Capitão Aviador Vitor Luis Martins Faria e Cel Adam Nelson, comandante da F 7 Wing

Os quatro últimos militares fizeram o Delta Conversion Training na Força Aérea Sueca que incluiu aulas teóricas, práticas e voos em simulador

A última turma que compõe o quadro dos pilotos operacionais responsáveis pela implantação do F-39 Gripen no 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), da Força Aérea Brasileira (FAB), concluiu em junho o Delta Conversion Training, um rigoroso treinamento realizado no Gripen Centre, na F 7 Wing em Såtenäs, região oeste da Suécia.

O curso, ministrado pelo Esquadrão Phoenix da Força Aérea Sueca, é dividido em duas etapas. O Conversion Training, com 11 semanas de duração e 50 voos por piloto, compreende a operação básica do caça tanto em missões solo quanto em formação nos períodos diurnos e noturnos. Já o Combat Readiness Training engloba 25 voos em aproximadamente nove semanas de duração onde são exploradas as capacidades de combate ar-ar do caça com o emprego dos mísseis, do canhão e da utilização da interface-homem máquina, um dos principais destaques do Gripen.

“O Esquadrão Phoenix é vocacionado para o treinamento de pilotos de Gripen e nós somos equipados da maneira adequada para isso, incluindo com simuladores de voo. Os pilotos brasileiros são muito bem treinados e chegam aqui com grande experiência operacional, tanto aqueles oriundos das unidades de F-5M quanto de AMX. Eles aprenderam muito rapidamente sobre o funcionamento do Gripen, como configurá-lo e voá-lo”, revelou o Major Richard Carlqvist, comandante do Esquadrão Phoenix.

O Gripen Centre funciona como hub para a formação dos pilotos que vão voar o Gripen, tanto das nações estrangeiras quanto da própria Força Aérea Sueca. Ao longo do curso, os alunos treinam no Gripen C/D, de um e dois assentos respectivamente. Mesmo sendo versão diferente dos caças adquiridos pelo Brasil, esse contato é fundamental, pois ajuda os pilotos na compreensão da filosofia dos sistemas, do seu modo de operação e de como funcionam os seus comandos de voo, tendo em vista a similaridade em alguns aspectos entre as aeronaves.

“Depois de adaptados ao Gripen C/D, na Suécia, nossos pilotos terão a sua conversão para o Gripen E realizada inteiramente no Brasil com os meios já disponíveis no 1º GDA, principalmente pelas estações de planejamento e dos simuladores de voo. Os cursos são realizados no âmbito do 1º GDA e ministrados pelos pilotos suecos já selecionados para permanecerem na Base Aérea de Anápolis na função de instrutores de voo e que, juntamente com os pilotos brasileiros, iniciaram a conversão e a implantação operacional do vetor”, explicou o Tenente-Coronel Aviador Gustavo de Oliveira Pascotto, comandante do 1º GDA.

O Programa Gripen Brasileiro envolve uma grande transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia e a interação dos dois países é constante, gerando benefícios para ambos os envolvidos.

“A cooperação entre as forças aéreas da Suécia e do Brasil é muito boa e acontece em vários níveis. Nós recebemos os pilotos de caça brasileiros aqui em Såtenäs, mas nós também temos um grupo de suporte da nossa base que está em Anápolis ajudando a FAB na introdução em serviço do Gripen E. A cooperação e as conversas entre as equipes são muito boas”, disse o Coronel Adam Nelson, comandante da F 7 Wing.

Relembre os treinamentos

O Gripen Centre na F 7 Wing já recebeu 17 pilotos da FAB. O atual comandante do 1º GDA, o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, e o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas foram os primeiros pilotos da FAB a realizarem o curso o Gripen C/D, ainda como capitães, em 2014. Na sequência, foi a vez de três pilotos de testes do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo da FAB, com o Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira, ainda no posto de major, tendo sido o primeiro brasileiro a voar o Gripen E, fechando agora com as três turmas de quatro pilotos operacionais cada.

Sobre a Saab

A Saab é uma empresa líder no segmento de defesa e segurança com a contínua missão de ajudar nações a manter a segurança da população e da sociedade. Com a força de 19.000 funcionários, a Saab está em constante expansão das fronteiras tecnológicas para criar um mundo mais seguro, sustentável e igualitário. A Saab desenvolve, produz e mantém sistemas avançados em aeronáutica, armamentos, comando e controle, além de sensores e sistemas subaquáticos. A Saab tem sua sede na Suécia, tem operações de grande porte em todo o mundo e faz parte dos recursos de defesa de diversas nações.

No Brasil, a Saab mantém uma parceria de longo prazo e fornece diversas soluções avançadas, tanto civis quanto militares. Com o Programa Gripen, a empresa estabeleceu uma ampla transferência de tecnologia que está beneficiando a indústria de defesa nacional.

DIVULGAÇÃO: Saab / MSL Group

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Andrey

Segundo alguns renomados “especialistas” com a entrada da Suécia na OTAN,há uma grande chance de o Gripen ser prejudicado,será?
O tempo dirá.

Fernando "Nunão" De Martini

Acho difícil o governo sueco jogar fora um ativo de defesa do porte da Saab, a qual também é fornecedora de diversos equipamentos para a… OTAN! E isso vai além do próprio Gripen. Prejudicar sua principal indústria, deixando de comprar ou atualizar seu principal avião de combate (seja os que estão em operação ou os novos Gripen E), quebra as pernas da engenharia da empresa para participar de futuros desenvolvimentos de caças de nova geração, inclusive com outros países da OTAN que também têm suas próprias indústrias de defesa, operando em dezenas de parcerias. Mesmo porque o MD sueco tem… Read more »

Andrey

Pois é,mas infelizmente nós não temos acesso aos bastidores(pressão dos outros membros),tomara que os suecos sigam o exemplo da França e defendam sua indústria de defesa.

