F-39 Gripen e os contratos da FAB: pagamentos, aditivos e mais informações do último Relatório de Gestão
Em 19 de abril de 2024, há pouco mais de um mês, foi publicada a seção “Relatório dos Principais Projetos da FAB” do Relatório de Gestão 2023 da Força Aérea Brasileira. Esta parte do Relatório de Gestão traz muitas informações sobre o andamento dos contratos de aquisição de aeronaves da FAB (dentre outros projetos), incluindo o histórico de aditivos que vão se acumulando ao longo dos anos, por diversos motivos como ajustes de cronogramas, adequações aos orçamentos disponíveis, atualizações tecnológicas etc.
É o caso do contrato dos caças F-39 Gripen, designado no relatório como Projeto F-X2.
Frequentemente surgem dúvidas, entre os frequentadores do Poder Aéreo, sobre o contrato de financiamento dos caças Gripen, desembolsos, pagamentos, além dos contratos de offset e de aquisição de armamentos.
Não é uma tarefa simples analisar e interpretar todos os dados trazidos nos relatórios de gestão, assim, propomos aos leitores uma abordagem colaborativa para esta análise. Vamos somar nossas qualificações e destrinchar o assunto. Que tal?
Para muitos leitores, várias das informações do relatório serão novidades. Já para alguns, mais acostumados a consultar relatórios e acompanhar todo o andamento do programa nos últimos 10 anos, a maioria das informações já é conhecida. Ainda assim, o espaço de comentários é um bom “fórum” para dirimir dúvidas a respeito das informações publicadas (ou mesmo para levantar mais dúvidas e questionar as autoridades competentes).
Ficam explícitos, na leitura das páginas 40 a 54 do relatório, alguns dos motivos para ajustes e adiamentos das entregas das aeronaves contratadas, conforme os aditivos ao contrato. Entre os principais mencionados nos aditivos mais recentes, estão “insuficiência de recursos previstos na LOA” (ou seja, orçamento) e “problemas causados pela pandemia do COVID-19”.
Para uma análise detalhada, recomendamos baixar o relatório e ler com atenção (clique aqui para acessar o arquivo em pdf). Porém, para facilitar a discussão aqui no site, capturamos telas do relatório e reproduzimos a seguir, conforme os assuntos de que tratam.
A primeira imagem, abaixo (da página 41 do relatório), refere-se ao valor global total do contrato originariamente assinado, em coroas suecas para os caças e em outras moedas estrangeiras para outros itens (como armamento). Em geral, muitas análises equivocadas sobre o valor do contrato levam em consideração as conversões para dólares e reais divulgadas quando do anúncio da seleção do caça no programa F-X2 (2013), da assinatura do contrato com a Saab (2014) e do financiamento (2015), conversões que foram feitas naquelas ocasiões apenas para facilitar a compreensão e a comparação com outras ofertas em voga.
O fato é que o contrato principal foi assinado em coroas suecas, e os pagamentos levam em conta a conversão das moedas do Brasil e da Suécia em cada parcela. Sobre parcelas, a última tabela desta parte mostra o valor constante na LOA (orçamento) de 2023 para o programa: quase 1,4 bilhão de reais. Esta é um dos poucos trechos do relatório sobre o F-X2 em que se usa a moeda nacional para informar valor.
A seguir, os valores empenhados, liquidados e pagos por exercício, desde 2015. Em 2023 o total chegou a 24,7 bilhões de coroas suecas, ou mais da metade do valor contratado. Como mostra o item seguinte, não há financiamentos em moeda nacional (Real) para o programa. A tabela mais abaixo reproduz parte das informações já constantes na dos valores empenhados, liquidados e pagos, acrescentando um detalhamento interessante: a coluna de reajuste.
Percebe-se que o valor de pouco mais de 24,7 bilhões de coroas suecas do total pago, constante na tabela de cima da sequência, é a soma do total pago + reajuste da tabela de baixo (SEK 24.748.770.510,71 = 22.837.147.769,91 + 1.911.622.740,80).
Quanto a isso, não há dúvida, apenas a curiosidade de saber a que se refere esse item reajuste pois, como veremos mais à frente, o valor global em coroas suecas pouco se alterou conforme foram assinados os aditivos ao contrato.
Deixamos a interpretação sobre o item reajuste para leitores mais versados em demonstrações de pagamentos em contas públicas, assim como a diferença entre a tabela dos valores empenhados, liquidados e pagos por exercício e a tabela mais à frente, dos desembolsos do financiamento e do repagamento da dívida externa.
Por exemplo: a tabela abaixo significa valores pagos anualmente do empréstimo? Afinal, o valor de 1,39 bilhão de reais da LOA 2023 (que vimos mais acima), nas cotações de 1 de janeiro e de 31 de dezembro do ano passado (utilizamos ambas para ter uma faixa de variação) equivalem a cerca de 2,7 e 2,8 bilhões de coroas suecas respectivamente. Esse valor é próximo ao que aparece na rubrica “pago”em 2023 na moeda da Suécia: 2,69 bilhões de coroas.
A seguir, os indicadores dos avanços físico e financeiro do contrato. Não vamos nos estender na explicação para evitar desnecessária redundância com o texto da própria FAB a esse respeito. Mais à frente estarão explicados a que se referem os números dos contratos (por exemplo, CT 003 etc e seus termos aditivos). Para os leitores que prefiram analisar gráficos, vale a pena acessar o relatório original, no link já disponibilizado.
Nesta parte, o relatório começa a mostrar as mudanças entre as metas (principalmente prazos) originais e atuais. É mencionado que em 2023 foram recebidas três aeronaves, mas em seguida a esta informação, o texto se torna um pouco confuso: o trecho menciona um avião apresentado na Suécia em novembro, com previsão do processo de recebimento no início 2024 (o qual não foi cumprido, se levarmos em conta que a quarta aeronave do cronograma de 2023 até hoje não foi enviada ao Brasil) e também um segundo exemplar da encomenda de 2023, o qual seria apresentado em abril deste ano.
