IRST para o F-15C
A Lockheed Martin informou, na última quarta-feira (28 de abril) que recebeu um contrato da Boeing para prosseguir no desenvolvimento dos requerimentos de sistema do programa do sensor IRST dos F-15C, da Força Aérea dos EUA (USAF). Detalhes do contrato não foram divulgados.
O sistema de sensor IRST proporciona uma maior consciência situacional para detectar, identificar e engajar alvos a alcances estendidos, em ambientes densos de ameaças, e de forma passiva. A empresa destaca a capacidade do IRST de, empregado sozinho ou em combinação com outros sensores do F-15C, acompanhar mais de um alvo que esteja no alcance máximo, e com pouca distância de separação entre um e outro. O sistema já está em desenvolvimento para a Marinha dos EUA (USN), para equipar aeronaves F/A-18EF.
A Lockheed Martin afirma ser a única empresa dos EUA com uma linha de produção ativa para sensores IRST, equipando variantes do F-15. Trata-se, segundo a empresa, de uma tecnologia madura e comprovada, tendo equipado primeiramente aeronaves F-14D AN/AAS-42 empregados em navios aeródromo da USN, acumulando mais de 200 mil horas de voo.
FONTE / FOTO: Lockheed Martin
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O desenvolvimento do F15 continuará ainda por um bom tempo.
Sou capaz de apostar que a USAF se tornará cliente do SE, para complementar o F22.
Acredito que o F-15 terá ainda uma longa vida útil pela frente. Com a parada da produção do F-22 com apenas 187 unidades, os EUA ficarão apenas com os F-35 em grandes quantidades.
Mas, será que é mais barato operar o F-15 do que construir novos F-22? E como ficará a USAF quando Rússia, China, Índia (e quiça, o Brasil) começarem a operar seus caças de 5ª geração? Só de PAK-FA estão previstas 500 unidades (250 para os russos e 250 para os indianos)…
E aí Obama? Como fica a USAF?
Pois é, já estão equipando os F-15 com infra red para ver se pegam as turbinas do PAK-FA…
quando eu falava da importância do irst, muitos aqui desdenhavam. diziam que não servia pra travar alvos, que o radar aesa supria tudo, e que os stealths dominariam os céus porque os irsts nada podiam fazer ccontra eles. Olha a USAF usando IRST em seus caças. Um IRST sofisticado é capaz de localizar um stealth até 100km, mínimo de 40 km e máximo de 100km, isso com tecnologia de hoje. Se houver um desenvolvimento maior dos irsts, poderá significar que os stealths pederão sua vantagem de enxergar o inimigo mais longe, por isso, acho que um stealth não pode custar… Read more »
Pois é, até que os EUA usem ou digam que é bom, ninguém acredita, para ver como os russos e franceses estavam errados….. garanto que vai ter muita gente defendendo o uso de IRST agora.
Interessante notar que antigamente, se via fotos do F-15 com o tanque central, ou com os 3 tanques instalados. Agora a maioria das fotos só mostra ele com os tanques nas asas, configuração que eu não me lembro de ter visto em fotos de unidades operacionais nos anos 80/90. Será que existe fadiga no pilone central do F-15C/D?
E a foto do artigo é uma montagem com o IRST num pilone ventral.
Marlos continuo com a mesma opinião de que o IRST não trava alvos a longas distâncias e que para seu alcance seja efetivo depende de condições climáticas perfeitas, logo continuo duvidando desse alcance que você sempre falou de 100km para caça stealths ou mesmo aviões que não empreguem a tecnologia já que você nunca nos brindou com dados que não sejam dados superdimensionados dos produtores que não passam de propaganda.
O F15 vai se transformar em F21,5 !!!! rsrsrsr!!!!
Ih… parece o “remendo” do pod de canhao do F-4…
Quando nao cabe mais nada dentro do aviao em si, e eles percebem que eh importante, entao fazem um pod novo.
Os Russos instalam IRST jah a algum tempo, e ele eh equipamento organico tanto do MIG-29 qnto do Su-27.
O IRST pode ateh nao substituir o radar, nem resolver todos os problemas, mas eh um equipamento bem interessante.
Abs!
