Embraer KC-390 Millennium

São José dos Campos – SP, 16 de agosto de 2024 – A Embraer celebra no próximo dia 19 de agosto seu aniversário de 55 anos, inspirada por uma história marcada pela excelência em desenvolvimento de pessoas, produtos e importante contribuição para indústria aeronáutica.

Com nove mil aeronaves produzidas e entregues para mais de 100 países, e um portifólio moderno, a empresa supera atualmente a marca de 800 documentos de patentes vigentes que, ao lado de diversas outras iniciativas, conduzem o ciclo virtuoso de inovação permanente capaz de transformar conhecimento em atividade industrial de alto valor agregado.

“A indústria aeronáutica brasileira é notadamente uma referência global e é um orgulho para nós celebrarmos a Embraer e sua história de conquistas. São 55 anos produzindo aeronaves, desenvolvendo tecnologia de ponta, formando pessoas altamente qualificadas e contribuindo com o desenvolvimento do País”, disse Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer. “Olhamos para o futuro confiantes na capacidade das nossas pessoas em levar adiante esse legado com eficiência, qualidade, inovação, responsabilidade social e comprometidos com uma aviação mais sustentável.”

De forma integrada e com intensa troca de conhecimento entre suas unidades de negócios (Aviação Comercial, Executiva, Defesa & Segurança e Serviços & Suporte), a companhia construiu uma trajetória de sucesso orientada pela formação e capacitação de pessoas, desenvolvimento tecnológico, inovação, identificação de oportunidades de mercado, planejamento estratégico, determinação e criatividade.

Em 2024, a Embraer tem executado o plano de atender ao aumento da produção de aeronaves e de crescimento futuro previsto com investimentos que contemplam a atividade de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.

Cabine do Embraer KC-390 Millennium

História – Iniciativas privadas e governamentais para o desenvolvimento de uma indústria aeronáutica competitiva no Brasil teve início na década de 1930. A concepção do projeto para criação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA) e do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) pelo então Ministério da Aeronáutica e liderado pelo Marechal-do-Ar Casimiro Montenegro Filho, na década de 1940, no entanto, estabeleceu a orientação estratégica para a solidez do setor, com foco na formação de engenheiros e desenvolvimento tecnológico.

O propósito de instituir uma empresa capaz de transformar ciência e tecnologia em engenharia e capacidade industrial se tornou realidade em 19 de agosto de 1969 pelo Decreto-Lei nº 770 que criou a Embraer, uma companhia de capital misto e controle estatal. A primeira missão foi conduzir o aperfeiçoamento, certificação e produção em série do projeto IPD 6504 que deu origem ao avião EMB-110 Bandeirante, sob a liderança do engenheiro Ozires Silva no CTA.

Projetistas da Embraer no início da sua história
Voo do primeiro e segundo protótipos do Bandeirante da Embraer, sobre o Rio de Janeiro
Linha de montagem do Bandeirante e do Xingu

Em janeiro de 1970 teve início as atividades industriais da Embraer em São José dos Campos, interior de São Paulo, com encomendas adicionais do Estado brasileiro para produzir o jato militar Xavante, de origem italiana, e o novo avião agrícola EMB-200 Ipanema.

EMB-200 Ipanema

Ao longo desta primeira década de existência, a empresa realizou importantes contribuições para a integração nacional com o Bandeirante fortalecendo a aviação regional, desenvolveu o bimotor executivo EMB-121 Xingu e iniciou suas primeiras exportações.

EMB-121 Xingu

Na década de 1980, com presença internacional crescente e consolidando-se como empresa estratégica para o Brasil, a Embraer obteve saltos tecnológicos e inovou no desenvolvimento de novos produtos como o turboélice de treinamento militar EMB-312 Tucano, o avião comercial com capacidade para 30 passageiros EMB-120 Brasilia e o jato subsônico de ataque AMX, um projeto ítalo-brasileiro.

EMB-120 Brasilia
EMB-312 Tucano
Jato de ataque AMX

Um período mais intenso de turbulência financeira marcou o início da década de 1990 e levou a privatização da Embraer em dezembro de 1994. A combinação de uma cultura técnica de excelência com uma cultura empresarial ágil permitiu a rápida recuperação da companhia e a retomada da posição de empresa referência em aviação regional, com o início das entregas dos jatos da família ERJ-145, com capacidade de 37 a 50 assentos, em 1996.

ERJ-145

Na virada dos anos 2000, a Embraer estava entre os maiores exportadores do Brasil e avançou no desenvolvimento de novas aeronaves, os E-Jets, que consolidariam a empresa na liderança do segmento de aeronaves comerciais de até 150 assentos. Listada nas bolsas de São Paulo e Nova Iorque, com fábricas no Brasil e China, a expansão global da companhia acompanhou uma estratégia de diversificação que criou a divisão de aviação executiva, com lançamento dos jatos da família Legacy 600/650, Phenom 100, Phenom 300, Lineage 1000, e os Legacy 450/500.