Após várias páginas com gráficos sobre avanços físicos e financeiros, o relatório chega às tabelas (da página 48) que provavelmente são as mais desafiadoras para o público menos versado em administração pública e pagamento de dívidas. Para quem não conhece os termos e sistemáticas atuais não é simples entender, com clareza, a dinâmica dos pagamentos do contrato de financiamento em coroas suecas e em dólares frente ao pagamento / repagamento da dívida externa.
As coluna da esquerda, dos desembolsos ano a ano nas duas moedas estrangeiras, são simples de interpretar: trata-se da utilização do financiamento, ou seja, as quantias que o banco sueco desembolsou a cada ano para a execução dos contratos (tanto em coroas suecas quanto em outras moedas estrangeiras). Já as colunas central e da direita não mostram valores pagos como amortização do financiamento, e sim apenas quantias relacionadas a juros e comissão, reunidos na rubrica “repagamento da dívida externa”.
Fica a dúvida, para esse autor e para outros leitores menos versados na administração atual das contas públicas, sobre a relação entre essas tabelas abaixo e as que já mostramos mais acima, de valores empenhados, liquidados e pagos por exercício. A seção de comentários está à disposição dos que tenham mais conhecimento a respeito e possam interpretar as informações com propriedade.
A seguir o relatório passa a tratar dos prazos de execução (com planejamento inicial de término ao final de 2025, postergado para meados de 2028) e menciona rapidamente os acordos de compensação (Offset) e seus beneficiários.
Nesses acordos, o vendedor se compromete a realizar investimentos no país comprador no valor total de quase 8,9 bilhões de dólares, no caso da Saab. Também é mencionado o contrato de offset da MBDA, fornecedora de armamentos. No caso da MBDA, é informado que a obrigação de compensação ainda não foi cumprida. Já no caso da Saab, a informação do relatório é que o valor total dos projetos de compensação superam ligeiramente a obrigação contratual, e destes já foram reconhecidos 4,9 bilhões de dólares (pouco mais de 56% de execução).
As próximas imagens são as de mais fácil interpretação para o público em geral: as descrições resumidas dos objetos dos contratos originariamente assinados desde outubro de 2014 e dos diversos aditivos acordados nestes quase 10 anos. As razões para as assinaturas dos aditivos estão também resumidas nas tabelas a seguir, que tratam do contrato principal e dos complementares (apoio logístico, armamentos etc).
Recomendamos a leitura atenta pois as justificativas dos aditivos, tanto técnicas quanto financeiras, costumam ser ignoradas por boa parte do público, e a importância das alterações pode ser exemplificada pelo fato de que, somente no contrato principal, já são 10 aditivos assinados.
Desde o ano de 2016 já são informadas justificativas como “adequar as entregas do contrato aos recursos orçamentários disponíveis”. O valor total do contrato em coroas suecas, porém, pouco foi alterado. Outras justificativas como câmbio e a pandemia de Covid 19 também são mencionadas, juntamente com outras de ordem técnica.
Nas tabelas acima, pode-se observar que, até o aditivo assinado ao final de 2020, a vigência do contrato chegava a 2025. A partir do aditivo assinado em 2021, a vigência passou para 2028.
A seguir, o resumo do contrato de CLS (apoio logístico) assinado em 2014 e que previa 5 anos de suporte ou 26.400 horas de voo. O contrato já recebeu 4 aditivos, a maioria nos anos recentes, algo de se esperar devido às mudanças nos cronogramas de entregas de aeronaves e de vigência do contrato.
Logo depois, temos os resumos dos contratos relacionados a armamentos, que também tiveram aditivos devido às alterações dos cronogramas de entregas das aeronaves, buscando assim evitar que o prazo de validade de mísseis, por exemplo, fosse desperdiçado numa situação de menos aviões em serviço do que originariamente planejado.
Por fim, os resumos dos acordos de compensação relacionados ao contrato principal com a Saab e ao contrato dos armamentos do Gripen.
Agora é com vocês, leitoras e leitores.
Esta matéria está sendo publicada nesta sexta-feira, 24 de maio de 2024, para que possam aproveitar todo o final de semana para ler e analisar, com a atenção e a dedicação necessárias. Assim, poderão comentar com conhecimento de causa e agregando conhecimento à discussão. Bom debate a todos!
Pelo que as informações demonstram, o cronograma financeiro parece estar à frente do cronograma físico (entregas). As informações trazidas são muito relevantes e embora os problemas orçamentários advindos ou não dá pandemia tenham um certo peso, o contrato vem sendo executado pela parte brasileira. Como todo produto novo, ainda mais esse que é de alta complexidade, é de se concluir que houve atraso no desenvolvimento, pois as entregas deveriam estar mais adiantadas. Mas vejam, nem na Suécia essa aeronave entrou em operação ainda. Provavelmente os desafios envolvidos na incorporação de novas tecnologias foi maior do que se supunha (O que… Read more »
Nos exercícios de 2020, 21, 22 e 23, vemos se repetir o texto ” adequar entregas no CFF e demais anexos, de modo a adequá-los aos recursos existentes devido à insuficiência de recursos previstos na LOA”. Não vejo isso como cumprimento integral do contrato (pagamentos) por parte do Brasil.
De fato. Empenharam US$ 372 milhões de 2015 pra cá mas só foi efetivamente pago US$ 99,9 milhões. Olhei empenhado como se fosse o pago.
De fato houve um ajuste forte no cronograma financeiro.
Buenas. Toda vez que se ajusta o CFF à LOA, é por que não foi destinado recurso suficiente ao projeto.
O Financeiro sempre cresce antes do físico, e isso é normal, por que existem fases intermediárias, que demandam pagamentos, até que o produto seja entregue. Os cronogramas só se encontram no final.
