/18/diretriz-para-a-coordenacao-de-programas-e-projetos-comuns-as-forcas-armadas/

Ivan

Esta matéria repete um gráfico muito interessante, mas que precisa de esclarecimentos.

Trata-se do quadro: Carga Paga vs. Alcance.

O que eles entendem como Normal, Logístico e Tático?

A diferença da curva nos gráficos é muito grande.
Possivelmente se refere ao tipo de pouso e/ou campo de pouso, mas também pode se referir ao tipo de carga, ou a ambos.

Seria interessante um pouco de luz sobre o assunto.

Abç,
Ivan.

Leandro

Ótima notícia, achei a quantidade de 28 aeronaves um pouco pequena (alguém ai sabe me dizer de quantos C-130 a FAB dispõe?) acho que nos moldes operacionais da FAB e no apoio dela ao Exército, cabem mais 10 aeronaves dessas, o ideal seria se países como Portugal, Argentina, Colômbia, Chile, México, Peru, Equador, SUÉCIA, FRANÇA e África do Sul também assinassem uma intenção de compra ou ao menos se comprometam em avaliar o produto!
Torço para que essa aeronave tenha sucesso não só no mercado nacional mas também no internacional!

Leandro Requena

Olha eu queimando a língua ai… 🙂

Fabio

Além de transporte/reabastecimento não seria uma alternativa de lançar uma versão de patrulha marítima/anti-submarino ? além de poder ser uma plataforma de alerta antecipado? temos ai novas oportunidades para exportação e mais encomendas…

alan

Quantos esquadrões a fab tem de carga e que operam o c-130? se não me engano são 3, então essa quantidade esta boa pra fab? obg pelas respostas, abçs.

ednardo ferreira

Se a FAB anunciou 28, deve ficar nuns 14 ou 16.