Fernando "Nunão" De Martini

Aliás, tem matéria que acabou de ser publicada aqui com a declaração do primeiro ministro sueco sobre a entrada da Suécia na OTAN, além de todo o histórico dessa relação Suécia/OTAN desde a década de 1990:

https://www.aereo.jor.br/2023/07/11/declaracao-do-primeiro-ministro-ulf-kristersson-sobre-a-adesao-da-suecia-a-otan/

Vamos deixar essa daqui pra falar de treinamento / conversão de pilotos de Gripen, o que já é assunto pra caramba, e deixar as questões estratégicas / industriais e alinhamentos como essa discussão, para a nova matéria (além da que já havia sobre novos F-16 para a Turquia.

Pedro

Concordo. Fora que acabar com SAAB, é acabar com empregos diretos suecos, fora toda a expertise criada ao longo de décadas, some-se a isso, de ao invés de fechar as portas do Grifo, pode acontecer justamente o contrário, a venda destes como força principal a países do próprio bloco que ainda não possuem estilingue financeiro para os “35”.

Camargoer.

Caro. Eu diria que é no mínimo uma análise bem equivocada. A venda dos F39 ao Brasil é o principal contrato da Saab neste setor. Além dos 36, existe a negociação para um segundo lote e talvez um terceiro. Além disso, a Suécia tem inúmeros interesses comerciais no Brasil em muitos setores. Estas ideias que a entrada da Suécia na Otan irá prejudicar o F39 ou prejudicar as vendas do Kc390 estão contaminadas por uma guerra de política doméstica sem qualquer fundamentação histórica, factual ou econômica. Portugal, Holanda e Hungria são membros da Otan e compraram o Kc390. Fato. A… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Camargo, de fato você tem um argumento sólido a respeito, mas vamos passar a discussão pra outra matéria e deixar essa daqui pra conversão de pilotos e assuntos correlatos?

https://www.aereo.jor.br/2023/07/11/declaracao-do-primeiro-ministro-ulf-kristersson-sobre-a-adesao-da-suecia-a-otan/

Filipe Prestes

“Ispicialistas” da CNN que não tem outra pauta ultimamente senão bradar como deveiamos dizer sim senhor para tudo que Zelensky vier a pedir de nós. Mas fique tranquilo por que nada vai mudar, dificilmente haverá uma mudança de postura da OTAN/UE em relação ao Brasil, caso o contrário, estarão exatamente jogando o país ainda mais para o lado da China (e Rússia num hipotético e muito remoto caso de reaparelhamento militar ser negado pelos europeus e americanos).

Comte. Nogueira

Entendo que só vai aumentar o mercado para a aeronave.

Rosi

Não tem como sair disto, o Rafale quase foi escolhido pelo governo da época…
Já vi um destes expediclista dizendo que o segundo lote não viria e que tem grandes chances para Rafale….
É muita teoria pra criar matéria

Marcelo

A Alemanha ja desistiu de continuar fabricando seus Eurofighter Typhoon e vai fabricar e comprar a parti de agora só F-35.
Entrou para otan é normal ser inundados de produtos americanos.

Fernando "Nunão" De Martini

Mas a Alemanha entrou agora pra OTAN? Não tem nada de extraordinário na Alemanha comprar F-35 e fabricar partes deles. A Força Aérea Alemã (ocidental) no pós-guerra sempre foi equipada com caças americanos, como F-84, F-104 (este produzido em boa parte na Alemanha) e F-4, sendo que este deu baixa há relativamente pouco tempo e o Eurofighter voava com os últimos Phantons. As entregas do Eurofighter Typhoon já estão se aproximando do fim para todos os parceiros do programa. A Alemanha tem programa novo de parceria com caça de nova geração com a França e a Espanha, e o Reino… Read more »

M4l4v|t4

Espero, de verdade, que a Suécia deixe de cumprir com suas obrigações para com o Brasil e passe a atender aos interesses de seus cidadãos, sobretudo agora que eles possuem responsabilidades com a OTAN.

No momento, cumprindo com as obrigações do contrato com a FAB, estão fazendo papel de otários.

Não sei qual os valores das multas, mas certamente os outros membros da OTAN teriam um offset para dirimir este valor X 1000

Franz A. Neeracher

Boa tarde

Respeito a sua opinião, apesar de não concordar com você.

Me vieram algumas dúvidas:

. Por quê os suecos estariam fazendo papel de otários?
. A Suécia não defende os interesses dela?
. De onde vém o seu ódio contra a Embraer?

Gostaria muito de compreender os seus argumentos!

Bardini

A questão é que não é uma opinião. É trolagem.

Rinaldo Nery

Será que ele é aquele Maurício que odiava a EMBRAER? Fez “n” processos seletivos e não foi contratado?

Fernando "Nunão" De Martini

Franz, vamos passar essa discussão pra outra matéria?

https://www.aereo.jor.br/2023/07/11/declaracao-do-primeiro-ministro-ulf-kristersson-sobre-a-adesao-da-suecia-a-otan/

Porque concordo com o Bardini: é muito mais uma provocação pra desviar assunto pra onde o M4l4v|t4 quer, deixando de lado um monte de outros temas correlatos a esta matéria sobre treinamento / conversão de pilotos.

Franz A. Neeracher

Bardini + Nunão!

Vcs estão certos….estou perdendo meu tempo!!

Sensato

É só o que ele tem feito de um tempo pra cá, diga-se de passagem.

Matheus

É troll, bane esse moleque logo.

