Financiamento do Gripen: após quase 9 anos de carência, hoje só faltam 9 meses para começar a pagar

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O Poder Aéreo localizou documento assinado em 25 de agosto de 2015 – veja agora, juntamente com outros documentos acessados para este artigo, tudo que você queria saber sobre o contrato financeiro do Gripen, mas tinha medo de descobrir em mais um ano de crise fiscal

Por Fernando “Nunão” De Martini

Dia 15 de abril de 2025: esta é a data marcada para o chamado primeiro repagamento de uma dívida que, no próximo mês de agosto, completará 9 anos desde que foi contraída. Isso significa que hoje, 15 de julho de 2024, faltam apenas 9 meses para a chamada “First Repayment Date”, ou “Data do Primeiro Repagamento” do contrato financeiro para aquisição dos 36 caças Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB), celebrado entre a República Federativa do Brasil (como tomadora do empréstimo) e o AB Svensk Exportkredit (como credor).

É o que se pode ler na página 6 da versão de execução do contrato, escrita em inglês, em sua seção 1 de definições e interpretação, que funciona como um glossário para o documento: “First Repayment Date” means 15 April 2025. Em português, “Data do Primeiro Repagamento” significa 15 de abril de 2025:

Após um bom tempo de procura, o arquivo pdf do contrato original, com mais de 70 páginas, foi localizado no site Tesouro Transparente, do Governo Federal. Mais especificamente, o documento está na seção de Dados Abertos e, entre todas as subseções disponíveis, na de Contratos Dívida (clique nos links para acessar). Entre os contratos que compartilham a seção com o do F-X2 (leia-se Gripen), estão outros importantes programas de Defesa como o de aeronaves P-3 da FAB e do Prosub (Programa de Submarinos) da Marinha do Brasil (MB), mas aqui o nosso foco é o contrato financeiro dos novos caças F-39 Gripen da Força Aérea Brasileira

Vale acrescentar que, diferentemente dos financiamentos do P-3 e do Prosub, o contrato financeiro para o programa F-X2 / Gripen não recebeu aditivos. Pelo menos não localizamos qualquer aditivo publicado no Tesouro Transparente ou mencionado nos relatórios anuais de gestão da FAB (os quais trazem os resumos de diversos aditivos assinados para os contratos de despesa, que regem as execuções financeiras e físicas do programa). Assim, entendemos que o contrato financeiro está valendo tal qual foi assinado, em 25 de agosto de 2015.

O contrato é chamado de “Dual Currency Term Loan Facility Agreement”, ou seja, um acordo de empréstimo de duas moedas, pois envolve um valor em coroas suecas e em dólares. Para cobrir todas as despesas relacionadas ao contrato dos caças Gripen, foi contraída junto ao AB Svensk Exportkredit, banco público sueco que financia exportações, uma dívida de quase 40 bilhões de coroas suecas (precisamente SEK 39.882.335.471,65). Esse montante custeia as principais obrigações do programa, como as aeronaves em si, desenvolvimento conjunto, apoio logístico, transferência de tecnologia etc.

Na outra moeda, o dólar, foram emprestados USD 245.325.000 (duzentos e quarenta e cinco milhões, trezentos e vinte e cinco mil dólares), neste caso para custear encomendas específicas de armamentos. Para os que pretenderem esmiuçar o contrato, já vale dizer que o montante em dólares é chamado de “Tranche A”, enquanto o empréstimo em coroas suecas é denominado “Tranche B”. Não se preocupe: daqui a pouco vamos converter tudo isso em reais para facilitar as contas.

Os valores totais e estas definições estão nas páginas 3, 5, 12 e 26 do contrato (imagens abaixo), que também tratam das taxas de juros para cada “Tranche”. As páginas 3, 5 e 12 ainda são da seção de definições e interpretação.

Os juros mais baixos são de 2,19% ao ano para o valor em coroas suecas (Tranche B) e os mais altos são de 3,56% para o chamado Tranche A, em dólares. A estes juros se somam a comissão da agência governamental sueca EKN, a “Exportkreditnämden”, instituição garantidora de 100% do contrato. Essa comissão, ou “fee”, é de 0,85% ao ano e funciona como um “seguro” para o montante emprestado.

Traduzindo para reais e acrescentando mais algumas definições, como “repagamento”

Ao câmbio de hoje, 15 de julho de 2024, o  valor em coroas suecas equivale a quase 20 bilhões e 570 milhões de reais (ou cerca de 3 bilhões e 770 milhões de dólares) e o valor em dólar equivale a pouco mais de 1 bilhão e 338 milhões de reais. Ou seja, daqui a 9 meses, o Brasil terá que iniciar o “repagamento” de uma dívida total de quase 22 bilhões de reais (21,908 bilhões, mais precisamente).

Mas o que é “repagamento”? Trata-se da devolução para o banco do valor que foi emprestado, já que num contrato de empréstimos deste tipo a palavra “pagamento” define as retiradas, ou seja, o uso / desembolso dos valores emprestados. No caso do contrato de financiamento do Gripen, o repagamento começará em 15 de abril de 2025 e deverá se estender por praticamente 15 anos. Serão 30 parcelas semestrais, com vencimentos nos dias 15 de abril e 15 de outubro de cada ano, entre 2025 e 2039.

Cada parcela terá seu valor em reais calculado na época de seu “repagamento”, mas raciocinando com o câmbio de hoje podemos fazer uma projeção: 22 bilhões de reais (nosso arredondamento para mais) divididos por 30 parcelas semestrais resultam em 733 milhões de reais por parcela. Resumo da ópera: a partir do orçamento 2025, o Brasil terá que prever o valor de 1,466 bilhão de reais anuais para “repagar” o empréstimo ao banco sueco, ao longo de 15 anos.

E o que foi efetivamente utilizado / desembolsado do empréstimo, ou “pago” até hoje para a execução do programa com os recursos do financiamento? Temos os dados até o final de 2023, conforme a seção chamada “Relatório dos Principais Projetos da FAB” do Relatório de Gestão 2023 da Força Aérea Brasileira.

O Relatório dos Principais Projetos da FAB com os dados consolidados de 2023 foi publicado em 19 de abril de 2024. Já no mês seguinte, os dados informados foram objeto de extensa matéria do Poder Aéreo (clique aqui para acessar). Vale a pena rever, mais abaixo, um trecho reproduzido desse relatório, onde é informada a utilização ano a ano dos recursos, desde 2015. Vemos que até 2023 foram desembolsados cerca de 23,4 bilhões de coroas suecas e 99,9 milhões de dólares, que equivalem, respectivamente, a aproximadamente 60% e 40% de cada “Tranche”. O mesmo relatório informa que o avanço físico (no caso, sem distinção entre os “Tranches”) esperado para até o fim deste ano (2024) é de 56,6%, quando se planeja que o cronograma financeiro chegue a 66,7% de execução.

Na captura de tela abaixo, da página 48 do relatório, podem ser vistos os valores desembolsados e a informação de que, até o momento, só foi feito o repagamento (coluna “Repagamento da Dívida Externa”) dos já mencionados juros anuais de 2,19% ao ano para o montante em coroas suecas e de 3,56% para o valor em dólares, além das comissões anuais (“fee” de 0,85%) da instituição garantidora. A coluna “Amortização” está vazia, pois como vimos mais acima nos trechos selecionados do contrato financeiro, o primeiro repagamento da parte principal da dívida será daqui a 9 meses, em 15 de abril de 2025.

O dinheiro está disponível no banco sueco, mas por que o programa parece estar “emperrado”?

Nos últimos 9 anos, o desembolso anual do empréstimo variou bastante, mas podemos fazer uma média anual. Convertendo em reais, os valores desembolsados em coroas suecas (SEK 23,4 bilhões) equivalem a R$ 12,06 bi. Já a parte em dólares, de USD 99,9 milhões, alcança cerca de R$ 545 milhões. Somados, os desembolsos nas duas moedas equivalem a aproximadamente 12,6 bilhões de reais. Dividindo por 9 anos, chegamos a uma média anual de 1,4 bilhão de reais em desembolsos. Juros e comissões em coroas e dólares responderam por 2,6 bilhões de reais ao longo desses 9 anos, numa média anual de 288 milhões.