Neste caso é uma questão de cãmbio. O contrato de financiamento foi assinado em coroas, dolares e libras, enquanto que o orçamento federal é sempre em reais. Como o orçamento usa uma estimativa de câmbio e o câmbio é flutuante, então é preciso fazer um ajuste. O orçamento federal é ajustado ao longo do ano praticamente o tempo todo, mesmo para as despesas em reais.., existem créditos suplementares, remanejamentos, cancelamentos, aprovação de novas depesas.. imagine toda a operação no RS que esta demandando novos recursos… sem este tipo de ajuste do orçamente, seria impossível atender as demandas. ouitro exemplo são… Read more »
Então… o financiamento foi feito em trẽs moedas. 1) SEK 39 blhões, 2) US$ 245 mihões e 3) $ 185 milhões de libras. Os valores em coroas suecas são pagos para a Saab e são realizados seguindo o cronograma físico de produção das aereonaves. A Saab é responsável por fazer os pagamentos para os subcontratados e offset A FAB incluiu no contrato de financiamento a compra dos armamentos. Eu não sei se estes valores em dolares e libras estão relacionados apenas aos armamentos ou se estão incluidos dispositivos e sensores, ou mesmo os motores F414. Como estes sistemas são cotados… Read more »
“Eu não sei se estes valores em dolares e libras estão relacionados apenas aos armamentos ou se estão incluidos dispositivos e sensores, ou mesmo os motores F414.”
Motores, até onde sei, são contratos da Saab com a GE (assim como ela contrata outros itens com fornecedores diversos). No relatório de gestão a informação é basicamente armamentos, e nos aditivos isso fica ainda mais claro.
Acredito que também envolva os armamentos.
É curioso que as partes em dólar e libras foram pouco usados, até porque poucos motores foram comprados e apenas uma parte dos armamentos foi adquirida.
Oi Camargo, só pra esclarecer mais uma vez.
Motores não fazem parte dos contratos em dólares nem em libras, que conforme os relatórios de gestão incluem “armamentos” e “recursos bélicos”:
Está bem claro nos descritivos:
Motores e outras partes que compõem as aeronaves são do contrato em Coroas Suecas. A Saab recebe em coroas e faz sua conversão conforme a moeda de cada fornecedor (dólares para motores GE, libras para assentos ejetores Martin Baker, francos suíços para pilones fornecidos pela Ruag etc).
O suecos sao iguais aos russos com helicópteros mi-35 que o brasil comprou,so entrega as aeronaves de acordo com o dinheiro que caiu na conta.
Lembrando que os helicópteros russos ficaram prontos na russia por 2 anos esperando o governo fazer os pagamentos para a fab receber os helicópteros.
Em que lugar do mundo nao é assim? O governo brasileiro aditivou varias vezes o contrato por incapacidade propia que não traz qualquer credibilidade. Porque entregar algo se o passado demonstra incerteza?
Experimente comprar algo e pagar 1/3 mas jurar que ira pagar o restante mes que vem. É o famoso “nao aceitamos fiado”.
A compra dos Mi-35 foi uma compensação comercial. Bem diferente deste caso com a SAAB.
Pelo andar da carruagem o Gripen vai ficar só nesses 36 adquiridos e a FAB vai parti para aquisição do Lift italiano de prateleira para completa a frota.
Não, deve vir o aditivo de 14 pelo menos .
Minha fonte na FAB me disse que ja tem conversas bem adiantadas sobre preço do Lift italiano de prateleira para compor os esquadrões e dar baixa no AMX que ja esta proibitivo de operar $$$.
Faz tempo que venho dizendo isso, mas ninguém acredita…
Na terceira imagem, aparecem os Resultados de 2023, onde informa que foram recebidas 6 aeronaves até o final de 2023, mas na realidade foram 7 (do 4101 ao 4107). Não sou especialista em economia e nem em administração mas vemos que o prolongamento do cronograma se deveu à menor quantidade de dinheiro disponível, como está no texto da matéria. Podemos auferir também, que a demora nas entregas, além do que já prévia o cronograma estendido, também se deve ao dinheiro curto. Com tudo isso, não dá pra entender o motivo do financiamento externo. O banco não garante nada? O banco… Read more »
De forma bem resumida funciona assim: O executivo coloca na PLOA, digamos: 1 bilhão de reais. Qual é a origem do recurso? empréstimo externo. Na execução da LOA: o executivo autoriza o empenho, de digamos de 950 milhões. O servidor responsável pelo contrato verifica se a empresa entregou o valor correspondente ao empenho assina e autoriza o pagamento ( essa é a fase da liquidação). A última fase é o pagamento em si. A União autoriza o banco financiador a pagar a empresa (SAAB) o valor correspondente a liquidação. Então a União passa a ter uma dívida com esta instituição… Read more »
Exatamente deu aula de AFO kkkk😄
É o que a maioria está precisando aqui para entender esse programa: administração financeira e orçamentária no setor público.
Eu mesmo, que pesquiso história econômica, consigo destrinchar esses processos em programas militares do passado, em especial das décadas de 1930 / 40 / 50, mas apanho para entender como as coisas funcionam agora, nos programas atuais, com empréstimos no exterior e suas diferenças.
Administração Financeira e Orçamentária está disciplinada na lei 4320/64, na Constituição Federal entre os artigos 163 e 169 e na lei complementar 101/2000. Recomendo a utilização de material de apoio para entender estes institutos, pois a “lei seca” é bem árida.
Obrigado.
Por isso mesmo escrevi essa matéria, para que a explicação fosse buscada de forma colaborativa nos comentários, dado o assunto ser árido e complexo.
Gostaria que mais pessoas com conhecimento específico em Administração Financeira e Orçamentária no setor público se juntassem ao debate.
Este foi o comentário mais interessante para a proposta da matéria, que é buscar compreender, somando os conhecimentos de cada um, a dinâmica dos desembolsos, empenhos etc.
Creio que possamos prosseguir a discussão a partir daqui.
Uma tabela que sempre me chama a atenção nesses relatórios da FAB sobre o F-X2, ao longo dos anos, é justamente a que mostra não haver amortização do empréstimo, por exemplo.
Amortização é despesa de capital (é o pagamento do principal da dívida), já os juros são despesas correntes. Salvo melhor juízo, quando anunciaram o acordo com a SAAB a carência do empréstimos se estenderia até o final das entregas das 36 aeronaves. Lembrando que este investimento foi 100% coberto por financiamento. No caso do PROSUB, por exemplo, se a minha memória não estiver me traíndo, 80% do valor foi financiado e o prazo de quitação dos empréstimos são 5 anos referente cada “fatia” liberada.
