Gripen: conhecendo o cockpit do caça mais avançado do Brasil
Em mais de 100 anos de evolução tecnológica, os cockpits dos aviões de caça ganharam funções que vão além de apenas comandar essas aeronaves em manobras no céu
A cabine de um avião de combate é um espaço muito confinado, e para alguns pode até parecer claustrofóbico. Mas no contexto de um caça de última geração como o F-39 Gripen, o cockpit é um ambiente central e de alta complexidade devido a quantidade de elementos que concentra em um pequeno local, permitindo a realização de tarefas simultâneas em cenários operacionais de alto risco ou voando sob condições meteorológicas adversas. Esses elementos incluem tanto aqueles itens voltados para a manutenção da vida do piloto quanto os que vão proporcionar o voo e o gerenciamento dos sistemas táticos.
Em primeiro lugar, a cabine de um caça deve acomodar da maneira mais confortável possível, na limitação daquele espaço restrito, um piloto que poderá passar até longas horas sentado durante o cumprimento da sua missão. Dependendo das características daquele voo e das necessidades do seu operador, é possível que a decolagem ocorra ainda durante o dia e termine na madrugada seguinte, numa missão de grande duração que incluiu reabastecimento em voo.
O piloto vai afivelado ao assento ejetável que foi feito para retirá-lo do avião em menos de um segundo durante uma situação de emergência. O sistema de salvamento não reclina e, pelas dimensões do próprio cockpit do caça, é bem menos confortável comparado aos assentos de aeronaves comerciais.
Ainda voltado para o piloto, a cabine deve garantir a temperatura ideal em climas extremamente frios ou quentes e proteger todo o ambiente interno de agentes químicos, radiológicos, bacteriológicos e nucleares dependendo do local em que a aeronave está operando.
Depois de garantir os elementos vitais para o piloto, chega a vez da parte operacional do caça.
A depender do ambiente em que está inserido, é possível que o piloto tenha acesso a dezenas de informações do quadro tático ao seu redor, captadas pelos seus mais variados sistemas. A posição das forças amigas e inimigas chegam por meio do datalink, do radar, do sensor de busca de alvos por infravermelho (do inglês, Infra Red Search and Track, IRST), e até mesmo dos sensores de guerra eletrônica. Por meio do sistema de navegação, monitora o cumprimento preciso da rota estabelecida no planejamento da missão, enquanto pelos canais de comunicação segura, garante o contato permanente com as forças aliadas.
Somam-se às informações do quadro tático aquelas relativas ao voo como direção, altitude, velocidade, nível do combustível, temperatura do motor dentre outras essenciais para o funcionamento do caça.
No Gripen, todos esses dados são apresentados de forma clara e objetiva por meio de uma interface inteligente no instante em que o piloto deve recebê-los, uma vez que o excesso desses informes pode atrapalhar na tomada de decisões.
Os displays do F-39 Gripen
Apesar da complexidade dos seus sistemas, o cockpit do Gripen surpreende pela limpeza visual e pela total digitalização, sem instrumentos analógicos.
O Brasil, ao ingressar no programa de desenvolvimento do Gripen E/F ao lado da Suécia, requisitou o uso do Wide Area Display (WAD) no painel de instrumentos, um display panorâmico colorido, sensível ao toque e de grandes dimensões, medindo 48x20cm, e que apresenta as informações desejadas pelo piloto no momento em que ele solicitar.
Sendo um componente resistente a falhas, o Gripen é um dos primeiros caças do mundo a usar essa tecnologia e o seu desenvolvimento, assim como os outros dois principais displays do Gripen, o Head-Up Display (mostrador digital ao nível dos olhos, HUD) e o Helmet-Mounted Display, (visor montado no capacete, HMD), foram desenvolvidos pela empresa brasileira AEL Sistemas.
Com sede em Porto Alegre e integrando a cadeia global de fornecedores da Saab, a AEL Sistemas reuniu toda a sua experiência que resultou em aviônicos do estado da arte.
Instalado sobre o painel de instrumentos está o HUD, uma tela transparente que tem nela projetada as informações de voo como rumo, altitude, velocidade, rota, frequências de voo, bem como as de cunho tático como alvos, mira, seleção de armamentos entre outros. Para o piloto de caça, o HUD é fundamental para que ele permaneça com consciência situacional mesmo quando estiver olhando para fora do avião.