Nas tabelas acima (em coroas e dólares), percebe-se que houve anos de desembolsos maiores, como 2016 e 2017, mas que a partir de 2020 os valores de utilização anual do empréstimo vêm se mantendo baixos.

No próprio Relatório de Gestão é informado o montante previsto em 2023: pouco menos de 1,4 bilhão de reais, dentro da média que calculamos. Porém, manter a média de execução do programa não basta para o momento atual. Após cumprir as fases de desenvolvimento conjunto, implantação de infraestrutura, transferência de tecnologia e início da produção não só na Suécia mas também no Brasil, as aeronaves passaram a chegar ao país e as entregas deveriam crescer para atender às necessidades de reequipamento da FAB. É hora de colher os frutos e, nesse ritmo, a colheita anual tende a ser menor que a demanda dos esquadrões de caça, hoje equipados com jatos F-5M e A-1M que precisam dar baixa.

O primeiro exemplar de testes do Gripen, da encomenda brasileira, foi recebido na Suécia em 2019. A aeronave iniciou naquele país a  sua participação na campanha de testes, a qual continuou no Brasil a partir de 2020. Outros sete aviões foram enviados ao Brasil, a partir de 2022, e entraram em operação na primeira unidade de caça a ser equipada com o F-39 Gripen, o Esquadrão Jaguar (1º GDA, baseado em Anápolis / GO). Ainda faltam nada menos que 28 aviões para entregar (sendo que o primeiro avião de testes ainda não é propriedade da FAB, e só deverá ser transferido a um esquadrão ao final das entregas) e a última chegada de um Gripen ao Brasil já completou mais de 6 meses.

Em outras palavras, num momento em que os desembolsos precisam ser ampliados para “pagar” uma quantidade crescente de aviões que sairão das linhas de montagem na Suécia e no Brasil, a realidade dos últimos anos tem sido de déficits nos cronogramas financeiros do programa. Isso  resulta em atrasos. Por exemplo, a quarta aeronave prevista para 2023 não foi entregue até hoje. O cronograma mais recente, divulgado em 2023, menciona esse déficit, estimado em 500 milhões de reais somente para o ano passado:

O problema é que o país precisa obedecer a limites orçamentários, que também incluem o uso de recursos com origem em empréstimo externo, em cada Lei Orçamentária Anual (LOA). E nestes quase 9 anos de carência para o pagamento do principal da dívida, desde a assinatura do contrato financeiro em 2015, o Brasil passou por períodos de grave recessão e crescimento baixo. Só em 2015-16, acumulou 8% de queda do PIB. Em seguida, tanto o país quanto o mundo vivenciaram outras crises que impactam orçamentos, preços, cadeias de fornecedores e a economia como um todo, como a Pandemia de Covid 19 e as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Todas essas crises resultaram em restrições orçamentárias por um lado e pressões por gastos emergenciais por outro (além de atrasos de ordem técnica / produtiva devido à escassez global de componentes aeronáuticos e eletrônicos), em meio a controles como tetos de gastos, arcabouço fiscal e outros nomes. Sem falar na desvalorização acumulada do real frente a outras moedas.

A questão é complexa, mas continuaremos tentando explicar do modo mais simples possível. Para isso, contamos com contribuições de leitores que, desde a publicação de matérias sobre a assinatura do contrato financeiro em 2015 e até antes disso, quando em 2014 houve a  primeira autorização de gasto no Projeto de Lei Orçamentária 2015, compartilharam seus conhecimentos sobre execução financeira no Orçamento Público.

A cada valor efetivamente liquidado para execução do programa (após ter sido autorizado para gasto na LOA, e depois empenhado pela FAB) a União efetivamente assume o mesmo valor como dívida ao banco credor. Esse montante passa a ampliar o total da dívida externa brasileira. Tudo isso impacta nas contas do governo e no resultado primário da União, pois os pagamentos de despesas, mesmo quando provém de financiamento externo, necessitam de previsão orçamentária, pois o objeto contratual (execução física) será recebido e a despesa será realizada num determinado exercício.

Em suma: embora a fonte do recurso seja um empréstimo externo, a utilização dos recursos sofre restrições de empenho tal qual outros gastos da União. Assim, nas discussões de todos os anos sobre o orçamento do exercício seguinte, frequentemente há pressões para reduzir esse montante e também, ao longo do ano fiscal, há mais pressões para executar um valor inferior ao estabelecido na Lei Orçamentária Anual (com bloqueios e contingenciamentos) para assim reduzir o déficit primário.

Voltemos a 2015, quando os termos para assinatura do contrato foram divulgados como positivos para a União, como se lê em matéria publicada na época:

“As taxas de juros negociadas pelo Ministério da Defesa e que integram o contrato financeiro são de 2,19%, permitindo ao governo brasileiro uma economia de até R$ 600 milhões. Com os percentuais definidos, e a aprovação do acordo pelo Senado Federal brasileiro, o Ministério da Fazenda autorizou a operação de crédito externo no valor de até 245,3 milhões de dólares e 39,882 bilhões de coroas suecas. O crédito cobrirá 100% do contrato comercial, sem a necessidade do pagamento de sinal”.

Também foi enfatizado pelo então ministro da Defesa, Jaques Wagner, que “o pagamento efetivo do financiamento só ocorrerá após o recebimento da última aeronave previsto para 2024.” Este era o planejamento inicial, já que o primeiro pagamento estava previsto, de fato, para 2025, como vimos mais acima nos trechos do contrato de financiamento disponível no site Tesouro Transparente. Assim, era previsto um gerenciamento bastante satisfatório para essa dívida, com todos os desembolsos (exceto o repagamento de juros e comissões) ocorrendo ao longo de quase 10 anos de carência, e o início dos repagamentos do principal da dívida seria em “suaves” parcelas semestrais por 15 anos, iniciando meses depois da última aeronave ser entregue.

O problema é que, em meio a todas as crises aqui mencionadas, o cronograma original de entregas precisou ser modificado. Isso foi divulgado já em 2019, conforme revisões de entregas e gráficos de execução orçamentária apresentados pela FAB na época e reproduzidos no Poder Aéreo. Confira abaixo:

Nesta primeira grande revisão do cronograma de execução física e financeira, percebe-se que a entrega de aeronaves se concentrava em 4 anos, entre 2021 e 2024, sendo que no primeiro ano já estariam no Brasil cerca de 1/3 dos 36 caças. Dois anos foram acrescentados ao cronograma nessa mudança negociada em 2019, espalhando as entregas,  aproximando-se de uma média de 6 exemplares por ano.

No gráfico logo acima, também divulgado na mesma época, vemos o motivo dessa mudança: a partir de 2017 houve uma brusca separação das linhas que representam os desembolsos previstos no contrato de despesas original e o que era autorizado em cada Lei Orçamentária Anual (LOA). Foi preciso renegociar cronogramas físicos e financeiros para que a utilização do empréstimo fosse mantida na faixa inferior a 1,5 bilhão de reais por ano até 2020, sendo que originariamente os desembolsos já deveriam se aproximar ou ultrapassar 2 bilhões desde 2018. Somente a partir de 2021 o uso do empréstimo atingiria a faixa necessária de 2,5 bilhões anuais, decrescendo após 2023.

O problema: já no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2020, nem mesmo a faixa de 1,5 bi por ano seria atingida, pois só haveria disponibilidade para menos de 650 milhões de reais. Tudo isso precisou ser negociado com o Legislativo e o Executivo, praticamente ano a ano, para a manutenção dos desembolsos anuais, ao menos, na faixa entre 1 bilhão e 1,5 bilhão de reais. Em alguns anos, o câmbio ajudou a compensar a diferença, fazendo esses reais renderem um pouco mais do que o previsto em dólares e coroas suecas. Mas na maioria dos outros anos isso não ocorreu.