Sim, Minha dúvida era justamente pelo fato de a tabela sobre a dívida externa não mostrar em nenhum dos relatórios desde 2015 qualquer valor de amortização (somente pagamentos de juros e comissões) e em outra parte dos relatórios anuais ser informado o valor reservado na LOA do ano em questão. No início eu imaginava que os valores na LOA, a cada ano, eram relacionados apenas aos juros, comissões, garantia de crédito e afins. Mas quando fui comparar os números, vi que estes eram inferiores ao discriminado na LOA de cada ano, o que só aumentou minha dúvida. Isso não fazia… Read more »
Acredito que no Relatório Resumido de Execuções Orçamentárias da União deve haver informações mais precisas que provavelmente irão sanar as dúvidas.
Olá Nunão. Lembro que a discussão sobre os juros foi bem longa. Lembro de ter lido o relatório do Senado sobre o contrato de crédito para o Fx2. O problema é que não consigo mais encontrar o link do documento…. tenho certeza que coloquei o link em um comentário sobre o Fx2 há muito tempo atras… de memória… a redução dos juros teve como contrapartida a ausência de carência. As parcelas passaram a ser pagas a partir do fim de 2015. Lembro de uma matéria, acho que da agencia Senado, de um senador comentando o risco do programa Fx2 atrasar… Read more »
Seria também útil ver se no contrato há cronograma físico-financeiro referente a cada etapa. É um binômio entrega/pagamento. Seria útil comparar se os empenhos acompanham o cronograma.
São cronogramas diferentes. O cronograma físico é do contrato entre a Saab e a FAB. O cronograma de financiero é entre o Tesouuro e o banco sueco.
ATS, O Fx2 é diferente. Dilma anunciou o Gripen em dezembro de 2013 baseado nas propostas finais apresentadas (chama a atenção que o anúncio foi feito em Brasilia, o que deveria derrubar aquela historinha que o F18 seria anunciado na visita aos EUA…) A partir da decisão, a FAB começou a negociar com a Saab as condições do contrato. O número de caças era só o ponto de partida. Ao longo de 2014 foram negociadas as condições dos contratos de offset, apoio logístico, etc.. isso demandou muito tempo. Lembre que isso envolveu a Akaer, a Embraer e um monte de… Read more »
“No fim, os pagamentos foram acertados a partir de 2015, com parcelas semestrais (sem carência então) como contrapartida pela redução dos juros.” Pois é, mas os problemas nessa interpretação são os seguintes: 1 – quando do anúncio da assinatura do contrato de financiamento pelo então MD Jaques Wagner, foi informada a redução da taxa de juros e também que o pagamento das parcelas seria iniciado após a última entrega, à época prevista para 2024: https://www.aereo.jor.br/2015/08/25/brasil-e-suecia-assinam-em-londres-financiamento-para-aquisicao-do-gripen-ng/ “As taxas de juros negociadas pelo Ministério da Defesa e que integram o contrato financeiro são de 2,19%, permitindo ao governo brasileiro uma economia de… Read more »
Estou achando que vamos ter que buscar ajuda via lei de acesso á informação… riso. Tá muito enrolado.
Olá Nunão…. o pessoal não se interessou em discutir o assunto…. provavelmente, a gente vai continuar tendo que explicar o básico a cada notícia do Gripen…
eita nóis.
É um assunto árido. E também longevo. Ainda no final de 2014, foi feito o primeiro crédito de 1 bilhão de reais na LOA de 2015: https://www.aereo.jor.br/2014/10/07/orcamento-de-2015-assegura-r-1-bilhao-para-aquisicao-dos-cacas-gripen-ng/ Isso já gerou uma discussão na época, e destaco essa troca de comentários (comentarista Sabre respondendo a outro, Justin Case, um ex-Jaguar que comentava bastante aqui). Creio que a chave para entender, e que dialoga com o que o comentarista ATS comentou na semana passada, seja a diferença entre pagamento e repagamento: Sabre Visitante 9 anos atrás Bom noite Justin, Para que o contrato de aquisição das aeronaves Gripen entre em vigor, é… Read more »
Há alguns dias estou procurando um relatório do Senado que tinha muito detalhes do financiamento. Era um documento muito bom, com detalhes dos prazos e tudo mais. Eu o li há uns 4 anos atrás…. ainda durante a pandemia. Devia ter salvado no meu computador, mas nem imaginei que seria tão difícil reencontrar. È um documento que iria ajudar muito. A medida provisória só autorizava o crédito. Depois, teve um documento publicado no DOU que detalhava os valores do primeiro contrato. A Agẽncia Senado tem algumas matérias, inclusive mencionando uma carência de 8 anos… mas tenho (quase) certeza que isso… Read more »
Parem as máquinas! Rsrsrs Achei o contrato financeiro na página do Tesouro. E, como estávamos discutindo (e já havia dito o comentarista Sabre há 9 anos e o ATS recentemente), a chave é mesmo entender o que é pagamento e repagamento. O pagamento é utilização do empréstimo. O repagamento é o pagamento do empréstimo ao banco (da dívida externa contraída). Dúvida enfim esclarecida sobre a carência, ou início do repagamento do contrato financeiro. Página 6, das definições, está lá: First Repayment date 15 april 2025 Vale a leitura completa (77 páginas em inglês). Eu fiz leitura dinâmica só para tirar… Read more »
Opa.. excelente… Leitura obrigatória para a semana…. Valeu!!
Tomando uma caipirinha, aqui em Santo Cristo, depois de uma estafante viagem de carro vindo de Passo Fundo. Tudo tranquilo nessas paragens, alguma cerração e orações aos guerreiros do Rio Grande. 24/05/24. 20:33h. Sucesso nas análises, guerreiros!
Eis, a reportagem que eu estava esperando desde de janeiro de 2024, mas enfim as coisas apareceram. ( a verdade ou parte dela ). Eu estou com um pensamento me dizendo que: a FAB, já poderia começar a procurar outro avião de combate, ou acelerar a produção do F39 GRIPEN, em Gavião Peixoto, SP. Que situação, nem se quer chegamos ainda em 10 ( dez ), F39 GRIPEN.