E complementando essa tríade, há o capacete com a mira montada. Conhecido como HMD ou Targo™, trata-se de uma repetição das informações do HUD exibidas na viseira do capacete, com a vantagem de que o piloto, com o olhar, pode fazer a mira sobre um alvo e disparar o seu míssil contra ele sem ter que mudar a rota do caça para a direção do inimigo.
Se por um lado o Gripen concentra dezenas de sistemas complexos e de última geração, a automação e o uso extensivo da computação fazem com que o piloto consiga se concentrar no gerenciamento dos sistemas táticos, ganhando mais uma vantagem que se mostra decisiva em qualquer missão.
Sobre a Saab
A Saab é uma empresa líder no segmento de defesa e segurança com a contínua missão de ajudar nações a manter a segurança da população e da sociedade. Com a força de 20.000 funcionários, a Saab está em constante expansão das fronteiras tecnológicas para criar um mundo mais seguro, sustentável e igualitário. A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados em aeronáutica, armamentos, comando e controle, além de sensores e sistemas subaquáticos. A Saab tem sua sede na Suécia, tem operações de grande porte em todo o mundo e faz parte dos recursos de defesa de diversas nações.
No Brasil, a Saab mantém uma parceria de longo prazo e fornece diversas soluções avançadas, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está beneficiando a indústria de defesa nacional.
DIVULGAÇÃO: Saab / MSL Group
Pois é. Há alguns dias, o blog publicou uma foto do painel do F16. Comparando os dois, dá para perceber que o F39 tá bem mais moderno.
Sem dúvida, ficou mais moderno e muito mais limpo.
Mas a capacidade de payload e alcance autônomo… quanta diferença… e os custos “futuros”? O Viper ainda vende e terá sua vida operacional plena tecnologicamente garantida pela USAF E LM… além de 2050.. mais de 700aeronaves já estão cogitadas a serem trazidas os padrão block 70, isto é o mais importante de tudo! Pelo menos deveria ser, pensar com pé no chão e ter uma força igual ao básico da USAF, que ainda hoje, é o melhor carregador de piano mortal que existe, com custo benefício imbatível, segurança operacional futura garantida por mais de 30 anos… o Gripen, sendo defenestrado… Read more »
A pergunta que ficaria, ou deveria, para nós contribuintes, é: foi mais necessário gastar quase um bilhão de dolares a mais para integrar 36 telas ou comprar mais 8 aeronaves por este mesmo valor, e ter as telas originais propostas pela própria SAAB lembrando que na proposta original de 4,5bi usd, cada gripen e/f sairia por 125milhoes. Como vieram otras perfumarias menores, consideremos 6 caças a mais.
Caro. Temo que o valor usado no desenvolvimento do WAD seria insuficiente para comprar mesmo que fosse um único F39 adicional. Outro ponto, mesmo que fosse adotado um painel mais simples, isso também tem um preço. Supondo que o desenvolvimento do WAD custou 100. O painel convencional teria custado (talvez) 50. Sabemos que o WAD eleva a eficácia e eficiência do caça. Então, um grupo de 4 caças equipados com WAD conseguem executar com sucesso a mesma missão que seria executada pode 6 caças Eestou supondo números, mas creio que você entendeu a ideia. Então, em uma primeira análise, sai… Read more »
“foi mais necessário gastar quase um bilhão de dolares a mais para integrar 36 telas”
Essa lenda do “1 bilhão de dólares do WAD“ persiste ano após ano, impressionante.