Fernando "Nunão" De Martini

M, vamos passar essa discussão sobre Saab, Suécia e OTAN para outras matérias como a do F-16 para a Turquia e a da declaração do governo sueco sobre a entrada na OTAN?

https://www.aereo.jor.br/2023/07/11/declaracao-do-primeiro-ministro-ulf-kristersson-sobre-a-adesao-da-suecia-a-otan/

Senão só vai poluir uma discussão que aqui tem mais a ver com treinamento / conversão de pilotos, tanto do Brasil como da Suécia, no Gripen – coisa que aliás a própria Força Aérea Sueca vai alterar em alguns anos pois em 2025 vai implantar os primeiros Gripen E operacionais, para emprego em esquadrões, nessa mesma ala F7.

Fernando "Nunão" De Martini

Que tal falarmos aqui sobre diversos assuntos pertinentes a esta matéria? Por exemplo: São 17 pilotos da FAB já treinados no Gripen C/D na Suécia, 3 para ensaios de voo e 14 como pilotos do Jaguar (os 2 iniciais, anos atrás, um dos quais agora comanda o esquadrão, e mais 12 recentes). No ano que vem boa parte deles já terá chegado às fases 3 e 4 de conversão para o Gripen E no Brasil. E em alguns anos vai chegar a hora do esquadrão implantar o Gripen F e fazer a transição de pilotos vindos de A-29. A futura… Read more »

Santamariense

Pelo que se deduz à partir do texto, de agora em diante o treinamento de novos pilotos de Gripen da FAB será realizado todo no Brasil. Eu sou dos que acredita que não é necessário um jato entre o A-29 e a primeira linha. Veremos em breve a progressão operacional dos pilotos dos esquadrões do 3° GAV para o F-39. Assim, talvez, aqueles que insistem em um LIFT vejam que estão enganados.

Camargoer.

Olá Nunão. Eu tenho dúvidas se haveria vantagem em usar o A29 como plataforma real de treinamento ao invés de usar o simulador do F39. Talvez eu tenha sido o primeiro a propôr uma modernização do A29 incorporando um painel similar ao do F39 pensando muito mais em ampliar a sua efetividade do que em preparar os pilotos para o F39. Talvez seja mais barato. seguro e efetivo um programa de treinamento usando simuladores do que usar o A29 para treinamento. Sei lá. Um modo efetivo seria treinar um grupo de pilotos de um modo e outro de outro e… Read more »

Rinaldo Nery

Camargo, o A-29 é utilizado para formar Líderes de Esquadrilha de Caça. O F-39 não deve nem será utilizado para esse fim. O piloto deve chegar na primeira linha com essa qualificação mínima. Sobre o F-39 eles aprenderão no próprio F-39: simuladores e avião.

Camargoer.

Olá. Entendo. O que propus há muitos anos é um upgrade dos A29 com a interface gráfica do F39 para dar aos pilotos dos “terceiros” os mesmos recursos proporcionados pelo WAD, ainda que os sensores e outros aspectos técnicos do A29 sejam obviamente inferiores ao F39. O mais difícil foi desenvolver o painel e criar o softwares de integração dos recursos do F39 naquela interface gráfica superior ao ambiente disponível no F5M, A1M e A29. Imagino que os pilotos dos “terceiros” poderão tirar maior proveito do A29 com uma interface gráfica parecida com a do F29 do que com a… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Um WAD num A-29M, assim como um sistema de combate mais novo, incorporando os conceitos de fusão de dados, certamente vai ajudar tanto em entregar um tenente mais capacitado para a futura conversão ao Gripen quanto para as missões operacionais dos 3 esquadrões do 3ºGAV. Por exemplo, numa missão de ataque noturno num dos terceiros, os dados dos sensores FLIR de um A-29 poderão ser transmititos a outros por datalink e também fundidos aos dados destes, formando uma tela de apresentação tática compartilhada. E também fundidos aos dados de inteligência e de reconhecimento sobre ameaças no solo, e também dados… Read more »

Rinaldo Nery

O exemplo francês, no PC-21, é um caminho a ser seguido.

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, mesmo sendo levando em conta diferenças, como os degraus serem mais curtos no sistema francês (lá não tem algo semelhante a esquadrões de combate com turboélices como os “terceiros”, como parte do caminho) o que faz os pilotos franceses chegarem mais cedo ao Rafale do que os nossos ao Gripen, as semelhanças são muitas agora. E mesmo com algumas diferenças de desempenho do PC-21 (cerca de 100km/h mais veloz) para o A-29, a modernização deste com painel semelhante ao do Gripen vai tornar o avião brasileiro até mais moderno (desde que também incorpore os sistemas de simulação em voo).… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Magalhaes

Comentário mais que perfeito Nunão!

Fernando "Nunão" De Martini

“Olá Nunão. Eu tenho dúvidas se haveria vantagem em usar o A29 como plataforma real de treinamento ao invés de usar o simulador do F39.” Camargoer, acho que você não entendeu. Os caçadores da FAB já são treinados há uns 15 anos no A-29, primeiro como alas operacionais no esquadrão Joker, em Natal, depois como líderes de esquadrilha nos três esquadrões (Flecha, Grifo e Escorpião) do 3º GAv, em Campo Grande, Porto Velho e Boa Vista, onde também passam mais alguns anos realizando missões operacionais. Daí seguem para os esquadrões com jatos de combate F-5M e A-1M, fazendo a conversão… Read more »

Camargoer.

