Canadá escolhe o P-8A Poseidon, da Boeing, como sua aeronave multimissão
- Parceria com a indústria canadense trará prosperidade econômica de longo prazo ao Canadá
- Com o P-8, Canadá garante interoperabilidade com aliados NORAD e FIVE EYES
- As primeiras entregas são esperadas para 2026
ARLINGTON, Va., 30 de novembro de 2023 – O governo do Canadá assinou uma Carta de Oferta e Aceitação de Vendas Militares Estrangeiras para até 16 aeronaves Boeing [NYSE: BA] P-8A Poseidon como parte do projeto de Aeronave de Múltiplas Missões do Canadá (Canadian Multi-Mission Aircraft ou CMMA, na sigla em inglês). O Canadá se une assim a oito parceiros de defesa, incluindo todos os aliados FIVE EYES, aliança de inteligência composta por Estados Unidos, Reino Unido, Austrália,Nova Zelândia e Canadá, e se torna o quinto país da OTAN a selecionar o P-8 como sua aeronave multimissão. As primeiras entregas são esperadas para 2026.
“O P-8 reforçará as capacidades de defesa e prontidão do Canadá e estamos entusiasmados em fornecer esta aeronave à Força Aérea Real Canadense”, disse Heidi Grant, presidente de Desenvolvimento de Negócios da Boeing Defense, Space & Security. “Junto com nossos parceiros canadenses, entregaremos um abrangente pacote de benefícios industriais e tecnológicos que garantem prosperidade contínua para a indústria aeroespacial e de defesa do Canadá.”
O P-8A é a única solução comprovada, em serviço e em produção, que atende a todos os requisitos do CMMA, incluindo alcance, velocidade, resistência e capacidade de carga útil. Essa decisão beneficiará centenas de empresas canadenses e trará décadas de prosperidade ao Canadá por meio da manutenção da plataforma fornecida por nossos parceiros da indústria canadense.
A aquisição do P-8A gerará benefícios anuais de quase 3.000 empregos e USD 358 milhões em resultados econômicos anuais para o Canadá, de acordo com um estudo independente de 2023 realizado pela Doyletech Corporation, com sede em Ottawa.
“Este é um dia muito importante para a Força Aérea Real Canadense e para a Boeing”, disse Charles “Duff” Sullivan, diretor geral da Boeing Canadá. “O P-8A oferece capacidades incomparáveis e é a solução mais acessível em termos de custos de aquisição e manutenção ao longo do ciclo de vida. Não há dúvida de que o P-8A protegerá os oceanos e as fronteiras do Canadá para as futuras gerações.”
A equipe Poseidon, base da parceria da indústria canadense com a Boeing para o P-8, é composta por CAE, GE Aviation Canada, IMP Aerospace & Defence, KF Aerospace, Honeywell Aerospace Canada, Raytheon Canada e StandardAero. A equipe se agrega aos 81 fornecedores canadenses que atualmente já trabalham na plataforma P-8 e a mais de 550 fornecedores da Boeing em todas as províncias, contribuíndo para os cerca 4 bilhões de dólares canadenses em benefícios econômicos anuais da empresa para o Canadá, gerando mais de 14.000 empregos canadenses.
Com mais de 160 aeronaves entregues ou em serviço e 560 mil horas de voo da frota, o P-8A possui capacidades comprovadas para guerra antissubmarino e antissuperfície, inteligência, vigilância, reconhecimento e resposta a desastres e assistência humanitária.
Sobre a Boeing
A Boeing é uma empresa aeroespacial líder global que desenvolve, fabrica e realiza serviços em aeronaves comerciais, produtos de defesa e sistemas espaciais para clientes em mais de 150 países. Como uma das principais exportadoras dos Estados Unidos, a empresa usa os talentos da sua base de fornecedores globais para promover oportunidades econômicas, sustentabilidade e impacto nas comunidades. Sua equipe diversificada está comprometida com inovações para o futuro, liderando com sustentabilidade e cultivando uma cultura baseada em seus valores centrais de segurança, qualidade e integridade. Junte-se à nossa equipe e encontre seu objetivo em Link.
DIVULGAÇÃO: Boeing / LLYC
Ótima aquisição , visto que já participam do projeto.