O desenvolvimento, compra e integração do WAD custou cerca de 120 milhões de dólares, valor revelado em documento do MPF há mais de 8 anos como a parcela que coube ao WAD nas atualizações diversas que somaram 1 bilhão. Tem matérias da época aqui, além do documento do MPF:
https://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2015/09/Despacho-de-arquivamento-de-processo.pdf
Eu queria saber e ver como funciona exatamente HMD do Gripen, se é um pequeno display que fica por dentro do capacete imediatamente a frente de um olho ou se existe um projetor que projeta a imagem no “vidro” do capacete. Parece que o do F-35, pelas fotos que vemos na internet, usa esse segundo sistema, com algumas fotos mostrando um capacete que mais parece ter saído de um filme de ficção científica, onde os olhos do pilo até parecem estar “acesos” na cor verde. Se alguém puder colocar essa foto aqui, ou explicar a diferença entre os dois, eu… Read more »
https://www.collinsaerospace.com/what-we-do/industries/military-and-defense/displays-and-controls/airborne/helmet-mounted-displays/f-35-gen-iii-helmet-mounted-display-system
No do F35, o piloto é capaz de olhar e mirar através da fuselagem (augmented reality). Além da Collins, acho que só a BAE com o Striker II oferecem isso.
O da Collins também foi desenvolvido em conjunto com a Elbit israelense que também é parceira da AEL.
Interessante que os Suecos recentemente compraram capacetes da BAE Cobra pros seus Gripen E. Talvez o striker II precise de uma fusão de dados maior e no Reino Unido vai ser usado no caça de 6a geração.
https://youtu.be/ZLO97My84Nk?si=_JU4diGr0V2xF69-
Obrigado
Estranho não haver pelo menos um “horizonte artificial” e uma bússola analógicos, pra redundância, nem que fosse nos consoles laterais.
Até onde sei tem uma tela de backup sim, com alimentação (de energia e dados) separada do painel principal, só que não é analógica, é digital.
Só não lembro mais qual das pequenas telas da foto tem essa função de backup.
E tem também o HUD e o HMD para o caso de falha da tela principal.
Olá Nunão, Creio que o painel também é dividido em dois sistemas redundantes. Se um deles falhar, apenas metade do painel é desligado. A outra metade continua funcionando com todas as funções.
São dois computadores, logo atrás da tela, que alimentam as informações apresentadas. Um é backup do outro.
Pelo que perguntei ao pessoal da SAAB em uma LAAD, em caso de danos, por exemplo, a parte afetada da tela é isolada por software, e o restante da tela continua funcionando. Achei absolutamente genial.
Legal mesmo. Uma vez comentei que este equipamento pode ser replicado para inúmeras aplicações, inclusive com diferentes tamanhos, seja para equipar outros aviões civis brasileiros e estrangeiros, assim como servir de interface para qualquer tipo de equipamento, seja em navios, plataformas de petróleo, equipamentos agrículoas de grande porte, maquinário, etc.
Eu acrescentaria até carros ã essa lista, Camargo.
Olá Leandro. Exato. Claro que os paineis de carros podem ser mais simples, talvez sem a necessidade dos sistemas redundantes, mas com certeza este tipo de painel, integrando câmeras lateriais e de ré, além de informações sobre a condição da carga ou mesmo com informaçoes sobre a condição da estrada em tempo real seriam ótimos para elevar a segurança dos caminhões.
Com certeza. Já existem empresas lá fora implementando isso para caminhões e outros veículos de serviço, bem como carros com câmeras nos retrovisores e pontos cegos que são acionadas quando se aciona a seta. Interessante mesmo. Existem N aplicações possíveis para essas telas com maiores ou menores graus de robustez de acordo com as necessidades de cada aplicação.
Na prática devem ser duas ou três telas (como demite foi) só que ficam todas juntas como se fossem uma. Se um (ou duas) falharem (as telas físicas) as informações aparecem nas demais (o detector de falhas identifica o problema e joga as indicações só nas outras duas ou uma). Em resumo. São 2 (ou 3) telas físicas, com aparência (e funcionamento) de 1. Imagine uma TV de 50 “. É tudo junto. Se quebrar uma parte o resto não funciona (tipo circuito elétrico em série). Mas uma TV poderia muito bem ter partes independentes. Uma parando o resto continuar… Read more »
Não Nonato. É apenas uma única tela com redundância já feita nela mesma por meio de software.
Conceitualmente, juntar duas ou três telas independentes (coisa que a gente faz com monitores há bastante tempo) é diferente de ter um monitor com controle redundante e pixel com controle individual.
