Força Aérea dos EUA revisa o papel dos CV-22 em meio ao aterramento
A Força Aérea dos EUA está revisando o papel de sua frota CV-22 após um aterramento de três meses decorrente de um acidente fatal.
O comandante do Comando de Operações Especiais da Força Aérea, Gen. Tony Bauernfeind, mencionou que a revisão complementa investigações sobre a causa do acidente de um tiltrotor Bell-Boeing no Japão em 29 de novembro de 2023, que resultou na morte de todos os oito tripulantes.
Após o acidente, atribuído preliminarmente a uma “falha material”, a frota de CV-22 foi aterrada, medida seguida pelos Corpos de Fuzileiros Navais e pela Marinha dos EUA.
Durante a investigação, há esforços contínuos para permitir o retorno seguro ao voo dos CV-22. Bauernfeind destacou que qualquer decisão de retomada de voos exigirá total confiança nas medidas de mitigação e na capacidade de resposta a eventuais problemas. A frota enfrenta desafios com engates duros de embreagem, relacionados ao conjunto do eixo de entrada da embreagem, com medidas implementadas para substituição a cada 800 horas, já em vigor durante o acidente de novembro.
Bauernfeind se reúne semanalmente com líderes dos comandos Naval Air Systems e Naval Air Forces, e o comandante adjunto da Aviação do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, discutindo a retomada dos voos e garantindo a segurança das tripulações. Enquanto isso, as operações especiais que dependiam do CV-22 estão sendo supridas por aeronaves de outros serviços militares, com a Força Aérea buscando garantir a segurança e eficácia na retomada dos voos.
FONTE: Aviation Week
“A frota enfrenta desafios com engates duros de embreagem, relacionados ao conjunto do eixo de entrada da embreagem, com medidas implementadas para substituição a cada 800 horas, já em vigor durante o acidente de novembro.” Brinquedinho caro de manter.
O torque deve ser bem alto, engrenar eixos assim deve estressar bastante os componentes. Ainda mais que devem ter requisitos apertados de tamanho e peso, o que torna tudo pior.
O Osprey é um pato. Quer fazer tudo e não faz nada bom o suficiente. É lento para um avião e caro demais para um helicóptero.
Talvez a solução fosse criar peças em titânio. Mas aí o custo , que já é estratosférico, iria parar na órbita da Terra.
Acho esse tipo de aeronave muito vulnerável para emprego militar, contra um país com defesa mínima.
Ele não é nada discreto em qualquer aspecto, qualquer dano em um fotos ele vai para o chão,o helicóptero do menos pode desacelerar com as hélices, mas uma aeronave com dois rotores, se um parar o outro faz ele perder controle.
O Osprey pode voar monomotor, em emergência um motor pode impulsionar os dois rotores.
Se o problema for no motor. O problema é se ele for no eixo, em algumas das engrenagens desse sistema de transição extremante complexo ou até na própria hélice.
Também sempre achei esses “tilt-rotors” mais inseguros.
Se um avião perde os motores, ele plana.
Se um helicóptero perde os motores, estes desacoplam da hélice (asa rotativa) e ele faz a autorrotação.
E esses tilt-rotors? Creio que nem uma coisa nem outra.
Ainda que, como o Galante informou, um motor garanta as hélices do outro, eu particularmente não confio muito.
Nesse mesmo sentido são minhas reservas com aqueles veículos voadores elétricos urbanos que volta e meia surgem em projetos por aí.
“10 desses para o Brasil”
Em instantes, em um comentário perto de você!
Eu só vou acreditar que o Osprey é uma aeronave segura quando algum presidente americano começar a voar nele, como fizeram e ainda fazem no bom e velho Sea King.
Com a licença dos leitores do Poder Aéreo, informo que a Marinha dos EUA está reativando os C-2 Greyhound pra Carrier Onboard Delivery. Mas um C-2 não carrega o motor do F-35… Sinuca de bico pra quem depende dos tiltrotors…
Pensei nisso quando vi essa notícia, quem vai carregar os motores?
Será que vão levar motores extras dentro do porta-aviões, gerando custos extras? Mesmo assim, será uma solução limitada, pois hora ou outra chegará um tempo em que o navio terá que aportar para descarregar motores precisando de oficina e embarcar motores revisados.
Alex, sabe dizer se essa reativação será temporária ou mais “permanente”, talvez fazendo um misto de aeronaves a disposição?
Olá, DanielJr. Não sei dizer, mas o destino dos C-2 reativados por certo dependerá inteiramente do destino dos Ospreys aterrados. Aguardemos.
os PAs terão que zarpar com motores F135 sobressalentes
A solução a curto prazo provavelmente será manter as duas aeronaves operando, até terem uma terceira que resolva esse imbróglio… ou crie outro!
Vocês acreditam que um tiltrotor burlaria as restrições da asa fixa permitido uso pela aviação do exercito a médio/longo prazo?
O decreto de criação da Aviação do Exército, n° 93206, de 03/09/1986, prevê somente o uso de helicópteros. Resta saber como um tiltrotor é classificado: asa fixa ou rotativa?
Ainda não entendi o motivo de desativar os CV-22.
E buscar uma nova solução ou usar uma já existente ?
E os americanos ainda continuam apostando tilt rotor. Vão de Bell V280 Valor no FLRAA.
Eu gosto das possibilidades desse tipo de aeronave. Porém aparentemente ainda há um longo caminho à percorrer em relação à confiabilidade da plataforma, pelo menos no caso do Osprey.
Tem surgido uma forte resistência aos Tiltrotor nos EUA, principalmente ao projeto do Bell V-280 Valor, que até o nome lembra grana. São caros demais para manter, confiabilidade e funções questionáveis.
E quem vai continuar a carregar esse piano de COD ma US Navy vai continuar sendo o C-2.
Será que vêm mais cortes por ai?
Os EUA ea França utilizam o E-2 Hawkeye como aeronave AEW em seus porta aviões. Outras nações que operam apenas pprta helicópteros como a Espanha ou porta aviões sem catapulta como o Reino Unido não tem a opção de uma aeronave do tipo ficando restritos a helicópteros como o Merlin Crowsnest para a função AEW. Mesmo os grandes navios de assalto anfíbio da marinha americana que operam o F35 não tem acesso ao E-2 embora para eles a falta seja menor porque tem o luxo de serem acompanhados por um dos porta aviões. O Brasil se encontra na mesma posição… Read more »
Com qual antena? E o CG? Olhando a foto do avião não vejo como…
Pois é. Com dois rotores enormes girando naquela posição ao decolar, não sei onde caberia uma antena grande o suficiente para essa função.
Pelo que eu pude encontrar, a Boeing chegou a oferecer uma solução como esta pra Royal Navy. Na página abaixo pode-se ver uma maquete desta solução além de uma imagem artística de outra diferente.
“As an alternative to the Merlin airframe, Boeing is actively promoting a version of the V-22 Osprey fitted with a palletized version of the Thales Cerberus mission system and the Searchwater airborne radar system under the project designation of TOSS. ”
https://web.archive.org/web/20110927052605/http://navy-matters.beedall.com/masc.htm
Há que se conhecer as capacidades desse radar. Se tiver range menor que 200NM pode esquecer. Uma coisa é a apresentação artística, outra coisa é funcionando…
O mais problemático é usa-lo em porta-aviões, com espaço reduzido ele toma espaço demais no convôo e nos hangares embaixo então nem se fala.