Olá Nuinão. Talvez eu não tenha sido claro. Desculpe. Eu entendo que os A19 servem para a formação de pilotos em um estágio superior aos T27 e que eles são empregados em contexto real nos “terceiros”. Por isso eu também acho válido uma modernização dos A29 no padrão dos F39 (usando a mesma interface gráfica) tanto para familiarização dos pilotos (como acontece hoje com a interface do A29 e os F5M e A1M) além de oferecer mais recursos para os pilotos dos “terceiros” em operações reais. O que eu imagino é que a conversão para os F39 (que possuem recursos… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

“O que eu imagino é que a conversão para os F39 (que possuem recursos que o A29 não tem nem teria mesmo com a mesma interface gráfica) parece mais eficiente e segura se for feita exaustivamente no simulador.” Sim, o uso de simuladores é fundamental na conversão operacional. A sistemática é uma quantidade de missões iniciais apenas no similador, seguida dos primeiros voos no biposto, daí intercalar missões no simulador e biposto conforme novos modos de operação são incluídos, e a partir daí boa parte do programa passa a ser feito no monoposto, sempre intercando com o simulador. Mas a… Read more »

Camargoer.

Exato. Ainda. Um A29M com a mesma interface gráfica do F39 dará oa pilotos dos “terceiros” mais recursos para desempenhar as suas tarefas de vigilância e, eventualmente, COIN quando for necessário.

Fernando "Nunão" De Martini

Sim, dei mais alguns exemplos em outro comentário.

Camargoer.

Legal. Obrigado. Espero ver os A29 com o painel WAD, como sugeri há vários anos atrás, quando foi definido que o F39E teria este tipo de interface

Santamariense

Não misture as coisas.Nao existe isso de optar entre A-29 e simulador do F-39. O A-29 não é feito para treinar pilotos para o F-39. O A-29 tem atualmente uma arquitetura de painel e de sistemas que propicia fluidez e familiaridade ao piloto que sai dele para os A-1M e F-5M, visto utilizar tipos de telas e mostradores muito semelhantes entre as três aeronaves. O mesmo acontecerá quando os A-29 forem modernizados com um painel semelhante ao F-39. Permitirá maior facilidade aos pilotos que saísaírdo A-29 para o F-39. MAS, tanto hoje com F-5M e A-1M, como no futuro com… Read more »

Rodolfo

Existem planos para esses pilotos mais pra frente participarem de grandes exercícios com outras forças como a Sueca e Americana? Seria interessante ver a FAB daqui uns anos participando do Red Flag de novo com o Gripen E.

Fernando "Nunão" De Martini

A primeira oportunidade deverá ser a Cruzex do ano que vem.

JSilva

Uma dúvida: nessa janela de transição, que teremos F-5M e A-1M operando junto com o Gripen, será dada a possibilidade dos pilotos que saírem dos A-29, escolherem diretamente operar o Gripen em Anápolis, ou só serão selecionados para o Gripen pilotos que venham do F-5M e A-1M?

Fernando "Nunão" De Martini

Não sei.

Mas eu começaria pelos pilotos de F-5M e A-1M, para só depois seguir para os de A-29.

Mesmo porque são os esquadrões que já voam F-5M e A-1M que será feito o reequipamento gradual com o Gripen.

Jagder#44

Será que esse treinamento inclui operações navais?
É um ponto interessante a ser abordado.

Rinaldo Nery

Que tipo? Lançar um míssil contra um navio?

Santamariense

A resposta à tua pergunta está no texto:

“O Conversion Training, com 11 semanas de duração e 50 voos por piloto, compreende a operação básica do caça tanto em missões solo quanto em formação nos períodos diurnos e noturnos. Já o Combat Readiness Training engloba 25 voos em aproximadamente nove semanas de duração onde são exploradas as capacidades de combate ar-ar do caça com o emprego dos mísseis, do canhão e da utilização da interface-homem máquina, um dos principais destaques do Gripen.”

Rinaldo Nery

E lançar um míssil num navio não requer “ciência”. Trave o alvo no radar, entre no range de lançamento, aperte o botão e evada.

Santamariense

Exato.

TJLopes

Será que vai ter treinamento de combate dissimilar entre os Gripen e o F-5M?

Camargoer.

Olá TJ. Isso sim parece relevante. Aliás, tão relevante que poderia justificar a modernização dos jordanianos… mas creio que a FAB já estaria alienando os jordanianos. Sua ideia é muito legal mesmo.

Fernando "Nunão" De Martini

Não tem novidade em haver treinamento de combate dissimilar entre esquadrões da FAB, isso é feito desde os tempos em que o 1º GAvCa era equipado com P-47 e o 1º/14º GAv voava P-40.

Não há necessidade de modernizar F-5E ex-Jordânia pra isso, enquanto houver simultaneamente esquadrão equipado com F-5M e esquadrão com Gripen, é de se esperar que em algum momento de cada ano se faça exercícios com combate dissimilar.

Talvez você esteja confundindo com esquadrões Aggressor dos EUA (embora esses sejam equipados hoje predominantemente com F-16).

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Rinaldo Nery

E os dissimilares são controlados pelo E-99.

Camargoer.

Olá Nunão. Os atuais F5M têm prazo de validade. Mesmo os mais novos vão dar baixa a médio prazo. A ideia de ter um esquadrão F5M servindo somente para este tipo de exercício (visto que o custo de operar o F5 é menos que do F39) poderia ser uma boa alternativa. As células dos F5 jordanianos provavelmente precisariam de uma modernização para voarem, talvez usando componentes dos F5M que estejam sendo retirados de serviço. Ainda que esta ideia me pareça razoável, acho improvável que a FAB implemente algo assim.