Na área de Defesa, o novo avião de ataque leve e treinamento militar EMB-314 Super Tucano iniciou operações na Força Aérea Brasileira (FAB) e teve início os estudos para uma aeronave multimissão, o C-390.

EMB-314 Super Tucano

Nessa mesma década, a empresa desenvolveu ainda o EMB-202A Ipanema movido a etanol, o primeiro avião do mundo certificado e produzido em série para voar com um biocombustível, certificado em 2004. Também é criado o Instituto Embraer que estruturou as ações sociais da companhia, com foco principalmente em educação.

EMB-202A Ipanema

Embraer E-Jets

A partir de 2010, a Embraer passou por um forte processo de internacionalização, com atividades industriais se consolidando agora no Brasil, EUA, Portugal e México, ampliação da rede de serviços e suporte gerida por uma estrutura de negócio dedicada e fortalecimento da área de defesa e segurança. A empresa passou a ir além dos aviões e atuaria também em novos projetos na terra, mar, espaço e cibersegurança por meio de aquisições e formação de empresas de tecnologias estratégicas. Na segunda metade da década chegam ao mercado novos produtos como os E-Jets de segunda geração, o E2, os jatos executivos médios Praetor 500 e Praetor 600 e o C-390, desenvolvido sob sofisticados requisitos da FAB.

Jatos executivos da Embraer

Em 2020, inovação, sustentabilidade e eficiência empresarial conduziram a recuperação da companhia diante do impacto sem precedentes da pandemia no transporte aérea global. De forma mais inclusiva, diversa e mantendo o alto padrão em governança corporativa, a execução bem-sucedida do plano estratégico possibilitou o início de um novo ciclo de crescimento e rentabilidade com retomada da atividade comercial em todas as unidades de negócios e geração de valor para a sociedade como um todo. Projetos disruptivos e parcerias possibilitaram ainda o surgimento de novos negócios e a criação da EVE, concebida para acelerar o desenvolvimento do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana.

Hoje, com uma carteira de pedidos avaliada em US$ 21,1 bilhões, mais de 19 mil colaboradores e verdadeira presença global, a Embraer se fortalece como uma empresa competitiva e focada na construção da aviação sustentável do futuro.

eVTOL

DIVULGAÇÃO: Embraer

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BLACKRIVER

Muito obrigado ao Sr. Ozirez Silva,
Parabéns pelo seu empenho e dedicação.

Muito obrigado a todo o time que que fizeram as coisas acontecer, mesmo quando as autoridades superiores não faziam muita questão de apoiar aquele negócio embrionário que hoje graças à privatização se tornou a terceira maior indústria aeronáutica do mundo.

Rafael Cordeiro

Vida longa para a EMBRAER e que o portfólio expanda e as vendas aumentem exponencialmente!

Willber Rodrigues

A imensa sorte da Embraer foi que ela sempre teve em seus quadros de gerência gente com visão e pés no chão, ao mesmo tempo.
Caso contrário, ela seria uma Avibrás ou FAdeA da vida…

Marcelo M

Que história linda. Precisamos criar outras assim no nosso país, ainda pobre de histórias de inovação e tecnologia.

Allan Lemos

Pobre em inovação e tecnologia porque a única coisa que o Estado faz é atrapalhar a vida de quem produz, há poucos incentivos para a iniciativa privada tentar alguma coisa. A Embraer é apenas a exceção.

EduardoSP

Discurso clichê.

fewoz

Prezado Allan, eu dei like, mas este seu comentário é 50% verdade. Faz sentido porque o Estado (e incluo as Forças Armadas aqui) realmente faz pouco (ou poderia fazer mais) para comprar de empresas nacionais. Nenhuma empresa desse setor sobrevive sem as grandes compras feitas pelo próprio país. Ao mesmo tempo, só culpar o Estado por absolutamente tudo de ruim e não responsabilizar as empresas em nada, não faz sentido. Por que algumas empresas tiveram sucesso e outras não? O seu mesmo discurso é repetido ad aeternum no mercado civil (Mesmo para os setores menos complexos, como microempreendedorismo), que não… Read more »

FernandoEMB

A Embraer é um case de sucesso muito estudado no mundo todo. Um sucesso improvável!. Teve um nascimento difícil, mas depois que nasceu soube mirar no futuro e trilhar um caminho. Não se acomodou com os contratos governamentais recebidos na sua criação, não se contentou com o mercado interno e não se limitou a ser uma montadora de aeronaves projetadas por terceiros. Mirou alto… mirou em desenvolvimentos próprios, mirou o mercado além do governamental e interno, mirou o mundo!!! E se planejou e capacitou para isso…. passou por altos e baixos, passou por severas crises e dificuldades, mas se reinventou,… Read more »

fewoz

E principalmente, sempre mirou em setores específicos. E continua assim, atuando com excelência em seus nichos.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

O visionario Ozires Silva merece as homenagens.