Marlos, já estava com saudades de nossas intermináveis discussões. Pelo jeito vão recomeçar. rsrsrsr Brincadeira! Mas só pra deixar claro, eu nunca disse um “A” contra os IRSTs. É só voltar nos posts e relembrar o que disse. O que sempre afirmei e continuo afirmando é que é temerário um caça de 4,5ª G como por exemplo o “Rafale” usar a tática de tentar detectar um caça de quinta geração (stealth e com radar AESA como o F-22) usando o IRST na esperança de poder fazê-lo a 100 km de modo furtivo, antes de ser detectado. O IRST é ótimo… Read more »
O problma dos americanos utilizarem o IRST como solução tardia nas suas aeronaves é o aumento do RCS devido aos pods gigantescos, ao contrário dos projetos russos e franceses onde o IRST fica integrado à aeronave.
P/ mim a maior vantagem do IRST vai ser no combate de 5ª geração, onde para dificultar a detecção o piloto pode calar o radar e travar o alvo através do IR
É um caça desse que a FAB precisa.
Melhor que esse só o SU-35, ou o T-50.
“O problma dos americanos utilizarem o IRST como solução tardia nas suas aeronaves é o aumento do RCS devido aos pods gigantescos,…”
Os japoneses instalaram um IRST próprio no F-15C e não ficou monstruoso,o F-16E/F tb tem IRST e tb não tem nada de monstruoso.
Vc está tomando uma limitação encontrada no F-18 e generalizando-a.
Além do que o Fulcrum e em especial o Flanker, não têm um RCS que se possa chamar de discreto.
“Será que existe fadiga no pilone central do F-15C/D?”
Ou seria aquele pod bagageiro???
LB, maior problema de não ter um IRST integrado é quanto a ocupar um pilone. Não acho que haja um grande aumento do RCS e nem do arrasto tendo em vista o monte de coisas dependuradas dos caças convencionais. É sabido que o F-22 tem previsão interna para receber um em futuras upgrades. O F-35 já virá com um. Alex, nunca li um comentário de alguém afirmando que um IRST não é um sensor válido. Seria um absurdo alguém dizer isso. A discussão sempre foi colocada tendo em vista um caça de quarta geração (mais precisamente o Rafale) com um… Read more »
“é que é temerário um caça de 4,5ª G como por exemplo o “Rafale” usar a tática…”
Qndo a eca francesa tiver um radar AESA de série, o canal IR do IRST será perdido por falta de espaço na napa.
Correção:
onde se lê “sabendo de sua MAIOR discrição no espectro IR” leia-se “MENOR discrição”.
O pod na barriga da águia é apenas computação gráfica e mal feita por sinal. Os americanos estão começando a remendar demais… será a crise?
Amigos,
Na posição que está esse pod, o resultado em “look up” deve estar muito prejudicado devido à “sombra” do nariz.
Abraços,
Justin
“Justin Case supports Rafale”
Alguns daqui sabem a falta que faz um Irst, ainda mais pra um f15.
Bosco Os caças de 5 geração tem uma vantagem boa emreação aos de 4,5 como rafale e acredito que ganhariam maioria dos combates, mas a vantagem não é tão grane quanto dizem. Voando com radares desligados diminuem sensivelmente o alcance dos radares inimigos, e isso quem disse foi um piloto de gripen mostrando a tecnologia dos data links do caça, outro fator são os materiais dos caças d hoje, principalmente a tecnologia ram que diminuem muito a detecção do caça, além disso, os ditos alcances dos radares variam muito com o rcs, e quando eles colocam a detecção eles olocam… Read more »
TIAGO GERONIMO Só me responde uma coisa. Por que o infra vermelho de um caça não trava o alvo e de um míssil trava? seria ilógico IRST nada mais é que um infravermelho, e essa tecnologia não é nova, a novidade aí é que no caça por ser maior e mais potente, o irst consegue enviar imagem do alvo, apenas isso. O Mica pr exemplo, mesmo no modo infravermelho tem alcace de 60 km, e um IRST bem maior não pode chegar a 100km? Sei que o alcance do IRST pode variar bastante, e isso sofre influência até esmo do… Read more »
Citando o Wolfpack!
“O pod na barriga da águia é apenas computação gráfica e mal feita por sinal. Os americanos estão começando a remendar demais… será a crise?”
Eh que eles estao aprendendo a fazer dissuasao como os Iranianos… virou uma nova guerra fria (so que agora eh virtual). He he he…
Abs!
Marlos, o seeker IR do MICA não trava no alvo a 60 km de distância. O míssil é lançado no modo LOAL (travamento após o disparo) quando disparado contra alvos fora do alcance do sensor. Ele é lançado “cego” na direção geral do alvo designado previamente pelo radar ou pelo IRST do caça e recebe orientações via data-link até o momento em que o seu próprio sensor reconhece o alvo. Provavelmente no modo LOBL (travamento antes do disparo) o alcance do seeker do MICA IR não passa de 15 km para um alvo com assinatura térmica típica de um caça.… Read more »
Acho que o Bosco respondeu sua pergunta Marlos.