No Relatório de Gestão de 2023, publicado no último mês de abril, vemos que diversos aditivos precisaram ser assinados para adaptar os cronogramas físicos e financeiros às restrições orçamentárias que limitavam os desembolsos do empréstimo feito em 2015. Esse tema já foi objeto de matéria publicada em maio, como mencionado, mas vale a pena rever os resumos dos conteúdos dos aditivos, os quais apresentam as justificativas, conforme as tabelas abaixo.

De acordo com os aditivos, ao final de 2016 já se mencionava a necessidade de “adequar as entregas do contrato aos recursos orçamentários disponíveis no exercício de 2016 e aos totais para os exercícios subsequentes“. Após alguns anos de aditivos relacionados a itens técnicos, ao final de 2019 era mencionada uma modificação devido a câmbio favorável, situação que durou pouco: no fim de 2020, já se mencionava câmbio desfavorável e “insuficiência de recursos previstos na LOA” (o que se repetiria nos anos seguintes), além de “problemas causados pela pandemia do Covid-19”.

E assim chegamos à situação atual, mostrada no cronograma mais recente (2023) que já apresentamos, e repetimos acima para facilitar o entendimento – aproveitamos para mostrar uma versão com alguns destaques coloridos acrescentados pelo Poder Aéreo, mostrando em azul os exemplares com produção a cargo da linha de montagem brasileira e a possível entrega em definitivo, para a FAB, do avião de testes que voa desde 2019 (em verde).

Na comparação com o cronograma divulgado em 2019, podemos perceber que as últimas entregas de aeronaves se estenderam para 2027, concentrando maior parte delas nos últimos dois anos, o que deixa dúvidas sobre a capacidade financeira para atingir esse desempenho (já perguntamos a representantes da Saab e da Embraer se esse cronograma seria factível tecnicamente, e a resposta está em matéria especial que você pode acessar aqui).

Financeiramente, isso só será possível com a previsão de execução orçamentária superior à atual, que está em torno de 1,5 bilhão de reais. Serão necessários 2,5 bilhões anuais ou mais. Como sabemos disso? É apenas um palpite? Não, isso faz parte do planejamento da Força Aérea.

A Diretriz de Planejamento Institucional 2024

Na área de Transparência e Prestação de Contas da FAB, onde também podem ser acessados os relatórios de gestão entre outros documentos, localizamos a Diretriz de Planejamento Institucional 2024, aprovada em 23 de novembro do ano passado. Nela estão as projeções de recursos (a princípio sob o guarda-chuva do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC) para três programas entre os mais importantes da FAB: F-X2 (Gripen), KC-390 e Conversão de Aeronaves A330-200 em aviões reabastecedores. Foquemos no F-X2 / Gripen e nos valores que constam da página 38 do documento:.

Já neste ano de 2024, o valor necessário seria de quase 2,7 bilhões de reais, praticamente o dobro do 1,4 bilhão projetado / reservado no orçamento. Para 2025 e 2026, as necessidades ficariam na mesma faixa de 2,7 bilhões de reais, crescendo para nada menos que 3,2 bi em 2027. Fica claro que esta projeção de recursos dialoga com o cronograma de entregas de caças que acabamos de rever, esticado para 2027, onde os dois anos finais respondem por mais da metade das aeronaves – leia-se, mais recursos necessários.

O documento, já em seu prefácio, destaca “as contingências impostas pelo Governo Federal por necessidades de ajustes no orçamento”, impondo a necessidade de “planejar cenários onde restrições, cortes e contingenciamentos façam parte da vida cotidiana da Organização“. As páginas 10 e 11 (reproduções dos trechos originais do documento a seguir), descrevem um cenário externo de conflitos com impactos para o Brasil nas áreas econômica e militar, e um cenário interno onde a prioridade de gastos está na área social, com possível redução no orçamento de Defesa – e nem a aprovação do “Regime Fiscal Sustentável” em substituição ao “teto de gastos” deverá resultar em aumento de gastos militares.

Ao mesmo tempo, a Diretriz reforça a importância da introdução do caça F-39 Gripen na FAB como um todo.

A ótima solução financeira de 2015 transformou-se num problema para 2025?

E falando em cenários, este é o que está desenhado para o ano que vem, sem falar da diferença, já em 2024, entre o que seria necessário desembolsar e o que será disponibilizado, do empréstimo externo, para o programa do Gripen: além da necessidade de utilizar 2,68 bilhões de reais do empréstimo em 2025 para atender aos cronogramas físico e financeiro, será necessário “repagar” ao banco sueco as duas primeiras de 30 parcelas semestrais do financiamento, somando 1,46 bilhão no ano.

Em nosso entendimento, o impacto do programa em cada orçamento, que tem ficado abaixo de 1,5 bilhão de reais apenas na autorização de acréscimo de dívida externa, passará a representar um problema potencialmente maior a resolver contabilmente, na casa de 4 bilhões anuais de despesas (a maior parte de execução de um empréstimo, outra de pagamento das primeiras parcelas do mesmo) a inserir nas contas públicas. Deixo claro que não estamos aqui simplesmente somando o valor de quase 2,7 bilhões (de uso do empréstimo) com o do primeiro repagamento de de 1,46 bilhão 2025, pois trata-se de uma questão contábil mais complexa que isso. Apenas procuramos mostrar o tamanho do problema: cerca de 4 bilhões a incluir, de uma forma ou de outra, no orçamento do ano que vem para o programa F-X2 / Gripen.

Eventualmente, poderão surgir soluções contábeis e de alocação de recursos que contemplem tanto o uso do empréstimo, que por si já representa em 2025 um aumento de dívida superior ao atualmente autorizado nos últimos anos, e o repagamento de parte dessa dívida, o qual pode representar uma amortização desse total devido. De qualquer forma, recursos para cobrir o repagamento previsto que se iniciará no próximo ano terão que sair de algum lugar, ou do tesouro ou de uma nova dívida, soluções que, provavelmente, só saberemos em 2025.

Vale ainda acrescentar que a dinâmica dos repagamentos semestrais está prevista na seção 4 do contrato de financiamento, na página 21 do documento, sendo as mesmas regras para o montante em coroas suecas (Tranche B) e em dólares (Tranche A): o total da dívida deve ser, no momento de repagar cada parcela, dividido pelo número de parcelas restantes.

Conclusão (do artigo, mas ainda não do programa)

O contrato com o AB Svensk Exportkredit foi negociado, entre a escolha do Saab Gripen ao final de 2013 e a assinatura do contrato financeiro em agosto de 2015, para facilitar ao máximo a aquisição dos caças pelo Brasil: foram estabelecidos quase 10 anos de carência para o início do repagamento da dívida, período no qual o cronograma físico e financeiro seria executado até a entrega de todas as 36 aeronaves.

Algumas questões técnicas (tanto as que se pode esperar num programa de desenvolvimento conjunto, quanto as inesperadas como os impactos da Pandemia de Covid-19 e guerras nas cadeias de fornecimento) e, principalmente, limitações financeiras para utilizar anualmente os próprios recursos bilionários do empréstimo nos montantes necessários, atrasaram a execução do cronograma físico e financeiro.

Assim, o período de carência não foi plenamente aproveitado, com restrições das contas públicas esticando a execução do programa. E o que seria facilidade poderá se transformar em dificuldades extras, num cenário que acrescenta obrigações orçamentárias para os próximos anos em meio a uma crise fiscal (que se arrasta há anos e contribuiu para esticar esses cronogramas): além da FAB precisar utilizar cerca de 1/3 do valor emprestado pelo banco sueco em apenas três anos para receber todos os seus caças até 2027 (após levar 9 anos para conseguir executar 2/3 do montante, devido aos limites orçamentários), o Brasil terá que iniciar o repagamento da dívida.

Tudo indica que não serão anos fáceis para o programa e que, provavelmente, o cronograma de entregas das aeronaves precisará ser novamente esticado para adequar as execuções físicas e financeiras ao orçamento disponível, levando os últimos recebimentos de caças para o final da década.