Marcelo Andrade

O Brasil que da certo! Leiam 2 livros espetaculares: A Decolagem de um sonho – Ozires Silva e o Voo do Impossivel – A Historia do Bandeirante , o avião que criou a Embraer! Claudio Lucchese

Last edited 1 mês atrás by Marcelo Andrade
Aéreo

A Embraer só existe como tal, porque nos anos 60 tomou a decisão de produzir projetos próprios e mirar o mercado. Tivessem tomado a decisão de “vamos produzir um projeto de terceiros e pagar pela ToT” ainda estaria produzindo aviões sob licença, como é a realidade das indústrias aeronáuticas de países em desenvolvimento. A Embraer também é o que é hoje, graças a aeronáutica que comprou mais de 500 aviões da empresa nas primeiras duas décadas, isso deu escala para a empresa. A empresa também teve a sorte de ser privatizada na hora certa, se livrou do peso do estado.… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Aéreo
fewoz

Mas a Embraer fez o que você critica. E aprendeu com isso.

Sergio Cintra

Lembrete: A assertiva “vamos produzir um projeto de terceiros” existe sim no seu início com o Xavante, que foi escola, assim como de algumas embalagens, criando expertises.

JuggerBR

Melhor empresa nacional, acho que só a Weg tem sucesso e competência próxima.

Rafael Oliveira

O que você quer dizer com competência? Tecnologia?
A Weg é muito maior que a Embraer, assim como existem outras empresas brasileiras com maior valor de mercado, maior faturamento e maior lucro do que a Embraer, principalmente de outros setores, como Petrobras, Vale, Itaú, BTG, Nubank, Suzano, Klabin, etc.

JuggerBR

Competência é enfrentar as maiores empresas em seu setor de igual pra igual, tendo inúmeras desvantagens, a maior delas ser sediada no Brasil e seus problemas, o que praticamente faz o estado ser um sócio parasita da empresa. Nenhuma das que você listou passa por isso. São gigantes nacionais, mas não tem nem uma fração da relevância que a Embraer possui no mundo. Ela tem seus produtos voando por todo o planeta, e sempre com muita competência. Ninguém teme voar num avião da Embraer.

Rafael Oliveira

Weg não enfrenta grandes concorrentes? A Vale não enfrenta? Ambas não sofrem com a mão pesada do Estado? No caso da Vale o Estado com frequência tenta nomear seu presidente. Aliás, acredito que das 3 a Embraer é a que sofre menos, pois a FAB é um cliente relevante dela. Veja que não estou desmerecendo a Embraer, só estou apontando que há empresas maiores e igualmente competentes. Não é porque você não “vê” os produtos da Weg e da Vale que eles não existem. São duas exportadoras gigantes, com plantas no Brasil e fora dele. A relevância delas no mundo… Read more »

fewoz

A Marcopolo é outro bom exemplo. Tínhamos a Troller também, mas esta teve um triste destino… Agora temos outras crescendo como SIATT e McJee. Que tenham sorte.

Rafael Oliveira

Marcopolo, Randon, Tupy e Iochpe-Maxion são indústrias brasileiras relevantes, exportadoras e lucrativas, mas muito menores que a Embraer.

A Troller então não dá nem para comparar, pois era uma fábrica pequena. Se a Embraer fabricasse só o Ipanema daria para comparar com a Troller.

fewoz

É verdade, Rafael, é muito difícil comparar qualquer outra empresa brasileira com a Embraer. E você citou outros exemplos interessantes que eu não lembrava/ não conhecia, obrigado. Quando mencionei estas empresas, falei mais mesmo de como elas são importantes para o país, independente do tamanho. Precisamos de mais participação da indústria no PIB.

Rafael Oliveira

Imagina, por nada. Essas empresas merecem respeito por conseguirem sobreviver no Brasil, exportar e até mesmo ter filiais em outros países.

Underground

Enquanto isso… a Prefeitura de São José dos Campos cobra dívida de ISS da da empresa que nos dá orgulho.
Um dos dois é picareta.

BraZil

Parabéns e boa sorte. O sucesso é indiscutível, mas tivéssemos nós mais hard power, o portifólio seria ainda maior, sem dúvida, fato este que só evidencia a qualidade dos produtos da empresa, Franceses até hj operam o Xingu, se não me falha a memória e os KC tendem a ser longevos também em terras europeias. A maior ameaça para a empresa, talvez venha de fogo amigo; torçamos para que ela sobreviva… . .

Marcelo Baptista

Rapaz to velho, trabalhei naquele tipo de prancheta, ehehehe. Tem ate o bolometro!!!