Acredito que o melhor caminho a curto prazo seja entrar em acordo com a Saab e fazer leasing de alguns Gripen C/D, aos moldes da Hungria. Creio que seria a melhor opção em termos de custos e de transição para o E/F. Comprar outro vetor seria uma bagunça ainda maior e com certeza não iria agradar os Suecos, na minha visão, leasing seria a melhor opção para ambos. Aos entendidos ressalto mais uma vez: “acredito”.
Agradar os suecos? O Brasil tem que pensar nele não na Suécia.
Eu deixei claro que, na minha opinião, o que seria melhor para ambos já que a SAAB é o nosso parceiro que escolhemos para ficar por longos anos. Além disso, há toda a questão logística e a relação já bem estabelecidas. No entanto, é óbvio que meu comentário não tem a profundidade necessária, na verdade, ninguém aqui sabe ao certo qual será o melhor caminho. Se até o Comandante da FAB disse que “pode” comprar um segundo lote de F-39 e outra aeronave de prateleira, quem sou eu para afirmar algo com certeza? Por isso estamos aqui em um fórum.… Read more »
A meu ver seria um excelente negócio pegarmos um esquadrão de 12 Gripens C/D da África do Sul e já encaminhar as mesas para um UP grade ao padrão MS20 Block 2, para fazermos essa transição antes de chegarem ao Brasil .
Muito mais negócio do que trazer qualquer outra aeronave que a meu ver não fará sentido algum.
Você tem que se perguntar: há Gripen C/D disponíveis para leasing?
Coloquei “eu acho” e eles esperam que eu saiba sobre a disponibilidade de leasing em uma discussão de fórum, kkkk. Mas com a entrada em serviço dos Gripen E por lá, claramente mais rápida do que aqui, a disponibilidade das versões C/D deve aumentar. Até onde sei, o contrato de leasing com a Hungria vai até 2026 e com a República Tcheca até 2027. O leasing, como o nome sugere, é temporário, o que é melhor do que comprar outra aeronave e começar tudo de novo. Comprar outro vetor envolve uma série de ajustes, além da logística. Além disso, a… Read more »
A República Tcheca pretende estender o leasing de seus caças Gripen até a próxima década porque está praticamente no fim da fila das entregas do F-35
Deixa ver se entendi. Criamos todo um planejamento e um sistema logístico, não pagamos como esperado e você acha que a solução é partir pra outro vetor diferente com um sistema diferente? De que forma isso seria melhor que simplesmente parar de contingenciar orçamento, pagar o acordado e receber o contratado?
Bem, muito do “sistema” é caro porque existiram processos relacionados ao TOT e todo o suporte da indústria relacionados a esse fator. Um outro vetor de prateleira e com economia de escala muito boa não precisaria necessariamente de todas as questões que envolveram o programa Gripen.
Alguma alma caridosa poderia resumir isso aí para a gente
Resumo Leo, Brasil pagou menos de um terço do prometido no prazo inicial, Suécia ainda deve um caça de acordo com o prazo do documento na prática. Brasil não tem fundos do LoA devido pandemia e outros motivos mesmo assim a Saab não aumentou significativamente o montante e a União autoriza instituição financeira mediadora liquidar com o financiamento do complemento, ou seja, a união deverá juros pra instituição mediadora se assim o fizer. Mas tudo isso conclui lendo o artigo e os comentários, não li o documento, é isso mesmo amigos? Me ajudem por favor. Pergunta, a instituição financeira que… Read more »
Pelo o que entendi a liquidação da dívida (isso se refere a execução certo?) por parte da União foi prorrogada de 2025 para 2028. Uma aeronave de pedido adicional também está fora do prazo.
BNDES ou o banco de fomento sueco.
Como dispõe a lei de responsabilidade fiscal o BNDES não pode financiar gastos da União.
Não é o propósito do FMI realizar este tipo de operação.
O FMI é uma instituição financeira criada no acordo de Breton Woods para regular o comércio internacional. Naquela época, foi definido que a moeda de comércio internacional seria o dolar, que estaria lastreado em ouro (Keynnes foi contra isso). Se um país tem um comercio equilibrado, ele recebe tanto dolar nas exportaçẽos quanto recebe nas importações. O saldo é zero. Alguns países tem superavit e outros tem deficit a curto prazo. Isso pode ser corrigido a médio prazo. Para garantir estas flutuaçoes sem interromper o comércio exterior, o FMI faz empréstimos que são usados pelos banco centrais para fazer a… Read more »
OFF TOPIC: Alguem sabe a quantidade ? a julgar pelo valor, é uma quantidade considerável !
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/05/24/departamento-de-estado-dos-eua-aprova-possivel-venda-de-helicopteros-black-hawk-ao-brasil-por-r-49-bilhoes-diz-pentagono.ghtml
Uma dúzia.
https://www.dsca.mil/press-media/major-arms-sales/brazil-uh-60m-black-hawk-helicopters-0
Peço que aguardem matéria no blog das Forças Terrestres para comentar a respeito, deixando este espaço para as discussões sobre o contrato do Gripen. Senão vira bagunça.
Aqui:
https://www.forte.jor.br/2024/05/25/departamento-de-estado-dos-eua-aprova-possivel-venda-de-12-helicopteros-uh-60m-black-hawk-ao-brasil/
Pagou mais da metade do contrato e recebeu 7 aeronaves. Em compras militares geralmente é pague – receba. Considerando que houve uma fucking pandemia no meio do caminho, eu acho que está bem dentro do cronograma. Infelizmente não vai ser dessa vez que os profetas do apocalipse levarão a melhor sobre o Brasil atrasar tudo ou cancelar como é de praxe nesse blog.
Os suecos claramente atrasaram a entrega das aeronaves paga. A vdd pura e simples é essa.
8 caças…
Ativos e operando no GDA, 7. O primeiro, que seria o oitavo da sua conta, não está em uma Unidade operacional e talvez nunca seja enviado para um Esquadrão.
Essa leitura exclui juros e os aditivos. Protelar e aditivar um contrato custa caro. Não cumprir o contrato custa mais ainda. Por isso que uma obra da iniciativa privada custa 1/3 de uma obra publica ue vive de contingenciamento.