E se o país encontrar dificuldades para conciliar, nas contas públicas, a ampliação do impacto da aquisição dos caças pela confluência desses fatores, é provável que não sobrará espaço orçamentário para novas aquisições, seja por um aditivo ao contrato atual, seja por novos contratos. Ou até mesmo uma compra aviões de caças usados, possibilidade que já criticamos aqui e para a qual sugerimos alternativas.

Os próximos 9 meses, tempo de uma gestação, serão fundamentais para a FAB, Governo e Congresso chegarem a uma solução orçamentária. O que esperar enquanto estivermos esperando pelo futuro da nossa Aviação de Caça?

 

Agradeço ao amigo André Luiz Godoy Ponce, também doutor em história econômica, pela leitura do artigo antes de sua publicação e por indicar algumas sugestões, as quais procurei incorporar ao texto. Eventuais erros interpretativos restantes sobre esse tema complexo da execução orçamentária cabem apenas a mim. 

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Carlos Campos

Eu tenho é medo de ler

Willber Rodrigues

A ignorância é uma bênção, vai por mim…

Leandro Costa

Eu li.

Seu medo é mais do que justificável.

Rodrigo

Eu nem tento ler isso.

NBS

Não se pode perder de vista que tudo pode ser negociado em termos dos contratos dos Gripens, e certamente a Suécia sabe disso. Os atrasos nas entregas têm algo a ver também com o tempo de desenvolvimento da versão. O que se deve ter em mente é que as restrições orçamentárias durante esse período estão ligadas ao desejo do ‘mercado’ em estabelecer aquilo que deve ser prioridade para o Estado, subvertendo a ordem de que, em uma democracia, quem deveria determinar as prioridades nacionais é o Governo. E esse campo de batalha se dá pelas prioridades que a população desassistida… Read more »

Leandro Costa

O que se deve ter em mente é que as restrições orçamentárias durante esse período estão ligadas ao desejo do ‘mercado’ em estabelecer aquilo que deve ser prioridade para o Estado, subvertendo a ordem de que, em uma democracia, quem deveria determinar as prioridades nacionais é o Governo.”

roflmao!

NBS

Do que se depreende dos fatos, ‘Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o governo ultrapassou o teto de gastos em aproximadamente R$ 795 bilhões. A maior parte desse montante foi gasta em 2020, devido à pandemia de COVID-19, quando o Congresso permitiu amplamente o aumento das despesas. Nos anos subsequentes, em 2021 e 2022, os gastos adicionais foram de R$ 117,2 bilhões e R$ 116,2 bilhões, respectivamente.’ O mercado tem réguas distintas. Esse valor não foi suficiente para trazer consternação, muito menos rebeldia. À luz da necessidade, é o Estado quem deve dizer quais são as suas prioridades.

Willber Rodrigues

“Deixo claro que não estamos aqui simplesmente somando o valor de quase 2,7 bilhões (de uso do empréstimo) com o do primeiro repagamento de de 1,46 bilhão 2025, pois trata-se de uma questão contábil mais complexa que isso. Apenas procuramos mostrar o tamanho do problema: cerca de 4 bilhões a incluir, de uma forma ou de outra, no orçamento do ano que vem para o programa F-X2 / Gripen.” 4 bilhões de reais a mais, num cenário econômico aonde simplesmente não se tem fôlego financeiro pra mais nada, e aindo cada centavo da grana do GF ( e do pagador… Read more »

Willber Rodrigues

PS: quanto tempo até o PA soltar notícias de que a FAB vai “tesourar” o n° de 390 de novo? Pelo andar da carruagem…

Matheus R

“Aparentemente, o futuro da FAB é o mesmo da MB”.
Hoje, acho que está mais para o fechamento das fábricas da SAAB, Itaguaí e Itajaí do que a contratação dos segundos lotes de Gripens, Scorpenes e Tamandarés.
Vão perder todos os empregos, mão de obra especializada e grande parte do conhecimento adquirido, dinheiro investido sem pensar 2 vezes. (os políticos)
A única esperança de manter essas fábricas funcionando seriam vendas externas, o que não será nada fácil.

Willber Rodrigues

Rapaz, depois daquela matéria do Nunão sobre a falta de grana do Engeprom, e depois dessa matéria, se eu ainda acreditar que esse lote de FCT’s e de Gripens será cumprido, é muito.

Matheus R

Acho que o lote dos Gripens até será cumprido, mas os prazos provavelmente serão estendidos novamente. Até 2030? (agora vai!)

Last edited 4 meses atrás by Matheus R
Toro

Se tívessemos comprado F-16 Zero Km a muitos anos atrás, estaríamos com aeronaves equipadas com AESA etc e operacionais e pelo menos isso já estaria resolvido. Hoje estamos a ponto de termos que comprar F-16 usados porque o Programa Gripen está atrasado, a dívida só aumenta e como sempre o planejamento nacional é no mínimo lamentável. Eu entendo que torcer é legal, mas temos que debater com os olhos na realidade de ter uma Força Aérea que mal conseguiu operar os Am-X, praticamente não possui armas inteligentes e cujo “melhor” programa de update são os F-5 que rodamos e rodamos… Read more »

Bernardo

pior que não. dificilmente os EUA iam oferecer essas condições de financiamento tão boas (e essas foram excelentes, o problema de não cumprimento foi todo nosso). então, ia dar no mesmo. mas em capacidade fabril, já poderia ter sido entregue, sem dúvidas. no entanto, é preciso lembrar que os 16 foram barrados na primeira leva, só os 18 foram pra final (mas são as mesmas condições de financiamento, e também poderiam ter sido entregues por capacidade fabril). a suécia vendeu a juros subsidiados baixíssimos pra época pq o brasil era o primeiro cliente de um avião novo, coisa que nenhum… Read more »

Toro

Com relação aos EUA, um detalhe. Comprando via FMS seríamos também incluidos no preço que os EUA paga e juros mais baixos e pagamentos (e suporte por conta do número de aeronaves a serem fabricadas) a perder de vista. Isso valeria para F-16 ou F-18, e com esse último até o WAD via Elbit (AEL) estaria envolvido.

Henrique A

O Estado BR está falido, não dá pra ter mais nada; o dinheiro só serve (e olhe lá) pra manter as luzes ligadas e mais nada.

Kommander

Tá falido por causa do brasileiro que vota em políticos incompetentes. Não adianta brigarem por presidentes, quem manda no Brasil é o congresso e o judiciário podre.

AVISO DOS EDITORES: VOTAÇÕES, CAMPANHAS POLÍTICAS E DISPUTAS ELEITORAIS NÃO SÃO O TEMA DA MATÉRIA.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Rejeitar

Rinaldo Nery

Concordo

Allan Lemos

O orçamento é elaborado pelo Poder Executivo, entāo a culpa é concorrente por parte de todos que administram a naçāo.

A FAB(e as forças armadas no geral), que tem autonomia para gerir os recursos que recebem, também tem sua parcela de culpa, pois gasta mal.

Pergunte-se, o quanto foi desperdiçado com o MAR-1 e aquela aventura do A-Darter?

Toro

Perfeito. MAR-1, A-Darter, o programa do P-3 que é bom nem comentar (investimento gigante $$$ na Bahia para um esquadrão que hoje está no Rio, Harpoon que nunca disparamos, aviões que nunca mais voarão, etc).

Se colocar no lapis o quanto gastamos para isso com resultados ultra questionaveis…

Thomaz Alves

Na época da escolha o Rafale foi preterido por ser mais caro para comprar e operar, os críticos chamavam até de Jaca francesa que não vende, etc… Já o Gripen elogiado por seu menor custo e que era o mais adequado para a FAB… Hoje o Rafale é um sucesso de vendas. E o Gripen? Virando uma dor de cabeça. Entregas atrasadas, ainda longe de ser 100% operacional, custos subindo… Se fosse o Rafale estariam todos entregues e operacionais, e talvez um segundo lote já teria sido adquirido. O barato sai caro! Compramos um caça que nem existia achando que… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Thomaz Alves
EduardoSP

Se o Rafale fosse escolhido a situação seria a mesma, ou pior. O problema é orçamentário, não tem nada a ver com a aeronave ou com o financiamento.
Talvez o problema fosse maior, pois o Rafale é mais caro que o Gripen.