Uma dúvida o Canadá usa alguma aeronave aew&C?
RCAF não dispõe de aeronaves AEW&C.
EUA e Canadá têm o NORAD.
Sou suspeito pra falar, mas essa aeronave é linda em qualquer versão!
Escolha óbvia por parte do Canadá.
Alguns dizem que palavras têm poder, então vou tentar:
Que até o final da década a Embraer já tenha desenvolvido e esteja operacional o E-190 Tritão (o nome é por minha conta) e que a aviação de patrulha seja assumida pela MB.
Os E-190 ficarão lindos com os Mansup sob as asas!
Muito boa escolha do nome: Tritão. Tem tudo a ver.
Os cansados e defasados CP-140 Aurora deverao ainda esperar por quase 3 anos.
Quem pode, pode.
E quem poderia imaginar esse resultado não é mesmo?
Eu vejo esse tipo de notícia, e só consigo pensar em quando chegar a hora dos Orions começarem a “abrir o bico” e pedir aposentadoria….
Tô até vendo a coitada da FAB tendo que se virar nos 30 pra resolver isso, já que a MB insiste em fingir que não é com ela…
quando chegar a hora ?
já estão pedindo para sair de cena há alguns anos
E porque deveria ser com ela?
A matéria diz que os Poseidon são para a força aérea canadense, não para a marinha, então eles também estão errados?
Sim.
Não
Isso é discutível e varia de país para país.
Por exemplo, na Rússia o exército só opera drones, todos os helicópteros são operados pelo Força Aeroespacial russa, tanto os Mi-8, Mi-17 para transporte de soldados como os Ka-52 e Mi-28 de ataque. E são usados na maioria das vezes para transportar soldados do exército e atacar blindados inimigos ou prestar apoio para tropas terrestres, mas pertencem à Força Aeroespacial e são operados e mantidos por esta.
O dinheiro vem do mesmo lugar, do governo.
Exatamente. Além do Canadá, a Austrália, Noruega, Nova Zelândia e Inglaterra também operam seus P-8 em suas Forças Aéreas e não na Marinha. Os MPAs antigos eram muito limitados e faziam basicamente aquilo que foram feitos para fazer: patrulha e combate naval. Já os MPAs modernos são por natureza excepcionais plataformas ISR. Com a combinação dos radares SAR, sistemas ESM e FLIR, podem localizar e identificar alvos terrestres, desde radares até formações blindadas, com a mesma eficiência que fazem isso com alvos navais. A capacidade de ataque também pode ser usada contra alvos em terra, inclusive a maioria dos mísseis… Read more »
Prezado Rinaldo: em geral os foristas que entendem ser mais adequado o uso destas aeronaves pela FAB se fixam em conceito muito questionável ( e até muito simplista…), ao meu ver, pois não se trata de olhar para a aeronave enquanto vetor operacional, mas sim focar no inimigo. So falta a FAB comprar navios para monitorar/ vigiar as forças inimigas…a vigilância marítima requer muito mais recursos do que somente aeronaves especializadas, e tudo isto tem que ser coordenado centralmente com responsabilidades e comando adequadamente definido, sob pena de ser totalmente ineficaz.
Cada país sabe aonde o calo aperta, e qual melhor configuração pra sí.
No “mundo ideal”, eu não veria problema nenhuma no EB operando ST pra ataque ao solo, e a MB operando Gripen pra ataque anti-navio.
O que me deixa “cabrero” é que a MB que se recusa a operar os Orions é a mesma MB que insiste em gastar grana naquela meia dúzia de A-4 sem nenhum míssil anti-navio integrado.
Mas o A-4 é um caça Naval ou maritimo que pode operar à partir de navios aeródromos. Então ainda que aeronaves de patrulha maritima seja discutível se devem ser operados pela marinha ou força aérea, caças embarcados é menos discutível, pois foram feitos para operar em navios aeródromos. O que houve é que a MB gostaria de ter o A-12 modernizado e operando ou um substituto, um A-13. E as coisas não deram certo, então manteram uma frota pequena de A-4 apenas para manter a doutrina, na espera de dias melhores $$$ para poderem voltar a ter um navio aeródromos.… Read more »
“Agora com a possibilidade de aprovação dos 2% do PIB para o orçamento militar, retorna a esperança da MB de ter um navio aeródromo na próxima década.”