Exatamente. Tanto hardware quanto software para esse tipo de coisa são graus de desenvolvimento acima de uma simples junção de tela. Acho que é o principal motivo de eu ficar tão empolgado com essa tela usada no Gripen.
Leandro e Camargo, são três telas sim. Ambas estão tão juntas que não dá para perceber a diferença. Isso ∆á foi falado aqui em matérias anteriores a respeito do WAD. Se os display físico quebra, se o cabo flat que faz a ligação entre a placa controladora e a matriz se solta, não teria como ter redundância se for uma única tela. ele simplesmente apagaria ou deixaria de mostrar as informações comprometendo todo o display. Na matéria que explica o WAD, as pessoas criticam justamente essa possibilidade e foi explicado que são três telas. Logo, se uma delas falhar, o… Read more »
Redundância?
Ora, se parte da tela (hardware) dá problema, nenhum hardware vai corrigiram o defeito
A não ser sejam 2 hardwares “impregnados” lado a lado (tipo 2 leds lado a lado- cada hardware- tela – teria seu conjunto de leds.
Se um conjunto falha o outro entra em ação.
Gripen > F16 pois vem com porta copos (brincadeirinha)
E com ar condicionado digital dual zone.
E belíssima multimídia WAD de 20 polegadas, e um porta cartas, que é o lugar ideal para esconder o telefone da amante… Mas olha só! Tudo “práááástico” duro, nem um soft touch, aí não né, dona Saab?
Essa é só pra quem assiste Carro Chefe rsrsrsrsrs
Também pensei nisso! Rsrsrs
Depois que vi a descrição das horas incontáveis sentado em uma cadeira que não reclina, pensei, vcs tem no curso de piloto a disciplina do “zen budismo”? rsrsrsrs
Pra vôo em rota precisa. Dormi várias vezes em rota, solo.
Temos que parabenizar a AEL Sistemas fizeram um trabalho tão bom que os suecos pediram para que fosse incorporados nos Gripens E deles!
Não esquecendo que, no fundo, é tecnologia israelense…a Elbit, ao comprar a AEL, trabalhou bem pra conseguir esse contrato.
Explique seu comentário. Acho que não o entendi.
Caro Fred. Nem eu entendo tanta adversativa. Isso é um hábito tão ruim quanto sair do banheiro sem lavar as mãos.
Desculpe, Camargoer, mas falar a verdade é diferente de ser do contra.
Do jeito que foi colocado no comentário original, ficou parecendo que foi um trabalho genuinamente nacional….eu apenas pontuei que a empresa controladora da AEL já possui essa tecnologia… fora isso, eu considero o ufanismo também é um hábito ruim….
Caro J. Concordo que é importante ser crítico e também concordo que ufanismo é ruim para um bom debate. Por alguma razão, ficou comum que toda boa noticia é seguida de uma adversativa. “Isso é bom, mas aquilo continua ruim”. “Isso melhorou, ainda que falte muito”. “Foi feito, mas ficou caro”. “Terminou, mas atrasou”. “Começou, mas pode ser que não termine”. È possível ser crítico sem ser adversativo.
Releia meu comentário e análise se realmente se encaixa nos seus exemplos…
Reafirmo, eu acrescentei uma informação importante,.. você costuma ser didático nos seus comentários, não acha importante que um leigo que entre aqui saiba que a AEL é uma subsidiária?
Se acha que não, aí já começamos a entrar no campo do ufanismo.
O produto é criação do talento nacional. Aparentemente, uma verdade que lhe causa estranheza. Mas, ainda assim, trata-se de uma verdade.
Não entendeu qual parte?
A AEL é uma subsidiária da Elbit, certamente houve trabalho da equipe brasileira da AEL, mas parece meio óbvio que o sistema não nasceu do zero da planta brasileira.
Esse foi o “ufanismo” que precisou urgentemente “corrigir”?;
“Com sede em Porto Alegre e integrando a cadeia global de fornecedores da Saab, a AEL Sistemas reuniu toda a sua experiência que resultou em aviônicos do estado da arte.”
Já que é um fã do purismo – mesmo com um halterofilismo interpretativo da linha acima – devo lembra-lo que essa tecnologia não é, na origem que tanto preza, israelense.
