Força Aérea Turca comemora os 50 anos de operação do F-4 Phantom II
O F-4 Phantom, uma aeronave lendária, celebrou 50 anos de serviço na Força Aérea Turca. Com uma carreira memorável, o Phantom desempenhou papéis vitais, incluindo defesa aérea, missões de ataque, reconhecimento e operações contra o terrorismo, marcando profundamente a história militar da Turquia. Quando entrou em operação, o F-4 impressionou pela potência dos motores J79, a performance de subida e a complexidade dos sistemas de armas. O avião logo conquistou a confiança dos pilotos.
Nos anos 1970, o F-4 chegou à Turquia em um momento crítico, simbolizando a crescente relevância regional do país e seu compromisso com a OTAN. Encomendados como parte do plano de modernização REMO, os primeiros 40 Phantoms chegaram em 1972, com treinamento intensivo de pilotos e técnicos nos EUA. No entanto, a Operação Paz no Chipre, em 1974, desencadeou um embargo de armas dos EUA que interrompeu a entrega de sistemas essenciais, como o míssil AIM-7 Sparrow. Apesar disso, a Turquia conseguiu integrar 22 F-4s antes do embargo e, após pressão do governo dos EUA, as entregas foram retomadas em 1978.
A chegada do F-4 representou um avanço tecnológico significativo para a Força Aérea Turca. Substituindo aeronaves como o F-100 e F-104, o Phantom introduziu tecnologia avançada de radar e mísseis, além de criar a nova categoria de oficial de sistemas de armas. Ele consolidou a capacidade de defesa aérea e de ataque da Turquia, especialmente em um período de tensões com a Grécia. Com capacidade para carregar uma carga de bombas respeitável e avançados sistemas de radar, o Phantom tornou-se indispensável na estratégia de defesa do país.
VÍDEO: As comemorações dos 50 anos do F-4 Phantom II na Força Aérea Turca
Nos anos 1990, a Turquia optou por modernizar sua frota de F-4s, em vez de adquirir novos caças. O projeto “Terminator” incluiu sistemas de radar modernos, novos aviônicos e integração do míssil AIM-120 AMRAAM, adaptando os Phantoms às necessidades contemporâneas. Essa modernização prolongou sua vida útil e o manteve relevante, especialmente em operações contra o terrorismo. O F-4 Phantom também se tornou um símbolo da ambição militar da Turquia e de sua capacidade tecnológica. Apesar de suas limitações em comparação com caças mais modernos, consolidou a posição da Turquia como uma potência militar regional dentro da OTAN.
Agora em fase de desativação, o F-4 Phantom encerra sua jornada após 50 anos de serviço. Seu legado, no entanto, permanece, representando uma era de progresso e força militar que moldou o papel da Turquia no cenário internacional. Ele desempenhou um papel vital na defesa e no desenvolvimento da aviação turca. À medida que a Turquia avança para novas gerações de aeronaves, o Phantom II continua a ser uma lembrança duradoura de sua contribuição histórica para a segurança e o progresso militar do país.
O carregador de piano da Guerra Fria. A prova de que força bruta importa.
Mais um ícone se despedindo.
Daqui a pouco será nosso F-5. Tomara que a FAB faça algo semelhante.
Só 50 anos de operação??? Opa!!! Que bom. Quando chegam ao Brasil???
Não dá ideia que vai que…
MB gostou da sua idéia!
Espero que em breve. Não sei se o MUSAL tem espaço, mas para um Phantom, vale à pena apertar um pouco.
Aproveitando seu comentário, alguém sabe que fim levou o SEPECAT Jaguar do MUSAL?
Caro Leandro. Espaço temos o que não temos é um pouco mais de vontade, digo isso porque anos atrás (2011) mandei e-mails para as mais variadas embaixadas perguntando como funcionava o processo de doação de aeronaves para museus. Para a minha grata surpresa todas responderam e as informações foram digamos interessantes, não lembro se foi o amigo mas certeza que foi alguém neste site que mencionada a questão do Jaguar hoje no Musal e suas dimensões. Uma coisa que posso agregar é que este foi cedido pela RAF pelo menos três anos antes da sua chegada aguardando assim os trâmites… Read more »
Quem se responsabiliza pelo transporte da doação até o Rio?