Last edited 4 meses atrás by EduardoSP
Bardini

Rafale seria outra bomba… Basta ver o caso dos submarinos e dos helicópteros. Tudo caríssimo, atrasado, sem conclusão e sem perspectiva de continuidade.
.
A única coisa que teria saído menos problemática, seria Super Hornet, via FMS. Estariam penando para pagar os mais de U$ 7,0 bilhões de dólares, ainda mais com a desvalorização do real. Mas os caças estariam entregues faz tempo… E estaríamos provavelmente discutindo participação em Red Flag, ao invés de CRUZEX com caça que ainda não tem todas suas capacidades operacionais.

Underground

Primeiro pagamento do Prosub foi referente a uma multa por atraso de pagamento da primeira parcela.

Allan Lemos

Nāo estaria atrasado, já houve países que compraram o Rafale depois que compramos o Gripen e já o receberam. A capacidade de produçāo da Dassault é maior que a da SAAB.

O fato é que compramos um aviāo ainda nāo finalizado.

Quanto a ser caro, francamente, o mundo militar nāo é lugar para pechincha, isso nem deveria ser considerado pelo MD. Se quiser ter coisa boa, tem que tirar o escorpiāo do bolso, nāo tem jeito.

O Gripen vai acabar sendo o barato que sāo caro. Nāo é à toa que já pensam no F-16.

Allan Lemos

Mas por que a questāo dos pagamentos estaria atrelada diretamente ao cronogrâma de entregas? Se só agora começarāo os pagamentos das parcelas, entāo o valor da produçāo já foi providenciado, pelo menos parte dele, ou entāo a SAAB teve que sustentar o programa até aqui com recursos próprios. Se a SAAB, obviamente, já tinha conhecimento acerca das formas de pagamentos e o programa tinha outras fontes de financiamento(a versāo bi-place, que seria desenvolvidas em conjunto com o Brasil), entāo a opçāo de receber os aviões a conta gotas foi da própria FAB? A menos que a minha interpretaçāo esteja errada,… Read more »

Toro

Nunão, na boa. Não seriam entregues porque não estão prontos. Simples assim.

Se fosse tão fácil assim a Suécia já teria recebido os seus Gripens. Enquanto isso as aeronaves nem operacionais de verdade estão e ainda estão passando por todos os tipos de testes. O problema não é só $$$$ . Muito pelo contrário.

Last edited 4 meses atrás by Toro
Leandro Costa

A entrega de Gripens para a Suécia está seguindo rigorosamente o cronograma de entregas deles, Toro. Vamos saber direitinho no ano que vem, quando a Força Aérea Sueca deve receber seus primeiros Gripen.

Ao mesmo tempo, ainda tem a Cruzex esse ano. Os nossos Gripens tem que estar ‘operacionais de verdade’ até lá, lembra? Eu realmente não me preocupo com a capacidade industrial/técnica. Mas em relação à grana, isso com certeza eu vejo problema.

Nilo

“O Gripen vai acabar sendo o barato que sāo caro”
Não é só vc que fica ainda nesta ideia errônea que a FAB escolheu o Gripen por ser barato.
Se fosse Essa a razão da compra a FAB estariamos hoje abarrotado de F-16, fazendo parceria com Chile e Argentina, nos merecemos, não é, rsrsrsrs

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Felipe M.

Dassault é uma mãe mesmo hein?
Produz pra caramba e ainda vende sem receber pagamento?
Uau. Cadê a máquina do tempo para voltarmos 10 anos e aproveitarmos essa grande oferta?

J Moura

Problema de pagamento está na CF com gastos obrigatórios exorbitantes aos poderes legislativo e judiciário, está na LDO que restringe gastos em setores essenciais para colocar por exemplo em financiamento partidario

Rafael

Vai ficando claro para mim que nós estamos nas mãos da Suécia.
Acredito que o programa Gripen vai continuar por lá durante muito tempo ainda, como foi até agora (lotes pequenos de aeronaves fabricadas durante vários anos, para manter a linha de produção aberta por muito tempo).
E acho que essa estratégia seria boa no Brasil também.
Em lugar de comprar lotes de 30-40 de uma vez só, diluir isso durante uns 10-15 anos para não perder a tecnologia adquirida e tentar justificar a ToT.

Bernardo

Como estariam todos entregues se não tá pagando? Você não entendeu a matéria? O banco não pode colocar o dinheiro que ainda é dívida, nem é pagamento de fato por restrição orçamentária. Se fosse o Rafale seria tudo isso, só que com um valor maior (mais juros e aviões mais caros).
Ninguém vende avião fiado

ElBryan

Segundo um comandante, o diferencial do Gripen E era justamente ser um caça que “nem existia”, pois para a transferência de tecnologia seria vantajoso. Iríamos aprender a fazer juntos, com maior absorção dos conhecimentos da nossa parte, e isso em nada prejudicou o projeto. Não há problemas no Gripen, e este não foi o primeiro projeto da Saab. O Rafale é mais caro, mesmo sem a transferência de tecnologia, e ninguém esperava uma pandemia ou uma guerra entre vizinhos. Toda a indústria sentiu o impacto. O problema maior que vejo foi a falta de planejamento da FAB, pois a Saab… Read more »

Toro

O leasing foi negado pela Suécia quando da assinatura do contrato.

Antunes 1980

Se continuar com a uma administração que aumenta exponencialmente as cobrança de impostos, devido ao exorbitante rombo fiscal.
Podem ter certeza que devido a péssima gestão governamental, possivelmente virá um calote daqueles!

Samuel Asafe

Boa, tem que cortar mesmo as isenções de impostos de 500 bilhões de reais pra empresa que não dá contrapartida nenhuma. Se cortar 10% já corrige o déficit e faz até superávit.

Emmanuel

Falou o entendido em economia de “ravardi”.

AVISO DOS EDITORES: DEBATA OS ARGUMENTOS SEM ATACAR AS PESSOAS.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Rafael Aires

Vai sair mais barato que as benesses recebidas pelo Congresso Nacional.

Virgilio

Esse é o ponto… As benesses q rolam dentro da administração publica!
Dariam para bancar alguns países da Europa!

Rafael Aires

O pior é que falamos a verdade. O orçamento anual do nosso Congresso é quase o dobro do valor das parcelas anuais estimadas do Programa FX. Se a Câmara e o Senado economizarem metade, nem precisa procurar verba no orçamento para pagar. Rs

Rafael dos Santos

Economizar? Os mesmo que perdoaram as próprias multas de mais de 20 bilhões com a tal PEC da anistia?

Argos

Eu proponho o corte de vários ministérios criados para pagamento do financiamento do Gripen, esse sim necessário para a nação. Fora os muitos benefícios de diversos cargos dos “representantes do povo”.

Jhon

Eu nunca entendi porque o programa gripens tem um financiamento e a FAB jáa quase 20 anos coloca um bilhão por ano?

Santamariense

É sô ler o texto que você vai entender.

Santamariense

Só*

Cafasape

Infelizmente, o programa FX-2, está fadado a ser mais um programa militar brasileiro capenga. Do jeito que o estado brasileiro está “administrando” o país, com aumento de gastos exponencial que nem os aumentos, também exponenciais de impostos estão conseguindo contrapor, teremos, no máximo, 12 Gripens no país e olhe lá! Eu não torço para que isso aconteça, mas uma pessoa, minimamente, inteligente e consciente do que acontece no país e sabedora do histórico de programas militares brasileiros tem, sabe que vai dar caca! Infelizmente é o pior cenário possível porque o país está caminhando para o caos total em todas… Read more »

Angus

Enquanto isso…4,9 Bi gastos com fundo partidário, 16 Bi gastos com Lei Rouanet, 1/2 Bi gastos com Publicidade, 34 Bi em emendas parlamentares, 27 Bi para manter estatais deficitárias…(poucas pessoas acham isso estranho)…

A solução é simples, só aumentar os impostos (ironia on)

Mas vamos focar no importante, que é a disputa no Brasileirão entre Botafogo, Palmeira e Flamengo…ou no Presidente Argentino…ou na Guerra da Ucrânia…ou na Olimpíada…

Marcelo CE.