Para pensar; enquanto esses engenheiros desenvolviam com criatividade e talento um produto inovador, a partir de uma tecnologia acessível, alcançando aplicações para além da idealizada, você escrevia esse comentário.
Feio, não?
Nasceu do zero da planta brasileira. O gerente de negócios da AEL era da minha turma (hoje trabalhando nos Emirados), ex cmt do GEEV, piloto de provas, e participou do projeto. Não afirme o que não sabe.
O Vilela é da tua turma? Que bacana.
Sem dúvida, Fábio. Muito bem pontuado!
Curioso, faz-me lembrar dos Engenheiros de Comentários Finitos, deste fórum, que estrebucharam-se quando a FAB exigiu o WAD.
Os detratores estão caladinhos…
Olá Rinaldo. Verdade. Felizmente, não lembro de nenhum deles.
Esse Display vai atrasar o projeto,
vai encarecer o projeto,
só o Brasil vai usar,
os brasileiros não tem competência será uma caixa preta israelense desenvolvida com nosso dinheiro…blá.blá.blá…….
não tem escala…. riso. Nunca tem escala.
Claro que tem escala!
1:48 por exemplo:
Espero que essa tenha sido usada à época porque é muito boa kkkk
Pois é. Eu sempre preferi 1:72.
Pra colocar WAD no painel é melhor 1:48…
Olá Nunão. Com o atual nível de miniaturização, é possível colocar WAD até em 1:144, naquelas escalas para B52 e KC135. É impressionante o que a nanotecnologia permite fazer nestes tempos.
Boa Nunão, muito boa dica! Obrigado. Vc sugere algum lugar onde comprar esse modelo?
Foi apenas o que apareceu no google e que tinha caixa bonitinha pra postar aqui rsrsrs
O melhor pot-pourri da época. Brilhante.
Só faltou um porta copos e uma sanduicheira…. 🙂 Brincadeira a parte Considero a escolha desta tela única ou um único display panorâmico colorido sensível ao toque, no F-39 um dos grandes acertos de todo o programa lembro das discuções sobre isso quando o projeto… é tão bom que primeiro foi desenvolvido para atender as necessidades requisitos da FAB , os suecos se renderam e adotaram para o seu Gripen NG também.
Na verdade há 2 Porta-Copos juntos no lado direito inferior do para-brisa. Não quanto a sanduicheira mas o espaço para os copos esta lá e acredito que cabem garrafas plásticas de água mineral também.
Legal era a bola do câmbio com caranguejo que acende a luz quando freia….kkk
Tem que ver se dá pra encaixar dois latões de cerveja. Missão cumprida com sucesso merece uma comemoração né?
Este tom azulado é real mesmo ou ficou assim em decorrência da edição da foto?
Se sim, parece muito com o tom azulado dos caças da família Sukhoi.
Alguém que conhece o painel poderia confirmar?
Efeito da luz.
É cinza.
E falando no Gripen: Já houve algum tipo de treino comparativo de enfrentamento entre eles e as demais aeronaves da força,os F-5,AMX ?
Rapaz..o caça ainda está sendo implantado…calma…ainda tem bastante caminho pela frente. E acho que essas informações não são publicadas por motivos óbvios.
Não, não teve.
Complementando o comentário, o treinamento do Gripen tem 4 fases, sendo que as duas primeiras se destinam à operação básica do avião: conhecer a aeronave, seus sistemas e procedimentos. A 3 e a 4 são de voo operacional. Este ano estão realizando as fases 1 e 2, talvez começando a 3.
Recomendo a leitura do artigo: LAAD 2023: Palestra do Comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA) sobre a implantação dos novos caças Gripen – Poder Aéreo – Aviação, Forças Aéreas, Indústria Aeroespacial e de Defesa (aereo.jor.br)
Acho estranho essa coisa de HUD (eu me sentiria incomodado com essa imagem sobreposta (virtual) sobre o vidro.
Dentro do capacete piorou…
Falo isso na condição de leigo.
Se pilotos entendem que é necessário e gostam que coloquem…
Já tem em alguns carros inclusive. É excelente.