Além disso tenho que dizer que há uma diferença grande entre detectar e travar o alvo. Não adianta muita coisa além da consciência situacional se o primeiro ocorre a 100km e o segundo a apenas 20km ainda mais levando em conta como você falou que o combate seja entre um caça de 4,5+ Geração e outro de 5ª Geração.
Quanto ao IRST travar alvos, bem, na revista Força Aerea, tem um artigo sobre o RAFALE que diz que o IRST trava alvos sim……
Primeiro é necessário que entendamos o que é “travar” no alvo. Em relação ao radar de vigilância 2D, ele primeiro detecta um contato fornecendo a distância estimada, a velocidade e a direção (azimute) logo que um objeto específico (RCS) entre na zona de cobertura do mesmo. Tal distância máxima de detecção é dependente de diversos fatores como a altitude do contato, RCS, condições meteorológicas, etc. Como em geral o radar de vigilância usa uma frequência mais apropriada para a detecção de longo alcance, se faz necessário (no caso de radares 2D) a utilização de um radar apropriado em frequência menor… Read more »
Complementando: A estimativa de distância feita por um sistema passivo (sonar passivo, RWR, IRST, etc) é bem precária já que é feita por “triangulação” e como não se sabe a velocidade exata do contato torna-se imprecisa. Existem mísseis que são lançados sem que seja usado qualquer método para determinar a distância com precisão. Por exemplo, o míssil Igla de uso pelo exército ou o Mistral dos fuzileiros, são em geral lançados sem que o operador saiba a distância exata em que se encontra o alvo no momento do lançamento. Isso só é possível graças ao treinamento e a métodos “subjetivos”… Read more »
Bosco,
Muito obrigado por estes comentarios todos! Muita coisa vai ficando mais clara, a medida que leio!
Uma duvida: seria possivel um sistema IRST ganhar precisao (e diminuir a subjetividade) na avaliacao de distancias se ele operasse em conjunto com um sistema laser? Veja que esta eh uma pergunta teorica. Nao estou pensando em um equipamento especifico.
Abs!
Obrigado pela aula Bosco. Como sempre, seus comentários são uma luz nas trevas da nossa ignorância. Parabéns.
Brandalise, Aí deixaria de ser um IRST da maneira como foi concebido. A adição de um telêmetro laser iria sim trazer precisão mas em compensação traria uma redução da discrição fugindo da grande vantagem do sistema que é trabalhar de modo passivo, já que o caça “iluminado” pode ser dotado de sensores que detecte que está sendo visado por um laser, mas claro que essa combinação pode ser interessante mas não chega a ser essencial já que o método por estimativa é adequado para o combate ar-ar. Só pra citar um exemplo, como você sabe, o sistema OSF do Rafale… Read more »
Vlw, Bosco!
Sabia nao! Vou aprendendo…
“Diferente quando se trata de operações ar-sup onde o sistema optrônico de ataque (como os pods Damocles, Litening ou o ATFLIR) deve contar com um telêmetro já que muitas armas precisam de informações precisas sobre a posição do alvo.”
E onde o laser serve tb para iluminar o alvo apos o lancamento das bombas, correto?
Isso deve “entregar” tb a posicao da aeronave para defesas em terra, nao?
P. ex., isso nao fragiliza muito helicopteros antitanque?
Abs!
Brandalise, entregar a posição da aeronave para as defesas pode ocorrer sim principalmente se for um veículo blindado avançado. Ocorre menos se for um alvo fixo. Quanto aos helicópteros é sem dúvida o momento mais crítico, embora eles usem diversas táticas para minorar o problema, tais como, lançar o míssil no modo LOAL (travamento após o disparo). O Apache por exemplo pode varrer com seu FLIR uma determinada região, gravar as imagens e voltar a cobertura do relevo onde estuda a imagem, passar as informações da posição do alvo para o sistema inercial do míssil para então lançá-lo de uma… Read more »
Brandalise,
sem falar que o telêmetro laser no caso de pods de ataque ar-sup é importante até para as armas guiadas por GPS.
É através dele que o sistema extrai as coordenadas geográficas de um alvo que será atacado, por exemplo, por uma JDAM.
Além de abastecer o sistema de controle de tiro de informações que são passadas ao HUD para o lançamento de armas “burras” como bombas e foguetes no modo “ponto de lançamento continuamente computado”.
Além de várias outras funções.
Por isso o laser ser essencial para sensores de ataque.