Sobre 2% do PIB pra Defesa, eu espero, einceramente, que NÃO aconteça.
E mesmo se der mais grana pra MB, ela está, e estará por pelo menos 1 década, até o pescoço com o PROSUB e Alvaro Alberto.
Esses A-4 não duram até lá. A MB vai fazer o que? Comprar Hornet de 2° mão pra manter asa fixa, até acontecer um milagre divino e ela tenha um NaE?
Sempre achei a plataforma do 737 bonita, avião “rebaixado”.
A Bombardier esperneou mas mesmo assim não levou.
O Canadá pretende investir U$ 7,7 bi neste projeto.
Serão U$ 5,9 bi pelos 16 Poseidon e equipamentos associados (na conta de padaria U$ 368 mi cada P-8) e a diferença (U$ 1,8 bi) será investido em simuladores, infraestrutura e armamentos.
EStão investindo alto, 16;
Com o Fundo eleitoral que substitui as doações das empreiteiras, a cada ano, o Brasil compraria quantas aeronaves para patrulhamento?
Esse é o preço a se pagar por fazer fronteira com os yankees, se acontecer alguma coisa de errado na defesa do canada os yankees não vão poder reclamar pq o material usado é de fabricação americana.
Já aqui no Brasil mau tem dinheiro para opera o P-3 e ficam sonhando com P-8.
Mau # bom, mal # bem.
Só porque não concordou com o comentário, está dando aula de gramática 🙂
Conclusão sua. Aproveite e aprenda também.
Essa parte já sei.
Detalhe esquecido: aviões da Embraer, projeto nosso.
Estranho seria se a escolha do estado de número 51 dos EUA fosse outra.
A Bombardier é canadense.
Mas assim como o Embraer 145 proposto pela FAB uns 20 anos atrás para a função de patrulhamento marítimo, a proposta da Bombardier era muito aquém das necessidades operacionais.
Não foi proposto pela FAB: foi proposto pela EMBRAER. Eu estava na COPAC, e o Brig Noro pediu que eu avaliasse a proposta. Que me foi apresentada pelo Eng Ikedo. Dei pau.
Obrigado Nery pela correção, eu deveria ter escrito “proposto para a FAB”
Rinaldo, fiquei curioso. Os motivos da recusa da proposta podem ser divulgados? O problema era o avião ou a eletrônica embarcada?
O avião é pequeno. Não conseguia levar sonobóias. E precisávamos recuperar a capacidade antisubmarino. Nem MAD tinha.
Achamos o culpado
Exato. Ainda bem que incumbiram de analisar a proposta.
Tinha lido um artigo de um piloto da marinha americana comparando os P3 Orion com os P8 Poseidon. Ele menciona que os P3 Orion são aeronaves muito adequadas para a luta contra submarinos. As principais características mencionadas eram: – Possibilidade de voar mais lento e próximo ao nível do mar, o que facilita a busca de submarinos; – possiblidade de desligar dois motores enquanto as buscas ocorrem, assim economiza combustível e aumenta a autonomia de voo nos locais de buscas, dentre outras características. Ocorre que os submarinos passaram a carregar mísseis antiaéreos, o que fez com que os P3 Orion… Read more »
Submarino lançar míssil antiaéreo eu sei que é possível, mas não me recordo de submarinos modernos equipados com esse tipo de armamento. Os alemães estão desenvolvendo o IDAS, mas ele é guiado por fibra ótica e destinado a atacar helicópteros, não aviões, que voam muito mais rápido.
A aeronave P-1 Kawasaki em termos de capacidade técnica é muito melhor do que o P8 Poisedon, não tem comparação, mas por questões de baixa influência geopolítica, não consegue compradores. O P-1 possui 4 radares AESA HPS-106 Toshiba, fixado em cada lado do avião, cobrindo 360 graus, enquanto o P-8 opera apenas um radar (AN/APY-10) de varredura mecânica e que não é AESA. Além disso, o P-1 possui um MAD (detector de anomalia magnética), que o P-8 também não tem. Possuir o MAD é importante, tanto é verdade que a Índia ao adquirir o P-8 pediu que seus aviões viessem… Read more »
Os P-8 adquiridos pelo Canadá provavelmente serão equipados com o AN/APS-154, um radar AESA com 360⁰ de cobertura.