😔

EduardoSP

A solução será renegociar o empréstimo, diferir o repagamento em um período maior e, com isso, pagar mais juros.
E pensar que o orçamento do Bolsa Família cresceu, entre 2019 e 2023, de 39 bilhões para 170 bilhões. Nada contra aumento da despesa com programas sociais, mas o que se gasta em um lugar faz falta em outro.

Emmanuel

Tem que pagar o eleitorado se não ele não te elege de novo.

AVISO DOS EDITORES: CAMPANHAS E DISPUTAS ELEITORAIS NÃO SÃO O TEMA DA MATÉRIA.
LEIA AS REGRAS DO BLOG:
https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

EduardoSP

Eu disse entre 2019 e 2023. Cresceu todos os anos nesse período.

Rafael dos Santos

Pobre não come Gripen.

Abner

Posso estar errado mais as partes por parte do governo, ” Deveriam ter se preparado para o início do re-pagamento da dívida a muitos anos atrás “.

Porém devido a muitos contra tempos seja financeiro ou relativo, a casos extraordinários como pandemia e etc, a gestão desse pagamento ficou para cima da hora. É isso mesmo ?

Nilo

Amadorismo, improvisação, uma elite usuraria, uma forças armadas perdida entre subserviente a governo e ao Estado, resultado é este, um planejamento orçamentário indolente de um dos mais importantes programas de aquisição de tecnologia a mercê de um congresso que arregimenta bilhões para programas duvidosos mais resultados certo no bolso de poucos.

Abner

Vejo que se tivessem se preparado e organizado teria dinheiro para o pagamento dessa dívida.
E provavelmente antes do prazo dela, 9 anos para guardar “grana” para pagar isso.

Complicado as coisas em nosso país.

Ivan Paiva

Agora começo a entender os F-16.
Vamos ficar com uns 12 Gripen (no MÁXIMO) em Anápolis e comprar uns 24 F-16, pra colocar 12 no Sul e 12 no RJ.
Resumindo, voltamos à década de 70, a la Mirage e F-5…
E querem apostar que ainda faremos interceptações somente com os canhões internos?!?

Nilo

Como foi dito, F-16 só traz mais empecilho a efetivação do projeto Gripen, mais tem gente iludida ou que não se importa em manter o Brasil em eternas compras de prateleiras.

Felipe

Ridiculo, só aceita que os 36 vão vir mesmo que o cronograma atrase , os F-16 serão para substituir os AMX, na pior das hipoteses também o que faltar dos F-5M

Felipe

Os 36 Gripen virão… o que pode acontecer é aumentarem o cronograma de entregas. Mas um segundo lote ou mesmo aditivo ao primeiro parece cada vez mais distante.

Gabriel

Agradecemos ao mercado que nos enfiou esse desastrado plano de “teto de gastos”!!!

Bachini

Não esta complicado não, 10% dos valores gastos com o Judiciário nacional e contrato será pago com possibildiade de ampliação…

Nilo

É complicado sim, a partir que mais fácil que esses 10% pode se tornar 20%.

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Klesson Nascimento

Aos críticos da vinda do F16, e sou um deles, diante desta informação, que muitos não lembrava, eu inclusive, acredito que 24 F16 será pouco, melhor arredondar para 50 unidades, pois, se este valor dos compromissos com a F39 não estiverem sido provisionados no orçamento plurianual, então teremos sérios problemas.
Tem que ver a possibilidade do KC390 poder utilizar fazer REVO com o sistema do F16…
A história é real e já conhecida. Onde não se tem organização, e não estou falando da FAB, tem excesso de contingenciamento e consequentemente cortes que desgastam muito.

Klesson Nascimento

“A questão está na necessidade do uso do empréstimo precisar ser maior, nos próximos anos, do que a média dos anos anterioes” . É isso mesmo “Nunão”, e o Excesso da desvalorização do Real frente ao Dolar, apresentará aumento da dificuldade financeiras para o cumprimento dos compromissos assumidos e novos que serão necessários. A atitude de criticar é muito fácil, mas devemos fazê-lo com calma. Observemos que frota da FAB está cada vez mais envelhecida e necessária sua substituição, mesmo com atualizações, tem novas tecnologias, doutrinas, reposição, custos e etc. Lembrando que não sou, de todo, a favor da vinda… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Klesson Nascimento
Andiere

Caro Fernando de Martini, para além dos problemas do programa Gripen, eu só tenho elogios pelo seu esforço em manter os leitores do Poder Aéreo esclarecidos e bem informados. Parabens.

Santamariense

Lendo o artigo, mesmo um leigo no assunto de economia como eu, percebe o brete onde a FAB se meteu do ponto de vista financeiro desse programa. Desde 2020 o orçamento tem sido insuficiente e, a partir de 2025, o orçamento necessário vai ser de praticamente o dobro do atual. Onde, em qual projeção, alguém pode crer em finalização das entregas em 2027? A situação da aviação de combate da FAB só irá se agravar cada vez mais. Vendo tudo isso, basta um mínimo de raciocínio lógico para perceber o estudo da FAB por soluções alternativas. Vendo os prazos e… Read more »

Bardini

Pois é. Vai atrasar mais e nisto, a aviação de caça da FAB vai se acabando… Mas Deus o livre falar em F-16!

Nilo

“FAB adquire um vetor alternativo para complementar o Gripen ou sua aviação de caça irá minguar”
É o que acontecerá com a FAB se comprar o F-16, o artigo trás um alerta, antecipa, 2027, contudo o imediatismo de soluções desastrosas para já destrói qualquer possibilidade de planejamento a longo prazo, soluções precipitadas, emergentes, está certo Bardini, Deus nós livre.

Jacinto

No Estado brasileiro, não existe “planejamento de longo prazo“. O máximo de planejamento é dois anos, que é a periodicidade das eleições.

Santamariense

Pois é, Bardini…pois é! Em 2030, nossos vetores atuais (F-5M e A-1M) já serão história, e duvido muito, muitíssimo, que naquele ano teremos os 36 Gripen entregues.

Plinio Jr

Pois é , tudo começa a fazer sentido a opção dos F-16s, os atrasos financeiros no programa Gripen impedem mais aquisições e até atrasa o programa de entrega do contrato em vigência das 36 aeronaves .

E não seriam só para cobrir a lacuna dos A-1s , mas tbm dos F-5Ms que tbm devem estar no limite…com os atrasos na entrega e não encomendando outros lotes de F-39s.

Bueno

Trump Ganha, a Guerra Acaba , esfria as tensões no leste Europeu , muda o governo no Brasil para um mais alinhando com os EUA ai manda para o Brasil F16 a preços de banana e ainda compra um segundo lote de Gripen…

O que nos resta é sorte !! nossa maior arma!

Santamariense

Nunão, eu coloquei uma hipótese de negociação por F-16 com os EUA, via EDA/FMS. Nesse cenário, com pagamentos beeeem parcelados e com uma carência bem esticada, seria uma alternativa. Fora isso, precisaria analisar outras possibilidades.

Plinio Jr

Creio que a FAB já tenha em mãos os valores de quanto ficariam a aquisição destes F-16s Nunão, creio que ela esteja esperando do governo uma posição política e orçamentária para tal …até o final deste ano , vamos aguardar…

Santamariense

Pois é. Seria muito bom um exemplo real. Os F-16 comprados por Portugal eu não sei como foram os prazos, mas vieram usados, dos EUA, não?

Santamariense

Verdade. Precisaríamos de alguma negociação de usados, via FMS, recente.