Pois é. È possível projetar informações do painel no parabrisa dianteiro, como velocidade, sinais de emergência e até instruções de GPS. Isso facilitaria muito o trabalho do motorista. Acho que é uma evolução natural. Isso seria excelente em caminhões, por exemplo, inclusive projetando imagens de câmeras traseiras e lateriais.
Se colocar o celular apoiado no painel do carro o para brisa reflete a tela e funciona como HUD. Tem apps que geram telas com dados adequados para essa função (como velocidade e direções/mapas) que invertem a imagem na tela do cel para que se projete corretamente no para brisa.
Riso. Verdade. É a mesma tecnologia da “Monga, a mulher macaco” dos velhos circos e parques de diversão.
A imagem é projetada no infinito, apesar do vidro. E ajuda MUITO na pilotagem. Voei HUD no E-195 da Azul. Na aproximação e pouso ajuda bastante.
Não só é ótimo como é uma vantagem estratégica. Vou falar da minha experiência em simulador. Eu já voei Mirage 2000C no DCS. O HUD permite que a atenção fique toda à frente, quase nunca precisava olhar abaixo para os instrumentos. Toda informação sobre voo, armamentos e sistemas está lá. Até mesmo é mostrada a trajetória dos projeteis do canhão e o ponto de impacto de armamentos, calculados em tempo real. Já voei também F5E (a versão antiga, todo analógico), também no DCS. O “””hud””” dele é só uma mira bem “meia-boca”. O combate é mais difícil e, ao meu… Read more »
“Caça mais avançado do Brasil”…parei de ler
Qual é o caça mais avançado do Brasil que não seja o Gripen?
Justamente.
Se só existe o gripen perdeu o sentido falar que é o mais moderno do Brasil.
O F 5 é que não seria né…
Mas não existe só o Gripen. O F-5 ainda é o principal caça, o Gripen está em introdução. Assim, há mais de um caça no Brasil e não há nada de errado na chamada dizer que o cockpit em questão é “o cockpit do caça mais avançado do Brasil.”
Nesse tipo de debate irrelevante se perdem oportunidades de debater o que é relevante.
É que para nós que sabemos o que cada um desses aviões significa parece redundância.
Não que esteja errado.
Para um leigo seria uma forma de informar, chamar atenção.
Seria como dizer que o leopard A 1, o “tanque” mais moderno do Brasil.
O A 29, o caça de apoio aereo aproximado mais avançado do hemisfério sul.
Mas vida que segue.
Não é nada do outro mundo.
Questão irrelevante.
Digo mais, é uma clássica “não questão”.
E não é por falta questões relevantes a discutir.
Olá Nunão. Meu fiestinha 2002 é o carro mais avançado que eu tenho. Riso.
Considerando que a FAB possui F39, AMX, A29 (estou incluindo sim), F5, que já teve Mirage2000, MirageIII, Gloster, T33, AT26…. o F39 é o mais moderno de todos. Se fosse um carro da Caoa, seria o mais moderno do mundo.
Esqueceu da pausa dramática: Mais moderno… do mundo.
Verdade. Riso. E com aquela voz de Plantão do Jornal Nacional…
Sacrilégio!!! Ferreira Martins só apresentou ocasionalmente o JN. A carreira televisiva e radiofônica dele foi principalmente na Band. Isso antes de focar totalmente na locução comercial, é claro, onde ainda hoje é um dos locutores mais prestigiados… do muuuuundo.
Riso. O problema é que todo mundo passou a imitar o JN. Tinha uma jornalista da Band, Isabela Camargo, que tinha uma voz linda e grave. Ela foi contratada pela Globo para apresentar o jornal da tarde. Percebi que ela mudou o timbre da voz. Um dia, tive a chance de perguntar para ela sobre isso. Ela explicou que há um padrão dentro da Globo. Ela precisou fazer fono por muito tempo para ajustar a sua voz ao padrão. Sobre locutores, mas principalmente dublagens, sou fã. É muito legal.
Som de carimbo entre “moderno” e “do mundo”.