Estes 197 milhões de Euros com a MBDA abrangem a compra dos 100 mísseis Meteor e um número desconhecido de Iris-T, correto?
Pra entender direito precisava ver o que constou na lei orçamentária desde 2014, anualmente, dados soltos em tabelas pode-se interpretar de várias formas, dá entender que faltou recursos ao longo dos anos, mas não dá pra saber se atrasou por conta disso.
Maurício,
Os relatórios de gestão da FAB tratam do tema desde 2015 e apresentam os valores ano a ano, é só acessar no link disponível no início da matéria para acessar relatórios de anos anteriores.
Pra facilitar:
https://www.fab.mil.br/relatoriodegestao
Infelizmente no link os relatórios só vão até 2018, mas no mapa do site deve haver acesso a relatórios anteriores.
Além disso, como a matéria menciona, há os gráficos de execução financeira no relatório original (também disponível em link).
Acho que isso diz tudo. Atrasou por falta de verba. Basta lembrar a crise financeira que se instaurou a partir desse ano.
Cortem as mordomias que a Conta fecha e sobra
Do Judiciário e do Legislativo?
E de amplos setores do executivo, mas mexer em certos vespeiros é praticamente impossível no eldorado dos trópicos.
Não existem amplos setores do executivo com privilégios, na verdade só o primeiro escalão, ao contrário dos outros poderes
Logicamente de todos. Mas não vamos nos enganar e tentar achar que nas Forças Armadas é diferente. Eu pensava isso quando era adolescente
Rinaldo. Militares estão no poder executivo. Se um militar quiser uma posição em outro poder, que peça baixa, passe em um concurso e comece uma nova carreira pública.
Sobre as regras previdenciárias do executivo, defendo que os militares e civis tenham as mesmas regras.
Alguns benefícios podem ser considerados para aqueles que combaterem em uma guerra, o que parece justificado. Agora, achar que um militar que teve a sua carreira sem combater possa ter privilégios em relação aos demais servidores públicos do executivo é uma distorção.
Como economista eu acho sofrível essa fake news de militares terem mordomias. Vocês não conhecem nada da elite do funcionalismo público. Na vdd militar tem salários e planos de carreira bem —— EDITADO ——, muito medíocres se me perguntarem.
O único problema da categoria está na previdência, algo que poderia ser facilmente resolvido se alguns jabutis fossem retirados. Mas daí chamar isso de privilégio vai um longo caminho.
O que é pensão para filha solteira se não uma mordomia? O que é poder elaborar a própria previdência(contribuindo relativamente menos do que do o restante da população) se não uma mordomia?
Se tais fatores não foram estendidos aos demais setores do funcionalismo, então são sim mordomias.
Todas as altas castas do funcionalismo público do Brasil têm mordomias, a república foi construída sob essa exata premissa.
Esse negócio de filha solteira foi extinto lá pelo FHC. Tá chorando pq no Brasil não se revoga direitos adquiridos? Vai lá construir segurança jurídica com direito adquirido que pode ser revogado de uma hora pra outra. E sobre a previdência eu disse que é mal feita tbm, caso não tenha lido, chamei explicitamente de jabuti. Mas daí vem o fato de que é uma carreira super insalubre, com os kras tendo que mudar a cada 2 anos pra algum buraco pelo país, com um salário —— EDITADO ——. E esse papo de casta, faça me o favor! Tu tá… Read more »
Revogar direitos adquiridos abriria uma caixa de pandora, no entanto, há de se rever a concessão de novos benefícios tendo em vista que se revestem de expectativa de direito e não de direito adquirido. Outro ponto, para pensões já concedida, portanto não sujeitas a cancelamento poderiam majorar as contribuições prevevidenciarias. No âmbito dos servidores civis desde a reforma da previdência de 2019, para quem ganha acima do teto do INSS, hoje em R$ 7.787.02, a contribuição é escalonada podendo chegar a 22% da remuneração. Lembrando que no caso dos civis o dependente recebe apenas 60% do benefício deixado pelo falecido,… Read more »
Realmente tem muito direito adquirido , mas os penduricalhos não são poucos … mas o povo esquece que isto está em tudo… quem parar pra ver a folha de membros do judiciário por exemplo vai ter um ataque.
Felipe. Direito adquirido é sobre o direito adquirido passado. Não existe direito adquirido futuro. Por exemplo, se uma pessoa se aposenta antes de uma reforma previdenciária, o valor de sua aposentadoria não poderá ser revisada sobre a nova lei, mas todas as pessoas que estão trabalhando passam a seguir a nova lei, mesmo que tenham começado a trabalhar sob uma outra lei previdenciária. Geralmente, em reforças previdenciárias, são criadas regras de transição para reduzir o impacto político, mas isso também é uma modificação da lei anterior que perde validade. Outro ponto, mesmo que uma pessoa tenha se aposentado com uma… Read more »
Isso ja acabou faz muito tempo. Pra que bater na mesma tecla da desinformação?
Entre os servidores civis também existia a possibilidade de se deixar a pensão para filhas. Mas neste caso, elas tinham que ser solteiras. No entanto, em âmbito federal tal benefício foi extinto com a lei 8112/90, portanto os servidores que faleceram após a vigência desta lei não deixam pensões para as suas filhas. No caso dos militares há uma diferença significativa. A medida provisória 2131 de 28 de dezembro de 2000 extinguiu o benefício às filhas dos novos entrantes das carreiras militares, porem os antigos mantém o privilégio. Digamos, um sujeito que entrou para as forças armadas em 1982 e… Read more »
“Ditador” tá serto cumpanheiro
Olá. O objetivo da previdência (seja no setor privado ou púbico) é garantir o bem estar da pessoa após a sua aposentadoria. Obviamente, é preciso garantir o bem estar das pessoas em torno dessa pessoa, como cônjuge e dependentes. Quem contribui tem o direito á aposentadoria. No caso da sua morte, o cônjuge ou dependentes têm direito á pensão. A lei é bem clara sobre quem tem direito e sobre o valor da pensão. Existe uma escala de prioridade. 1) cônjuge, inclusive união estável e em relações homoafetivas. 2) filhos ou enteados até 21 anos ou com grave doença ou… Read more »
Sensato e realista.