Plinio Jr
Plinio Jr

Sim , eram block 25 que foram modernizados para o padrão 50/52…

Rosi

Fazer uma segunda divida, uma divida menor ,comprando F16 usados e esticar o cronograma do Gripen.. parece genial mas eu não achou….
Se tem dificuldade de pagar a existente terá mais dificuldade contraindo mais uma divida que pode sacrificar outros programas….
2 cheques especiais…. Vai dar certo

Leandro Costa

Visto o panomara apresentado pela matéria, eu ainda acho que os F-16 seriam besteira. Fariam número por mais 10 a 15 anos, no máximo, e dariam baixa sem um substituto e produzindo gastos que continuariam drenando os parcos recursos que existentes porque essas aeronaves vão demandar MUITA manutenção, vai incorrer em uma linha logística inteiramente nova, sem contar em um pacote de armamentos que, embora possam ser utilizados no Gripen, vão ser novos também. Adeus à comunalidade. Vão ser caças mais de desfile do que qualquer outra coisa. Eu acho que a gente tem que encarar da forma que é.… Read more »

Santamariense

Leandro, como eu já disse em outros comentários, eu queria que fossem 60, 70 ou mais Gripen entregues e operando até 2030/31. Eu não quero que deixemos de comprar Gripen para comprar F-16. Eu vejo o F-16 como uma última alternativa para evitar essa diminuição que tu colocou. Entretanto, de resto concordo com tudo que tu escreveu.

Leandro Costa

Da maneira que eu vejo a coisa, teremos uma diminuição de custos com a saída dos A-1M e finalmente dos F-5M remanescentes até 2030, e a grana que seria aplicada na operação e manutenção desses meios deve acabar sendo usada para tapar os buracos da implantação dos Gripen e finalmente garantir a chegada das 36 unidades. E para isso, eu duvido que sobre qualquer grana adicional para aquisição dos F-16, ou qualquer outra aeronave de combate de alto desempenho. Mas acho que mesmo que as condições oferecidas para a aquisição dos F-16 sejam muito boas, com pagamento iniciando após o… Read more »

Santamariense

“ Basicamente é aquela de ‘vender o almoço para comprar o jantar.’

Vamos ficar no osso e novamente nossos programas de reaparelhamento vão parar no meio, sem continuidade, por ‘falta de verbas’ (leia-se: vontade política).

É o Brasil sendo o Brasil de sempre.”

Nessas 3 frases tu disse tudo! Não precisamos acrescentar mais nada! Perfeito.

Marcos Silva

Exato. Sempre disse isso e sempre me malharam. Nós teremos esses 36 Gripens. Mas duvido muito que passe deste quantitativo. Após ler a matéria,não imaginava que havia chegado à esse ponto,acho que só teremos esses caças. Talvez nem o tampão…

Santamariense

Exato,

Plinio Jr

Um país do tamanho do nosso somente 36 vetores fica muito complicado, para a FAB sinalizar com a aquisição destes F-16s é porque tbm entendem o risco da situação …

Leandro Costa

São os que entendem melhor os riscos, como a matéria mesmo deixou claro.

O problema é convencer os políticos disso. Mas sinceramente, é o que o país merece mesmo. Brasília é um espelho do povo.

Nilo

“..Eventuais erros..” compreensível em virtude da dificuldade já que não é técnico em contabilidade pública, poucos aqui poderão se debruçar sobre a leitura trazendo com instigativos comentários como Camagoer e Esteves entre outros, mas cabe que nos trás uma resposta a muitos que tinha dúvidas, já que o empréstimos está garantido pelo banco sueco o cronograma de liberação dos pagamentos futuros amarrados a aprovação de empenamento pelo governo brasileiro. 🙏

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Marcelo Tatsch

Jornalismo de Defesa sério, não fica só pintando que programa Gripen é lindo e maravilhoso.

Jornalismo sério traz análises e questionamentos sobre o programa. Parabéns aos editores do Forças de Defesa por trazerem essas análises referente ao programa Gripen.

Vocês fazem um jornalismo que faz pensar!!!

Last edited 4 meses atrás by Marcelo Tatsch
Funcionário da Petrobras

Toppic off 1:
Não é a toa que os banqueiros e empresas de créditos têm lucros exorbitantes, pelos juros recebidos através dos créditos concedidos.

Toppic off 2:
Caiu um A-4AR da FAA. Infelizmente o piloto faleceu.

Last edited 4 meses atrás by Funcionário da Petrobras
DanielJr

Basta os governos não ficarem pedindo dinheiro emprestado sem controle. É bem fácil, na realidade, um pouco de programação, controle e administração e fica tudo bem.

Gabriel

Tem é que acabar com essa teta da faria lima chamada taxa de juros!!!

Carlos I

É simples, só o governo pagar o que deve e não emprestar mais, agora um governo que em um ano aumentou a dívida em um trilhão, pode falar uma coisa mas faz outra. Se tem coragem de investir no Brasil a taxa para 2045 está IPCA + 6,26, os títulos com juros semestrais todos acima de IPCA +6%, assim o governo engole quase todo crédito no país, o empresário para investir na produção terá que pagar mais do que isso. Um ótimo fundo de previdência busca retorno líquido de 5% a/a, porque esse fundo emprestaria para uma indústria se o… Read more »

DanielJr

Taxa de juros não é coisa da faria lima, é o pagamento pelo empréstimo de alguma coisa, no caso, dinheiro. É assim desde sempre, ninguém trabalha de graça. Basta o governo se programar e trabalhar de forma a fazer empréstimos conscientes, gastar o que arrecada etc, como deveria ser qualquer pessoa ou empresa.

Jorge Cardoso

Faria Lima ou Fleminggatan?

Rinaldo Nery

Dor de cabeça pro Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica, TB Ary, recém promovido.

Santamariense

Boa sorte para ele…e parabéns para o que passou o comando…se livrou de uma bomba gigantesca….

Rinaldo Nery

Quem passou assumiu o COMGAP.

Fabio

O governo atual resolve isso, se tem 16,5 bilhões para Lei Rouanet, e 4.7 bilhões para a Globo fazer jornalismo de qualidade com certeza tem dinheiro de sobra para a defesa.

Last edited 4 meses atrás by Fabio
NaRonaldo Rangel Pires

Não mosca!!!!!!!!

Nilo

Lei Rouanet, para a FAB, incentivos fiscal para empresas que doarem dinheiro para projeto Gripen E.

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Marcelo Baptista

é só o congresso cortar metade da PEC da Anistia, do Fundo Partidário e tirar a mão do orçamento, já ajudava muito.

Rafael

Acompanhar assuntos de defesa no Brasil é sempre emocionante…
Não basta demorar 15 anos para escolher um caça, é necessário também não saber como vamos conseguir pagar e menos ainda quando vamos receber os que foram comprados.
Mas quem se importa? A sorte do Brasil é ter vizinhos fracos e que estão sempre piores do que nós!

Marcelo Tatsch

A Sorte do Brasil dura até que um vizinho adquira um caça ao nível do Gripen.

Last edited 4 meses atrás by Marcelo Tatsch
Ronaldo Rangel Pires

Tem que diminuir o tamanho do Estado em 50%. Funciona do mesmo jeito que tá aí. Assim sobra dinheiro prá FAB . O Estado gigantesco é o inimigo número 1 da FAB.

Faver

Iniciar pela própria FAB e FAs. Não tem porque ter justiça militar, milhares de casas e vilas militares com aluguel subsidiado a alguns oficiais, hospitais e postos de saúde só para militares e familiares, reduzir pensões, acabar com o excesso de unidades, muitas vezes com menos de 50 a 80k entre elas. A lista é grande…

Cafasape

O estado é gigantesco! O Brasil tem 203 milhoes de habitantes, desses: 13 milhoes são servidores públicos, 40 milhoes são aposentados, pensionistas ou beneficiários do INSS, 56 milhoes cadastrados nas bolsas parasitas dos governos federal e estadual, restam menos de 100 milhoes dos quais fazem partes crianças, adolescentes e desempregados, digamos que algo entre 60 e 70 milhoes de pessoas são responsáveis por gerar renda e sustentar os salários e benefícios dos demais! Mas para os jênios (com J mesmo!), a origem de todos os nossos problemas estão nos empresários! Qual é a solução da cabeça dos jênios (com J… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Cafasape
Rafael

Ora bolas, a solução é simples: mete mais imposto nos otários, digo, nos contribuintes.

