Nova Déli, Índia – 29 de agosto de 2023 – A Embraer concluiu o C-390 Millennium Day em Nova Déli, evento que reuniu as principais entidades públicas e privadas da indústria aeroespacial e de defesa da Índia. O C-390 Millennium Day apresentou um panorama sobre as estratégias da Embraer para apoiar as iniciativas “Make in India” e “Atmanirbhar Bharat” (Índia autossuficiente), lideradas pelo governo local.

“O evento foi uma ótima oportunidade para aprofundar a relação com os players da indústria local e fortalecer o C-390 Millennium no país”, afirma Bosco da Costa Junior, Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança. “As conversas foram interessantes e abriram o caminho para construirmos uma proposta customizada para a Índia e a Força Aérea Indiana.”

No início deste ano, a Força Aérea Indiana solicitou um Request For Information (pedido de informação, em inglês) para uma nova frota de aviões de transporte médio (MTA). O pedido foi respondido pela Embraer, com a oferta do C-390 Millennium como plataforma de escolha.

O C-390 Millennium esteve em exposição na AeroIndia em fevereiro de 2023. O C-390 é a mais moderna aeronave de transporte tático militar de nova geração, e sua plataforma multimissão oferece mobilidade incomparável, aliando alta produtividade e flexibilidade de operação a baixos custos operacionais, o que é uma combinação imbatível.

O C-390 pode transportar mais carga (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves militares de carga de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões como transporte e lançamento cargas e tropas, evacuação aeromédica, busca e resgate, combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas temporárias ou não pavimentadas (ou seja, incluindo terra compactada, solo e cascalho).

Na versão de reabastecimento, a aeronave já comprovou sua capacidade de reabastecimento aéreo, assim como aeronave recebedora de combustível de outro KC-390 a partir de pods instalados sob as asas, sendo a única aeronave no mundo no segmento a realizar tal operação.

Desde a entrada em operação na FAB, em 2019, o C-390 comprovou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A atual frota de seis aeronaves, todas na versão de reabastecimento aéreo, denominada KC-390, já acumula mais de 9.500 horas de voo e números recentes mostram uma disponibilidade operacional de cerca de 80%, com taxa de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando uma produtividade excepcional na categoria. O C-390 Millennium tem encomendas de Portugal e Hungria, ambos países membros da OTAN. A Holanda, também membro da OTAN, selecionou o C-390 Millennium em 2022.

A Embraer tem uma presença já estabelecida na Índia com cerca de 40 aeronaves, que operam em defesa, aviação comercial e aviação executiva.

Sobre a Embraer

Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer completa 50 anos de atuação nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança, Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.

Desde que foi fundada, em 1969, a Embraer já entregou mais de 8 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 145 milhões de passageiros.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

DIVULGAÇÃO: Embraer

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Jadson S. Cabral

Essa parceria tem tudo para dar certo. Os indianos só ganhariam. Não sei se os americanos ofereceram o Super Hércules, mas tenho certeza que se esse fosse selecionado, a Lockheed não abriria uma linha de montagem na India para vender 60/80 aeronaves apenas, que para eles não faria tanta diferença assim a ponto de valer a pena. Também não sei se os europeus ofereceram o Atlas ou se esse se encaixa nos requisitos dos indianos, mas nesse caso já acho que a Airbus, bem como seus sócios ofereceriam fácil uma montagem na India, sobretudo por causa da queda no número… Read more »

Robson Rocha

As palavras-chave no texto são “Make in India”, Índia autossuficiente e customização. Se a Embraer conseguir atender a essas premissas político-estratégicas do governo e fechar uma bom acordo incluindo a indústria local, ele leva a disputa pois do ponto de vista técnico-operacional, é a melhor opção do mercado.
Vamos torcer para dar tudo certo.

Jadson S. Cabral

A propósito, sempre que vejo em alguma matéria sobre a aeronave o comentário sobre a Holanda ter selecionando o Millennium me incomoda essa falta de resolução, esse lembro, essa zona cinza. O que afinal está acontecendo? Perdemos mais essa venda por falta de diplomacia ou teria algo mais envolvido? O fato é que essa demora para a assinatura do contrato está muito estranha. Nenhuma das partes comenta mais em público.

Camargoer.

Caro. Governos tem processos que envolvem órgãos parlamentares, instâncias orçamentárias, etc. Os prazos no setor público seguem regras.

Matheus

O contrato com a Holanda vai ser assinado até o final do ano.

Oseias

Acredito que a resistencia em assinar o contrato venha de áreas politicas na Holanda, estão aproveitando o gancho de posicionamento do governo brasileiro em relação a guerra na Ucrania, dessa forma o mandatario local não quer se indispor até a poeira abaixar. Mas vamos lembrar que a industria aeroespacial holandesa depende mais da Embraer do que o contrario, pois a empresa tem varios acordos e memorandos com as empresas holandesas. Se eles derem para trás se for da vontade e lucro da Embraer, ela abandona a Holanda e Focker, ai que ver os holandeses chorarem. Não é só a gente… Read more »

Rinaldo Nery

A Fokker não fechou?

Thunder

Em 1996 foi decretada a falência,mas restou as divisões da empresa que fabricavam peças e realizavam trabalhos de manutenção e reparação foram assumidas pela Stork NV ; agora é conhecido como Stork Aerospace Group. A Stork Fokker existe para sustentar o remarketing das aeronaves existentes da empresa: ela reforma e revende F 50 e F 100, e converteu alguns F 50 em aeronaves de transporte. Os projetos especiais incluíram o desenvolvimento de uma variante de patrulha marítima F50 e de um jato executivo F100. Por este projeto, a Stork recebeu o “Prêmio da Indústria Aeroespacial” 2005 na categoria Transporte Aéreo da revista Flight International . Outras divisões… Read more »

Sensato

Aquela pataquada quando o primeiro ministro holandês visitou o Brasil também não favoreceu muito.

