Tecnologias futuras para caças no ano de 2030

A Força Aérea dos EUA planeja implantar um caça de “sexta geração” em 2030. Protótipos dessa aeronave, nunca antes vistos pelo público, já realizaram voos em segredo. Pouco se sabe sobre o novo caça, mas especialistas e engenheiros da Raytheon Intelligence & Space estão trabalhando nos sistemas que acreditam trazer a superioridade técnica desejada pelas forças armadas. Embora não projetem a aeronave em si, eles desenvolvem sensores, sistemas de comunicação, guerra eletrônica e outras tecnologias para alcançar uma vantagem esmagadora sobre os inimigos no ar.

Aqui estão seis previsões ousadas para os caças de sexta geração:

  1. Futuras aeronaves terão um sistema para tudo
    Os caças de sexta geração poderão ter um equipamento que desempenha várias funções, substituindo sistemas diferentes encontrados nas aeronaves atuais. Esse hardware terá um software adaptável que muda de tarefa em nanosegundos. “Você não terá mais radar, guerra eletrônica ou rádio isolados”, explica Jason “Tex” Clark, diretor de Sistemas de Missão Avançados na RI&S. “Em vez disso, haverá um hardware multifuncional que faz tudo e pode ser rapidamente reconfigurado.”
  2. Os caças serão “centros de dados voadores”
    O poder de processamento computacional dos caças de sexta geração será impressionante, transformando-os em verdadeiros centros de dados aéreos. “Os sistemas multifuncionais de próxima geração produzirão ordens de magnitude mais dados que os sistemas anteriores”, disse Tomek Rys, diretor de desenvolvimento de negócios da RI&S. Esses dados serão processados em clusters computacionais a bordo, utilizando inteligência artificial para gerar informações em tempo real, permitindo decisões mais rápidas.
  3. A IA será o copiloto do futuro
    Os pilotos dos caças de sexta geração poderão contar com a ajuda de aeronaves próximas operadas de forma autônoma, um conceito conhecido como “maned-unmanned teaming” (MUM-T). “Estamos percebendo que a inteligência artificial e o aprendizado de máquina podem permitir que uma aeronave tripulada comande uma equipe não tripulada”, afirmou Clark, comparando isso ao líder de esquadrilha que hoje comanda outras aeronaves tripuladas em missões.
  4. Futuras aeronaves pousarão sozinhas
    Tecnologias futuras permitirão que aeronaves pousem autonomamente em porta-aviões, com algoritmos já em desenvolvimento pela Marinha e pelos Fuzileiros Navais dos EUA. “Estamos desenvolvendo algoritmos que utilizam sinais criptografados para guiar com segurança aeronaves até zonas de pouso precisas, independentemente do clima ou do terreno”, explicou Marcelo Cavalcanti, diretor de desenvolvimento de negócios internacionais na RI&S.
  5. A engenharia digital tornará os custos mais claros desde o início
    Projetar uma aeronave de próxima geração é um empreendimento complexo, mas uma “linha digital” conectando todos os dados pode ajudar a prever custos e desempenho com mais precisão. Segundo Conn Doherty, diretor sênior de Sistemas e Tecnologia para Aeronaves Futuras da RI&S, a interconectividade ao longo da cadeia de suprimentos permitirá soluções mais rápidas e precisas, além de maior transparência nos custos de produção e manutenção.
  6. Os sensores das aeronaves serão intercambiáveis
    Os sensores dos caças futuros terão interfaces comuns, permitindo que sejam facilmente substituídos no campo de operações. “Será quase como plug-and-play para sensores”, disse Jennifer Benson, engenheira-chefe de Eletro-Ótica Avançada da RI&S. Sensores modulares poderão ser trocados rapidamente, promovendo flexibilidade e eficiência operacionais.

FONTE: RTX

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JuggerBR

O único item que me parece mais difícil de alcançar é o número 5. Estimar e controlar custos depende de muitas variáveis fora do controle do operador/produtor do avião.
Os demais itens ou já estão próximos da realidade ou são apenas evoluções do que já existe.

Willber Rodrigues

Iria comentar a mesma coisa.
A maioria são tecnologias totalmente novas, ou ainda não-maduras e não testadas.
Estimar o custo disso tudo é quase “chutômetro”, independente de quantas planilhas e previsões se faça sobre isso.

Padofull

E não se esqueça da voracidade dos políticos. Gastança é necessária para que o dinheiro “vaze”!

Willber Rodrigues

Ué, nada de “armas de energia dirigida” ( popularmente conhecida como: laser ) ?

Padofull

Não há previsão de que elas diminuam de tamanho o suficiente, para caber em um caça que já vai vir recheado de sistemas. Talvez lá pra 2040.

Ricardo Neto

Respeitosamente discordo, a Lockheed já testou seu sistema TALWS (Tactical Airborne Laser Weapon System) que tem o tamanho de um tanque de combustível de linha central do F-16.

Inicialmente, ao menos foi o que mostraram, servirá como um sistema anti-míssil capaz de destruir por indução uma arma ar-ar por exemplo. Ou seja, já foi miniaturizado o bastante para ser carregado externamente.

Levando se em conta que os 6G serão maiores que um F-22 e com motores de ciclo variavel muito mais potentes, estes DEW’s poderão ser facilmente acondicionados em uma célula moderna como a do NGAD.

Rodolfo

Thermal management

Emmanuel

Deveriam ser 7 previsões:
7 – O Brasil não terá caça de 6ª geração.

Rinaldo Nery

Nem consegue pagar um de 4a…

Adriano

Talvez tenhamos um quando o resto do mundo já estiver utilizando caças de 10ª geração.

Akhinos

Eu acho que só EUA e China vão ter esses aviões por décadas a fio. Qualquer um que está familiarizado com IAs sabe que o resto do mundo está muito atrás dos dois nesse quesito. A Alemanha sequer tem um setor de IA.

JuggerBR

O consórcio de Inglaterra, Japão e Itália me aprece plausível de se tornar operacional. Ainda mais se agregarem outros países, sem que isso torne a aeronave uma lista de requisitos incompatíveis.

Akhinos

Olha kra, eu não sou especialista na área. Mas tem um livro mto bom de um economista alemão, Wolfgang Munchau, chamado Kaput, que ele explica o fim do milagre econômico alemão e ele toca bastante nessa questão das IAs. E basicamente o quadro que ele desenha com ampla evidência empírica é que a Europa não existe nesse campo. E que parte do fracasso alemão se deve ao fato deles serem ainda hoje uma economia analógica. O meu ponto é que todo mundo que discute IAs parece bastante convencido que o resto do mundo sequer se compara com EUA e China.… Read more »