Caro Rinaldo.
Não sei como é no caso do Musal e as tratativas referentes ao transporte se por obrigatoriedade tem que ser feito pela FAB.
Mas existem caminhos que podem ser percorridos ainda mais se tratando de peças históricas. Grandes empresas de transporte talvez tenham o interesse caso a redução de impostos seja vinculada ou algo do tipo.
Tiago, o grande problema, justamente como o Rinaldo comentou, é a grana para transporte até o Rio. É bem caro fazer isso. O MUSAL tem espaço, mas também não tem espaço. Passou por grandes reformas que eram muito necessárias, mas estava apinhado de aeronaves com pouco espaço entre si e havia muita coisa no hangar de restauro aguardando peças/recursos financeiros para serem reformados e expostos. Haviam planos de se construir mais uma área coberta de exposição, mas não sei ainda no que deu esses planos. Eu quero tentar retornar lá esse mês ainda para ver como andam as coisas, mas… Read more »
Ainda que o Brasil quisesse, ainda que fosse oferecido de graça, não viria, pois os EUA vetaram a vinda do F4 para o cenários Sul-Americano.
*cenário
Sim… e isso aconteceu a quase 50 anos atrás. ** ACHO ** que já não ocorreria novamente…
Em 1971…
Caro Rinaldo.
Amigo temos um F-4C preservado no Chile correto? Ou seria um “D”…
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Desconheço.
Confirmei.
Um F-4C Phantom II, Harrier GR.3 e um Specat Jaguar E.
Uma coleção interessante lá.
Ficou top D+!
Aí o piloto faz a transição do F-4 pro Thypoon… saindo dos anos 60 pros anos 2000.
Também acredito que este seja o caminho mais provável, assim que o contrato for assinado vamos ter ao longo do tempo a ideia de quais unidades vão receber os Typhoon’s.
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Mais do que nunca, hoje faz jus ao seu nome, um fantasma da metade do século passado que ainda assombra algum canto do mundo. Quem viu, viu. Quem não viu, sonha. A propósito, acidentalmente deparei-me com uma antiga coleção de livros, uma enciclopédia, Aviões de Guerra. Aqui no brasil foi uma coleção que durou do começo de 1986 até o início de 1988. Lembro que todas as segundas ou terças-feiras era uma alegria ir até às bancas de jornais e comprar o fascículo, que tinha, como principal matéria, detalhes de alguma aeronave militar usada na época, com um grande poster… Read more »
Sugiro a leitura do livro Fighter Pilot, do Robin Olds. Excelente descrição da operação e das capacidades do F-4. Além de um excelente livro sobre liderança.
Eu tenho essa coleção, encadernada e já bem desgastada. Na época em que saiu eu estava na alfabetização e aprendi à ler com ela. Se notar direitinho no volume 2 (encadernado) tem uma parte sobre mísseis ar-ar e uma das páginas é ocupada por um desenho de um F-14A disparando um AIM-9L contra um Su-22 no primeiro incidente do Golfo de Sidra. Alguns anos atrás vi um cara pintando exatamente o mesmo desenho na parede do quarto do filho que estava para nascer. Achei uma boa idéia. Queria ter talento artístico para fazer o mesmo. Aquele desenho é bem legal.… Read more »
Exatamente esse!
Amigo, tenho alguns livros desta coleção o mais emblemático é o do F-14 que por um milagre uns 15 anos atrás em um sebo no centro de SP encontrei ainda no plástico e até hoje esta em ótimas condições.
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Tb tinha a coleção “Guerra nos Céus”, em fascículos semanais.
Essa pintura ficou muito bonita, é um caça que marcou época e que com certeza vai deixar saudades.
Muito bom o vídeo.
Até uns 8 anos atrás ainda era usado no Japão como meio de reconhecimento e treinamento.