Nilo

Já já entramos da discussão plafletariA rsrs

Antonio Marcio Leao

Ao que parece também não terão recursos para adquirir os caças F-16 usados, pois atrasaria bastante ou levaria o programa do Gripen a uma situação inviável. Enquanto isso, dezenas de bilhões de reais estão indo para as emendas “pix” dos parlamentares e não sabemos sequer como esses recursos estão sendo utilizados ou aplicados pelos municípios beneficiados com tais emendas.

Dudu

No MD que usa 80% do seu orçamento para pagar salários, aposentadoria e pensões e divide os 20% com custeio das bases, aquisições e modernizacoes, não tem como ter forcas armadas modernas e dissuasivas. Tá na hora de mexer nos bolsos dos efetivos brasileiros e reduzir os salários desse pessoa, para a percentagem de gastos cair, para pelo menos 50% do orçamento. O ideal seria que fosse 20%. Quem ficar descontente que peça pra sair. Quem escolhe ser militar, deve fazer isso pelo honra de servir ao seu País e não se servir do mesmo, para ter a sonhada estabilidade… Read more »

Carlos I

Desses 20% sabe quanto é para custeio e quanto para investimento?

Nilo

Bom dia Dudu.
Econômico na gestão eficiente das assistências sociais podem chegar A 5 bilhões de reais, é o que diz o próprio governo onde tem entre outros falecidos recebendo assistência do governo e com todo estudo e revisão dos desvios o total de economia pode cair para 15 bilhões de reais rsrs,

https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2024/07/16/bloqueio-de-verbas-e-inevitavel-e-deve-atingir-no-minimo-r-10-bi-diz-equipe-economica-ao-planalto.ghtml

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Flight_Falcon

Após a leitura, entendo o motivo de ventilarem a compra de um caça usado para completar a frota. Claro, se houver uma boa condição financeira, pois para pagar os novos já está complicado e não duvido em certo tempo, renegociarem as entregas ou mesmo cancelarem algumas unidades (se o custo do cancelamento for tão alto) para o pagamento daquelas já entregues. Incluir mais uma aeronave no acervo, treinar, desenvolver linha de suprimento e coisas mais, pode ser que nem um novo lote de aeronaves usadas venha a ser adquirida no curto prazo. Seguir situação semelhante a Argentina… O problema do… Read more »

Last edited 4 meses atrás by Flight_Falcon
Edmundo Teixeira

Excelente matéria. Investigativa e com números e fontes, como os bons jornalistas faziam antes das redes sociais.
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Mas uma coisa que me chamou a atenção, é como a relativização dos valores muda ao longo do tempo.
.
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Pra efeito de reflexão, todo esse programa ESTRATÉGICO de ESTADO de uma das 10 maiores economias do mundo, que parecia caríssimo em 2015, hoje tem um custo inferior ao de um empreendimento como o estádio de futebol mais caro (SoFi Stadium).

Edmundo Teixeira

Esse ano, o Governo deve arrecadar 3,3 trilhões de reais em impostos, de acordo com o site impostômetro. Se esse ano o governo tivesse que a pagar as 2 primeiras parcelas no total de 1,5 bilhão de reais, isso representaria 0,045% dos impostos cobrados da população, muito muiitoo menos de 1%.

Dinheiro tem. Onde e como está sendo gasto?

Last edited 4 meses atrás by Edmundo Teixeira
Santamariense

Hehehehe

Frontier

Li uma boa parte, mas não sei se entendi bem, vc tá querendo dizer que o Brasil até agora não desembolsou R$1 para a Suécia? Só vai começar a pagar em 2025 o empréstimo?

Santamariense

Isso mesmo. Até agora, foram, e estão sendo, pagos os juros, taxas e comissões. A partir de 2025, vão ser pagas 30 parcelas, em 15 anos, cada uma (pelo câmbio atual) de +/- 730 milhões de reais.

Marcelo CE.

É amigos o cenário não é muito bom…

Wagner

Vão empenhar a Embraer e a Engeprom para pagar está dívida

Felipe

48 Gripen E/F daria pra mobiliar 4 esquadrões com 12 em cada ou até 3 esquadrões de 16 caçãs em cada. A FAB resolveu concentrar todos 36 numa unica base o que é uma burrice dada a situação financeira complicada para comprar novos caças.Os F-16 viriam pra tapar o buraco e pelo visto não temos escolha $$$$. Se ficarmos nos 36 Gripen apenas acho que deveriam ser esquadrões de 12 caças, 24 em Anápolis e 12 em Canoas.

Nilo

Os Gripens tem um excelente alcance a partir de Anápolis, ainda mais com tranques extras se necessário e sabendo que chegam a velocidade supersônico sem o uso de pós combustão.

Santamariense

O supercruise do Gripen E/F, salvo engano, só é alcançado com a aeronave sem tanques externos e com pouquíssima carga de armas.

Nilo

certamente, claro, sim, sem dúvida.

Last edited 4 meses atrás by Nilo
Andiere

Caro Nilo, dado aumento de peso do JAS-39E em relação ao Gripen demo, tenho dúvidas que o Gripen ainda faça algum supercruzeiro.

Leandro Costa

Talvez burrice, em tempos de vacas magras, seja acreditar que os 36 Gripens ficariam todos em Anápolis, ao invés do que realmente está acontecendo, que é de concentrar a implantação em Anápolis (leia-se treinamento e desenvolvimento de doutrina), para que depois ele seja implantado em outros esquadrões, em outras bases pelo Brasil afora de acordo com o que a FAB achar melhor.

Concentrando essas atividades iniciais em Anápolis, se economiza bastante, ou você acha que seria mais barato duplicar, ou triplicar as atividades sendo realizadas em Anápolis, junto com o material necessário para executá-las?

Vitor Botafogo

O Financiamento não vai atrasar por ser compromisso de estado. O Problema é agora que não tem dinheiro e vai seguir atrasando.

Em suma, não há garantia de receber as Aeronaves em 2025-26-27 e demonstra a importância de se ter um caça tampão para não termos um blackout nas capacidades da força até 2030.

Nicolas

“O total de emendas parlamentares para 2024 é de R$ 44,67 bilhões.” tirar só 4bi deles já resolveria ;-;

Gabriel BR

Eu não entendo a preocupação com aviação de caça. o pobre não precisa de avião de caça! O Pobre não come Gripen! ( Ironic Mode)

Diego Tarses Cardoso

Rapaz, li e queria não ter lido, dez anos e não arrumamos a casa.

Alex Prado

Investimento em defesa é complexo, engloba outros fatores como manutenção e atualização dos sistemas o pós venda acaba sendo salgado e o mercado financeiro e a nossa economia infelizmente são voláteis, o valor no final vai ser alto, mesmo com transferência de tecnologia sai caro produzir um caça 100% nacional tem que ser pra ontem.

Enio

O que parecia um achado, um quase presente dos suecos, transforma-se num problema de difícil solução.

Thiago

Já viu né……..

Thiago

Esse país é uma bagunça. Reza para recebermos 12 aeronaves e olha lá se conseguirmos honrar PARTE do contrato. E daqui um tempo vem o fx versão 5.0 e começa tudo de novo.

Oliveira

Só pra descontrair, deveríamos criar o kit de defesa nacional incluindo: fardamento, um fuzil e uma pistola com munições, um drone aéreo, um drone marítimo e um caiaque.

Entregamos esse kit para cada brasileiro e pronto, vamos economizar uma boa grana com as FAs. É só uma brincadeira senhores!

Luís Henrique

Excelente matéria.
Ilustra bem o porque da FAB estar “sondando” F-16 usado.

Se a compra de F-16 usados já é vista como preocupante pois poderá dificultar ainda mais o pagamento do contrato do Gripen, imagina um aumento de 25% no valor deste contrato ou um segundo lote de Gripen.

A FAB não pode ter todos os seus AMX aposentados e os seus F-5 e ficar com somente 36 Gripen.

Os 24 F-16 usados são necessários para manter a forta em cerca de 60 unidades.