China Southern Airlines adquire 100 jatos Comac C919 em expansão da frota
A China Southern Airlines fez um pedido de 100 aeronaves Comac C919, juntando-se assim às outras grandes companhias aéreas estatais chinesas que já se comprometeram com o avião desenvolvido no país.
O pedido da China Southern segue o da Air China, que também solicitou 100 unidades do C919, mas na variante de alcance estendido.
Conforme anunciado na bolsa de valores de Hong Kong, cada C919 da China Southern será adquirido pelo preço de tabela de 99 milhões de dólares.
As entregas estão programadas para ocorrer entre 2024 e 2031. Com os pedidos das “Três Grandes” e da Surpana Airlines, o total de pedidos firmes para os C919 chegará a 330 unidades.
A China Eastern Airlines, que foi a cliente inicial para a aeronave “narrowbody” chinesa, atualmente opera cinco C919s e tem mais 100 unidades encomendadas.
Se a Comac cumprir seu cronograma, a empresa terá que entregar uma média de quatro aeronaves por mês ao longo de sete anos. Isso também significa que seu cronograma de entregas para 2024 deverá incluir pelo menos nove aeronaves, considerando os dois novos clientes.
A China Southern afirma que a introdução das aeronaves poderá “aliviar a pressão da demanda por capacidade da companhia aérea, alcançar uma estrutura de frota equilibrada e melhorar sua força geral e imagem de marca.”
FONTE: Aviation Week
Esperada essa venda, ainda mais sendo uma companhia estatal (COMAC) vendendo pra outra estatal (China Southern Air Holding Company).
Outras aéreas chinesas de capital estatal também devem adquirir o C919 em breve.
Ele foi feito para isso primeiro atender o mercado chinês e posterior se possível abocanhar outros mercados como na Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Isso é positivo pois tira da mão do duopólio (Boeing e Airbus) uma boa fatia do mercado.
Esse avião precisa de mais versões para concorrer de fato com a Boeing e a Airbus, na própria China algumas companhias precisam de aviões com o desempenho do a319 para altas altitudes e de algo com a capacidade de a321. Já estão desenvolvimento inclusive. Ademais, acho um erro esse foco tão grande em abastecer primeiro a China, eles tem a oportunidade de ser a única opção disponível para diversas empresas pelo mundo, nesse momento a Airbus tá no limite da capacidade de produção, a Boeing tá com entregas atrasadas e diversos problemas na cadeia de peças, até a Embraer já… Read more »
A Embraer também vai chorar com essa nova empresa, pode esperar. Não é só o duopólio não.
Esse aviao compete principalmente o A320 e 737 domesticamente. A Embraer conseguiu certificacao na China E2-195 em Ago/23 mas ate agora nao vendeu nenhum por la. Nao tem muito o que fazer, reclamar com o governo chines que está fazendo negocios entre as suas empresas?
quanto mais concorrência melhor pro consumidor
E mesmo assim, eles vão ter que mostrar trabalho
Pq os russos vieram com o Sukhoi Superjet 100 pro Ocidente e ninguém comprou aquilo… Os mexicanos até tentaram sair do duopólio mas pelo que parece, o produto era ruim demais…
Mas a questão da aeronave da Sukhoi é muito mais complicada.
A fabricante está sofrendo com o embargo aplicado às empresas russas.
Faltam componentes para produção das aeronaves. Precisam fazer triangulação com os outros países que, mesmo funcionando, atrasa a linha de construção.
Vendas estão sendo bloqueadas pelos EUA e outros países europeus uma vez que a aeronave utiliza equipamento derivados destes países.
E não é pela empresa ser uma joint venture entre a Sukhoi e a Aermacchi que está escapando de bloqueios financeiros. Vários ativos tanto da Sukhoi quanto da Superjet já foram bloqueados.
O fracasso com a mexicana Interjet e com a irlandesa CityJet foi bem antes das sanções. Ambas abandonaram o modelo em 2020.