Fernando "Nunão" De Martini

“Olá Nunão. Os atuais F5M têm prazo de validade. Mesmo os mais novos vão dar baixa a médio prazo.” O prazo de validade é ajustado conforme a programação da entrada em operação do Gripen. É possível por exemplo, fazer as inspeções e reparos para mais um ciclo em parte da frota que atinja as 1.200 horas de voo entre os ciclos de IRAN (Inspection and Repair as Necessary) realizados no PAMA-SP. Mais fácil manter em voo parte da frota modernizada, usando também partes das asas e células eventualmente retiradas de aeronaves do lote de F-5E comprado da Jordânia (cuja principal… Read more »

Nilton L Junior

Alo departamento de Comunicação da FAB e SAAB a ex republica das laranjas já tem foto do F-39 da FAB, faz favor né, quando fazer matéria usa nossas fotos, maledetos.

Fernando "Nunão" De Martini

Nilton,
Acho que tem um engano da sua parte. A matéria é sobre treinamento de pilotos brasileiros na Suécia, realizado em caças Gripen C/D da Ala F7 da Força Aérea Sueca. Não faz sentido usar fotos de Gripen E da FAB.

Nilton L Junior

Certo Nunão, mas esses Pilotos vão voltar ao Brasil certo? então nada mas justo do que dar uma divulgada da nosso F-39.

Fernando "Nunão" De Martini

Nilton, eles já fazem isso em 90% das notas divulgadas pela assessoria de imprensa…

BK117

Caro Nilton, a matéria é sobre o treinamento dos pilotos em Gripen C/D, então nada mais justo que incluir somente cenas do treinamento em si, com as aeronaves usadas.
O público alvo dessa matéria já está “cansado” de ver o Gripen da FAB (e não digo “cansado” no sentido negativo, mas de que já viu muitas vezes mesmo), logo não creio que estes carecem de divulgação.

Last edited 1 ano atrás by BK117
BVR

A expectativa é para quando estivermos aptos a participar de exercícios com outros operadores gripen, e também para uma Cruzex.
Daqui uns 5, ou mais, anos talvez ?

Fernando "Nunão" De Martini

Já foi noticiado que os caças Gripen E da FAB estarão ma Cruzex do ano que vem. Essa é a meta.

https://www1.folha.uol.com.br/amp/poder/2023/04/caca-gripen-estara-pronto-para-combate-na-fab-em-2024.shtml

Magalhaes

Capaz de ficar bem interessante a próxima Cruzex ! Já era muito, agora vai ficar ainda mais.

Welington S.

Nunão, é errado eu pensar o seguinte: ”Bom, já que o F-39 estará atuando na Cruzex, então, veremos, do lado dos franceses, trazendo o Rafale e, do lado americano, trazendo, talvez, o F-35.” É viagem?

No mais, vai ser um show e tanto. Ficaremos afoitos querendo saber como foi o F-39 em toda a Cruzex kkkk.

Camargoer.

Caro W. Duvido que os EUA enviem o F35. Provavelmente, virão F16 novamente., como aconteceu nos anos anteriores. Provavelmente os franceses enviarão o Rafale.

BVR

Pensei num prazo que refletisse o domínio total das capacidades da aeronave pelos pilotos da Fab. Mas se se já estabelecido que será na próxima, melhor : )

Fernando "Nunão" De Martini

BVR, até onde sei a capacidade a ser plenamente atingida e dominada no ano que vem, para pilotos e aeronaves, será ar-ar. Fases 3 e 4 do programa de treinamento atual dos pilotos do 1º GDA.

Provavelmente na Cruzex 2024 o emprego do Gripen E será nessa função.

Demais empregos, como ar-solo e reconhecimento, são fases posteriores.

BVR

Valeu Nunão !

JSilva

Certamente essa correria já é para começar a abastecer as bibliotecas do Gripen, que segundo matérias anteriores, é fundamental para explorar toda a capacidade do caça.

Wellington Góes

Enfim!

Fábio de Souza

Excelente Matéria !! Espero que o Brasil , adquira mais um Lote de caça Gripen .

Camargoer.

Olá Fábio. De fato, já há negociação para o segundo lote. Pelo que lembro, os últimos aviões do primeiro lote serão entregues em 2026. Isso significa que a FAB tem uma janela de oportunidade até o final de 2023 ou meados de 2024 para assinar um contrato para manter a continuidade da linha de produção

Fernando "Nunão" De Martini

“Pelo que lembro, os últimos aviões do primeiro lote serão entregues em 2026. ”

Camargoer, bom dia. As últimas entregas serão em 2027.

comment image

Camargoer.

Obrigado Nunão. Isso alarga um pouco a janela para a assinatura do contrato do segundo lote. Considerando que um F39 leve dois anos para ser montado e que parte dos dispositivos precisa ser encomendado com alguma antecedência, isso significa que a assinatura do contrato do segundo lote poderia ser feita no primeiro semestre de 2025 sem prejuízo para a cadência de produção.

Fabio Araujo

Mais ums etapa concluída com êxito! A FAB já começou o programa de treinamento dela?

Camargoer.

Olá Fábio. Creio que sim. Pelo que lembro, alguns pilotos que foram treinados na Suécia já estão em Anápolis. Talvez exista alguma dificuldade para a conversão dos pilotos porque a FAB ainda não recebeu o F39F, mas os simuladores já estão operacionais. Além disso, se os pilotos tiverem experiência no AMX e no F5 fica mais fácil.

Santamariense

Parece que vocês não leram o texto: ”O Gripen Centre na F 7 Wing já recebeu 17 pilotos da FAB. O atual comandante do 1º GDA, o Tenente-Coronel Aviador Gustavo Pascotto, e o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas foram os primeiros pilotos da FAB a realizarem o curso o Gripen C/D, ainda como capitães, em 2014. Na sequência, foi a vez de três pilotos de testes do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo da FAB, com o Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira, ainda no posto de major, tendo sido o primeiro brasileiro a voar o Gripen E, fechando agora… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Camargoer

Os pilotos da FAB que estão agora sendo treinados no Gripen E são os que fizeram na Suécia o curso de Gripen C/D mostrado na matéria.