Verdade
O pior de tudo é que essa assertiva da Chery é uma mentira gigantesca …
Pode parar de comentar também…
Gente… Pelo amor de Deus… Me esculhambem se tiver falando besteira, supondo que quase certo eu estou falando… Mas o manche de aceleração, na sua extensão dentro do cockpit, é um tubo que vai e vem?!? Não é não neh gente?!? Pelo Amor de Deus… O Gripen totalmente eletrônico em seus instrumentos e ser analógico nisso? Digam que estou errado e enxergando erroneamente! E se for… O que é esse tubo após o manche de aceleração?
Que tubo? O que eu vejo é o trilho em que a manete de aceleração desliza, o que é absolutamente normal em qualquer aeronave. Ou você preferiria um botãozinho para controlar a aceleração? Da forma atual, tradicional, é bem mais intuitiva e ergonômica, fazendo com que o piloto possa controlar outros aspectos da aeronave através de botões na própria manete. Conceito HOTAS.
Olá Leandro. De fato, o F39 é um dispositivo fly-by-wire. Ainda que alguns comandos possam ter uma interface homem-máquina que emula um dispositovo análogico, o comando é transformado em sinal digital para ser processado pelo computador. O cérebro é essencialmente analógico e ele demanda ferramentas analógica para receber e executar instruções. Eu gosto muito do livro do Nicolelis “Muito além do nosso eu”.
Isso é irrelevante, visto que o que conta é a otimização do espaço disponível.
Já experimentei mais de uma vez o mecanismo da manete de potência (que o Luiz definiu como “tubo”) em simuladores da Saab. É um trilho. Entendo a surpresa do Luiz (e ele até pede desculpas no comentário) mas é simplesmente uma decisão de projeto que seja dessa maneira, levando em conta diversos fatores de ação das cargas G sobre um piloto em voo e na ação de seu braço sobre a manete de potência. Enquanto o manche estilo “joystick” é super leve (embora ofereça alguma resistência justamente para voltar ao prumo quando solto), a manete de potência é mais pesada… Read more »
Obrigado pelos esclarecimentos Fernando Nunão e Camargoer. Também obrigado pela correção CEL Nery.
“Manche de aceleração” chama-se manete de potência. Ela envia um sinal elétrico para o FADEC (Full Authority Digital Engine Control), o “compurador do motor”, que controla o mesmo.
Computador
Mas nem uma bússula analógica?
Isso já foi discutido em outros comentários, sugiro dar uma olhada e se juntar à sequência da discussão ao invés de iniciar uma nova.
Eu gostei da propaganda do produto da Elbit (Targo) e o pseudo produto WAD que no Brasil é desenvolvido em conjunto com a AEL (que é subsidiária da Elbit). Na verdade essa associação vem de longa data, inclusive se o Super Hornet fosse o escolhido pelo F-X existia o requisito para essa aeronave também ser equipada com esse tipo de display. Acho que até um MOU foi assinado entre a Boeing e Elbit (AEL) no passado sobre isso. Só procurar no Google. Que bom que está funcionando no Gripen E. Isso significa que o Brasil comprou o Targo? Por que… Read more »
“Eu gostei da propaganda do produto da Elbit (Targo) e o pseudo produto WAD que no Brasil é desenvolvido em conjunto com a AEL (que é subsidiária da Elbit).” Interessante. Me fez pensar em outras perguntas pertinentes. Você sabe dizer com precisão, sem análises de aquisição de share, que ambos sabemos que nada tem a ver com tarefas técnico/operacionais de uma empresa, quais são as divisões de tarefas e competências dentro da AEL e qual a relação técnica com o grupo Elbit? Qual o nível de acesso a tecnologias existente do grupo? Plena? Restrita? Necessária? Qual o critério? Explique para… Read more »
Uma correção pertinente; nunca confundir LAD (Large Area Display) com WAD (Wide Area Display). Caras parecidas, operações radicalmente diferentes.
O bichão é estado da arte
Muito bonito e limpo! Realmente mais avançado do que os demais caças brasileiros A-1, A-4, A-29 e F-5.
Seria importante que o assento dos pilotos fosse confortável e ergonômico.
Tipo o piloto sentando num banco de carro ou algo mais confortável e não montando no banco de uma motocicleta.
O painel é realmente muito bonito.
Mas eu gostei dos espelhos retrovisores estilo “Chevrolet Spin 2015”.