https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/02/4905850-dinheiro-publico-banca-picanha-e-cerveja-para-militares.html
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https://veja.abril.com.br/economia/viagra-picanha-e-cerveja-o-extrato-de-compras-das-forcas-armadas/mobile
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https://www.google.com/amp/s/brasil.elpais.com/brasil/2021-07-06/defesa-gasta-mais-de-meio-bilhao-por-ano-com-pensoes-acumuladas-pagas-a-parentes-de-militares.html%3foutputType=amp
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https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/01/forcas-armadas-do-brasil-destoam-da-otan-ao-manter-perfil-gastador-com-pessoal.shtml
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https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/taifeiro-mordomia-oficiais-generais-custa-35-milhoes-ano/
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/07/17/o-crime-compensa-os-privilegios-dos-militares-expulsos-das-forcas-armadas.htm
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https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/04/14/interna_politica,1481461/governo-bolsonaro-dobrou-beneficio-a-militares-em-acordo-com-congresso.shtml
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https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46366371
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https://congressoemfoco.uol.com.br/area/governo/deputados-licitacoes-forcas-armadas/amp/
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https://www.google.com/amp/s/www.gazetadopovo.com.br/vozes/lucio-vaz/militares-gastam-r-56-milhoes-com-viagens-internacionais/amp/
Com a Suécia é assim…
Pagou…levou.
Mas quem achou que seria diferente???
Como diz o ditado.
Não deixe todos os ovos em uma cesta só .
Agora é sentar e esperar e ainda contar com os F5 .
Rumores de que a SAAB fechou contrato com Hungria.
Eles irão pagar e a produção do Gripen será prioritária para eles
Aonde que você nao paga e leva? O comprador descumpre o contrato e o culpado é o vendedor?
Então…. quando alguém compra um carro zero, se pagar a vista, leva o carro. Se fizer um financiamento, o cliente leva o carro e um carnê. O cliente pode pagar o carnê nas datas combinadas. Também pode pagar as prestações finais e descontar o juros. Se atrasar, vai ter que pagar a prestação com multa. O cliente pode fazer um outro empréstimo com juros menores e pagar todo o valor do financiamento descontando os juros e com melhores prazos…. No caso de um financiamento de carro, uma vez que vendeu, a concessionaria recebe o valor da finaceira e a financeira… Read more »
Desc. São dois contratos diferentes. Um é com a Saab que envolveu o desenvolvimento dos Gripes E/F, treinamento dos engenheiros, instalação da linha de fabricação na Embraer, compra de armamentos, treinamento dos pilotos e a compra dos 36 aviões. Isso tudo foi feito com a Saab. O governo brasileiro negociou este contrato com a Saab e chegou ao valo de quanto a Saab precisaria para fazer cumprir o contrato. Este acordo foi feito entre o governo brasileiro, com a FAB á frente, e a Saab. Envolveou também outros ministéios, como o da Industria e Comercio. Depois, quase um anos depois,… Read more »
Resta demonstrado que os pagamentos estão atrasados e essa é, essencialmente, a razão dos atrasos nas entregas.
Agora vejam: a imprensa divulgou recentemente que o governo NÃO tem sequer dinheiro suficiente para custear as despesas OBRIGATÓRIAS (saúde, educação, etc.), quanto mais terá para custear as DISCRICIONÁRIAS!
Resumo: irresponsáveis que só sabem subir impostos continuam gastando muito, muito mais do deveriam com coisas questionáveis e, por isso, o governo não está honrando compromissos (o FX-2 é só mais um de muitos).
Prezados: primeiramente quero reiterar minha opinião, várias vezes aqui externada, de que a opção pelo GRIPEN, no âmbito do programa FX2, foi a mais acertada, técnica, econômica e financeiramente falando. Um olhar muito importante neste contexto deve ser focado no conceito com que este programa FX2 foi norteado, visando não só a obtenção de meios, mas também agregar ao BRASIL um valor ainda mais amplo no sentido de prover um real ganho em tecnologia, condições econômicas e de desenvolvimento em geral do país, logicamente sem deixar de atender à sua finalidade de base, qual seja: efetiva contribuição na área de segurança. Assim… Read more »
E sobre a possibilidade de adquirir uma nova aeronave em complemento com os Gripens? É especulação?
Teoricamente tudo é possível, mas por enquanto é somente especulação por parte de alguma AFA.
Com os AMX e F5 dando baixa a curto prazo e a necessária extensão do cronograma do Gripen devido a situação financeira, não teremos outra alternativa, caso isso não ocorra teremos muitos pilotos tirando “férias coletivas” e assistindo a “Sessão da Tarde” em casa…
Olá Leopoldo, hipoteticamente… suponha que o problema com o Fx2 seja orçamentário (não é). Se falta dinheiro para comprar Gripens em um contexto na qual a infraestrutura de fabricação e treinamento já está implantada, então falta dinheiro para fazer qualquer outra coisa. suponha ainda que o problema seja orçamentário (mas não é), então teria que se buscar recursos adicionais ao Fx2, porque já existe o contrato de financiamento com o banco sueco. Então, ao invés de ficar mais barato, aumentaria os gasto em cerca de 20% (tomando como referência os gastos da Argentina com os F16 de segunda mão). suponha… Read more »
Pelo que entendi com as últimas matérias sobre o Gripen que li, tem 2 Gripen E e 2 F sendo montados na Saab , e 1 Gripen E sendo montado na Embraer, totalizando 5 caças a serem entregues a FAB em 2024/2025.
Em GPX, que eu saiba, tem 2 Gripen E sendo montados. Agora, quando esses 5 citados por ti (ou 6) serão entregues, só Deus sabe.
Estavam previstos 3 para este ano, talvez venham lá pra novembro/dezembro, e ano que vem seriam 4.
Pelo que eu entendi, os dois Gripen E na SAAB já estão prontos esperando embarque. Os dois Gripen F estão em estágios avançados de fabricação, mas só devem começar os vôos de teste ano que vem. O que está sendo montado na Embraer deve ser coisa para o final do ano ou algo assim.
pelo já publicado o da Embrear finalizado 2025 e iniciara os teste em 2025
Os da Embraer só em 2025.