A conversão de novos pilotos vindos de unidades que operem F-5M e A-1M, ou mesmo A-29, é um passo posterior, somente após todos os pilotos do 1º GDA terminarem a conversão para o Gripen E em todas as 4 fases desta, o que só será completado no ano que vem:

https://www.aereo.jor.br/2023/04/23/laad-2023-palestra-do-comandante-do-1o-grupo-de-defesa-aerea-1o-gda-sobre-a-implantacao-dos-novos-cacas-gripen/

Camargoer.

Olá Nunão. De fato. Mencionei que talvez ocorra alguma dificuldade para a conversão dos pilotos que não fizeram o curso na Suécia ao longo dos próximos anos, quando mais F39 chegarem. Na matéria que vocẽ sugeriu, lá no fim, o comandante comenta que os futuros pilotos que virão dos “terceiros” com mais de 1000 horas de A29 farão a conversão para o F39 no simulador e no F39F. Como ele ainda vai demorar um pouco, vamos ver como a FAB vai operacionalizar esta conversão, talvez mandando mais alguns para a Suécia, se for o caso, ou indo direto para o… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Camargoer, A entrega dos dois primeiros caças F-39F (biposto) está prevista pra 2025, ano em que a dotação total do 1º GDA atingirá 15 aeronaves, ainda um número compatível com o de pilotos treinados em Gripen C/D na Suécia e Gripen E no Brasil. Até lá, entendo que não será necessário aumentar o número de pilotos. Se não houver mais alterações, será a época exata para iniciar a conversão completa de pilotos de F-5M, A-1M e A-29 para Gripen E aqui mesmo no Brasil, usando simuladores e voos no F-39F e F-39E. (PS: se o seu nome for Camargo, posso… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Claro que pode ser Camargo. Fica tranquilo. RIso. Além do “er” tem um “.” no final… sugestão da minha filha. Será que haverá um tempo necessário para a homologação e testes do “Fox” antes dele se tornar operacional para a conversão dos pilotos?

Fernando "Nunão" De Martini

Camargo, (Pior que agora vi que meu corretor já decorou o Camargoer…) Acho que o tempo necessário aos ensaios do F-39F não será um problema. Provavelmente parte desses ensaios e testes iniciais será feita na própria Suécia, já que a produção dessa versão mudou pra lá, e deve estar incluída no prazo. Mesmo porque o grosso das entregas da versão E simultaneamente aos últimos F, coincidindo com a necessidade de mais pilotos treinados, será só em 2026-27, com nada menos que 21 aviões. Se a estes se somarem um adicional de 4 aviões ao primeiro lote no ano de 2028,… Read more »

Camargoer.

Rapaz… os corretores tem IA. Vou prestar atenção nisso. Será que vão deixar todos os F em Anápolis ou vão distribui-los também? É o tipo da coisa que vale a penas esperar para ver.. riso

Grifon Eagle

Daqui que cheguemos aos 36 Gripen…

Bardini

Acredito que em termos de treinamento, o mais importante a se discutir neste momento, seria a renovação do inventário da AFA. T-25 e T-27 já deveriam estar com a aposentadoria mais do que encaminhada… Cada ano que passamos sem uma decissão, torna uma solução nacional mais e mais distânte, restando ao fim uma única opção: importação. Nós temos indústria local com capacidade de suprir esta demanda, mas a FAB não formaliza a demanda. Muito complicado. . Além desses meios mais básicos, muito já se falou do A-29 e o que poderia ser agregado em uma modernização, para melhorar as capacidades… Read more »

Sensato

Concordo. A substituição dos T25 e T27 me parece um assunto que não pode ser adiado indefinidamente. É perfeitamente possível e altamente desejável fabricar seus substitutos aqui. Algumas empresas já apresentaram candidatos e isso seria bom não apenas para a FAB como para ajudar a desenvolver uma indústria altamente capaz de contribuir com a economia do país. Qualquer força aérea do mundo sabe que se a FAB adotou um modelo de avião, é porque estudou muito e sabe que seu custo benefício é bom. A Novaer com o Pilgrim, a Diamond com o DA20 feito pela Aeromot ou mesmo uma… Read more »

Hercules

Prezados, não possuo o vasto conhecimento da maioria, portanto perdoem se minha pergunta parecer simploria, mais não seria bom ter um treinador tipo M345 ou M346 para facilitar a transição entre A29 e F39?? além de que a parceria que já foi feita anteriormente no tempo do XAVANTE, poderia abrir novos mercados e desenvolver a nossa capacidade de um treinador avançado. Tem ainda o T7 americano e o T50 da Coreia.

Fernando "Nunão" De Martini

Hercules, A pergunta não é simplória. Ela é tema de debates intermináveis por aqui há mais de 10 anos. Você vai encontrar opiniões contra e a favor disso. Eu, pessoalmente, não vejo como necessário. Há mais de 10 anos a transição do A-29 para o F-5M (que compartilham boa parte da aviônica e paineis) se dá sem nenhum outro avião entre eles, e o Gripen é um caça que, apesar do desempenho superior ao F-5M, é muito mais fácil de pilotar que os caças mais antigos. A diferença do A-29 para o Gripen, hoje, seria no painel e interface homem-máquina… Read more »

Camargoer.

Caro H. A aquisição e operação de um jato de treinamento é bastante cara. Então, é preciso fazer uma conta. Quanto custa dar uma ampla experiência para pilotos usando um turbo-hélice (cerca de 1000 horas) para depois fazer uma transição por meio de simuladores e algumas horas usando um F39 biposto, ou reduzir o tempo no A29, fazer uma período com o jato de treinamento que reduziria a hora de simulador, sem afetar a necessidade da conversão usando um modelo de F39 biposto. Esta é a conta. Enventualmente, poderia ser feito a conversão direta do piloto saindo da AFA diretamente… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

É preciso lembrar também que os esquadrões de A-29 não são apenas um degrau de treinamento.