Outrossim, o P-8 também possuí a vantagem de ser baseado numa plataforma comercial, reduzindo o custo total da aeronave durante sua vida operacional (ter apenas 2 motores também ajuda nisso)
P.S. o P-8 também é capaz de carregar um número 29% maior de sonobóias.
“Os P-8 adquiridos pelo Canadá provavelmente serão equipados com o AN/APS-154” Será? Este radar é anexado externamente na fuselagem, foi desenvolvido posteriormente e não faz parte de um equipamento de série fornecido pelo fabricante. Portanto, existirá um custo extra para o Canadá, se quiser este radar. Enfim, a necessidade de terem desenvolvido este radar para o P8, só comprova que o projetistas da Kawasaki acertaram em incluir este recurso desde o início. PS: O P8 foi projetado pra levar mais sonobóias pra compensar as operações de detecção que poderiam ser feitas pelo MAD. Portanto, não é uma vantagem, mas uma… Read more »
Caramba tu me convenceu que o P1 é melhor que o P8, só eé ruim que o P1 é caro de adquirir e manter, não que o P8 seja barato
O governo japonês pagou o equivalente a US$ 207 milhões por cada avião em 2022, a Boeing está cobrando US$ 200 milhões da Alemanha por unidade. Obviamente, existem vários fatores que fazem encarecer o preço, uma delas é a quantidade adquirida, a Kawasaki não tem escala de produção pra baratear os custos, daí o preço ser elevado.
Olá Brasil, Note-se que o Canadá não abriu concurso. enfim e sem sair do “clube anglo-saxão”, outros fabricantes de aeronaves como a Quebec Bombardier (é verdade com protótipo) não existem haha. Um pouco de cinismo reconfortante lol: O governo federal canadense com a ajuda da “Canadian Commercial Corporation” se envolverá para ajudar a desenvolver a exportação da aeronave de patrulha marítima Global 6500. Aeronave que ele não escolheu para seu país lol. Dito isto, o equipamento canadiano neste campo militar deve ser eficiente e as várias capacidades militares do P-8A Poseidon (uma aeronave rapidamente disponível) são, sem dúvida, muito boas… Read more »
Coitada da Marinha Russa ao tentar operar no Atlântico…
O Canadá escolheu 16 aeronaves, o que para o seu tamanho territorial, faz sentido. Agora, o nosso território, é imenso, então quantos P-8s seriam necessários para o Brasil? Um pouco acima de 20, será?
Por essa lógica, o Brasil precisaria de menos, já que o Canadá é maior que o Brasil!!
Principalmente pelo fato de o Canadá ter o maior litoral do mundo, ao passo que o Brasil dispõe apenas do 15º.
Exato, ainda tem esse detalhe.
O Japão parece que vai receber um total de 60 P1.
Os EUA possuem mais de 130 P8.
Então não se trata somente do tamanho geográfico ou da extensão da costa marítima, mas do orçamento militar também.
Sim, são vários fatores que entram na conta….
Além desses, como orçamento ou costa marítima tb conta a situação geo-política de um determinado país.
Simmmm, verdade! Eu me esqueci deste detalhe! Obrigado pela correção!
O Canadá possui 9,9 mi de km2. É o 2o maior país do mundo, apenas atrás da Rússia.
O Brasil fica em 5o lugar com 8,5 mi de km2.
Em costa marítima o Canadá possui a maior do mundo com 243 mil km contra 7.367 km da costa brasileira.
Eles são cercados por 3 oceanos, o Atlântico, o Pacífico e o Ártico.
Enquanto o Brasil apenas o Atlântico.
Como eu queria que este avião fizesse parte do inventário da FAB.
Eu prefiro que a Embraer desenvolva um baseado nos jatos E-190. E se torne um sucesso de exportação assim como os A-29 e KC-390.
Preferiria que a Embraer desenvolvesse um caça de 4.5++ geração e estivesse desenvolvendo um de geração 5.0, mas …