Então deve vir este ano pelo menos 2 Gripen E imagino.
Resumindo: os cronogramas e previsões nunca estarão errados/atrasados se sempre mudarmos-os de última hora
Com inadimplência nunca haverá pendência. Queria estar errado mas o Brasil se começa algo, não se tem garantia de que vai terminar.
Dez anos e não temos se quer um esquadrão completo operacional, nem mesmo a célula está 100% operacional, ainda há testes a fazer… se a FAB precisar ser acionada pra ação só irá existir F-5 e A1 disponíveis.
Se for acionada para pegar avião de traficante vai de A29, se for guerra contra outro País , todos os meios serão utilizados ,inclusive os F-39,observe a guerra da Ucrânia,nessa hora tira-se do estoque até aeronave parada, rapido reativariam vários A1,F5 etc…guerra é guerra…a ucrania e Russia fizeram varios frankenstien de avião, tanque etc….
Dado o prazo dilatado para que todas as células até agora contratadas sejam entregues não faz sentido encomendar um segundo lote.
Daqui 20 anos haverá tantas novas tecnologias que é inevitável que o Gripen fique ultrapassado e uma modernização de células que acabaram de sair da fábrica não parece ser algo inteligente.
Os poloneses receberam um esquadrão completo de FA-50 em um ano por um preço relativamente modesto… é algo que a FAB deve pensar, não dá pra ficar mais uma década com F-5 de 50 anos.
FA-50:
-Supersônico
-canhão interno
-entrega rápida
-preço modesto
-armamento e aviônicos padrão OTAN
-variante com radar melhor e capacidade REVO já planejada
Receberam em prazo curto porque, diferentemente do Brasil, eles pagaram. Simples assim.
Os poloneses informaram que escolheram o FA-50 pela entrega rápida, mas rápida do que a LM com seus F-16 (o preferido) poderia fazer.
Só que os F-16 que os poloneses estavam comparando, eram modelos novos de fábrica. Se a FAB escolhesse o F-16 agora, é mais provável que seriam unidades usadas. O tempo de entrega, vide os MLU argentinos é rápido e o custo geral muito mais barato. Outra coisa, ter o selo de “armamento e aviônica padrão OTAN” não significa que muitos desses armamentos e componentes da aviônica sejam totalmente integrados. Se você pesquisar os armamentos do FA-50, boa parte dos mísseis encontram-se em estado de planejamento de integração, tanto que os poloneses ainda cogitam a integração do AIM-120. Se a FAB… Read more »
O avião está em desenvolvimento. O comprador realiza pagamentos conforme a disponibilidade financeira + a disponibilidade das entregas. Pandemia, guerra, variação cambial, inflação local e orçamento, ajustes. Não existem urgências, somente as importâncias contratuais limitadas às fraquezas das partes. A FAB não tem avião, a MB não tem navio, o EB nada. Evidentemente a CF de 1988 que deu independência financeira, administrativa e jurídica às autarquias e administrações diretas como executivos, legislativos e judiciários está superada. Hospital e escola demandam segurança, transporte, iluminação, abastecimento de água e esgotos, planejamentos que são feitos após o cumprimento das obrigações. Vamos no passo… Read more »
na primeira foto, que avião é que aparece à esquerda, com radome preto?
Mirage 2000 Com pintura especial
https://www.aereo.jor.br/2022/12/21/fab-incorpora-primeiros-cacas-f-39-gripen-a-frota-do-esquadrao-jaguar/
Foto somente dele
https://www.aereo.jor.br/2019/04/22/comandante-da-aeronautica-participa-de-solenidade-na-ala-2-em-anapolis-go/
Teve a compra de mais 4 aeronaves ? Totalizando 40 ?
Não.
Isso mudou desde o ano passado para uma negociação de cerca de 14 caças adicionais ao contrato original, e não mais apenas 4.
Olá Nunão…. estou melhorando da dengue…. ainda estou baqueado, ao menos voltou o apetite… vou ler os comentários e tentar colaborar…. mas ainda tá difícil me concentrar em coisas mais complexas. Foi uma pena que o ataque do Hamas tenha coincidido com a viagem dos representantes do governo brasileiro para a Suécia… depois de outubro, parece que o assunto ficou congelado… agora, com a crise no RS, o MInDef está novamente envolvido em ajudar na solução de uma crise humanitária, o que é correto. Pelo que lembro, aquela ideia de trocar sensores, armamentos e apoio logístico por 4 Gripens adicionais,… Read more »
Olá Camargo. Melhoras!
O cenário para discutir aditivo com 25% de valor para acréscimo de 12 a 15 caças está ruim mesmo.
Sobre a questão do financiamento e pagamentos, que é o tema principal da matéria, a discussão que achei mais interessante está a partir deste comentário abaixo:
https://www.aereo.jor.br/2024/05/24/f-39-gripen-e-os-contratos-da-fab-pagamentos-aditivos-e-mais-informacoes-do-ultimo-relatorio-de-gestao/#comment-796050
Boa noite foristas.
Eu sonhava com um “Hi/Low” onde o Gripen seria o Low.
Acordado espero que o Gripen seja o Hi e que o FA 346 ou similar seja o Low.
É a realidade.
Mas se esse é seu sonho, como pode ser a realidade?
Quando a gente acorda a realidade bate a porta.
Ou melhor…sonho é algo que pode se tornar realidade, fantasia é algo impossível de ser realizado.
Eduardo. A primeira coisa é pensar quais seriam as demandas da frota da FAB. Restringindo á aviação de caça, seriam 1) treinamento. 2) contra insurgência, 3) intercepção e defesa do espaço aéreo, 4) superioridade aérea, 5) ataque tático e 6) ataque estratégico. O treinamento (excluindo a AFA) é feita pelo A29, que será modernizado (provavelmente para adequa-lo ao Gripen). O A29 também é o mais adequado para contra insurgência. A interceptação e defesa aérea é dividade entre o A29 e um interceptador supersônico, que seria o F39 (após a aposentadoria dos F5M). O ataque tático e estratégico seria também do… Read more »