São esquadrões operacionais que atendem a necessidades de defesa do país nas regiões de fronteira (ataque leve, interceptação de aeronaves de baixo desempenho etc).

Então essas 1000 horas (mais ou menos, em geral é menos) acumuladas por tenentes que voam A-29 ao longo de alguns anos servindo nos três esquadrões do 3º GAV são necessidades da FAB, não só um degrau de treinamento a ser ampliado ou reduzido.

Santamariense

Eu escrevi isso, com outras palavras, em um comentário mais acima. O A-29 não é treinador de A-1M, nem de F-5M e muito menos de F-39. Ele é um avião no caminho da progressão operacional à primeira linha, onde o piloto ganha experiência e bagagem para poder operar as aeronaves de maior desempenho. Treinador para F-5, A-1 e F-39 são os seus simuladores e suas versões bipostos.

Rinaldo Nery

Jamais um Aspirante sairá da AFA pro Gripen. Nem em sonho. Não há a mínima condição. Vai aprender a atirar no F-39? Curso de liderança no F-39? Desculpe amigo, mas isso é uma viagem de leigo.

Camargoer.

Caro Rinaldo. Não sugeri isso, disse que existem três alternativas. Usar o atual protocolo, incluir um jato de treinamento ou reduzir o período de preparação do piloto, sem fazer juizo de mérito sobre cada um dos três. O que se faz é avaliar os três meios em torno do benefício / custo de cada um, o que inclui a proficiência do piloto, custo das horas de vôo em cada etapa e efetividade. Deixei para o colega Hércules pensar em cada um dos cami hos e tirar a própria conclusão.

Rinaldo Nery

Nesse caso o custo não é critério crítico. A experiência do piloto ao chegar no F-39, sim, é critério crítico. Até por questões de segurança de vôo.

Rinaldo Nery

Um Aspirante mal tem 100 horas de experiência.

Camargoer.

Olá Rinaldo. Concordo. Eventualmente, eu ou você, o Nunão e tantos colegas explicamos e ainda assim, feito fantasma, o assunto reaparece. É a história do “lift”. Sempre volta. Talvez nossa abordagem seja inapropriada neste assunto. Talvez se a gente apresentar as alternativas, os colegas consigam comparar os prós e contras de cada proposta. Além da questão da proeficiẽncia/habiludade dos piltos e do custo de aquisição e operação de cada aeronave, tem a questão da segurança (como você apresentou) e também o aspecto do serviço realizado pelos “terceiros” na vigilância das fronteiras do lado oeste do país, que é também relevante… Read more »

Santamariense

Rinaldo, propor isso é uma insanidade, mesmo que em teoria.

Last edited 1 ano atrás by Santamariense
Santamariense

“ Enventualmente, poderia ser feito a conversão direta do piloto saindo da AFA diretamente para o Gripen, aumentando o tempo de simulador e de vôos do Gripen biposto. Tem que fazer a planilha.”

Sugeriu, sim. E falou bobagem. E continuo insistindo: “O que se faz é avaliar os três meios em torno do benefício / custo de cada um”. Piloto sair da AFA para o Gripen não é, mesmo que teoricamente, uma insanidade!

Santamariense

Piloto sair da AFA para o Gripen É, mesmo que teoricamente, uma insanidade!

Fernando "Nunão" De Martini

Acho que o Camargo apenas se equivocou ou esqueceu que entre a AFA (que forma os aspirantes que serão encaminhados às aviações, não só de caça, mas asas rotativas e transporte / patrulha) e os “terceiros”, há a especialização na caça com o 2º/5º GAv, esquadrão Joker, em Natal. Lá é realizado um curso semelhante (repito, semelhante) ao que se faz no PC-21 francês, tema de matéria recente. Então seria uma alternativa de ter pilotos que sairiam de Natal direto para um esquadrão de primeira linha (e nesse caso, aí já é um adendo meu, o curso no A-29 em… Read more »

Camargoer.

Olá Nunão. Obrigado. Você tem razão. A ideia era mostras 3 diferentes alternativas. Na primeira, o processo adotado pela FAB que demanda um período nos “terceiros” operando A29 em missões reais. O segundo, um salto para que o piloto novato já fosse treinado na aviação de primeira linha. O terceiro seria utilizar um jato de treinamento intermediário entre a formação inicial e o ingresso na aviação de caça. Depois de tanto tempo explicando o processo adotado pela FAB e porque (também considero o “estágio” nos “terceiros” um diferencial positivo na formação dos pilotos da FAB), parece-me melhor abrir o debate… Read more »

Santamariense

Nunão, ele não só ignorou o 2⁰/5⁰ GAV como também o passo seguinte, que é entre 2 e 3 anos em um dos 3 esquadrões do 3⁰ GAV. A proposta colocada foi de o piloto sair da AFA direto para a primeira linha. Palavras dele: “Enventualmente, poderia ser feito a conversão direta do piloto saindo da AFA diretamente para o Gripen, aumentando o tempo de simulador e de vôos do Gripen biposto.” Foi em relação à isso que eu escrevi que considero uma insanidade propor algo do tipo. Quanto ao trabalho realizado hoje nos 3 esquadrões do 3⁰ GAV, além… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Santamariense
Matheus R

Cada ferramenta para sua função.
Com a aquisição dos M346 se teria um custo inicial grande. Mas liberaria os Gripens e os ST dessa função de ensino, o que economizaria muitas horas de voo para eles.
Pois se não, com apenas 36 Gripens, supondo que uma parte sempre estará em manutenção, outra destinada ao ensino de aspirantes (tempo de adaptação muito maior), sobrariam poucos para treinamentos e missões.