Matheus

Esse contrato com a India é o que vai deslanchar o C-390.

Fernando "Nunão" De Martini

Eu sugiro cautela.

O mesmo foi dito para o Rafale quando a Índia o escolheu, e levou muitos anos até o contrato original, que seria de 126 aviões (cerca de 100 deles com produção local), ser efetivamente assinado para 36 exemplares de prateira.

No fim das contas o Rafale deslanchou, mas demorou.

Em geral as coisas demoram por lá. Mas vale a torcida.

Paulo Lopes

Outra excelente notícia para nossa Nação graças a nova administração federal que tornou o Brasil novamente um país respeitado no mundo. Nossa economia já apresente crescimento robusto, inflação controlada, com contas públicas controladas. Novas exportações estão a caminho, Angola será o próximo cliente. Agindo sempre com outros líderes mundiais por uma governança global e um mundo baseado em regras.

AVISO DOS EDITORES: NÃO USE O ESPAÇO PARA PROSELITISMO POLÍTICO. LEIA AS REGRAS DO BLOG.

O AVISO VALE PARA TODOS QUE DECIDIREM RESPONDER A ESSE COMENTÁRIO. LEIAM AS REGRAS ANTES DE POSTAR.

https://www.aereo.jor.br/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Rinaldo Nery

Contas públicas controladas? Aonde?

Joao Motta

Mestre; Acho que ele quis dizer descontroladas (erro de digitacao). rsrsrs

Bachini

Não tem nem como argumentar com um sujeito assim…

Sensato

A narrativa é lindas mas, como sempre, encontra um adversário implacável chamado realidade, impressionando apenas os ofuscados pela ideologia ou pela ignorância.

Rinaldo Nery

Exato. Mas aqui impressiona muita gente.

Willber Rodrigues

Se eu fosse a Embraer, ofereceria pra India fabricar todas as peças que atualmente são fabricadas pela Argentina.

Fernando "Nunão" De Martini

Não é muita coisa. Duvido que bastaria para a iniciativa governamental “Make in India”.

Matheus

Acho que pelo “Make in India” já é suficiente, coloca avionica e equipamentos Indianos e é venda garantida. 60 unidades montados na India e pau no gato.

Rafael Oliveira

Pode oferecer a produção das peças que são fabricadas na Argentina, República Tcheca, Portugal, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha e até no Brasil. O importante é o contrato sair e ser lucrativo para a Embraer e, indiretamente, para o Brasil.

Maurício.

Os indianos no geral são muito visuais, gostam de coisas coloridas, chamativas, a Embraer deveria pegar um C-390 e pintar/adesivar com as cores da bandeira indiana, já seria meio caminho andado…😂

Atirador 33

Pensei nisso ao ler a matéria, a Embraer poderia colocar a cor padrão cinza nessa aeronave de demonstração. Não me refiro somente as atuais pinturas com o camuflado padrão FAB que é horrível, mais na cor cinza que é o padrão da maioria das forças aéreas seria um facilitador comercial.

Marcelo M

A posição de autonomia da India nas relações exteriores, enfatizada com a guerra na Ucrania, representa uma conjuntura favorável para o KC 390. Ao contrário das concorrências anteriores, o lobby dos EUA na India não tem tanto peso. Prova disso está na aquisição dos Rafale. Falta agora saber da flexibilidade do Brasil em concordar com a transferência da tecnologia, montagem na India e possivelmente com a aquisição de produtos indianos. Torço para que sejam os SAMs de médio alcance.

Nilton L Junior

O próximo pais a comprar o KC vai ser a Túrquia

Jadson S. Cabral

A Turquia não comprou A400M? Sei que é uma aeronave maior, mas não está em uma categoria tão diferente. Ao menos na minha opinião, do mercado de carga militar, tem os pequenos, os médios tipo o C-390 e o C-130, os grandes, tipo o C-17 e os gigantes, tipo o C-5 que já estão em um patamar muito superior, praticamente sem mercado e o problema do A400 é que ele está entre o médio e o grande. Não faz o que o grande faz, mas custa bem mais que o médio. Então se você Já tem o A400, não faz… Read more »

Bruno Vinícius

Acredito que a USAF vai esperar os resultados do programa para a construção de um protótipo de aeronave BWB antes de procurar um substituto para o C-17.

https://www.aereo.jor.br/2023/08/18/forca-aerea-dos-eua-seleciona-jetzero-para-desenvolver-prototipo-de-aeronave-com-fuselagem-e-asa-combinadas/

GRAXAIN

Sonho em ver nossas FFAAs com a mentalidade de desenvolvimento tecnológico da India. Austeridade nos investimentos e resultados tangíveis. Tem que parar com ToTs bilionários para 3~4 unidades e décadas em programas sem resultados palpáveis.

Vitor Botafogo

To levando fé nesse negocio!

lucena

Aos poucos …. a parceria entre o Brasil e a Índia irá aumentando … tal parceria é mais palatável para aqueles que criticam a parceria do Brasil com a China … a não ser que a Índia no futuro …. venha colocar em xeque a hegemonia americana ( Ocidente ) no planeta também… como faz a China hoje.

Maurício Veiga

Grandes chances de vitória, na Índia o lobby do C130 não tem peso ou força…

EduardoSP

Não tem peso ou força mas a Índia opera 12 C-130J já tem uns 10 anos.
Eles também têm 11 C-17 Globemaster.

Maurício Veiga

O kC390 tem muita relevância futura para o contexto dos BRICS, em breve voará com as cores da Índia…