O serviço pós-venda dos russos é notoriamente ruim.
Está sendo fabricado a versão com somente componentes locais da turbina passando pelos aviônicos e demais sistemas, se por acaso fosse a Embraer que fosse sancionada ela iria a falência pois o Brasil depende muito de importação de componentes pois diferente da Rússia ela não tem uma cadeia de indústrias aeroespaciais do tamanho da indústria Russa.
A maioria das empresas aéreas compra aviões por leasing, ocorre que o avião russo não tinha muitas empresas fazendo leasing dele(não se tinha alguma com esta modalidade) de forma alguma era um produto ruim só havia poucas opções para o mercado externo que não seja a Rússia.
Os SuperJet que operava no México sofreram uma série de problemas e a resposta do fabricante russo era lenta. Aos poucos as aeronaves foram sendo groundeadas até que a paciência do operador acabou…
lembre se que alguns problemas eram com o motor que era na sua maioria francês, então não adianta jogar pedra na indústria Russa quando o problema muitas vezes era de outros fornecedores como a indústria francesa e outras já que havia outros componentes de outros fontes.
A China tem que mostrar a qualidade do produto.
Talvez tenha mercado em alguns países do sudeste asiatico e Africa, mas pouco provável que tenha sucesso externo a China. Como usa turbina da GE (LEAP-1C, que é mais um upgrade da CFM56), nao poderia ser exportado pra Russia, Ira e Coreia do Norte até a turbina nacional CJ-1000A estar certificada para uso.
Duvido o C919 entrar no mercado americano, já que seria visto como nova ameaça chinesa à segurança dos states.
Mesmo com a turbina chinesa ele não poderá ser vendido pro Irã e Coreia do Norte pois muitos outros componentes são americanos e a lei deles diz que se o índice de produtos for acima de 10% não pode ser vendido pra quem eles não queiram. Portando só quando a China tiver mais de 90% de nacionalização ela poderá vender pra quem bem quiser.
Com a escassez de aeronaves no mercado, o que antes era só uma política industrial nacionalista, de exigida a compra de equipamentos nacionais, parece fazer algum sentido econômico hoje.
Vai vender bem, vai. Até por que na China vai ser obrigatório escolher ele. Fora da China alguns países mais dependentes talvez. Países ocidentais, nem a pau. Rússia, aí quero ver até onde o bolso aguenta amizade de sorrisos amarelos (pois no futuro próximo devem se tornar concorrentes). E o Brasil que tanto nos interessa, vamos ver até onde o protecionismo chinês vai navegar no puxa saquismo governamental nacional.
Só os vassalos de Xi vão comprar esses aviões.
São umas 300 unidades a menos no balanço da Airbus e ou Boeing é menos dinheiro entrando, quem esta perdendo o mercado chinês são eles. Duvido que eles gostam desta noticia.
Olá Brasil, As empresas chinesas querem agradar ao seu governo (risos) e, portanto, apoiar os fabricantes de aeronaves chineses (este é um passo necessário). Lógica !!! Esta aeronave que se assemelha às outras (líderes de mercado) adquirirá primeiro uma “certa maturidade” no seu enorme mercado nacional (à escala da China). Resumindo, a competição (saudável e justa) é uma boa fonte de motivação haha. Dito isto, não devemos esquecer alguns factos óbvios: A necessidade de aviões é colossal para os chineses. A Airbus nestas previsões sugere que as quarenta companhias aéreas chinesas deverão encomendar 8.400 novas aeronaves comerciais até 2040 (20%… Read more »
No primeiro momento talvez mas a longo prazo o produto nacional vai prevalecer e mais futuramente vai ocorrer com os wide Body que a China ainda não produz mas no futuro vai ser produzido localmente em menores quantidades mas também as grandes vão perder mais este mercado.
O que eu tenho acompanhado é, que muitas industrias ocidentais e até asiáticas estão abandonando a China.
É…pelo visto o posto de terceira maior fabricante de avioes que a Embraer ostenta, está com os dias contados…