Last edited 1 ano atrás by Matheus R
Fernando "Nunão" De Martini

“Pois se não, com apenas 36 Gripens, supondo que uma parte sempre estará em manutenção, outra destinada ao ensino de aspirantes (tempo de adaptação muito maior), sobrariam poucos para treinamentos e missões.” Matheus, Sugiro dar uma olhada nos demais comentários, pois não existe essa história de “aspirante” voar Gripen. Quem chega à primeira linha já deixou de ser aspirante há anos, já é um líder de esquadrilha (realizou o curso de especialização de caça em Natal no esquadrão Joker e curso de líder num dos três esquadrões do 3º GAv, voando A-29 Super Tucano nessas unidades). O que é realizado,… Read more »

Matheus R

Sim, um aspirante não pilota um Gripen na academia. Mas ideia é de um piloto novato. Se se esse piloto treinou em Super Tucano seu tempo de adaptação no Gripen será muito maior. Se o piloto sai de um M346, o tempo seria muito menor.
Quanto tempo com um e quanto tempo com outro? Não faço ideia, mas tem opiniões dos dois lados. E a minha é pela compra do M-346.

Fernando "Nunão" De Martini

Entendi. Mas vamos detalhar então (não estou querendo convencer ou impor minha opinião, longe disso, mas estabelecer uma linguagem comum sobre as etapas). Um piloto sai da Academia da Força Aérea, em Pirassununga-SP, como aspirante a oficial-aviador (tendo voado T-25 Universal e T-27 Tucano), e a partir daí faz a especialização para prosseguir carreira numa das três aviações: caça, asas rotativas ou transporte / patrulha em Natal-RN. Isso é realizado num de três esquadrões baseados em Natal, que voam respectivamente A-29 Super Tucano (2º/5º GAv), H-50 Esquilo (1º/11º GAv) ou C-95 Bandeirante (1º/5º GAv). Você propõe que o curso de… Read more »

Matheus R

Bom, já que você perguntou… Acho que com a a compra do M-346, a FAB teria que reformular a metodologia de ensino da AFA, tornando-a parecida como acontece na Itália por exemplo. Eu proponho que o aspirante caçador saia da Academia como um clínico geral, apto (ou muito próximo disso) a pilotar um Gripen, se for o caso. Relendo a matéria do próprio Poder Aéreo de 17/03 deste ano, entrevistando o Chefe de Estado Maior da Aeronáutica italiana, não querendo comparar Brasil/Itália (já comparando) eles aplicam um treinamento de 4 fases, desde a triagem inicial até o treinamento avançado em… Read more »

Rinaldo Nery

Sim, amigo. Os vôos no F são SOMENTE e SÓ pra solar o F-39E. O resto ele vai aprender nos simuladores e no próprio E. Te garanto isso. E vai funcionar muito bem. O que falta entre vocês que não voam é um conhecimento mais aprofundado do que o Cadete aprende na AFA, o Aspirante no 2°/5° e os Tenentes nos Terceiros. Sabem como é o Curso de Caça no Brasil?

Matheus

Que VIAGEM usar F-39F pra treinar pilotos. E o custo disso? Achava que a FAB teria esquadrões de “F” focado em algumas missões como EW SEAD/DEAD.

Fernando "Nunão" De Martini

Matheus, Acho que você está confundindo treinar pilotos (ou seja, ensinar a ser pilotos de caça) com a conversão operacional, para um caça a jato, dos pilotos que já realizaram o curso de pilotos de caça em outras aeronaves. Excetuando caças como F-35 e F-22 que só tem versão de um lugar (monoposto), praticamente todos os caças atuais têm uma versão de dois lugares (biposto) o de é cumprida uma parte das horas de voo da conversão operacional, que é um degrau acima dos cursos em que o piloto militar aprende a ser um piloto de caça. Essa atribuição do… Read more »

Rinaldo Nery

Viagem é sair da AFA e ir p GDA. No futuro o F será utilizado para outras funções, além de instrução básica no modelo.

Fernando "Nunão" De Martini

Então você quer que na AFA já se faça a separação dos pilotos por Aviação (caça, asas rotativas ou transporte / patrulha) durante o período na academia, e que os da caça já saiam de lá com boa parte do curso de ala operacional feito e prontos para voar o M-346 e em seguida Gripen? Toda essa mudança só pra introduzir o M-346? Não seria mais fácil introduzir essa aeronave como um degrau a mais, entre o A-29 e o Gripen, focando em tenentes já qualificados como líderes de esquadrilha, sem mudar todo o resto que vem apenas para incorporar… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Fernando "Nunão" De Martini
Camargoer.

Olá Nunão. Eu também entendo que é preciso aumentar as horas de A29 e simuladores, que são mais baratas que voar um jato de treinamento leve ou mesmo voar em um avião de primeira linha (A1, F5 ou F39). A pergunta é se após os anos voando nos “terceiros”, seria necessário uma conversão em um jato leve. Também fico com dúvidas se faria sentido equipar os “terceios” com jatos leves, como o M346 ou alto parecido.

Rinaldo Nery

Não, não é necessário.

Camargoer.

Olá Rinaldo. Pois é. Se os “terceiros” não demandam um jato leve, parece-me que o custo de adotar este tipo de aeronave se torna alto demais, visto que a conversão para o F39 será por meio de smuladores e do próprio F39F.

Marcelo

Os pilotos brasileiro estão acostumados a fazer milagre com os F-5M de 50 anos de idade,aprender o treinamento no Gripen novo com aviônica moderna é mamão com açúcar para nossos pilotos !!!